05
QUINTO DIA COM SEGREDOS
Ela é como uma bomba-relógio
Como um flash do inferno
E quando ela dança, ooh
Todos caem aos seus pés
(Hellraiser, Sweet)
O ano de 1988 ficaria para sempre marcado como o ano em que tudo mudou.
E uma coisa que eu aprendi naquela época, enquanto crescíamos cheios de sonhos e expectativas, era que todos tínhamos segredos. Alguns mais leves, como o de Jongin e Kyungsoo, outros capazes de mudar completamente o curso das coisas, como o de Baekhyun e Sehun.
Segredos são uma parte importante da nossa vida. Porque está tudo bem em esconder as coisas apenas para si mesmo e lidar com elas sozinhos. Mas alguns segredos podem ser perigosos e é aí que tudo fica mais difícil. Chega um momento em que tudo vira uma bola de neve e, quanto mais tentamos fugir, mais difícil fica manter tudo sozinho.
É, então, quando tudo colapsa.
Joy entrou na loja de departamentos da mesma forma como vinha fazendo nos últimos meses.
Já faziam alguns dias desde a conversa no clube e nada foi decidido. A ansiedade era tanta que precisávamos de novas formas de nos distrair antes de dizer adeus aquele lugar de sempre. Eu por exemplo, estava tendo aulas de guitarra com Sehun e tocando nas docas durante a tarde, em busca de algum dinheiro para guardar. Kyungsoo se afundou no colégio, chegando a ficar mais de dez horas na sala de estudos perto de casa. Nem Jongin o via mais.
Mas Joy havia usado do seu tempo livre para fazer outra coisa.
Depois do colégio ela ia até a loja, ainda de uniforme. Tentava parecer apenas mais uma estudante feliz que ia olhar as roupas para comprar no futuro e se perdia entre as araras e manequins. Mas ela não buscava por roupas. Joy nunca ligou para moda ou vaidade. Tinha seu próprio estilo e estava feliz com ele. O que ela buscava mesmo era uma aventura.
Foi um choque quando descobri que ela ia até lá para roubar.
Começou sem que percebesse. Pequenos objetos fáceis de esconder no interior do blazer estudantil e que não fariam falta quando os funcionários fossem fazer a última checagem no final do dia. Dessa forma, Joy se encheu de colares, óculos de sol e acessórios em geral. Estes que ela jamais usou para sair de casa.
Porém, com o passar dos dias, conforme ela se especializava, Joy passou a furtar roupas.
Não sabia explicar de onde vinha sua necessidade. Ela nunca ligou para bens materiais daquela forma. Mas a adrenalina de deixar aquela loja sem a certeza de que seria ou não pega a preenchia de um jeito que nada nunca fez.
Depois da notícia sobre o clube, tudo se intensificou. Seus roubos começaram a levar horas, em várias lojas diferentes, apenas para gastar tempo. Ela não queria voltar para casa e encarar sua avó o dia inteiro. Se fosse para receber o olhar de julgamento dela, que ao menos fizesse por merecer.
Naquele dia, uma promoção acontecia.
Muitas meninas do colégio falaram sem parar sobre a nova jaqueta roxa da loja, tão bonita que fazia seus corações baterem mais forte. Era uma peça cara, mas entraria em promoção e era a desculpa perfeita para se aglomerarem para comprar. Joy só aproveitou a multidão. Tinha poucas jaquetas em casa. Apenas uma bege sem graça, tão surrada que parecia mais velha que ela própria. Mas combinava com a antiga boina do seu pai que usava todos os dias, então era motivo o suficiente para usá-la por aí.
No entanto, não desperdiçaria a chance de ter uma jaqueta roxa novinha. Seria o seu maior furto de todos e só de imaginar as formas de fazer aquilo dar certo, sua mão suava de euforia.
— Por favor, meninas, cuidado! — alertou o vendedor responsável do departamento feminino, que via todas se empurrarem para pegar a jaqueta antes de esgotar.
Sem pensar muito, Joy se meteu no meio delas. Deu algumas cotoveladas e conseguiu chegar nos cabides, pegando a primeira jaqueta que viu sem ao menos se importar com o tamanho. Engatinhou de volta para sair do meio daquela multidão de pernas desesperadas e respirou fundo quando o ar fresco voltou aos seus pulmões.
