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Situação inesperada

Luizen dispara pela rua, andando em passos rápidos enquanto bufa de raiva. "Dentre todos os soldados, generais e aliados, precisava ir logo com essa jamanta!?" Ela pensa, sentindo a presença de Dex vir logo atrás, sem sequer tentar acompanhá-la. Apenas andando na mesma direção, aproveitando para analisar a energia do local.

Pequenas partículas coloridas voam pelo ar, sendo agitadas pelo vento e pela sua própria presença. O celestial clonado observa-as com certo fascínio, impressionado com o quão diferente a mana desse território é diferente. Ele tenta segurar uma partícula rosa e, consegue. Mantendo-a entre o indicador e polegar, o ser a analisa conforme anda, tentando desvendar o mistério das forças que compõem a própria criação.

Além, de compor ele mesmo. Dex permanece imerso nos pensamentos, tentando puxar algo de sua mente rabiscada, mal formada e sem recordações. Memórias, qualquer uma já o deixaria feliz. Porém, não há quase nenhuma. Desde sua primeira noção de realidade, quando foi despertado para enfrentar os defensores, o celestial tenta lembrar de quem realmente era. 

Mas, as únicas coisas que ele se lembra é do próprio nome, de sua raça e de um vulto, um vulto de uma mulher. Fechando os olhos, o clone tenta lembrar de qualquer coisa antes de seu encontro com Sodahead, falhando. O cientista admitiu ter clonado o defensor, contudo o artefato que havia usado apenas obedeceu o comando de copiar um ser poderoso. Não havia nenhuma explicação nele, sem contar que ele foi consumido no processo.  

Desacelerando os passos, Luizen observa-o de relance. O estranho homem de cabelo roxo caminha de olhos fechados, seguindo na direção dela conforme parece forçar a memória. Sua pele branca reluz com o contato com as partículas de energia, fazendo cada centímetro dele exalar uma espécie de aura, uma aura tranquila. A mulher consegue ouvir a mente do defensor, sem nenhuma barreira e um caos completo. Pelo plano astral, seus pensamentos parecem ser cuspidos no vazio e colidirem neles mesmos. 

A vampira logo entende a situação do seu novo colega, enfrentando uma espécie de amnésia forçada. Uma leve curiosidade invade-a, querendo saber o que aquele ser é e como acabou com o grupo. Contudo, ela é violentamente expulsa quando um feitiço é ativado, um recado passado e a consciência dela retorna a batalha de Tobias, com a espada sagrada cravada na barriga.

Parando de andar, os olhos de Luizen arregalam e o vampiro é atravessado pela arma de seu oponente.

A lâmina sai de sua barriga cortando-o para a esquerda e o ferimento fecha, apenas por fora. Por dentro, a energia de Tupã estraçalha os órgãos dele, tentando reprimir o dano enquanto revida, sendo totalmente neutralizado pelo herói.

E, num ato instintivo, Luizen invoca sua arma.

No plano astral, o espelho feito pela própria Ordem é materializado e é torcido, tomando a forma de uma arma, comprida e com as energias colidindo dentro de si. Pela escuridão entre as dimensões e pelas imposições da força primordial, a vampira calcula a força necessária para acertar o humano e, trava. Sua consciência retorna e se sobrepõe ao mais puro desejo de proteger seu irmão, sendo outra vez atingido. 

Ela cerra os dentes, fechando o punho com força enquanto pensa no que deveria fazer. Tobias não vai vencer, é a realidade. Aquele humano fez um contrato com Tupã e agora está em um nível totalmente diferente, comparável aos Imortais superiores. E, caso Tobias perca, o plano inteiro vai ruir.

Caso Luizen interfira, a guerra estará oficialmente declarada. Fechando a cara, ela gira a força primordial e ativa sua arma, reunindo a força mental e da ordem nela, completando com o caos antes de puxar o "gatilho" e disparar contra o herói. 

"Que venham." Ela observa a espécie de munição hiper carregada rasgar o plano astral e atravessa as dimensões com os feitiços da Ordem, sendo ativados em sequência conforme as condições são cumpridas. Ultrapassando cinco planos diferentes, ela adentra no absoluto nada e colide em cheio contra a consciência do humano. A barreira mental feita totalmente de luz estoura, os fragmentos são quebrados pela onda de choque oriunda do caos e o disparo adentra no subconsciente do humano, explodindo direto no núcleo dele, explodindo na sua alma.

