Impacto
O panteão que munia do corpo de um bode foi o primeiro a se soerguer em meio ao impacto de força presencial de Heiko. A parte superior era metálica como se fosse o molde de uma escultura de aço, e em seu rosto sem boca apenas algo que parecia ser uma meia-lua circundava-o de modo maquiavélico.
Suas patas buscaram apoio pelo sustento através da pressão que fazia com sua lança sobre a areia, o monstro mesmo de pé, parecia cambaleante e atordoado.
— Compreendo. — Heiko dizia em um monólogo — Como monstros, nascidos para proteger e destruir, não conhecem o sentimento do medo. — O rei agachou minimamente sobre seus joelhos fechando delicadamente as mãos — Permita-me concebê-lo.
A velocidade do monarca não podia ser entendida pelos olhares dos monstros, o bode dourado só concebeu onde estava seu oponente no pior momento. Com um pode se ouvir e ver todo o impacto do trovão. Raios saíram da colisão espalhando-se pelos ares num enorme clarão, um ataque tão massivo composto por seu olhar vil que destruiu o rosto do monstro no mesmo instante, o corpo sucumbido da criatura desabou lentamente. Heiko pôs seus pés no úbere do adversário caído para chegar ao solo com graciosidade.
Ademais adversários olharam para o monarca que se mantinha de pé sobre o corpo caído de seu semelhante. Seu rosto e sua postura exalava aquele poder mágico de raio que alcunhava todo o arredor.
— Quem é o próximo? — Questionou aos panteões.
Em subjacente, Morgiana continuava a olhar toda a desgraça causada por seu ataque, os soldados que lutavam vorazmente contra monstros de porte menor e os cidadãos encurralados. A tentativa da massa de fugir pela entrada do império foi facilmente derrubada pelo defronte de outras bestas que barravam a saída.
Morgiana relaxou o uso de seu fluxo, aliviando a força da levitação para aclamar-se ao solo, porém, não parou em seu mesmo ponto. A maga aplainou para dentro do império, pousando o filete de seus dedos nus sobre as construções desmoronadas. Ela pode contemplar num canto, um grupo que era protegido por Bruna.
Bruna olhou para maga fixamente, imaginando ser a única que poderia parar aquele caminhar, segurando o cabo de sua espada firme, pronta para a primeira abertura cedida. — Nem sua mente imaginava que essa abertura pudesse existir.
Morgiana principiou em sua mão nua a criação de uma esfera negra envolta de seu fluxo purpúreo, brilhava de maneira hipnotizante e crescia gradualmente causando cada vez mais medo. Bruna não sabia mais se aquilo que escorria em seu rosto era suor ou sangue, talvez a junção dos dois.
A invasora parou seu caminhar, abrindo um singelo sorriso — É interessante, esse amor entre o braço direito e seu rei. Possuo uma relação semelhante à sua e a de Heiko, por isso lhe respeito Bruna.
A amazona bochechou algo dentro de sua boca. Por fim cuspindo o sangue acumulado no solo — Vá para o inferno Morgiana!
Mesmo Bruna com sua língua afiada sentia a saliva descer seca pela garganta, encarar a rainha de Danagor não era o melhor dos prospectos. A guerreira olhou para seu rei que lutava bravamente para destruir os guardiões dourados.
Um filete de lágrima desceu sobre seu olho esquerdo da guerreira.
Nunca te disse nada por que nunca tivemos espaço... Você é o melhor homem desse mundo, e eu não saberia existir sem você. Heiko.
Ela correu para cima da rainha, que esperava pacientemente o momento derradeiro para um golpe fúnebre. Por atípico uma nuvem passou por cima de ambas, com sua sombra larga de aspecto abrangente conseguindo até mesmo esfriar o solo ali presente.
Morgiana observou os detalhes daquela sombra, percebendo que seu molde era muito diferente de qualquer nuvem, com pontos bem alinhados e traçados como o desenho escuro de um pássaro agigantado.
Bruna parou de imediato sua investida observando também o evento de rápido acontecimento, a queda de algo que percorria os céus com uma iluminação esférica verde em sua posse. Magias se digladiaram em plano percurso causando um choque imenso durante o embate, a rainha segurava com dificuldade aquela esfera purpúrea tentando parar o avanço daquela segurada pela pessoa que caiu dos céus.
O embate causou uma explosão, fazendo Bruna voar devido à pressão do ar contra seu corpo. Sua queda foi amortecida pelo segurar dos braços de outro estrangeiro, que acabou caindo pelo peso dela.
— O-obrigada — Bruna olhou para o garoto que mantinha seu rosto vil e sério, com aquele cabelo branco bastante incomum.
— O que está ocorrendo? — Alladin questionou a Bruna, não dando tempo para apresentações.
— Há monstros na saída do império e se não tirarmos as pessoas isso vai se tornar uma redoma de carnificina. — Bruna limpou o sangue em seu rosto, e olhou para o ovo que brilhava em pulsações mais constantes — O rei me disse que tem um monstro devastador ali.
Alladin ajudou-a se levantar, limpando o suor da cara devido ao calor. — Vamos evacuar os cidadãos, conduziremos para fora do império por enquanto. Há floresta a muitas jardas.
Bruna olhou para Morgiana, a invocadora criava esferas roxas ao redor das costas, preparada para atacar sua adversária. — Mas quem foi capaz de... — ela esbugalhou os olhos — A aprendiza de Bianca!?
Ela pode ver Aurora, com linhas verdes que brilhavam em seu corpo como uma tatuagem tribalista. Sua postura distinta de um ano atrás, o olhar estava diferente, destoante de tudo que conheceu.
Bruna sentia confiança na garota.
— Veio aqui para morrer criança? — Morgiana esperou a resposta, que nunca veio.
O silenciou causou a si raiva, soltando a magia sobre a garota.
Aurora iniciou os movimentos com seus dedos, formando chifres em suas mãos. Logo espectros verdejantes em formatos de lanças apareceram pelo redor, e de contra-ataque foram arremessados em direção a Morgiana, explodindo-as magias numa colisão brutal, fazendo toda a areia subir.
Morgiana começou a limpar os olhos devido à irritação, tentando buscar no meio da cortina de sedimento algo que se corresponde a existência de sua adversária. Até contemplar um iluminar fosco próximo a si.
A rainha não conseguiu escapar daquele soco no meio de sua bochecha, fazendo-a ser arremessada pela areia. A aprendiza limpou o sangue que escorria de seu supercílio.
— Meu nome é Aurora, meretriz ignorante!
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