Aproveitou que o foco maior dos funcionários estava no departamento feminino, onde a loucura acontecia, e correu para o outro lado da loja, onde poderia desativar o sensor antifurto e guardar a jaqueta na mochila sem que ninguém visse.
Pegou um alicate que passou a carregar na mochila e começou o trabalho, quando alguém segurou na sua mão. Com o coração disparado, seguiu com o olhar até encontrar uma garota com o uniforme idêntico ao dela. Ela sorria como se soubesse todos os seus segredos e era a primeira vez que Joy era pega durante um furto. Não sabia como reagir.
"Hellraiser", do Sweet começou a tocar nos autofalantes da loja e a menina continuava a segurar o braço de Joy. Demorou mais alguns segundos, olhando-a como se não tivesse feito nada de errado, querendo intimidar. Mas então percebeu de quem se tratava. Aquela era Kim Yerim, uma das meninas mais populares do seu ano.
— O que está fazendo, hein? — ela perguntou. Joy deu uma risada sarcástica.
— O que você acha? Estou adiantando o trabalho da caixa, claro.
Yerim riu e soltou o braço de Joy.
— Pretende pagar por isso? — Abaixou o tom de voz e arqueou uma sobrancelha. Ali, Joy percebeu que Yerim não estava querendo denunciá-la.
— Talvez.
Ambas sorriram uma para outra e Yerim mostrou a própria mochila, onde havia uma jaqueta idêntica escondida entre os cadernos. Joy não pode deixar de ficar surpresa. Entre tantas pessoas capazes de fazer o mesmo que ela, não contava que Yerim seria uma delas. Ela sempre foi tão perfeita e exemplar nos corredores do colégio. Mas, aparentemente, as aparências enganavam.
Joy se perdeu um pouco naquela aparência de princesa. O cabelo curto e alinhado nos ombros, os traços delicados e nariz redondinho com uma pintinha na ponta. Ela era o seu completo oposto. Uma delinquente disfarçada e esperta o bastante, pelo jeito.
— Ei, o que vocês estão fazendo aí? — a voz de um dos vendedores despertou as duas daquele transe.
Sem saber o que fazer, Yerim agarrou sua mão e começou a puxá-la para longe. Foi questão de tempo até as pessoas perceberem o que acontecia. Logo vários funcionários corriam atrás das meninas que só sabiam rir e correr como se suas vidas dependessem disso. O refrão da música estourava em seus ouvidos e o mundo inteiro ficou em câmera lenta quando Yerim olhou Joy por cima dos ombros.
Conseguiram sair da loja por pouco, mas continuaram correndo sem olhar para trás. Nas ruas, as pessoas apenas reclamavam das adolescentes que as empurravam no caminho, sem fazer a mínima ideia do que estava prestes a surgir em um furto compartilhado.
2
A tarde caía no céu quando me instalei no lugar de sempre nas docas.
Era perto de casa e eu podia ir andando com a guitarra nas costas e o amplificador na mão. Não era tão movimentado quanto o centro, mas no horário de saída do colégio, eu conseguia algumas pessoas para assistir e me dar alguns centavos.
No dia anterior, consegui pagar Taeyeon depois de alguns dias juntando moedas e foi gratificante ver seu olhar de surpresa. É claro que eu não contei como havia conseguido o dinheiro e ela nem se importou em perguntar. Cada um com seus métodos. O que importava era o que vinha para dentro de casa no final do dia.
Respirando fundo, encarei algumas pessoas que caminhavam pela avenida em frente aos cais das docas. Cheirava a peixe, havia uma gritaria inquieta vinda dos pescadores de barcos maiores e ainda assim era o melhor lugar que eu conseguia.
Com medo de perder a coragem, comecei a tocar os primeiros acordes de "Start me up", dos Rolling Stones. Eu precisava tocar alto e cantar mais alto ainda se quisesse ser ouvido, mas as aulas com Sehun ajudavam bastante e era incrível ver que algumas pessoas realmente gostavam e paravam para assistir.
Primeiro, veio um garoto com o uniforme da minha antiga escola. Eu não reconhecia seu rosto, mas ele acenou para mim depois de colocar algumas moedas na case vazia na minha frente. Depois dele, vieram mais um casal e uma criança. A criança não me deu nenhum dinheiro, mas deixou uma balinha de morango que, na minha opinião, foi mais que satisfatória.
