Descoberta
–ALGUM PLANO!? –Dex berra, saltando junto a Luizen pela dimensão alternativa cada vez mais escura, atravessando as camadas dela ao seguir a vampira pelas fendas, sendo abertas pela falta do fragmento.
–PRECISO MONTAR UM FEITIÇO! –Ela grita e o objeto tenta loucamente se libertar, selado no vidro composto e coberto pela ordem, estando na mão esquerda da mulher. –APESAR DESSE LOCAL ESTAR RUINDO AINDA NÃO CONSIGO USAR O TELETRANSPORTE DIREITO!
O verde irrompe pela terra e ambos saltam. Uma explosão acontece e o solo é rompido, liberando rajadas de energia que são rebatidas pelo defensor. No meio da cor, a ovelha com chifres urra e, quando iria cabecear o celestial, ele é teletransportado.
Aterrisando junto a Luizen, a repentina ação já está virando algo comum e Dex apenas continua a segui-la enquanto a ouve murmurar algo. "Deveria tentar segurar eles?" "CLARO QUE NÃO!" A cabeça dele vibra e um grunhido escapa dentre seus dentes. "NÃO LUTE! É IDIOTICE! JÁ TEMOS O QUE QUEREMOS!"
–NÃO PRECISA GRITAR! –Ele berra, sentindo a voz dela revirar sua cabeça e, uma estranha sensação domina-o. Estando saltando num plano repleto de montanhas, todo o local começa a vibrar como se um terremoto estivesse acontecendo. –Que droga é essa!?
–REFORÇOS! –Uma montanha inteira sobe diante deles, rompendo em si mesma ao revelar uma enorme boca circular que, rugindo, desce sobre a dupla, outra vez teletransportando. –DOS INIMIGOS, CLARO!
Aterrisando em outra camada, a presença de Kuripi surge junto a um ataque mental. No plano astral, ondas rosas atravessam o nada e colidem contra as barreiras da vampira, expandindo-se feito campos de energia na intenção de proteger seu aliado, sendo englobado nele.
Não conseguindo terminar o feitiço, sua velocidade diminui e a mulher desce dos céus, atacando-o com um chicote rosa que, é agarrado por Dex. Arregalando os olhos, o feitiço nele é ativado e suas pontas esmagadas, o fio energizado é puxado e, indo junto, a barriga dela é atravessada por um soco.
Cuspindo sangue totalmente pasma, não esperando por uma força tão avassaladora, ela tenta reforçar o feitiço que já atingiu o celestial e, falha. Não tendo a menor das intenções malignas, o celestial retira o punho das entranhas da criatura e, girando, lança-a para longe num teletransporte forçado.
–Obrigada. –Luizen agradece de prontidão, balançando a cabeça ao tentar aliviar o torpor do desejo e pensamentos conforme volta o foco para o feitiço, já avistando fendas maiores surgirem no ar.
Antes de abrir a boca, chifres imensos surgem do absoluto nada e, numa torção, são agarrados. Imitando Tobias, Dex altera o espaço com sua própria energia e entra na frente da vampira, agarrando Ao Ao conforme toma o impacto para si.
Forçando outro teletransporte, ele impede de ser batido contra ela e surge logo atrás, saindo arrastando os pés pelo solo enquanto o Zar urra, sugando a energia do defensor para si.
Crescendo, sua forma de ovelha cede e da espaço para uma humanoide. Antes dos braços criados no lugar das pernas posteriores conseguirem fazer algo, o celestial puxa-o e, fazendo o corpo dele subir, desce-o num golpe de judo.
O solo feito de gramíneas minúsculas rompe e todas morrem, tendo suas vitalidades drenadas e o ser contra-ataca num chute. O golpe passa reto e, virando o corpo no ar, Dex afunda-o no chão morto num soco circular.
Ao Ao grunhe, seus olhos giram e é segurado, sendo outra vez lançado para longe em outro teletransporte forçado. Kurupi retorna a batalha e mira direto em Luizen, de olhos fechados e totalmente focada no feitiço do caos e da ordem, atacando-a totalmente no plano físico em um disco de energia.
O defensor lança a própria força num corte e parte o disco em dois, dilacerando-o em seguida no movimento inverso do ataque, retornando a seu comando e indo contra a mulher, desviando ainda no ar em saltos.
"Como essa coisa está saltando no ar?" Ele se pergunta e, abrindo as mãos, concentra suas energias nos dez dedos, cortando o ar e lançando mais dez cortes. Vendo que não vai conseguir desviar de todos, ela bate as mãos e esmaga-os no espaço, transformando o roxo numa bolinha.
