Conhece o Pedro?
Aterrisando, Dex solta a cintura de Luizen que olha para a planície roxa onde estão. Diferente do deserto, agora o local com aparência espacial mistura suas percepções e sentidos.
-Digno do caos. -Ela murmura, vendo auroras roxas e negras surgirem das trevas, convergindo e gerando uma imensa nuvem de poeira. O defensor apenas observa, enfiando a bússola no bolso antes de encarar a espécie de meteorito onde estão, seguindo pela vastidão daquela dimensão em meio às auroras. -Então, a bússola disse que o fragmento deveria aparecer aqui?
-Se ele realmente tiver criando uma dimensão, faz total sentido estar aqui. -O celestial comenta e a vampira concorda, ciente de que a poeira de matéria provavelmente vai formar algo no futuro. Enfiando as mãos nos bolsos, Dex vê a mulher retirar dois pacotes pequenos e verdes, desembrulhando um e jogando-o na boca, comendo aquilo. Ele arqueia as sobrancelhas. -Que isso?
-Ein? -Também arqueando as sobrancelhas, ambos se encaram e, seguindo os olhos do defensor até as balas, Luizen suspira, lembrando da ignorância imensa dele. -Ah, isso? É bala.
-E por que você está comendo isso!? -Ele pergunta arqueando ainda mais as sobrancelhas, imaginando um rifle disparando e ela engolindo todas as munições, comumente conhecidas como balas. Estreitando os olhos, a vampira conta até cinco e estende o segundo pacote na direção de seu aliado.
-Não é essa bala, essa é de comer. Costumo comer algum doce quando estou prestes a fazer algum exercício ou, sei lá, quando dá vontade. -Dando de ombros, as pupilas rosas dilatam no próprio pensamento e focam no celestial roxo, passando o dedo na própria camisa roxa conforme pensa, encarando a suposta comida. Movendo-a, Luizen oferece outra vez e ele aceita, pegando o pacote com extremo cuidado. -Fique tranquilo, não tem veneno.
-Parece ser venenoso. -Murmurando ao cheirar o item, veias saltam no rosto da vampira que ajeita o boné rosa na cabeça, controlando a própria raiva no ato.
-Só falta fazer igual Alucard e me dizer pra não comer isso. -Resmungando, ela caminha pela espécie de meteoro e observa as auroras, procurando a origem delas. -O fragmento deve estar imitando nossa realidade. Então, deve estar expandindo-se de forma igual para todos os lados. Como o caos está aqui, há um movimento contrário para a síntese de matéria pelas energias, além de... Tentarem imitar a vida, aquelas coisas que na teoria estão vivas. Apesar de aquele plano aparentar ter só aquilo.
-Aquele olho, era a dimensão ou o fragmento? -Dex pergunta e retira a embalagem em torno do bloquinho vermelho, aparentemente comestível e encara o material rosa, com algo escrito. A bússola somente traduz palavras orais, então o ser não faz a menor ideia do conteúdo daquilo.
-Sabor morango. -Luizen responde, sentindo a duvida do celestial pelo plano astral. -E, não sei. Era uma energia diferente, pode ser outra coisa. Apesar, apesar de ser muito fraco pra isso.
-Fraco? -Mordendo o pacote, Dex arrepia dos pés a cabeça com o forte gosto de morango, mastigando bem devagar conforme o sabor parece irromper pelos seus dentes. -Uau, isso é bom.
-Eu sei. -Ela comenta, sem encontrar nada na mistura de roxo e escuro no espaço, voltando a atenção para a criatura. -Fraco não é a melhor palavra. Tipo, pense assim: Um ser muito poderoso foi fragmentado e, cada pedaço com certeza vai voltar a ter a capacidade inicial, isso se não superar. E então, um pedaço capaz de criar essa dimensão inteira se manifesta num olho e ordena que as criaturas nos ataquem? Não acha estranho?
-Faz sentido. -O defensor concorda e morde outra vez o bloquinho, realmente tendo gostado. O semblante sério de Luizen fica um pouco mais relaxado, vendo-o saborear o doce feito uma criança ao chupar os dedos. "Esse cara realmente nunca havia comido algum doce? Bizarro." -Então, tem algum plano?
