O Caos e a Destruição
"Precisamos conversar."
A surpresa domina Kevil, voltando a atenção para o nada depois de sua casa e entre a dimensão da ordem, onde uma figura está parada. Arrepiando dos pés a cabeça, o Niatit condensa a própria essência numa forma humanóide e vai em encontro a Retse, esperando-o de braços cruzados.
"Ela descobriu?" O pensamento dele é acompanhado pelo olhar dela, exalando a força azul da Ordem pelos olhos azuis. Sua forma aparenta estar calma, sua energia não demonstra qualquer agressividade e nem hostilidade, o que deixa o ser ainda mais preocupado.
Em todos esse tempo de existência, Kevil sabe que vê-la tão calma assim é um presságio de confusão. Isso porque ele queria ir falar com ela. O exato oposto aconteceu, Retse veio até seu encontro. E, os instintos dele já dizem-no o assunto da conversa.
–Aconteceu algo? –O Niatit pergunta trazendo sua consciência para fora de seu plano, materializando-se na forma de palhaço roxo ao controlar sua essência, controlando a expansão do caos pelo nada. A Titan da Ordem espera pacientemente ele surgir por completo, sem olhar na direção dele. Ela poderia ter entrado na dimensão dele facilmente para conversar. Porém, caso fizesse isso, correria risco de vê-lo na sua forma pura, o que é basicamente, sua forma nu.
–Aconteceu. –A voz dela é transmitida pelos pulsos na força azul, expandindo-se até encontrar com o roxo claro, encostando suavemente nele ao tentar transmitir a menor quantia possível de hostilidade. Kevil faz uma careta, sentindo o próprio coração acelerar ao trocar olhares diretos com ela. –E preciso te perguntar o que significa isso.
O silêncio paira no local.
Ambos ficam se encarando, deixando as palavras serem processadas com calma enquanto a mulher descruza os braços, pondo a mão esquerda em seu chapéu de caçador, dado pelo próprio Niatit. Seu cabelo preto é tingido pelo azul, tomando ambas as cores e escurecendo nas raizes, ficando roxos ao reagir com o caos.
O tapa-olho em formato de rosa no olho esquerdo brilha em um leve rosa, funcionando como um selo. A mão direita repousa na cintura, mexendo um pouco conforme ela mede bem as palavras, esperando alguma reação dele, totalmente imóvel.
–O que Caio está fazendo fora da criação? –As palavras atingem Kevil em cheio, desviando o olhar no mesmo momento. "Droga." Ele pensa, ouvindo-a suspirar em seguida. –Se acalme, não vim aqui para… Te obrigar a falar e ir buscar aquele anão, só quero saber o que está acontecendo.
Outra vez, o silêncio paira sobre o nada. A criatura cogita seriamente usar a moeda dada por Kinen como desculpa para não falar do assunto, o que lhe evitaria muita dor de cabeça. Havia dito para Caio conseguir o alvará pensando exatamente nisso. Porém, olhando a Titan agora, sem arma, mostrando o máximo de tranquilidade possível, ele pensa se deveria fazer isso.
A Titan de antigamente sequer pediria assim. Ela aparecia, daria um murro na dimensão dele e mandaria uma clara mensagem, dizendo: Você tem cinco segundos para explicar o que está acontecendo! Isso porque a Pilar gosta muito do Niatit, caso contrário sequer avisaria, apenas extrairia a informação com a autoridade dada por Karma. Não seria um processo fácil, teria uma luta, porém com certeza aconteceria.
–Por favor, eu só quero saber se aquele louco realmente foi atrás daquele ser. –Retse diz, suspirando. Kevil imediatamente lembra de Bleeim, que havia lutado na dimensão dela e com toda certeza foi visto. Ele nega com a cabeça, respondendo e o semblante dela fica mais aliviado. –Menos mal. Mas, então foi fazer o quê?