No plano físico, o herói perde totalmente o controle do próprio corpo e a presença de Tupã recai ali, dominando-o momentaneamente conforme sufoca a explosão e dano, mantendo a criatura viva ao expulsar as energias invasoras junto a munição, tendo rachado o núcleo da alma. Tobias afasta, sentindo o Niatit mandar ainda mais energia e recua, vendo a luz inundar o branco e persegui-lo pelo absoluto nada. 

A vampira rosna um palavrão por não ter conseguido matar o herói e cogita outro ataque, contudo imediatamente desiste da ideia. A consciência de Tupã é materializada ali e toma o formato de um olho amarelo enorme, movendo sua pupila em todas as direções ao procurar a origem do golpe, característico e poderoso o suficiente para ser de um Imortal. 

Porém, ele não acha nada. O rastro desaparece em meio às dimensões. Luizen suspira, vendo Tobias recuar enquanto as suas tropas vencem a batalha na floresta. No final, o golpe funcionou. Retornando a onde seu corpo está, Luizen nota o olhar de Dex, bem do seu lado. O defensor tenta entender o motivo dela ter parado do nada, além de estar totalmente imóvel e seria. 

Sem falar uma única palavra, ela volta a andar em direção ao mecanismo de teletransporte. Ele arqueia as sobrancelhas, literalmente não entendendo nada. "Mulher louca." O ser pensa soltando a partícula rosa, indo atrás dela, que ouve o pensamento. 

Sorrindo em falso, a vampira se arrepende de ter ficado em silêncio e aceitado a missão de ir atrás da chave com o defensor. Contudo, o dever fala mais alto. E eles seguem. 

***

–Posso fazer uma pergunta? –Bleeim cruza os braços ao lado de Alucard, sinalizando que sim. Ambos seguem para algum reino separado em uma esfera de energia, sozinhos. Os outros seguiram para as missões. Houve uma mudança de planos e a ordem foi adiantar todas as buscas. –Por que não contou o que sabia?

–Caio alcançaria Tobias, precisava comprar tempo. –Ele responde observando as galáxias pela energia da esfera, atravessando o vazio. O ruivo suspira, simplesmente inconformado com aquilo. 

–Eu estava com ele, nada teria acontecido. –O vampiro nega com a cabeça, olhando-o de relance em seguida.

–Você viu o que aquele anão é capaz de fazer, deixá-lo ir atrás de uma das minhas maiores apostas assim seria simplesmente loucura. –O Imortal fala balançando a cabeça. –Agradeço pela preocupação comigo, mas foi ótimo. Apesar da surra, isso me fortaleceu em níveis colossais. 

Bleeim permanece em silêncio, encarando o vazio. Ele odeia a simples ideia de alguém ter se ferido por causa dele. E o fato de ser o mestre de seu amigo deixa o defensor ainda mais revoltado. A lembrança de Tobias murcho na nave enquanto decidiam a próxima missão invade sua mente, relembrando-o do relato do general sobre toda a guerra que estourou pelo enfraquecimento de Alucard.

–Onde eu encontro esse Caio? –Bleeim fala bem devagar, voltando a atenção para Alucard. O vampiro não responde, apenas olha-o de relance. O silêncio domina a esfera, deixando a pergunta pairar na energia. Eles chegam no destino e ambos aterrissam, ficando de pé diante a uma enorme estrutura, similar a uma muralha.

–Tem certeza disso? –Ele pergunta, quase como um alerta no que isso pode terminar. O semblante do ruivo muda, ficando totalmente sério conforme a determinação domina seus olhos, junto a raiva.

–Sim. –O Imortal suspira, temendo pelo o que vai acontecer. Apesar disso, o simples fato disso não poder mais estourar em uma guerra o tranquiliza. Pelo relato de um informante, os pilares haviam feito um acordo com o novo território. 

–Primeiro, vamos garantir que Tupã não destrua mais nada. Depois, eu te garanto uma conversinha com o anão. –Ele fala, caminhando na direção da entrada do que parece ser um enorme castelo. Bleeim suspira, seguindo-o ao estalar os dedos. –Agora, é ver como o velho está.