-Sinceramente, iria restringir o fragmento com a Ordem usando as leis da criação. Porém, estou com medo disso não funcionar. -Voltando os olhos para trás, ela arregala os olhos e assobia, incrédula. -Céus, então era assim?
-Ein? -Olhando na mesma direção, Dex é tomado pela surpresa. Distante, mais muito distante, uma enorme quantia de matéria segue pelo espaço feito uma gigantesca parede, feita das mais diversas forças. Sendo infinitamente maior que qualquer aurora criada pelo caos e antimatéria, aquilo move-se para a esquerda e direita em compassos, deslocando o tecido do espaço-tempo enquanto o roxo divide partes dele. -Mais, mais o que é isso?
-Um protótipo. -Luizen vê a imensa barreira, feita puramente de poeira espacial, convergir nela mesma e criar várias estrelas, supermassivas. -Céus, vão criar universos inteiros com aquilo.
-Isso deveria ser possível? -O defensor pergunta e a vampira ri.
-Estamos lidando com um pilar da criação, é o mínimo a esperar. -Ela murmura e bate as mãos. Quando afasta ambas, uma espécie de cristal surge entre elas, girando nos movimentos dos dedos dela. Tomando a forma de um prisma, ele é modelado e, com os olhos rosas de Luizen brilhando, partes metálicas surgem nele. -Certo, vamos ver se os estudos valeram.
Aproximando em silêncio, Dex apenas observa as partículas rosas, roxas e azuis serem unidas na espécie de vidro, com contenção e partes similares a um sistema elétrico, indo de ponta a ponta. Tendo coloração rosa, os fios brilham e energizam o objeto, rodando a força em espécies de engrenagens internas, totalmentes brancas e o roxo no interior intensifica a força. Jogando-a para cima, o objeto plaina pelo espaço e permanece imovel sobre ambos, aparentemente segurado por algo. E, correntes brancas surgem pela escuridão, adentrando nele.
-Ordem, feitiço de terceiro grau. -Luizen murmura, cravando as unhas no próprio pulso. O defensor não entende o motivo disso e, antes de conseguir contestar, algo muda. -Imposição.
O vidro estala, raios rosas saem dele e as correntes vibram, recebendo a energia. O sangue que escorre pelo braço dela seca e o objeto roda violentamente, apontando para uma das auroras.
-Deu certo! -A vampira exclama e balança o braço, tirando o sangue dele com a pele já fechada e a pergunta quase é gritada por Dex pelo plano astral. -Ah, foi um feitiço. Me inspirei na bússola. Aparentemente, ela sabe que o fragmento está nessa região. Fiz um feitiço para apontar exatamente para onde ele está e, pimba.
Apontando para a aurora vermelha, numa distância simplesmente impossível de medir em números, o defensor entende e tomba um pouco o corpo na direção daquilo, preparando um teletransporte.
Estendendo a mão para Luizen, necessitando do contato para levá-la junto, o defensor pede pelo aperto e ela casualmente aproxima-se, segurando-a em seguida. Sentindo a energia dele entrar em contato com o rosa, a vampira é coberta pelo roxo e, ambos teletransportam.
Aterrisando no que aparenta ser lava, eles olham ao redor do imenso núcleo onde estão, similar a uma estrela. O vermelho irrompe de todos os locais e, vindos todos dum único ponto, na sua origem o objeto tão procurado cintila.
Sentindo a presença deles, o fragmento de Táu muda a energia liberada e as trevas rasgam o local, escurecendo a estrela enquanto sua forma de diamante é condensada numa bolinha, escondendo-se no meio da energia ao liberar raios contra eles.
Teletransportando, Dex desvia de todos os golpes e leva consigo Luizen, ainda com a mão segurada. Acostumando-se com a habilidade, a atenção dela retorna para o plano astral e, por puro reflexo, ela interrompe um teletransporte.
Puxando o defensor com ambas as mãos, a vampira retira-o da frente de um corte invisível, partindo a própria força escura junto ao espaço. Sem sequer ter visto ou sentido o ataque, os instintos do celestial gritam e ele invoca suas forças, fazendo a escuridão brilhar junto do amarelo antes de sua atenção retornar para o cristal.