Quando a música estava perto do fim, um grupo de adolescentes parou para me ver. Eram meninas da minha idade e eu sabia disso porque reconheci uma delas como Bae Joohyun, uma antiga colega de classe. Elas abriram sorrisos quando comecei a tocar a segunda música do repertório, "Should I stay or should I go", do The Clash. Algumas se balançaram um pouco no ritmo, o que me deixava meio metido.
Me animando com a pequena plateia, comecei a fazer graça. Arranquei ainda mais risadas e foi o suficiente para algumas virem me dar algumas moedas. Joohyun era a única que permanecia no lugar, de braços cruzados. Mas um sorriso estampava seu rosto e isso me fazia acreditar que ela estava gostando da performance. Arrisquei piscar na sua direção quando a música acabou e seu sorriso aumentou.
No final, todas aplaudiram.
E aquele seria meu primeiro momento de glória do dia, quando elas estavam prestes a se aproximar para falar comigo. Porém, uma nova presença surgiu, tão ameaçadora que elas desistiram. Eu nem mesmo precisei olhar para o lado para saber de quem se tratava. Baekhyun.
— Pensei que viesse aqui pra ganhar dinheiro, Park, e não paquerar com as meninas do colégio.
Não consegui evitar revirar meus olhos para seu comentário. Sehun mesmo havia me dito que conquistar o público era uma boa estratégia e, se isso fizesse elas voltarem aqui mais vezes com mais trocados, já estava de bom tamanho.
— O que você quer aqui, hein? — perguntei. — Pensei que já tivesse desistido. Vai ficar dando opinião da minha forma de lidar com tudo?
— É uma forma inútil. Centavos não vão comprar o clube...
— Mas pelo menos eu tô fazendo alguma coisa além de sentar e choramingar pelo meu meio-irmão!
Eu odiava explodir daquela forma. Odiava sentir raiva. Mas Baekhyun já estava testando meus limites há uns bons dias. Eu precisava expor aquilo de alguma forma ou começaria a me fazer mal. Era um sentimento insuportável.
— É, tem razão, Chanyeol. — Apontou para mim de forma acusatória. — É muito melhor confraternizar com um bandido do que tentar arrumar uma forma coerente e útil de melhorar tudo! Eu te contei tudo sobre o Sehun e ainda assim você teve coragem de pedir aulinhas de guitarra como se não fosse nada demais!
Algumas pessoas já nos encaravam, o que provavelmente prejudicaria meu ponto assim que eu voltasse a tocar. Só que ele estava sendo tão irritante que eu não conseguia parar. Precisava colocar para fora tudo o que estava me incomodando.
— Sinto muito se ele foi a única pessoa que quis me ajudar! Sinto muito se você odeia ele, mas consegue me odiar ainda mais ao ponto de sequer olhar na minha cara. E eu sinto muito, Baekhyun, por você estar triste por eu ferir seus sentimentos bestas, mas a culpa não é minha se ao contrário de você, o Sehun se importa em ser legal comigo.
Quando eu terminei, seus olhos se arregalaram. Ele parecia chocado já que eu nunca tive a chance de falar tanto assim perto dele. E mal consegui me importar com o fato de que eu deixei Byun Baekhyun sem palavras. Eu ainda tinha muito o que dizer e não podia deixar a chance passar.
— Seria muito mais fácil se você se importasse um pouco mais com as coisas e só aceitasse a ideia da festa. Por causa do seu surto, o grupo está todo dividido e ninguém faz ideia do que fazer. Naquele dia, no seu quarto, você me disse que não queria que seus pais vendessem a casa. Sequer passou pela sua cabeça que, ganhando dinheiro com a festa, isso pode ser evitado? É o que Sehun quer também e é muito mais fácil trabalhar junto quando o objetivo é o mesmo.
Fiquei com falta de ar, meu coração parecia que ia explodir de tão forte que batia. Eu não tinha o costume de falar tanto ou me expor daquela forma, mas foi tanto tempo ouvindo Baekhyun desdenhar de tudo o que eu fazia, que simplesmente não aguentei mais.