***

–Devemos apenas esperar o ataque? –GG pergunta cruzando os braços, encarando uma pessoa de armadura. Ela põe a mão na própria cabeça, incerta disso também e o homem branco bufa, voltando a atenção para o horizonte. Yukine da pequenas cambalhotas pelo ar conforme observa a muralha pela parte superior, basicamente onde estão, notando os imensos canhões e morteiros ali. "Pelo visto a guerra começou mesmo." A anã pensa, passando alguns fios de seu cabelo branco para trás da orelha pontuda, similar a de um elfo. O tapa-olho azul balança nos movimentos pelo ar, extremamente parecidos com uma pipa.

–E o que os outros foram fazer então!? Droga, queria ter ido com o Evan e Yellow! –Spokina fala ao surgir atrás do soldado, assustado com o súbito teletransporte. O defensor arqueia as sobrancelhas, desconhecendo essa capacidade dela e a mulher bufa, pondo ambas as mãos na cintura ao fechar a cara, inconscientemente energizando seus chifres. –Tentei ir atrás deles, mas algo me barra! Que raiva! O que é isso!?

–É, deve ser as leis da criação. –A pessoa explica, ainda receosa e os dois olham-no, sem entender nada. Ele abaixa a cabeça coberta pela armadura, suspirando antes de voltar a atenção para eles, pensando numa forma de explicar. –É meio difícil explicar um senso comum, mas pensem nisso como, a gravidade. So que ao invés de te puxar pro chão, ela te mantém na mesma dimensão e, evita estragos maiores.

–Estragos maiores? –Yukine pergunta, aproximando dos três pelo ar até pousar na cabeça de GG, estreitando os olhos com ação. Spokina ri da cena e o homem fica totalmente pasmo, balançando a cabeça para sair do transe.

–É. Tipo, explosões e magias são sufocadas o tempo inteiro por ela. Deve ser algo criado pelos Imortais para evitar de outro cataclisma acontecer. –Ele explica e a mulher concorda, sem ideia alguma do significado daquela palavra. Os outros dois apenas voltam a atenção para a cidade atrás das muralhas, a todo vapor. 

Apesar da guerra e da iminência de um ataque, eles seguem trabalhando. Não há muitos lugares para eles irem, nenhum território daquela área está totalmente seguro dos ataques das bestas ou tropas de Tupã. Então, ficar nas muralhas é a melhor opção. 

Enquanto a dupla pensa na segurança do povo, Spokina pensa na segurança dos amigos. Yellow, Evan e Nayuta foram numa missão isolada. Aparentemente, estão buscando um fragmento de um pilar caído. Apesar dela não entender o que isso deveria ser, ela queria ter ido junto. Tanto para ajudar, quanto pela companhia do elemental e do "homem xadrez", nome que a mulher chama Evan às vezes.

Aproximando da beirada da muralha, seu pensamento parece focar nele. Sentando no limite da construção, ficando com os pés pairando no abismo até o chão, a defensora lembra de quando conheceu o novato. Já faz alguns meses, porém a memória é clara. A chegada dela na nave e dando de cara com Evan e Yellow, discutindo sobre como deveria chamar o pacote de bolacha. 

O elemental estava convicto que era biscoito. Já o homem, totalmente convencido de que era bolacha. O pior disso é que pediram a opinião de Spokina sobre o assunto. Um pequeno sorriso surge em seu rosto, lembrando de quando simplesmente tomou o pacote e comeu ele, ignorando totalmente como deveria chamá-lo ao deixar os dois furiosos.

Fechando os olhos, a mulher procura a presença deles em meio as dimensões, cogitando seriamente ir ajudar eles ao invés de esperar um ataque acontecer. "Bem, quando um dos dois lutar devo conseguir achar onde estão. Até lá, posso… Posso comer algo!" A ideia vem acompanhada de um solavanco, no qual levanta-a e a faz cair de pé diante do soldado.

–Tem algo para comer? –Ela pergunta, esfomeada.

***

–Por que raios estamos em um labirinto? –Yellow pergunta para Evan e Yoshi, voltando a atenção para trás. Os dois dão de ombros. O homem de máscara oferece o potinho de amendoim, dado por Alucard, para Evan, que aceita e pega dois. O elemental bufa, fechando a cara em seguida. –Não deveríamos estar focados na missão?

