“Onde eu estou?”

Olhando para os lados, a mulher retira o tapa-olho preto e tenta enxergar algo através do branco, estando pisando em algo totalmente invisível que sequer consegue sentir.

Não há nada em sua volta. Nenhuma matéria, nenhuma energia e muito menos alguém… Além de seu companheiro, desmaiado a sua esquerda.

Blue continua inconsciente, apesar de não ter nenhum ferimento aparente. Yumi já desistiu de tentar achar algo nas memórias dele que explique isso, porque não há nenhum registro de ataque e muito menos de cura.

A última lembrança do homem é de Red lutando contra uma espécie de bode humanoide e, em seguida, tudo ficou branco.

Lançando o vermelho pelo local, Yumi tenta encontrar alguém naquele lugar. Porém, nenhuma resposta chega.

Pegando a bússola de seu bolso, ela murmura um xingamento e balança a cabeça.

“Fora do ar.” Seu foco é voltado para a conexão, o aparelho perdeu contato com os outros.

Contudo, ainda mantém contato com duas bússolas.

Sorrindo, Yumi tenta enviar uma mensagem para elas e, consegue. Inclusive, há uma resposta.

As bússolas são de GG e de Yukine, ambos estão tentando contato com alguém a horas.

Então, ela sente alguém se aproximar pelo nada em alta velocidade, avistando no branco uma esfera azul vir e, rompendo, revelar os defensores.

–FINALMENTE! –O homem branco grita e pousa ao lado da mulher, aliviado por finalmente achar alguém. Porém, sua expressão muda quando vê Blue desmaiado. –Mas…

–Ele está bem, só apagou. –Yumi explica, suspirando sob o olhar da anã que lentamente plaina até o chão. –Vocês estão bem?

–Sim, somente perdidos. –Yukine responde. –Não sabemos como viemos parar aqui.

–Estávamos de boa cozinhando algo pra comer e BOOM! Tudo ficou branco. –GG fala fechando a cara. –Eu nem pude comer o bife que eu fiz! Eu tava louco pra comer aquilo!

–O feijão tava quase pronto. –A anã murmura, realmente chateada.

–Então estamos na mesma, porque eu nem lembro onde estava antes de vir parar aqui. –Yumi força a memória, tentando recordar de algo após a batalha contra Luizon. Contudo, nada chega até sua mente.

–Mas, há algum plano para sairmos daqui? Meus poderes do tempo não funcionam, a força do grandão sequer arranha o chão e a bússola está fora do ar. –Yukine mostra os dedos a cada tentativa falha de sair dali, suspirando. –Estou ficando sem ideias.

–Minha foice não responde. –Yumi murmura, achando estranho. –Isso seria uma dimensão prisão ou o que?

–Sei lá. –GG murmura, tentando usar sua bússola para sair dali. Porém, o aparelho se recusa a funcionar.

Ele suspira, olhando para Yumi a espera de alguma ideia e, seus pelos arrepiam.

A mulher treme, o olho branco emite uma leve onda de energia e, algo é detectado.

GG imediatamente materializa seu machado, feito pela sua própria energia e, quando o segura já virando para o que quer que seja aquilo, é cortado.

A percepção de tempo deles desacelera, Yukine arregala os olhos e o braço do defensor sobe pelo branco junto do machado.

Yumi observa o membro parar no ar, a arma escapar de sua mão e, quase em camera lenta, ir para o chão branco.

Batendo nele, o silêncio domina o local enquanto a nova presença manifesta-se entre eles ao lado de Yukine.

–Quem se mexer, vai perder mais que um braço. –A voz ecoa na mente dos defensores, não ousando sequer respirar.

Com uma energia colossal, a figura feminina olha diretamente para Yumi, olhando-a totalmente incrédula conforme o som de seus batimentos aceleram, reconhecendo a esmagadora força.

Tingindo o branco com o púrpura, a estranha mulher abaixa sua foice, voltando a atenção para Yukine a sua esquerda, permanecendo com a atenção fixa no membro arrancado de GG.

Sendo cerca de dez centímetros maior que a defensora, a mulher de cabelo roxo curto levemente ondulado a analisa, procurando reconhecer a origem de sua energia.