–É, atrás de Tobias. –O Niatit diz, coçando a cabeça pelo capuz, desfazendo-se no movimento. A Titan faz uma careta, desviando o olhar para o nada abaixo deles, pensando. Ambos estão cientes da nova criação e, também estão cientes de que pode haver outros pilares. E, se realmente tiver outros pilares, eles não vão gostar da presença de um invasor. –Eu disse para ele ficar, mas…
–Sei como aquele anão é cabeça dura. –Retse interrompe-o, respirando fundo ao coçar a própria pele, ficando parda. Suas roupas azul claro com detalhes em roxo reluz, denunciando a preocupação dela e Kevil contorce por dentro, sem saber como reagir. Estava esperando um xingo, uma repreensão e uma ordem para buscá-lo, não isso.
Nos últimos anos, as ações da Titan mudaram muito. Antigamente, ela agia rigorosamente com as leis, fazendo de tudo pela manutenção da paz de tudo. E, caso isso tivesse acontecido a uns cem anos, provavelmente iria pessoalmente buscar Caio. O que deixava-a um pouco menos autoritária era o seu avatar, Sem Nome. Mesmo ficando totalmente apagado dos registros, lembranças e fatos da criação, ele continuou ajudando como podia, de vez em quando pondo algum freio nela, quando conseguia.
–Essa sua agitação é por causa disso? –Ela pergunta e o Niatit nega, tombando um pouco a cabeça. "Espera ai, ela estava me observando?". –Não?
–Caio sabe se virar. Também, caso precise, vou ir salvar o rabo dele. –Ele define, recolhendo as mãos. A curiosidade domina a Titan, movendo um pouco a cabeça ao olhá-lo de relance, realmente querendo saber o verdadeiro motivo da inquietação dele. O sentimento não foi negado, então está presente. O ser treme, pensando se deveria ou não falar a verdade. Mentir é impossível, Retse a detectaria na hora. Então, pensando um pouco, seus pensamentos gradualmente saem das barreiras, dizendo-a o motivo. –Eu… Estava querendo falar um pouco com você.
Ela trava, os olhos fixam nele e o constrangimento do silêncio domina-o. Uma mensagem por pensamento é muito mais claro do que as mensagens por energia, não deixando segundas interpretações. A intenção dele era falar com a Titan porque simplesmente queria estar na presença dela, nada mais nada menos. E, isso a pegou totalmente desprevenida.
Mas, sorrindo, ela enfia as mãos no bolso e sorri lentamente, olhando-o ao diminuir sua aura, deixando pequenos traços de felicidade vazarem pela energia.
–Ah, é? –Retse pergunta e Kevil mantém os olhos no nada, envergonhado. Antes do Niatit ter a chance de se arrepender de ter mandado a mensagem mental, a mulher aproxima-se, analisando-o conforme sua forma fica mais concreta. O cabelo toma a tonalidade roxa nas raízes, ficando azul apenas nas pontas e sua pele brilha ao entrar em contato direto com o roxo claro, tremendo no contato do azul. –E quer falar sobre o que?
Ele treme, sem ideia alguma do que responder e ela para diante dele, vibrando. Os pensamentos do ser aceleram, tentando loucamente pensar em algo para responder e falha miseravelmente, sequer conseguindo raciocinar.
–É… eu… –Kevil murmura, querendo dar um passo para trás. Porém, não consegue. Retse inclina o rosto, como se quisesse ouvir melhor e o ato deixa-o ainda mais nervoso. –Eu não sei, por isso estava, estou, estou assim.
–Ah, faz sentido. –Ela define, ajeitando a postura ao olhá-lo diretamente. Os dois são praticamente do mesmo tamanho, ele é um pouco menor. –Mas, até Caio te chamar, porque provavelmente vai, quer dar uma volta?
"Dar uma volta?" Kevil tomba a cabeça, sem entender e Retse reafirma com a cabeça.
–Eu não posso…
–"Sair da minha dimensão, se não destruo tudo". –A Titan interrompe-o completando, balançando a cabeça e, aproximando, estende a palma de sua mão na direção do Niatit, pedindo a dele. –Por isso, tenho um presente.
Ele arqueia as sobrancelhas, sem acreditar e ela sorri, permanecendo na mesma posição. Kevil engole seco, pensando um pouco antes de, lentamente, estender a mão para ela, controlando ao máximo a própria essência para não acabar ferindo-a.