–Não dá para focar na missão com fome pae. –O defensor diz e Nayuta também pega um, fazendo-o levitar até sua mão e os três comem juntos, voltando a atenção para o amarelo, estreitando os olhos com a cena. –Qual foi? Não quer um?

Ele pensa um pouco, volta a atenção para a espécie de labirinto, suspira e concorda. Após isso, os quatro entram na estrutura. Eles cogitam a possibilidade de simplesmente sair arrebentando tudo. Porém, o aviso de Alucard retorna e eles se controlam. Caso alguma coisa seja destruída, a manifestação do selo vai mudar e a chave será lançada para outro local da criação.

–Ah, qualquer coisa eu saio escalando isso. –Yellow conclui, indo para dentro do local. Os outros três dão de ombros, indo atrás dele sem muitas preocupações.

***

Tédio. Largado e tomado pela mais pura preguiça, Caio assiste TV de ponta cabeça no sofá, não aguentando mais o castigo. Durante todos esses seis meses, o Titan ficou preso dentro de casa. Foi a punição por ter feito aquela bagunça no Reino de Eli'ja, apodrecer no tédio.

Ao menos agora, ele pode sair de casa. O problema é: Por apenas trinta minutos. O ser já havia jogado quase todos os jogos inventados pelos Imortais e, além de zerar, havia feito 100% de todos. 

Encarando seu videogame, a criatura pensa se deveria instalar outro jogo ou apenas continuar a mofar no sofá. Apesar de estar sem vontade alguma de jogar. Seu verdadeiro desejo era estar perto de sua esposa e filho, vendo ambos treinarem na associação criada pela irmã de Kinen, a rainha. O local é uma especie de escola para os Imortais.

Caio nunca teve o menor interesse de ir lá, apesar de saber o quão bem os ensinos fizeram a seu filho. Em menos de dezesseis anos, Haio havia ultrapassado quase todos os Imortais em nível de poder. O mesmo aconteceu com o filho de Fred e Kinen, Rutra. 

Os dois príncipes e Fenir, o filho adotivo do Sem Nome, atingiram um estágio surpreendente de força sem qualquer feitiço, dilatação de tempo ou por contrato. O Titan ajeita sua postura, continuando de ponta-cabeça. Esse castigo não foi de todo mal. Durante esse tempo em casa, ele teve muito mais contato com seus filhos e esposa, o que realmente o deixou chocado.

Caio não tinha a menor ideia de como era a rotina deles. O trabalho de ir chutar a bunda dos Niatits diariamente e viajar a existência consumia quase todo o seu tempo. Apesar de gastar o que sobrava com sua esposa, não era o suficiente.

O Titan suspira, ciente do quão pouco presente esteve na vida de seus filhos. Ele organizou todos os aniversários, levou todos nas festas dos colegas e sempre fez o possível para ver algumas apresentações, apesar de achá-las extremamente entediantes. Porém, isso era algumas vezes no ano, raras ocasiões isoladas. No dia a dia mesmo, apenas se viam no café e na janta. 

E agora, Caio viu o quanto eles cresceram.

Um barulho vem da cozinha. Voltando a atenção para lá, a geladeira branca é aberta e uma moça surge ali, retirando uma garrafa de Iogurte ao ajeitar o cabelo preto atrás da orelha, caindo até os ombros sem nenhuma ondulação. Os olhos púrpuras dela procuram mais alguma coisa, ela estende a mão para pegar algo e, parando, desiste. Fecha a geladeira e volta a atenção para o Titan.

–Quer um pouco, pai? –A filha dele oferece.

–Ah, quero. –Ele aceita e ajeita a postura, observando-a abrir a mão e dois copos virem voando da pia, sendo segurados pela sua energia roseada enquanto o Iogurte é posto neles. Vasti anda até seu pai e entrega um dos copinhos. –Valeu.

Ela faz um joinha e senta numa cadeira na sala, voltando a encarar os cadernos sobre a mesa, pegando uma lapiseira roxa sobre um deles antes de retornar as suas tarefas. O ser observa-a por um momento, simplesmente incrédulo com a passagem do tempo e do quão rápido sua filha cresceu. Para ele, ainda ontem Vasti era um bebê, estando do lado de Haio no berço. Porém, agora já está virando uma mulher.