Porém, como a anã é de outro território, ela falha.

A armadura rosa-escura cintila, reagindo à desconfiança dela conforme a foice estala, rugindo como um motor.

GG reconhece aquelas características e cerra os dentes, não conseguindo acreditar que é possível existir uma variante daquele ser monstruoso.

–Certo, vamos ser diretos. –Ela propõe e encara Yumi, não reconhecendo a energia de nenhum deles. –Vocês falam de onde vieram, eu não faço ninguém virar poeira estelar. Feito?

Aquela entre eles, é a versão de Caio da terra de Zonlui.

***

Despertando, Bleeim é segurado e olha assustado para a figura na sua frente, um homem.

–Pega leve ai cara, você tá quebradaço. –Cabelo vermelho, uma aurélia carmesim e roupas largas na mesma tonalidade. O defensor o reconhece de imediato e fica ainda mais assustado, é Solares.

–Consegui fechar os maiores ferimentos e estou recuperando a energia dele, apesar de que não teremos tempo para fazer isso. –Uma segunda voz surge e, olhando para o lado, o defensor avista uma mulher loira, com os braços cruzados e com a atenção fixa em algo na escuridão à frente deles.

–Não temos tempo com Cronos aqui chega a ser hilário

Estando no vazio, Bleeim arrepia ao ouvir o nome da Vontade e, mesmo sem olhar para o lado, consegue sentir a presença dela.

–Se eu acelerar ele ou rebobinar as feridas, há uma grande chance dele não conseguir entrar no território de Karma de novo. –O senhor explica, movendo-se e o próprio espaço parece ser movido.

Então, um enorme relógio surge diante deles e os ponteiros disparam a rodar, retirando a visão dos números ao pintar o local com o azul.

Então, em seguida, uma visão é formada ali.

Bleeim arrepia, vendo uma gigantesca massa de energia azul-escura crescer e compactar, criando bocas e tentáculos ao expandir e romper nela mesma, como se estivesse lutando contra algo.

E, no meio dela, a cor de Strikis diminui cada vez mais.

–O Oliver…

–Foi liberto. –Cronos completa.

–Devemos esperar que as Sacerdotisas resolvam? –Solares questiona e a mulher loira suspira, voltando a atenção para trás ao sentir a aproximação de outros seres.

–Cacilius pensar que devemos resolver! –A voz do caos ecoa na mente do ruivo, tampando os ouvidos ao finalmente conseguir se mover.

–Ele te devoraria. –Uma nova voz entra na conversa, calma e forte. O defensor volta a atenção na direção dela, vendo o espectro de uma mulher ruiva à esquerda da de Cacilius, olhando-o preocupada.

–Oliver é um problema, precisamos fazer algo antes dele se aproximar mais. –Da escuridão, olhos brancos surgem e a representação de Null forma-se em linhas, bordando a forma de um humano no vazio.

–Não vamos fazer nada. –A loira fala, atraindo a atenção de todos. –Oliver não está vindo para cá, olhem direito.

Retornando o foco para a criatura, começando a desistir das contrações e expansões, sua forma começa a condensar e a presença de Strikis fica mais forte, como se retomasse o controle.

–O receptáculo venceu? –Solares questiona, levantando Bleeim pelo braço sem tirar os olhos do relógio gigante.

–Acredito que fizeram um acordo. –A mulher loira responde. –Seja lá o que libertou Oliver e o mandou daquele jeito para o nada, deve ter o deixado furioso. Caso a arma se liberte totalmente, ficará sem rumo e não conseguirá retornar para o território de Karma. Então, devem ter feito um contrato para se ajudarem e voltar, provavelmente com um alvo em mente.

–Devemos fazer algo? –Solares outra vez pergunta.

–Não. –A ruiva responde, seca. –Não vale o risco.

–De acordo. –Null acata a resposta.

–E vamos deixar o Oliver devorar tudo!? Vai permitir isso, Merelian!? –O homem dispara com a aurélia vermelha cintilando, reagindo a sua mudança de humor.

–O destruir evitando destruir? Cacilius não entender. –A figura roxa fala.

–Também estou surpresa. –A ruiva declara, não esperando por isso e ele revira os olhos.