E, quando estende, Retse suavemente segura-o e algo materializa em torno do braço dele. O ser arrepia dos pés a cabeça com o contato direto com a Ordem, sentindo-o na própria essência e arregala os olhos, vendo uma espécie de pano restringir a corrosão do caos, inibindo-a quase totalmente.
–Foi difícil fazer isso, então espero que funcione. –Ela revela e, aproximando mais, a surpresa domina totalmente o Niatit, vendo o caos encostar nela e não fazer absolutamente nada. O roxo encontra com o azul, sem reagir e um enorme sorriso brota no rosto de Kevil, não acreditando naquilo.
Retse está a menos de trinta centímetros dele, sem sofrer dano algum. Independentemente de quem seja, caso aproxime-se será atacado pelo caos, inconscientemente. Karajá fez-o para isso, para corroer, destruir e modificar, mesmo que não seja sua vontade. E agora, pela primeira vez na criação, essa maldição foi enfraquecida.
A Titan consegue sentir o resquício da corrosão nela. Mas, tão fraca que é como uma pequena coceirinha. Para ela, um pequeno carinho. Apertando a mão dela, Kevil fica sem palavras, não conseguindo agradecer diretamente.
Porém, o semblante dele diz tudo.
–Agora, vai dar outra desculpa ou vai ir num rolê comigo? –Retse ironiza, abaixando a mão com ele ao retribuir o aperto, feliz pelo selo ter funcionado.
–Ainda pergunta? –Ele diz, materializando totalmente sua forma de palhaço. Porém, humanizando-a mais, tentando imitar um humanoide ao invés de um monstro, sorrindo como uma criança. –Para onde vamos?
A Titan sorri, lentamente puxando-o pelo vazio, sem responder.
E, em um salto pela criação, leva-o para um local isolado.
***
Alucard gira uma moeda em mãos, com um enorme R no centro. É a moeda de Caio, ele a roubou no meio da luta. Apesar de que, ela sumiria assim que ele ou o Niatit a invocassem. Porém, isso é irrelevante agora, o ser ja havia feito o que queria com o item.
Sua forma física se recuperou parcialmente, graças a força do pequeno objeto e da poção de sua irmã, extremamente eficaz. Sua alma e núcleo de força estão rachados, entupidos pelo caos enquanto são corroídos. Porém, a concentração da força está diminuindo aos poucos, além dela estar sendo assimilada.
Alucard ainda sente muita dor. Porém, comparada a agonizante sensação de ser mergulhado na dimensão caótica e ter cada milímetro de sua essência rasgada bilhões de vezes, é extremamente insignificante. As visões em sua cabeça diminuíram, talvez pelo estado dele, ou pelo simples fato de a decisão principal já ter sido feita.
Ele havia entrado nessa confusão esperando que a sua visão sendo estraçalhado pelo Titan fosse concluída. Logo após, Caio iria para a outra criação e lutaria contra dois pilares de lá, Cacilius e Solares. Em seguida, Tobias estaria seguro e ele voltaria sem problemas daqui um tempo.
A questão é: A visão não se concluiu totalmente. Alucard para a moeda entre o indicador e o polegar, observando o R branco, energizado nela. Além dessa "premonição", outra estava martelando sua mente, a de Tobias morrendo numa luta direta contra o herói.
Porém, elas são em tempos diferentes. O que deixa tudo mais complicado. Ambas são verdadeiras, definitivamente. Porém, uma delas é totalmente incoerente com o vivido pelo Imortal, tão diferente que aparenta ser uma invenção de sua mente.
Contudo, ele sente na própria essência, aquilo aconteceu. Suspirando, Alucard move-se até sentar na cama, com o corpo totalmente feito. Olhando para os braços, extremamente menores e finos, o ser olha para seu peitoral. Antes, robusto e milimetricamente fortificado. Já agora, raquítico, começando a formar os músculos.
Seu cabelo caiu quase totalmente e, o que restou, foi cortado pela sua irmã. Ele estreita os olhos, lembrando dela restaurando a essência dele, basicamente vendo-o nu. Recordações da infância deles retornam em seguida, trazendo de volta a época quando ele brigava para não tomar banho e era enfiado no banheiro à força.