Palavras indecifráveis entram nos seus ouvidos e a bússola range, não conseguindo traduzir elas e a presença materializa-se em frente do cristal. A forma distorcida de um ponto branco surge e cresce, aparentemente feito de lã.
Já reconhecendo o indivíduo, Luizen tira as mãos de Dex, tendo puxado-o pelo próprio tórax, ficando atrás do defensor enquanto olha a criatura branca criar os próprios olhos vermelhos em meio da lã preta. Patas saem dela e pernas vermelhas descem em espirais, encostando no "solo" escuro feito da própria energia do fragmento.
Outro grunhido ecoa na cabeça de Dex, não fazendo a menor ideia do significado daquilo. Bem devagar, a vampira move o cristal distante deles e aponta-o contra o ser, gradualmente tomando forma de uma ovelha extremamente distorcida.
-Isso, isso não me parece vivo. -O celestial murmura, achando a criatura extremamente estranha. Espécies de orelhas escuras levantam, os olhos vermelhos focam e a boca dele é aberta, sem dente algum.
-É praticamente uma besta, o irmão burro de M'boi. -A lembrança do homem alado e verde faz Dex questionar seriamente como irmãos são tão diferentes. O comentário não agrada nem um pouco a criatura, rosnando para eles. -Ao Ao é tipo um cachorro, somente vai atacar se tentarmos avançar. A presença, disso, é a prova de que aquilo é o fragmento.
-Precisamos passar por cima então? -O defensor pergunta, redirecionando as forças amarela e escura para os punhos.
-Esse é o problema. -Chifres começam a crescer na cabeça da ovelha, totalmente tomada pela lã escura e ela ruge, deixando claro que não vai sair dali. -E também, sempre está acompanhado.
Antes de entender, Dex sente o espaço torcer e um punho surge no seu campo de visão, atravessando o ar enquanto Luizen segura o braço branco e faz outra torção.
A ovelha avança em direção a vampira e o celestial afasta ambas as mãos, vendo a silhueta de uma mulher surgir sobre a vampira conforme a torção é desfeita e elas colidem.
Temendo acabar acertando a companheira, o foco dele é voltado para Ao Ao que atinge-o em cheio numa cabeçada. Os chifres perfuram as forças e lançam o celestial para longe, sentindo a escuridão do local tentar consumi-lo feito chamas.
Quando a atenção do ser retorna às duas, cada uma dando um passo para trás, seu chifre é agarrado por Dex. Tendo acabado de teletransportar, o defensor usa outra vez sua habilidade e lança o animal para onde estavam.
A outra pessoa arregala os seus olhos escuros, com o cabelo cinza recheado de energia escura e, um soco mental a afasta. Grunhindo, ela revida no plano astral e Luizen agarra o ataque, redirecionando-o e desloca a própria consciência dela no processo.
O corpo da mulher vibra e o olho esquerdo dilata. Sorrindo, outro ataque é disparado e, Dex sente uma onda de choque. Perdendo a visão momentaneamente, quando o sentido retorna a vampira está diante dele, de costas e com a mão levantada, como se agarrasse algo.
-Pegue o fragmento, deixa essa vadia comigo. -Rosnando, o boné e cabelo rosa brilham, levantando dos ombros enquanto a sua aura é elevada.
-Olha só, ainda nervosa comigo? -Retornando a atenção para a mulher, de roupas curtas e pele clara, encarando-a com um olhar provocador, Dex sente que ambas se conhecem. -Qual é, estava trabalhando.
-Vá trabalhar na casa da sua mãe. -A vampira rosna e a criatura fecha a cara, odiando o comentário. O defensor para de perder tempo e olha para o fragmento, condensado numa bolinha e em meio a um núcleo de energia. -Chega a ser engraçado ver você ajudando seu pai.
-Para erradicar vermes como você, vale a pena. -O celestial salta na direção da esfera escura, a mulher acaba de falar e uma colisão acontece. Dex é outra vez protegido por Luizen, barrando um ataque pelo plano astral com a sua energia e ataca de volta, acertando a barreira mental da criatura.
