Adamastor
Reencontrar Aurora... A frase matutou na cabeça de Adamastor. Com um reino a sua espera, ainda pensa na garota... Seu olhar era raivoso. Ele estava desgostoso com Baal.
— E o seu reino? — Adamastor indagou — E a guerra que nos fez travar? — Ele suspendeu o lobo pelo pescoço — E todos os amigos que perdi comprando sua ideia de justiça!? — Ele gritou.
— Adamastor! — Julia tentou pará-lo com a voz, mas sentia o descontrole de seu defensor.
Yam segurou o braço da raposa, tentando parar o sufocamento, mas os músculos de Adamastor eram brutalmente poderosos. Baal sentia sua traqueia sendo esmagada. O lobo preto jogou a sola do pé contra o peito do agressor, o fazendo soltar.
— Tive de matar amigos, e até minha família em troca de justiça! — Baal respondeu, arrancando ar para seus pulmões. — Você não foi o único que perdeu algo lá.
— Seu... — O cinzento avançou.
— Adamastor, pare! — Julia chorava — Não faça isso.
O cavaleiro parou, ele olhou para quem odiava, e para quem amava. Por fim, ajoelhou-se ao chão, fechando seu rosto. Julia andejou a Baal, tocando delicadamente o rosto do rei, buscando sentir sua alma.
O toque das unhas na pele do preto a fez enxergar imagens sobre a intimidade entre ele e às duas garotas.
Juro que vou pará-lo.
A frase dita pela maga ecoava na tristeza dele, o machucando dia após dia. O segundo sentimento que ela sentiu, foi o primeiro encontro entre os dois.
Tudo que você precisa saber é que sou sua família daqui em diante.
Ela saiu do transe, encarando aqueles olhos amarelados, e fazendo carinho no rosto de seu filho.
— Se importa com elas, vejo que são tão importantes quanto Yam.
Tímido, o rei assentiu.
— Yam é o melhor para reinar Hast, ele é mais inteligente do que eu. Além disso — Baal olhou para seu irmão — Lutei durante toda minha vida por ódio e vingança. É a primeira vez que quero proteger algo.
— Baal... — Yam sentiu um alívio no peito.
— Ainda sim desaprovo. — Adamastor os acudiu — Como que proteger alguém sendo tão fraco?
— Adamastor! — Julia fez bico, tentando aliviar o jeito ranzinza do cinzento.
— Ele tem razão — Yam correspondeu — Por isso que queremos saber sobre o poder por trás dos nossos olhos.
— Isso não é nada que possa ajudar diretamente, esses olhos vieram de Fenrir.
— Fenrir? O Deus Fenrir? — Baal ficou confuso.
— Sim. Karoma é filha de Fenrir, não me parece estranho herdarem o sangue dele.
— Espera. Espera! — Yam desesperou — Está me dizendo que nossa mãe é filha do Deus dos Hast?
— Ela havia me explicado para dizer a vocês quando tivessem interesse. — Incrível como ela previu isso. Pensou a rainha — Ele expande o fluxo de magia gradativamente, mas o seu corpo só consegue aguentar até certo nível, passando disso é o que causa o descontrole.
Baal teve seu braço pego, e seu corpo voou, sendo arremessado na parede pelo cinzento. Yam sorrateiramente tentou desferir um golpe em Adamastor, mas seu soco foi habilmente interrompido pela raposa. Em seguida o Frost girou a palma do lobo branco, fazendo-o curvar-se perante a dor, e o segurou pelo pulso, arremessando um irmão contra o outro.
— Para evoluírem tem de lutar. — Adamastor estalou seus ombros — Estou querendo surrar vocês a tempos.
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