Um leve sorriso invade o rosto branco dele, recordando de seu pai e mãe. De sua "tia" nos campos nevados, sempre ensinando-o alguma coisa. Da batalha onde conheceu Luizen, ainda garota, treinando para um dia se tornar uma general de Drácula.
–É, são boas lembranças. –Ele define, suspirando enquanto a visão de Táu rasga seus pensamentos, inundando o seu lar na escuridão e, em seguida, sendo obliterado por Caio. Ousando levantar, Alucard segura na cadeira e consegue ficar firme sobre os próprios pés. Abrindo uma das mãos, ele tenta invocar o resto de sua arma destruída, falhando.
Outra tentativa, mais uma falha. Na terceira vez, parte dela materializa-se em torno de seu punho em pequenos fragmentos cinzas, quase totalmente corroídos pelo caos. "O bracelete esquerdo foi totalmente destruído, maravilha." O Imortal pensa, rebobinando o resto do equipamento para seus dedos, fazendo-o escorrer até ser reunido em uma espécie de cabo, criando uma bengala.
Firmando nela, o vampiro suspira e "olha" na direção de Gabriele, junto a Luizen em outra cidade, distante de onde está. Ambas ajudam na reconstrução, carregando os gigantes materiais ao deixarem os inferiores totalmente abismados.
Uma singela gargalhada escapa dele quando um dos homens canta Luizen, fechando a cara em seguida e espantando-o com uma violenta supressão mental. Sentindo a presença de M'boi mais distante, um gosto amargo domina a boca de Alucard, lembrando da discussão de Gabriele com ele por sua causa.
–Ah, eles sempre brigam mesmo. –O vampiro murmura, subindo os olhos ao pensar em dar uma volta. –No mundo dos mortais a semana virou, o cotebu deve estar aberto. Será que, ela está lá?
Cogitando a ideia de ir lá, Alucard analisa os riscos. E, quase no mesmo instante, ele ignora-os e decide ir. Na pior das hipóteses, há um teletransporte imediato para o quarto pelo feitiço imposto por Gabriele.
E, também há um que deveria prendê-lo ali. Porém, o vampiro já encontrou uma forma de burlar isso. Assaltando uma camisa e bermuda de M'boi, verde e preta, ele faz o possível para criar o mínimo de cabelo e, fazendo um boné por garantia, o ser teletransporta-se para o reino dos mortais.
***
A surpresa de Solares colide contra a sua própria felicidade.
Lutando contra Caio no nada, o frenesis domina-o conforme acerta o pequeno ser com violentos golpes e, é atingido de volta pela estranha força verde, resistindo totalmente a sua destruição.
Condensando o vermelho, a Vontade atinge a barreira em cheio com um murro, criando um impacto tão violento que poderia facilmente dizimar parte da criação onde estavam.
O nada é preenchido pelo carmesim e, em seguida, é dissipado pelo verde, resistindo ao golpe.
Tomando a forma de uma luva, Caio usa-o para socar seu inimigo, imbuindo o ataque com o caos ao afundar a energia da destruição nos murros.
O ser sorri com o impacto e, contra-atacando, é barrado pela barreira no punho de seu oponente outra vez.
A criatura é atingida, recua e é lançada no vazio em um chute. Rodando, o homem vermelho lança mais de sua força na direção do Titan, rebatendo todas as esferas com uma única mão antes de mudar o formato da barreira para uma esfera, rasgando o nada com ela.
Solares desvia da propagação dela, devolvendo todos os impactos de uma vez num corte verde e, decide mudar de plano. Movendo-se como um raio vermelho, ele inicia uma chuva de golpes sobre o invasor, defendendo-se de todos ao movimentar a barreira de uma mão para a outra, fazendo-a tomar o formato de um bastão antes de atacá-lo, acertando a barriga da criatura, que segura-a.
Suas mãos rasgam e, recebendo o ataque em cheio, Solares resiste ao dano e imobiliza a força. Caio arregala os olhos e, notando o que aconteceu, é atingido em cheio bem no rosto. Suas mãos soltam o verde e o caos recebe o próximo impacto, tendo sua cor violentamente lançada pelo branco.
Lançando o que quer que seja aquilo no nada após revesti-la com a destruição, a Vontade persegue seu inimigo, girando antes de freiar e avançar também, batendo de frente contra a criatura. O vermelho colide com o roxo e, atravessando o púrpura, a destruição atinge o Titan.