Sendo afastada, ela ativa sua habilidade e a vampira concentra o efeito nela mesma, evitando do seu aliado ser acertado e, cada milímetro dela vibra. Sentindo o corpo inteiro reagir, o calor invade-a e, fechando os punhos, sua consciência luta contra a habilidade conforme outro ataque chega.
Desviando, as suas entranhas vibram e o desejo é imediatamente reprimido, sendo impulsionado pela habilidade da mulher que ataca sem perder tempo, rasgando a escuridão com cortes invisíveis.
Prevendo onde cada um vai vir ao vê-los pela barreira de sua oponente, refletindo cada pensamento e reflexo, Luizen desvia de todos em leves movimentos e reflete alguns, sentindo a escuridão tentar queimá-la enquanto Dex soca a esfera de energia, tentando romper a defesa.
A força é deslocada e, feito uma mola, contrai e devolve o impacto. Sendo lançado para longe, ele gira e retorna a posição inicial, avançando uma segunda vez decidido a tentar com mais violência.
E então, ele é atingido por cima. Afundando nas trevas, o celestial sente-se embaixo da água e os sensores detectam algo, porém é tarde. Levando um segundo golpe, o celestial é bruscamente isolado.
-É claro. -Luizen murmura, vendo Ao Ao balançar os chifres conforme bate as patas na escuridão, rugindo em fúria na direção do homem no espaço tão distante que chega ser um pontinho roxo na escuridão.
-Pensou que simplesmente entrariam aqui e pegariam as coisas facilmente, discípula de Alucard? -A mulher debocha, abrindo ambas as mãos e as partes baixas dela contraem. Cerrando os dentes, a fúria invade-a e sua oponente sorri, amando isso. -Olha só, treinou bem.
-Eu realmente odeio esse seu poder, Kurupi. -A vampira revela, sentindo a magia inata da quinta filha de Táu fazer o desejo inundar seus pensamentos. -É literalmente só merda.
-Ah, é bem útil! Não peguei o título de: "Senhora dos desejos" à toa! -Mostrando os dentes, eles são quebrados por um ataque invisível e Ao Ao sente a colisão, retornando a atenção para a vampira que, armando um soco no próprio ar, soca-o.
Ignorando a distância entre ambas, o ataque amassa a parte central de Kurupi e seu corpo é lançado para trás, levando os ataques tanto no plano físico quanto astral. O irmão arma um salto contra a vampira e, tomada pelo azul e roxo, ela gira o punho.
Todo o espaço torce e a criatura luta contra a manifestação da ordem, tentando lançar ele para longe outra vez e o caos atinge-o feito uma marreta de forma totalmente invisível, afastando a escuridão conforme a força dele surge e contra-ataca.
O marrom irrompe em explosões e expande o local, indo contra Luizen que desvia trocando a própria posição no espaço, surgindo sobre Ao Ao. Juntando as mãos, ela reúne a própria força mesclada com o caos e, armando um ataque em conjunto pelo plano astral, um golpe atinge-a.
Sendo lançada para as trevas, a vampira envolve-se no rosa e leva outro ataque, saindo girando na espécie de bolha antes de ficar de pé, vendo Ao Ao reunir a própria energia marrom em ambos os chifres enquanto Kurupi faz o mesmo do seu lado, com os machucados já regenerados e muito nervosa.
"Maravilha." Sendo presa pela ação das trevas, restringindo o uso da ordem para teletransportar, Luizen vê ambos dispararem suas forças e não pode fazer nada além de se defender.
Quando ia ativar um feitiço, o amarelo surge da esquerda e colide contra ambas as forças, empurrando-as para outra direção e o disparo segue contra o espaço.
Aterrisando, o amarelo é desfeito e Dex revela-se nele. De cara fechada, ele exala ainda mais a própria força e chama a atenção dos irmãos que, vendo o amarelo empurrar a escuridão em chamas, ficam abismados.