"Dezessete anos." Caio pensa, deitando no sofá ao deixar o copo de vidro flutuando no ar, desabilitando o efeito da gravidade nele. "E dezoito de Haio. O tempo deveria passar tão rápido assim, Karma?" 

E, recebendo a resposta, o Titan murcha um pouco. "É, tem razão." Ele pensa, arrepiando em seguida. Vasti levanta, também sentindo algo estranho e o ser imediatamente salta do sofa, caindo em pé nele ao subir os olhos para o céu, transferindo sua consciência para fora daquele plano.

Sentindo algo entrar no território de Karma.

***

Kevil grunhe em raiva, com ódio dele mesmo. Desde sua descida ao plano dos Imortais com Retse, um sentimento estranho cresce cada vez mais no peito do pilar, em uma velocidade tão assustadora que ameaça dominá-lo por completo. 

Pela primeira vez desde a criação do primeiro Reino, o Niatit pode colocar os pés em um plano sem arrebentar tudo nele. Isso, graças à restrição criada pela Titan da Ordem. E, junto a ela, ele conseguiu ver de perto o que os Imortais e Mortais criaram. Pela primeira vez, o ser sentiu algo.

Grunhindo outra vez, Kevil olha para a própria representação em meio ao caos, simplesmente incrédulo com o que está fazendo. Após ser convidado por Retse para tomar um sorvete, um mísero sorvete, a criatura que nunca se importou com a manifestação assustadora de sua essência está tentando mudar ela.

Abandonando a representação de um palhaço distorcido, com rasgos laranjas no peitoral e enormes asas negras, ele tenta criar algo mais, bonito. O simples pensamento deixa o pilar louco. Ele está se arrumando, literalmente, para ir ver Retse. 

O que deveria ser o estômago dele embrulha, o projeto de coração dispara e os pensamentos vão a mil. Os sentimentos que sequer deveriam existir nele se manifestam de forma assustadora, lembrando-o de seu irmão.

Ele afasta os sentimentos, enfurecido por saber que Etrom poderia se arrastar pros seus pensamentos. Dando uma olhada ao redor de sua dimensão, encarando os planos astrais, Kevil não sente a presença do Niatit e retorna a concentração para sua "nova representação". 

–Se aquele miserável aparecer, vou fazer questão de arrebentar a área vermelha. –O ser fala sozinho, ajeitando o novo corpo. A forma humanóide é materializada. Braços e pernas são feitos, tomando uma tonalidade roxa junto a seu cabelo volumoso. 

Nele, um traço azul surge e Kevil tenta retirá-lo. Porém, falha. Ele estreita os olhos, sabendo exatamente o motivo daquilo estar ali. Sua manifestação está mostrando a energia de Retse em sua alma. Ela fez isso quando o Niatit se voltou contra o Colosso e o enfrentou.

A batalha deixou uma enorme ferida, na qual culminaria na sua morte. Porém, Retse conseguiu fechá-la o suficiente para o ser não morrer. Na verdade, a criatura somente permaneceu viva porque achou Caio nas ruínas da dimensão onde a batalha aconteceu. 

Suspirando ao lembrar de quando fez o contrato com o anão, Kevil retorna o foco a sua representação. Criando uma espécie de terno roxo, o ser ajeita-o e cria uma calça na mesma tonalidade, dobrando-a perto dos pés ao materializar um tênis, entrando nele conforme os olhos ficam totalmente escuros.

Pupilas roxas surgem e duas ombreiras são feitas, somente porque ele acha bonito. Testando os movimentos, aparentemente bons, um pequeno sorriso invade-o. 

–Deve servir. –Olhando para o braço esquerdo, onde o selo azul está amarrado, como se fosse um pequeno pano, Kevil realmente sente medo. Medo dela não gostar de sua preparação, apesar disso sequer ter fundamento. 

E, algo entra nos seus sensores. Arregalando os olhos, o Niatit imediatamente volta a atenção para os confins da criação, onde vê uma energia destrutiva surgir.

Reconhecendo-a, Kevil pragueja um palavrão e salta para lá, furioso.

***

–Vai para um encontro? –Um homem fala aproximando da Titan da Ordem na dimensão dela, que imediatamente cogita a ideia de expulsá-lo de lá. –Nem tente.

–Então fique na sua. –Ela ruge, estreitando os olhos ao colocar o chapéu de caçador roxo. Toda a dimensão diretriz se enfurece com o sorriso do ser, realmente querendo provocá-la.