Girando, Caio revida numa cotovelada e leva um murro na barriga, subindo antes de defender-se da capa dele, cortando seu braço feito uma lâmina. Socando-o sem pensar duas vezes, Solares erra o golpe e salta, vendo o roxo cortar o branco e o vermelho abrir um buraco nele, procurando o seu oponente.
O roxo envolta a destruição, sufocando-a e a Vontade ri com a ousadia dele, tentando sufocar sua presença. Expandindo sua força, ele procura-o em meio a colisão, tão colossal que as essências de ambos sentem a onda de choque, chegando na própria alma deles.
Em meio a força, Caio abre as mãos e bate-as. A pressão aumenta e Solares grunhe, perdendo espaço e imediatamente muda de plano, girando as cores ao concentrar a energia, rompendo o roxo e lançando-o junto ao vermelho contra o invasor, arregalando os olhos antes de ser atingido.
Sem perder tempo, ele aplica outro ataque e o movimento das forças ensurdece-o por um instante, ouvindo algo trincar. O Titan sai voando e, algo faz a Vontade desacelerar. Sentindo algo dentro de sua essência rachar, ele grunhe e um péssimo sentimento domina-o. Olhando para sua mão, trincada.
"Estou cedendo?" Solares pensa e, voltando os olhos para Caio, vê o mesmo acontecer com o ser. Machucados começaram a aparecer pelo seu corpo, o sangue vermelho escorre pelo seu rosto, braços e pernas, denunciado os danos sofridos.
E, diferente dos outros, esses não estão sendo regenerados. Porém, mesmo assim, um gigantesco sorriso permanece no semblante do Titan, embriagado pelo frenesis da batalha. A Vontade também sorri, sentindo o mesmo ao ficar ereta, liberando mais de sua essência destruidora.
Caio faz o mesmo, deixando a sua alma atingir o máximo que o limitador permite e, uma gigantesca explosão roxa inunda o branco. Solares arregala os olhos, vendo a imensa cor rasgar a inexistência como auroras, preenchendo-a como tinta no papel enquanto a mais pura surpresa domina o invasor, olhando para si mesmo, abismado.
"Onde está o limitador?" Ele se pergunta, procurando o limitador imposto pelas leis de Karma e, não o acha. Por um instante, o pequeno homem roxo fica totalmente imovel, raciocinando e, dispara a gargalhar, fazendo sua voz reverberar pelas forças.
–SOLARES, NÃO É? –Caio pergunta ao tampar o próprio rosto, sentindo o frenesis reviver seu antigo desejo pela batalha, adormecido pelos anos de paz. Seus pelos arrepiam, a aura dele adentra no branco e, o local é dominado pelo caos. –ME DIGA, COMO É VIVER SEM UM LIMITADOR? SEM ALGO, SEM ALGO PARA TE RESTRINGIR A FAZER A MENOR DAS COISAS!?
A Vontade processa o que acabou de ouvir, sem entender absolutamente nada. "De onde ele vem havia um limitador? Espera, durante todo esse tempo esse homem… Não estava lutando a sério?" O pensamento é acompanhado de um estalo, outro acontece, o vermelho vibra e a mais pura empolgação invade Solares, seguido de enormes explosões por toda a sua força.
Batendo de frente com o roxo, a essência dele faz a destruição descer até o nada, tendo como único alvo, o Titan diante de si.
–É bom. –Ele responde, reunindo a energia nas mãos, fechando-as ao sequer conseguir controlar sua empolgação pela continuação batalha. –E o que acha disso, Caio? Estar sem um limitador, gosta disso?
A criatura ri como um monstro, transbordando em energia e faz o mesmo da Vontade, concentrando o caos em ambos os punhos enquanto encara-o, com os olhos repletos pelo roxo claro.
–É bom, mas não posso deixar isso me dominar. –Ele diz, aproximando-se em passos pela força, alertando-o da continuação da batalha. –Por isso, é melhor terminarmos.
–De acordo. –Solares concorda e, quando ambos armam um salto, eles avançam.
E, na colisão das forças, a distante criação consegue sentir o impacto deles.
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