— É, realmente, uma pena você ser tão teimoso. As pessoas gostariam bem mais de você se demonstrasse se importar um pouco mais. — disse por fim, desviando o olhar para minha guitarra. Não era uma coisa legal de dizer, mas naquele momento eu não estava nem aí.
Baekhyun continuou me encarando daquela forma chocada. Ele parecia querer falar alguma coisa, mas manteve seu silêncio. Seus olhos brilharam quando sua expressão se fechou completamente. Começou a tatear os bolsos do blazer, até que achou o que procurava. Para meu completo choque, atirou um pequeno bolo de notas na case do violão.
Deveria ter, pelo menos, cinquenta mil wones ali. Só pelo o que eu conseguia ver. Não consegui disfarçar a minha expressão quando voltei a olhá-lo. Baekhyun sorriu sem muito humor e respirou fundo antes de dizer:
— Existem, sim, outros métodos. Não fica se achando o único a fazer sacrifícios, Park.
Mais uma vez, ele se foi sem me deixar ao menos responder. Precisei assistir Baekhyun dar às costas igual todas as outras vezes.
3
De volta ao nosso clube, o dinheiro de Baekhyun queimava junto das moedas no meu bolso.
Eu queria devolver ele inteiro e dizer que não precisava, que ele não precisava fazer sacrifício nenhum pelo grupo que ele não dava a mínima. Mas ser orgulhoso era difícil demais em momentos extremos de necessidade. E, afinal de contas, era de um certo egoísmo dizer que Baekhyun não se importava. Tive bastante tempo para pensar sobre isso e, sem sombra de dúvidas, era egoísmo.
Quando abri a porta, para minha surpresa, todos estavam lá dentro. Até mesmo o próprio Baekhyun, que exibia um sorriso no rosto. De certo, algo estava muito errado. Joy tinha um caderno no colo e anotava sem parar, Jongin estava sentado ao lado de Sehun e juntos trocavam ideias empolgadas. Kyungsoo também sorria e, junto de Baekhyun, sussurravam coisas para Joy continuar escrevendo.
— O que é isso? — questionei, vendo como todos pararam para me olhar.
— Finalmente você chegou! — Joy veio até mim, tirando a case dos meus ombros e me puxando até a roda. — O Baekhyun fez todo mundo vir para cá! Ele nos convenceu a fazer a festa, Chanyeol.
Minha mente deu um nó. Olhei para Baekhyun, que sustentava seu sorriso para mim, como se não tivéssemos conversado nada naquela tarde. Aquilo fez um calafrio subir no meu corpo, mas sua atenção em mim durou muito pouco.
— Como assim? O que vocês estão fazendo?
Então, eles me mostraram.
Joy fazia uma lista com coisas básicas que precisaríamos para a primeira festa. Caixas de som, bebidas, luzes e mais um monte de coisas que não fazíamos ideia de onde tirar. Sehun explicava todo o funcionamento das vendas de ingresso e dizia o que cada um precisaria fazer para que funcionasse. Era uma loucura, parecia longe demais do nosso alcance e, pela forma que ele falava, parecia algo para centenas de pessoas. Não tínhamos nem um lugar para abrigar isso tudo!
— Além disso, Baekhyun falou com o Senhor Choi, dono das propriedades aqui da rua e que quer vender nosso clube. Conseguiu pra gente mais uma semana! — disse Jongin e eu me virei assustado para Baekhyun, que sorriu sem graça.
— Minha mãe e ele se dão bem — explicou. — Só precisei agir como se eu fosse o mais responsável de vocês e, bem, deu certo.
Aquilo era louco demais. Não parecia nada com o Baekhyun de mais cedo e eu, com certeza, precisava falar com ele depois. Nunca que eu confiaria em tudo o que ele fazia e eu precisava tirar minha prova de que tudo o que dizia era verdade.
— Mas como vamos pagar tudo o que precisamos? — perguntei ainda olhando a lista nas minhas mãos. — Uma semana é muito pouco!
— Você ganhou uma fortuna daquelas meninas hoje, Park — disse Baekhyun e eu pisquei, perdido. — Eu vi quando passei por você. Bae Joohyun é rica e resolveu fazer caridade.