–Existe um abismo entre fazer meu trabalho e deixar Oliver almoçar de graça! –Solares protesta.

–Então o que suge…

–Não precisam fazer nada, eu resolvo isso.

As vontades retornam a atenção para Bleeim, erguendo-se no vazio ainda sendo segurado pela entidade vermelha.

–Me mandem para lá e eu mesmo paro Oliver.

As Vontades trocam olhares, como se estivessem confirmando o que acabaram de ouvir.

–O defensor endoidou. –Cacilius murmura.

As outras Vontades abrem a boca para falarem, mas o senhor levanta a mão, fazendo-os se calarem.

–E como pretende fazer isso, Bleeim? –Cronos questiona.

–Apenas me envie. –Ele rosna. –Se não acredita, veja no futuro.

–Garoto, não é tão simples assim. –O senhor fecha a cara, odiando a resposta.

–Então me envie logo! Nessa altura do campeonato eu deveria estar ajudando na luta contra os outros…

–Então por que decidiu lutar contra Caio? Para perder tempo?

Silêncio.

Solares arqueia as sobrancelhas, olhando Bleeim que cerra os dentes, desviando o foco para baixo sob os olhos de Cronos, respirando fundo.

–Acha que ele aguenta? –O senhor questiona.

–Sim. –A loira responde. –A questão é que ele não vai precisar lidar somente com Oliver. Ainda há o que mandou ele para o nada.

–Foi a nova presença? –A ruiva questiona, Cronos e Merelian concordam em seguida. –Bleeim não pode simplesmente resgatar os defensores e voltar?

–Duvido que ele vá aceitar isso. –Solares murmura, lembrando dele quase lutando com Caio para não abandonar Tobias.

–A ideia então é soltar ele pra ir direto…

–Não. –Mereliam interrompe a irmã. –Na verdade, tenho uma ideia. Solares, você não virou amiguinho daquele anão?

–Amiguinho é uma palavra muito grande para isso. –A criatura responde, não entendendo o ponto e a mulher sorri, conectando os pontos ao simplesmente ver a situação do território pelo relógio, começando a passar pelas lutas.

–Nós… Conseguimos tirar vantagem disso. –Ela fala, apontando para a bússola que, sendo envolta pelo amarelo, mostra a figura de um humanoide vermelho entre uma mulher e um ser roxo, indo com tudo na direção dele. –Bleeim, era isso o que precisava lidar, não?

–Que porcaria é essa? –Null questiona ao ver o relógio vibrar na colisão dos três, trocando golpes ao medirem forças e, como se estivessem a poucos metros deles, fazem a região do vazio inteira tremer.

As Vontades focam na figura vermelha, lutando sem esforço algum com os outros dois ao rir, girando a coroa em suas costas conforme a luta ocorre e sua energia rasga o azul e roxo.

A mulher defende-se de explosões com sua espada e, em um flash, é golpeada no rosto por um murro.

Sua face estoura, espalhando sua essência para todos os lados enquanto o monstro roxo grita, atacando o vermelho ao tentar atravessá-lo em ataques concentrados.

A tonalidade carmesim desvia os projéteis e parte a figura humanoide, atacando outras duas vezes em explosões que são ultrapassadas pelas mãos da criatura, agarrando as partes cortadas antes de também estourá-las.

As espirais e círculos repletos de setas rompem, não suportando a pressão e as formas dos pilares são refeitas, cuspindo licor.

Rindo, o humanoide chama-os com as mãos e, travando, olha na direção das Vontades.

Todos arrepiam, não entendendo como aquilo é possível e, o relógio explode.

A onda de choque é prontamente contida por Null, simplesmente esmagando-a no espaço e Cronos murmura algo, tentando refazer o relógio.

Contudo, ele falha.

–Ele rompeu nossa visão da batalha? –Merelian questiona e balança a cabeça, mudando o foco. –Tá, tá. Seguinte, eu tenho uma ideia. Bleeim, seu amigo amarelo já conseguiu usar aquilo?

–Aquilo? –O defensor questiona, sem entender.

–Sim, aquilo. –A loira repete, atraindo a atenção das outras Vontades. –Assim como você usou a sua habilidade, ele já usou a dele?