 –Qual é Retse, sejamos francos aqui. –Ele fala, andando em meio a força da ordem ao abrir a mão. Um banquinho é materializado e a criatura senta nele, observando a Titan, usando um decote azul, levemente escurecido nas beiradas. Apenas parte de sua barriga e pescoço estão expostas. A calça na mesma tonalidade possui alguns rasgos, pequenos, mas presentes, tentando imitar a moda humana. –Melhor tirar esses braceletes, não combina com o look. 

–Eu não vou falar de novo. –Ela ruge, voltando a atenção para o espelho diante dela. Diferente de Kevil, Retse possui comportamentos extremamente similares aos dos humanos, apesar de não ser uma. Mesmo xingando o seu avatar, a criatura acaba ouvindo-o e retira as ombreiras, deixando ambas serem dissolvidas na energia. "Deixar os ombros, parte do pescoço e barriga expostos é estranho. Como as humanas conseguem ficar assim?" Pensando, a atenção dela é outra vez atraída pelo homem, encarando-a com um enorme sorriso. –Sem, eu vou te tirar daqui no murro.

–Mas, aí quem vai te ajudar? –Ele move um pouco a cabeça no protesto, fazendo-a estreitar os olhos. Seu cabelo grisalho reluz, indicando certa empolgação e os olhos castanhos brilham, denunciando a felicidade dele. Estando com uma camisa de academia laranja, o ser chamado de "Sem Nome" levanta, aproximando da Titan. –Qual é Retse, amigos são pra isso.

Ela bufa, ignorando a existência dele ao terminar de se ajustar. Materializando a calça azul e uma bota, a pilar toma um baita susto quando a cor de sua roupa é mudada, tomando uma tonalidade royal. A bota escurece, ficando similar ao azul marinho e uma rosa vermelha surge na mão do homem, que coloca-a no centro do selo dela, localizado no olho direito. 

–Agora sim. –Ele define, afastando em seguida. A Titan continua paralisada, processando a ação de seu avatar e retorna a atenção para suas roupas, ficando ainda mais incrédula ao gostar das mudanças. Sentindo a mudança de humor dela na própria dimensão, o líder dos Titans ri. –Pronto, já pode atacar.

Um corte rasga a dimensão e ele desvia do súbito ataque, surgindo no banquinho á esquerda dela que segura sua espada com ambas as mãos, furiosa.

O ataque somente o faz rir ainda mais. Zoando-a pelos pensamentos, o ser se diverte ao vê-la envermelhar feito uma pimenta, pressionando o cabo da espada ao cogitar outro golpe.

Mas, antes disso acontecer, algo invade o território de Karma.

Arregalando os olhos, Retse volta a atenção para o invasor, cruzando os braços na fronteira de tudo. Sua energia destrutiva inconfundível continua adentrando e para ao aproximar-se de um planeta. 

A Titan fecha a cara, não acreditando aquilo e, quando iria ir até lá, o Sem Nome estala os dedos.

–Fique tranquila, não é um ataque. –Ele diz antes dela saltar. Sentindo Kevil ir até lá, ela retorna a atenção para o homem, olhando tudo sem preocupação alguma. –Deixe eles resolverem, nada sério vai acontecer. Aproveita e chega na sorveteria antes.

–Tem certeza? –Retse pergunta e o ser confirma. Suspirando, a Titan olha mais uma vez na direção do invasor, sentindo a presença do Niatit do Caos se materializar lá. Mas, antes de vê-lo, Sem tampa a visão dela.  

–Vá logo, deixe eles resolveram isso. –Ele insiste, com a mão diante de Retse. A ação é simbólica, a verdadeira ação é um feitiço, no qual isola aquela parte da criação e coloca uma regra bem clara: Retse não vê aqui. Estreitando os olhos, ela decide confiar nele e salta para o reino dos mortais, levando consigo o selo. 

O Titan abaixa a mão, vendo-a aterrissar sem fazer barulho algum na rua em meio aos humanos. Nenhum deles consegue vê-la. E, dando os últimos ajustes, Retse finalmente vai até a sorveteria, sentando numa das cadeiras ao ficar visível aos mortais, fingindo estar ali a horas. Só então, o homem olha para Kevil e Caio, perto do invasor.

Que é Solares.

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