"Está empurrando as trevas ?" Kurupi pensa, sentindo características similares a energia de Tupã nele. Luizen aproxima do defensor e calmante põe as mãos nos bolsos, pensando um pouco. O homem analisa-os, recheados pelas partículas escuras junto a suas próprias cores, marrom e lilás. "Além disso, aquele bode parece ter alguma coisa." Olhando para as próprias mãos, ele sente parte da própria força se esvair e a "reserva" não ser reabastecida, seu corpo está falhando.
"Não prolongue a luta, Ao Ao consegue cortar a produção de energia de tudo perto dele. Não há recarga a partir de agora." A voz da vampira surge na cabeça dele, vindo do plano astral e ele concorda num leve gesto, fazendo a representação roxa de sua alma vibrar. "Kurupi ataca sempre na consciência, a habilidade dela consiste nisso. Por isso, mire no Ao Ao. Sua barreira mental é simplesmente inexistente, se eu não tivesse aqui ela já teria te transformado num cachorrinho."
"Eu nem sabia que isso era possível." Dex pensa, imaginando a si mesmo como um pinscher roxo e Luizen segura a risada.
Os irmãos fecham a cara, achando que eles está tirando com a cara deles e a vampira suspira. "Bem, além desses dois mais duas pessoas podem aparecer. Três na verdade, dentre elas caso um lobisomem surja precisamos sair daqui imediatamente, não conseguimos peitar ele."
-Ah, alias! Sabe o Pedro? -Perguntando ao colocar o braço sobre o ombro do celestial. A surpresa domina-o enquanto um gigantesco sorriso surge nela.
-Ein? Pedro? Que Pedro? -Ele questiona e, uma magia é ativada.
-QUE TE PEGA DE JEITO! -De uma vez, o caos rasga o local e eles são lançados pelo local. Ao Ao é afundado na escuridão enquanto Kurupi agarra a força invisível, manifestando-se junto a ordem e rasgando sua pele. No mesmo instante, a esfera rompe no deslocamento do espaço e o cristal é arrancado de lá. -CORRE!
Segurando-o e agarrando o cristal com o rosa, voltando os olhos para o celestial que, ainda sem entender o que aconteceu, teletransporta Luizen consigo.
Eles surgem na planície onde estavam antes e a dimensão inteira vibra, o céu inteiro é tomado por auroras marrons e lilás enquanto olhos aparecem por todo o canto, encarando-os conforme o cristal luta contra o rosa. Abrindo as mãos e colocando o item entre elas, a vampira invoca o prisma e aprisiona-o dentro dele.
-Precisamos vazar daqui agora!
***
Yellow afunda nos próprios pensamentos.
Gritando em meio a água, feita puramente de sua consciência e lembranças. Vendo sua mãe diante de si, sorrindo sobre seu corpo de aranha a lembrança de sua morte o faz gritar, tentando sair dali. A imagem some e outra surge, de quando entrou para os defensores e, Bleeim atravessa o peito de GG com as próprias mãos.
-Foi sua culpa. -Yellow grita outra vez, vendo a imagem de seu amigo ruivo ser tomada pela escuridão enquanto os outros são tomados pelo medo, vendo-o ser totalmente dominado e Câncer ascender. Em seguida, cada um dos defensores aparece em sua frente.
Gael, sem o braço e olhos, caído no chão, morto. Yumi, com as asas arrancadas e fincada no chão por lâminas vermelhas, sendo desintegrada. Strikis, lutando até o último momento ao lado dele mesmo, tentando se equiparar ao monstro em suas frente, uma Vontade no corpo de Bleeim.
Que se libertou por sua culpa.
Afundando ainda mais, a escuridão engole-o junto às lágrimas, tomando totalmente seu rosto. As garras de Shadow perfuram sua pele e alma, alimentando-se da tristeza e desespero do elemental ao relembrar todos os acontecimentos, ocorridos em uma linha temporal alternativa e nessa própria.
Sentindo-se em êxtase, a criatura encara Evan sorridente, louco por sangue. O defensor apenas olha-o abismado e, entendendo, fecha a cara.
"Agora a coisa ficou séria."
Sem entender o motivo de estar com tanta vontade de lutar, Shadow toma posse total de Yellow e avança contra o homem de terno num salto. A energia é deslocada junto ao espaço e, movendo as adagas para sincronizar ambas, eles colidem.
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