Bleeim para, pensa um pouco e, finalmente entendendo, sorri.

–Sim.

–Então, temos um plano para temos um favor. –Merelian fala olhando para Cronos, já com uma ideia em mente também.

Apesar da dele não ter nada haver com Yellow, mas sim com Yasu.

***

Dex, Red, Yoshi e Luizen atacam Guerra.

Porém, suas energias simplesmente não ultrapassam a grossa camada de energia em sua volta que, expandindo-se, lança-os pelo selo.

Ignorando totalmente a existência deles, o avatar foca na imagem de Shadow em volta de Yellow, movendo a espada em um único giro antes de cortá-lo.

Defendendo-se, a figura tem sua energia cortada e seu braço quase é amputado.

Saindo da rota do corte no último instante, a entidade não pensa duas vezes antes de ir com tudo.

Brilhando em energia, a forma do jovem reluz e a força cósmica dentro dele explode na direção do avatar, abrindo um buraco nela.

Shadow murmura um palavrão, fazendo Yellow ativar a mesma forma que usou contra Evan conforme afasta-se do oponente, ja armando outros ataques.

“PRECISAMOS LUTAR JUNTOS!”

Sem aviso prévio, Luizen é atacada e um corte atinge seu peitoral, atravessando-a.

Dex, Yoshi e Red retiram o foco do Titan e, vendo a vampira prender o próprio corpo para não ser partida em duas, outros cortes são materializados.

Dex torce o espaço, retirando-a da rota dos ataques e a segura, indo pro solo enquanto a habilidade do Zar é concretizada em uma magia territorial, atingindo o branco com o vermelho.

–Esqueceram de mim? –Luizon questiona, juntando as mãos.

Red prontamente reage com Yoshi, usando suas forças para bloquear os inúmeros cortes que chegam com tudo.

As cartas não conseguem barrar os ataques e são rasgadas em pedaços, somente conseguindo desviar eles conforme Red bloqueia os mais concentrados com sua lâmina, utilizando sua energia em pontos concentrados para bloquear os demais.

Luizen agarra o próprio corpo, usando sua energia para manter tudo no lugar enquanto seu corpo dividido começa a colapsar, descolando.

Dex a ajuda com sua energia, curando o que consegue enquanto… A maldição de Luizon impede isso.

A vampira grunhe, cuspindo sangue antes de olhar para o celestial, desesperado.

Ela foi partida em duas, as partes somente não foram separadas totalmente porque ela reagiu a tempo.

“Isso não vai curar até ele ser derrubado.” Luizen lentamente fala com o defensor pelo plano astral, movendo seu corpo até ajoelhar no chão branco, saindo do apoio dele. “Se passar muito tempo, vai acontecer o mesmo que aconteceu com meu braço e eu estou morta.”

Dex arrepia, eles trocam olhares e a cara do homem fecha, entendendo o recado.

Soltando-a, seu foco é voltado para Luizon, disparando cada vez mais cortes conforme Red e Yoshi protegem os dois, começando a serem empurrados.

Então, batendo o pé no branco, o amarelo ultrapassa as cores.

As magias cessam, Yoshi e Red tentam entender o que aconteceu e, antes de entenderem que foi o defensor, um raio passa entre eles.

Sorrindo, Luizon solta as mãos e colide contra a força, revelando o celestial nela.

–Terceiro round? –O zar questiona, cessando a investida do defensor ao agarrar os punhos dele. 

Em uma torção, Dex põe os pés no solo e levanta o Imortal, reagindo em um corte.

Contudo, mesmo atingindo em cheio o rosto do celestial, não o corta.

Em um brusco movimento, ele bate-o no branco e o puxa, pulando antes de chutá-lo com ambos os pés.

Soltando os punhos dele, Luizon gira e finca as garras no solo, saindo arrastando nele até finalmente parar e sorrir, cuspindo licor.

“Tanto dano em um único ataque?” Pensando, ele vê Dex avançar em uma velocidade colossal e, entende o que está acontecendo, não conseguindo utilizar nenhuma magia e energia.

Desviando de socos e chutes, o Zar bloqueia uma cotovelada e atinge-o com suas caudas, fazendo o homem girar no impacto e chutá-lo com tudo no rosto.