Ele deu risada e então as notas que me entregou queimaram novamente no bolso. Baekhyun, de alguma forma, havia feito aquilo tudo e estava me dando os créditos. Mal pude acreditar na sua manipulação. Eu precisava, urgentemente, entender o que se passava pela sua cabeça.
Por sorte, eu não estava louco. Ele pareceu entender bem o que eu estava pensando, já que piscou um dos olhos para mim. Baekhyun sabia o que estava fazendo e eu nunca fiquei com tanto medo dele como fiquei naquele momento.
— Todo mundo vai dar o que puder e deixem que o resto eu resolvo — interrompeu Sehun. — Hoje, tudo o que vocês devem se preocupar é com o que vamos fazer mais tarde.
— Como assim? — perguntou Kyungsoo, as sobrancelhas grossas virando uma só de tanto que ele franziu o cenho.
Sehun pigarreou e se levantou. Tirou do bolso do jeans alguns papéis coloridos e ergueu na frente do peito.
— Eu sabia que vocês, jovenzinhos, iriam aceitar a ideia da festa. Mas eu sei que não têm experiência nenhuma no assunto, então eu, como adulto responsável, vou levar vocês para sua primeira festa aqui em Hyegung.
Ele declarou como um discurso presidencial, e não conseguimos conter a empolgação assim que pôs os ingressos nas nossas mãos.
— Como você conseguiu isso? — Jongin sorria tanto que suas bochechas estavam vermelhas.
— Tenho que me manter informado sobre o lugarzinho que vim morar, não acham? É uma festa lá no centro, e nem se preocupem em como chegaremos lá. Só estejam aqui em uma hora para que a gente possa sair e digam que vão, sei lá, passar a noite na casa do Baekhyun. Inventem.
Baekhyun arqueou uma sobrancelha olhando para o próprio ingresso.
— Aqui diz que precisa ser maior de idade — disse. — Você sabe que, a maioria tem só dezessete, né? E você é o único com mais de vinte anos, Sehun.
Sehun ergueu a mão como se não fosse nada demais.
— Já falei para deixarem nas minhas mãos, não falei? A obrigação de vocês hoje é observar e se divertir. — Apontou para cada um com o rosto sério. — Agora vão logo, não temos a noite toda.
Sem contestar, a maioria deixou o clube no mesmo momento. Joy, Kyungsoo e Jongin estavam tão animados pela experiência que mal conseguiam se conter. Sehun foi logo atrás e eu e Baekhyun ficamos por último. Sozinhos no clube, me virei para ele louco para perguntar o que estava fazendo. No entanto, ele sequer permitiu.
— Se você disser algo a eles, Park Chanyeol, eu juro que soco a sua cara.
Não resisti e ri como um bobo, lembrando que ele me contou sobre ter feito o mesmo com Sehun. Um sorriso fraco surgiu no seu rosto e eu soube que ele pensava o mesmo.
— Algum dia eu vou saber o motivo de você ter mudado de ideia? — perguntei.
Ele deu de ombros.
— Talvez. Mas isso não te interessa.
Então eu me calei e saí do clube ao seu lado. Fiquei em silêncio enquanto subíamos a rua e o vi continuar andando atrás de Sehun. Sozinho, comecei a rir, negando com a cabeça. De todos os mistérios da humanidade, Byun Baekhyun era o que mais me surpreendia. Sua dualidade impressionante me deixava de mãos atadas na hora de decidir se eu amava ou odiava o seu jeito. Mas tentei não me importar muito naquela noite e fui para dentro de casa.
Afinal, aquela noite estava só começando.
#MyDearHeaven
Hellraiser é uma música do Sweet que descreve uma mulher incrível aos olhos de quem canta, ainda que seja descrita como uma "renascida do inferno". Existem milhares de interpretações acerca disso, mas vocês podem considerar que é, simplesmente, a forma como nossa querida Joy vê Yerim, sem se dar conta de que ela mesma pode se encaixar na letra.
Você pode ouvir esta e outras músicas na playlist! Link na bio <3
Sinto que muitos de vocês já estão de saco cheio de esperar ahshsh mas eu prometo que vai valer a pena!!! Os capítulos estão mais curtos no começo, mas emoções fortes estão a caminho então preparem-se!!!
Obrigada todo mundo que tá acompanhando crônicas! Vocês têm um lugar reservado no meu coração.
Com amor, Sandman :)
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