Instinto
Uma explosão. Pedaços de concreto voam devido à violência dos ataques. Junta aos fragmentos, Aurora é arremessada. Com seu corpo ferido, o sangue banha sua pele.
— Aurora! — Hyung a capturou no ar, evitando-a bater no chão. Sem equilíbrio, ambos cambalhotam sobre os paralelepípedos. — Ai... — Proferiu o garoto — Você está bem? — Ambos se levantam.
— Merda... — Aurora tirou alguns fragmentos de pedra do cabelo — Perdão. Rex é muito forte.
Hyung riu ligeiramente — Há um motivo dele ter escolhido a nós né? — Seus olhos se cruzam — Ele crê que possamos ser tão poderosos quanto ele.
Aurora assentiu. — Parece que os gênios ficaram.
Eles olharam para a enorme cortina de poeira que se levantou na direção de Rex. Podiam-se ouvir estrondos.
Os gênios... Hyung sentiu-se admirado ao contemplar seus colegas.
Rex cruzou os braços fronte ao peito, evitando Kim acertá-lo com eficácia. A garota logo girou seu corpo alçando um chute. Ele conseguiu proteger-se com a palma da mão. Com uma perna presa, ela agiu rapidamente para erguer a outra e desferiu um pisão frontal, contudo esse ataque também foi imobilizado.
Como uma cobra deslizando sobre o tronco de uma árvore, Kim desceu seu corpo em direção ao chão e segurando-o firme. Criando um ponto de estabilidade inesperado. Uma aura dourada flui sobre o corpo da aluna, e com o forçar dos músculos fez de seu torso uma catapulta. Arremessando seu professor contra parede, soltando seus pés da prisão momentânea.
— Kim me disse que veio de Desanth — Hyung puxou conversa com Aurora — Dialogamos pouco, ela é meio retraída. Falou algo sobre ser filha do coliseu, não entendi muito bem, desde que batalhamos a considero mais forte de nós.
— E você Hyung? — Aurora ficou curiosa — Qual seu estilo de magia?
Hyung sorriu, com a feição que balança entre o carinhoso e maquiavélico.
Rex saiu do buraco que seu corpo criou a parede, ele irritou-se por pouco, rangendo os dentes e atiçando a magia do fogo em seus braços, fazendo as chamas queimarem os tijolos que suas palmas tocam.
Sem perceber, algo caia dos céus de forma voraz. Mas o rei sentiu, aquilo que caia queria mais do que derrotá-lo, sua ambição era destruí-lo.
A espinha do professor se arrepiou, e o esbugalhar aflito dos olhos se hasteou com destreza. Ele pode ver Alladin, a mão esquerda do aluno comportava uma camada de vento que girava na extensão do braço como um furacão. — Rex! — Alladin esbravejou. O choque da magia com as palmas flamejantes do mestre fizeram um enorme barulho.
Fogo e vento uniam-se, e dispersavam aos arredores como uma grande festa de labaredas. Kim recuou o máximo que podia. O furacão das mãos do aluno começou-se a unir as chamas do professor. Rex mantém sua base baixa, sentindo pressão do ataque.
Você é bom garoto... Rex sorri, enquanto elogia mentalmente Alladin.
O fogo começou a aumentar, e encobriu intensamente os ventos do garoto. O adolescente gritou de dor. Sentiu todo seu braço ardeu e queimou com a dor. Sua concentração se esvaiu devido à aflição, e sua magia enfraqueceu, deixando apenas a nudez da mão. Rex parou de soltar o fogo e o agarrou, em seguida arremessou seu aluno para o canto oposto.
Suas costas vão de encontro a um abraço macio e delicado, mas fez a pessoa cair junto a ele. — Isso doeu — Aurora o tirou de cima, limpando a poeira do vestido enquanto se erguia — Você está bem? — Ela começou a tocar no galo em sua cabeça.
Alladin fechou a cara — Não preciso de sua ajuda — Ele se ergueu por contra própria, deixando a garota sozinha.
— Ei! — Hyung gritou para eles, sorridente e acenando.
O de olhos puxados apontou para Kim, dando-a atenção. Distinto do momento anterior, a garota enfaixada atacava de maneira mais acelerada que antes, seus socos e chutes eram desviados ou bloqueados na base do instinto, Rex não conseguia acompanhar. Alguns acertam precisamente, com fortes e certeiros que atingem no tronco e pernas.
Sou um escolhido! — Aurora se recordou das palavras animadas de Hyung — Filho do Deus do tempo, Kay!
Deus do tempo... A garota perdeu-se em pensamentos ao olhar a mistura de auras que percorrem o torso de Kim, a magia de Hyung havia deixado ela mais rápida que o tempo normal. Rex não conseguia mais recompor sua base, pois os golpes de Kim desarmavam e impossibilitavam sua reação.
Kim pôs Rex contra a parede quebradiça, forçando-o a se encolher como uma tartaruga. Os socos iam em diversos cantos, principalmente na boca do estômago. Fortes e densos, cada ataque afundava o homem contra a estrutura.
— Ela vai matá-lo. Alladin! — A voz de Aurora afinou-se — Me ajude a tirar Kim! Vai acabar matando-o!
— Tsc. — Alladin olhou de canto, com desprezo. — Não se preocupe — Ele voltou a observar o espetáculo — Não dá para vencê-lo sem intenção de matá-lo.
Aurora ficou conturbada com a resposta. A raiva da paralisação dos seus colegas a impulsionou para interromper a investida de sua amiga, ela fazia diversas simbologias com as mãos, invocando de sua magia.
Raízes deslocaram os paralelepípedos do solo abaixo das pernas de Kim, envolvendo o corpo dela. A gladiadora só percebeu quando era tarde, seus olhos expressavam raiva. — Aurora! O que você fez!? — Gritou esbaforida.
— Kim! Acorda! — Aurora tocou ela suavemente — Está querendo matar o professor!
A fala dela tocou a mente da amazona como um gatilho, sucessivamente sua respiração diminuiu, e seus olhos agressivos perceberam o quão violento aquilo havia se tornado.
— Se acalmem — Rex se desprendeu da parede. A tranquilidade e perfeição do professor surpreendeu a todos.
— R-Rex? — Kim tremia nas falas e no corpo. Ouvir o rei foi como um enunciado de morte.
O poder do mestre se expandia gradualmente, ficando denso. Sua aura mágica ultrapassava os limites do corpo, tocando em suas alunas, que suavam com o calor do fluxo. Ele tocou as raízes de Aurora, carbonizando toda aquela magia da natureza.
— Foi um ótimo treinamento — Os ferimentos de Rex eram inexistentes — É só por hoje. Amanhã explicarei a vocês como ampliarem seus poderes.
O rei andejou para fora do jardim, deixando seus alunos travados pelo medo.
Não dá para vencê-lo sem intenção de matá-lo... A voz de Alladin ecoou na mente de Aurora. Dando sentido a todo medo que Afonso tinha sobre o rei.
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