Seu tronco move para baixo no impacto e, um dente é arrancado.

Yoshi e Red arregalam os olhos, vendo o roxo circundar o local e desmanchar o vermelho, criando uma magia.

Não, a cor cria mais que uma magia.

Descendo o punho com tudo, Dex atinge o branco com tudo ao errar seu alvo, atingindo-o no rosto com suas garras.

Seu olho esquerdo é atravessado e, numa reação imediata, o celestial se move.

A parte direita dele é rasgada no ataque, ultrapassando totalmente suas defesas físicas.

Afastando, Dex retoma a posição de batalha ao tombar o corpo, encarando o Imortal conforme o sangue espirra do ferimento, escorrendo até suas roupas antes de pingar no branco.

–Maldito, você é feito de sabão? –Luizon questiona, retirando o líquido de suas garras em um movimento dos braços, limpando o de sua boca em seguida.

–Não. –O defensor responde, abrindo as mãos e, enviando uma mensagem mental aos seus companheiros, toma a responsabilidade daquela luta para si.

–Tsh, é uma pergunta retórica, seu idiota! –O Zar grunhe, erguendo o corpo antes de tomar posição de batalha, gostando daquele desafio.

Yoshi e Red trocam olhares, pensando se vão acatar ou não o pedido do colega conforme Zonlui respira fundo, invocando seu rifle ao energizá-lo. Ciente de que não pode interferir, ela foca em não morrer enquanto aguarda o momento de interferir.

Qualquer um chamaria de burrice criar um feitiço territorial que impedisse qualquer um de usar magia ou energia e obrigasse seu oponente a entrar em luta física.

Porém, com Dex, é outra história.

–Te chamar de idiota é o certo mesmo, entrar em um combate físico comigo? Está louco? –Luizon questiona, reconhecendo as regras da magia em que foi pego. Contudo, já ciente delas, ele já entende como se aproveitar da situação. –Nenhum de seus amiguinhos vão poder te ajudar, caso contrário o feitiço vai desmontar e eu poderei atacar com os cortes novamente. Pensa mesmo que pode vencer sozinho a tempo de salvar a marmita?

Sem cair em nenhuma provocação, o celestial impulsiona a magia e, concentrando, converte toda a sua energia em pura força física.

Juntando as suas duas forças principais, assim como havia feito nos treinos com a vampira, ele as mistura já transformando a nova energia em força fisica, imitando o que havia visto em seu lider.

Assim como Bleeim havia feito, ele ergue o punho esquerdo, brilhando em uma tonalidade diferente de antes.

–Como o Rei Sangrento de Bleeim. –Ele sussurra, condensando as suas forças dentro de si ao movimentar ambas em sincronia, percorrendo todo o seu corpo ao se unirem as partículas do território de Karma, estabilizando a união.

O sorriso de Luizon some, pressentindo o perigo conforme o roxo desaparece do cabelo do celestial, dando espaço a um forte azul que, sendo condensado, desce para os membros, fechando o ferimento em seu olho.

–Uma transformação? Daora... –Ele provoca, disfarçando o seu temor enquanto o defensor é tomado pelo azul, tingindo o cabelo e roupa dele. –Qual o nome? Smurf?

–Rei Anil. –Dex responde, firme, encarando o Zar com os olhos brilhando em tonalidades diferentes.

A esquerda, em um intenso amarelo, oriundo de sua força curativa.

Na direita, em um roxo neon, oriundo da energia de destruição nele.

“A regra é não usar energia para atacar então?” O Zar deduz, conseguindo usar sua energia para fortalecer o próprio corpo ao vê-lo fazer o mesmo. Sorrindo, ele acata o desafio do combate físico. “Então estava planejando isso a um tempo? Pensa que, somente porque venceu a primeira luta corporal, tem chances assim?”

Mostrando as garras, suas nove caudas levantam-se e o brilho vermelho irrompe de sua pele escura, denunciando o quão intensamente seu corpo está sendo reforçado.

Sem temor, Dex concentra-se no que havia planejado junto a Luizen, esperando que Yoshi e Red sigam a missão de libertar a Sabedoria sozinhos.

Mas, sem esperar para vê-los irem, o celestial avança.