Em um raio, Dex é atingido e batido contra o chão por Ao Ao, descendo numa joelhada dupla direto no rosto de seu oponente. Grunhindo, ele é segurado e levantado, atingindo o solo outra vez conforme a própria realidade atinge-o. Tendo o corpo dobrado, o verde crava-se na sua pele e adentra no próximo golpe da besta, batendo nele com ambas as mãos.
Chutando em resposta, o defensor afasta-o e gira, dando uma rasteira antes de levantar já chutando o rosto do seu oponente. O humanoide levanta e é outra vez golpeado, levando um soco na barriga e explodido pela energia amarela em seguida.
Afastando-se na colisão, a besta ruge em ira e ataca, sem dar tempo de Dex teletransportar para ajudar Luizen, tendo que se virar com Kurupi. Precisando interromper o feitiço, ela salta para desviar dos golpes de chicotes e a arma de repente muda para um rifle, disparando contra a vampira que prontamente dobra o espaço, redirecionando os disparos para os lados.
O cristal continua tentando romper a cápsula de vidro, resistindo como pode a ação da antimatéria, gradualmente corroendo-a. Conseguindo ativar uma magia, tudo é torcido e a vampira surge diante Kurupi. Num único movimento, o rifle é arrancado de suas mãos e sua face atingida.
Grunhindo, ela vai contra-atacar e, o corpo de Ao Ao acerta-a em cheio. Sendo lançada para longe, ela urra e Luizen tenta entender o que foi aquilo, sendo segurada pelo braço. Um teletransporte, seus pés atingem o gelo e os olhos se encontram com os de Dex, exalando o roxo feito chamas.
–Tem razão, minha energia não está voltando. –Ele declara.
–Droga. –Ela diz e desvia o olhar, fechando os olhos ao tentar armar um teletransporte para algum local seguro. –Essa barreira maldita!
Há algo prendendo-os ali. Provavelmente uma lei da criação distorcida. E, para romper isso, ela precisa imitar uma agulha e atravessar a força. Contudo, é difícil. Para o feitiço funcionar, precisa ser feito com precisão, muita energia e para um local familiar. Quanto mais familiar melhor o teletransporte será.
Então, achando que conseguiu, Luizen segura o braço de Dex e, o seu é arrancado.
O sangue se espalha pelo ar lentamente. Tentando entender o que aconteceu, a vampira vê o próprio membro subir enquanto Dex também arregala os olhos, abrindo a boca para gritar algo.
E, sua consciência se esvai num estrondo.
***
Tupã afasta-se junto a Edor, recuperado dos golpes. Ambos os Niatits olham incrédulos para o Herói, de pé e com as manoplas empunhadas, sorrindo de canto a canto conforme os anéis brancos crescem em sua volta.
–Desistiram? –Ele pergunta, quase não tendo levado danos.
"É perca de tempo." Edor concluí pelo plano astral e Tupã concorda ainda furioso, Táu desapareceu totalmente. "Vamos mudar o rumo, seguir isso é idiotice." Os olhos dele focam no humano, esperando outro ataque sem pressa alguma.
Afinal, enquanto estavam ali, Yellow está retomando o controle e Zonlui… Sobrevivendo.
–Sabe, eu amaria te matar agora, mas preciso fazer mais coisas. –Edor calmamente fala. –E…
–Não consegue. –O herói corta-o e dispara a rir. –Para alguém que tinha me deixado puto, é até engraçado! Cadê sua marra e coragem? Além das provocações!?
–Vou guardar elas para Márcia. –Tupã fala feito um trovão e a cara do Titan fecha, fazendo-o sorrir. –Ah, não sabia? Sua queridinha fugiu do selo.
–O que? –O herói pergunta incrédulo e Edor desconfia, afastando-se lentamente enquanto foca nos defensores em torno de Yellow, já com controle dele mesmo.
–É, a alma dela fugiu e, agora, estamos atrás da sua queridinha. –Tupã começa a dizer e, sua boca é fechada pelo nada. Medo arregala os olhos e, sua boca distorcida também é fechada num estrondo.
–Eu desafio vocês a tentarem. –A voz do Titan ecoa no local, fazendo ambos tremerem enquanto os anéis vibram, carregando um golpe.
Mas antes disso, os dois somem diante dos olhos do herói. Notando o teletransporte vindo de outro ser, ele murmura um xingamento e abaixa as mãos, olhando para o grupinho na outra dimensão.
Aparentemente, Yellow recobrou a consciência e está brigando com Evan para retornar e procurar Zonlui onde a batalha aconteceu. Voltando a atenção na direção dela, boiando na inexistência parcialmente consciente, extremamente machucada pela colisão direta com a força.
–Certo… Primeiro, ajudar a resolver isso. –Num movimento, a criatura transporta-a para onde os outros estão e sequer olha como ela caiu, mas encara o selo de Márcia ao longe. –Agora, tentar evitar dos outros saberem disso.
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