Assassinos de Deus
O rei sentiu um arrepiar na espinha e aceleradamente retirou-se do local em que se encontrava, fazendo seus pés entrarem novamente de contato com a areia. Ao parar, hasteou uma quantidade absurda de poeira. Algo colossal do tamanho do caranguejo dourado caiu nos escombros fazendo um estrondo tremendo. Outro ser daquela coloração brilhante se mostrou díspar do momento, de aparência bípede e com pelos presentes nas pernas arqueadas como se fossem patas de um bode.
Do máximo de longevidade, ainda olhando todo o caos sendo acoçado por adentro das muralhas. Morgiana apenas sorria enquanto se mantinha em seus monólogos.
— Forjados do ouro por Babalon, minhas crias são mais que meros soldados iluminados meu amado Heiko... Elas foram especialmente selecionadas para conseguirem enfrentar o maior dos magos de Bastia. Selecionadas para matar o Deus do trovão.
Heiko desviava dos ataques do soldado caranguejo enquanto evitava o pisoteio do bode humanoide. Seu corpo mostrava-se cansado perante toda a movimentação acelerada, as pernas pareciam rasgar os músculos a cada contração. — Merda... Eles são muito resistentes. — O rei direcionou seu olhar para o ovo — Se aquilo eclodir...
O rei sentiu um arrepio adentrando sua espinha dorsal gelando-a no mesmo instante, seus olhos arregalaram-se fazendo a íris dilatar perante o pavor corporal. Ele usou da velocidade elétrica para esquivar-se, indo para longe dos monstros. Ao olhar para o ponto de onde partiu pode ver o ataque feroz de um jacaré humanoide, possuinte de peças de armaduras douradas por todo o corpo, ele levantava a areia em suas mãos em busca do torso do régio.
Não posso mais fugir.
Seus olhos brilharam num azul-claro, e todo o seu corpo começou a brilhar num poder elétrico mais poderoso e abrangente que o anterior. O régio voltou no mesmo estalar de velocidade que havia saído, socando com toda a força outra pata do caranguejo. Aquele golpe parou por automático em sua carapaça dourada, o osso colidiu com o metal fazendo um som estridente.
Após alguns segundos aquilo despedaçou-se causando um desequilíbrio no panteão que afundou suas outras patas no afofar da areia enquanto cambaleava de digladio ao solo, com sua face póstuma a fronte do rei recebera o derradeiro soco no centro do úbere. O golpe destruiu o tronco do cavaleiro-caranguejo, jorrando todo seu sangue gosmento azulado por detrás.
Contudo, aquele não podia ser considerado um momento de alívio, novamente viu a sombra da palma do jacaré criando uma redoma sobre seu corpo melânico, tendo de usar de sua alta de velocidade para fugir da pegada do monstro.
Estou acabado... Usar do meu poder por tanto tempo causa um desgaste absurdo, se esses monstros continuarem por atacar não vou ter forças nem para defender a cidade.
O lorde ouve um sonido, estava cansado de tomar ações repentinas durante aqueles combates. Ele virou seu rosto, podendo ver a lança afiada indo de encontro. A arma passou rente por toda a areia, cortando aquele lugar como se fosse um papel amanteigado.
Heiko desviou para o lado, vendo a cratera ser engolida pela areia ao redor.
— Heiko! — Ele ouviu o grito de sua comandante — Está tudo livre!
O rei olhou aos arredores, buscando uma única centelha de vida, e felizmente não havia nada além de destroços. Ele alongou o braço dando um tímido sorriso de boca fechada. O estalar dos ossos parecia ecoar sobre o timbre das feras douradas, as mesmas observavam o monarca.
O poder elétrico o circundava condensou parando de se expor, seu cabelo dread balançava por conta própria como se fosse o rabo de um gato, um único caminhar e o estrondo de um relâmpago se foi ouvido pelo império. Aquele impacto fez as feras próximas se desequilibrarem na areia devido à pressão do poder.
— Podemos começar... — Ele sorriu.
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