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- O CAMINHO DO BRUXO -


Devimyuu respirou fundo, esvaziando sua mente e acalmando o próprio espírito.

Embora capazes de exercer o foco quando necessário, biotipos mágicos geralmente não tinham a paciência tão precisa para atingir o ponto máximo da concentração. Com muito treino e dedicação, até poderiam chegar bem perto, mesmo assim, os que conseguiam eram exceções, como druidas de alto nível tal qual Mewcedrya.

No entanto, Devimyuu também se mostrava uma exceção. Outro fator que favorecia sua capacidade rápida de concentração era ter crescido com uma família de biotipos Psíquicos. Meditação era um hábito comum deles. Um filhote psíquico poderia deter mais concentração do que um felin adulto de qualquer outra espécie.

Os pais adotivos de Devimyuu ensinaram tanto a Kinmyuu quanto a ele a exercer essa habilidade, mesmo sabendo que seu biotipo era Mágico. Não foi tão simples no começo, mas Devimyuu queria ser como eles, e seria com perfeição. Ele conseguiu naquela época e conseguiria agora.

Mewcedrya usou seu próprio poder dos Olhos da Espiritualidade para avaliar o status de seu aprendiz. Todos os pontos de energia dele estavam alinhados em exímio equilíbrio, deixando a druidesa impressionada pelo fato de tê-lo conseguido de forma tão rápida e aparentemente fácil, já que ela desconhecia o fato do príncipe estar acostumado a isso.

Deixando as demais admirações para depois, era o momento da própria druidesa se concentrar. Mewcedrya e o santuário se tornaram como um. Ela podia não somente ouvir a voz daquela terra como também tomar seu poder mágico emprestado.

A druidesa abriu os olhos. Suas íris esmeralda emanavam uma luminescência cor de jade, tal como a cor da aura acesa que agora contornava seu corpo. Ela ergueu a mão direita para frente, com a palma aberta sobre a terra. Não demorou muito e o solo marrom entre ela e Devimyuu começou a se revolver, até que um ramo brotou de dentro dele. A fêmea fez com que o mesmo crescesse até a altura dos olhos de Devimyuu, que continuava a mantê-los fechados.

- Agora me diga, meu caro príncipe, o que você sente ao nosso redor.

Devimyuu respirou e inspirou lentamente.

- Nesse exato momento, tem uma concentração de poder mágico de alto nível emanando de você, eu suponho, já que sinto estar bem na minha frente. Eu também sinto um poder arcano bruto e muito forte espalhado à nossa volta. Mas... não está... concentrado. É como uma magia ancestral, só que fragmentada. Além disso, a mana dessa parte da floresta e o etérima daqui se misturam como se fossem um elemento só. Eu diria que estão em equilíbrio.

- Sim, correto. Há alguns elementos a mais para serem captados, mas você foi muito bem para sua primeira percepção. Eu o parabenizo. Mas, existe algo em especial que está bem próximo a você. Sabe me dizer o que sente sobre isso?

Dessa vez, Devimyuu franziu pouco mais o cenho na tentativa de forçar mais sua concentração. No entanto, tal detecção específica foi mais difícil do que o semideus adolescente imaginava.

- Hmm... Está um pouco... difícil distinguir. Eu não tenho certeza...

- Se não está conseguindo por si próprio, deixe que a natureza converse com sua alma. Ela lhe dirá o que você procura. Leve o tempo que precisar, e não fique frustrado se não conseguir de imediato, caso contrário, poderá arruinar o ciclo de tudo que estamos fazendo aqui. Apenas continue.

Devimyuu assentiu, decidido a se forçar ainda mais, porém seguindo a orientação de Mewcedrya quanto a não deixar que a frustração o dominasse. Ele conseguiu captar outras essências; como a brisa taciturna que soprava de modo diferente por entre os longos galhos dependurados dos salgueiros e as folhas mais altas na copa amarronzada dos freixos. Sentiu a presença de Mewcedrya não muito longe de si, embora a manifestação do poder dela ainda estivesse bem próxima a ele. E também sentiu gradualmente, a pouca mana do fraco e cinzento sol reverso se distanciar; o que entendeu como um indicativo de que o mesmo estava se pondo, já que horas de claridade naquele mundo eram muito breves.

No entanto, nada do que pressentiu até então respondia à questão levantada por Mewcedrya. Ainda havia algo bem próximo que Devimyuu não sabia interpretar. Tudo que ele conseguia sentir a respeito era que mana da Natureza e magia o constituíam, mas sabia que detectar somente isso não era o bastante. Mewcedrya queria que ele fosse específico. Então ele tentaria de novo, e quantas vezes fosse necessário.

Um tempo considerável havia se passado quando Mewcedrya gentilmente tocou no ombro de seu pupilo.

- Devimyuu, abra os olhos, querido.

- Mas, eu ainda não consegui...

- Não tem problema, pode abrir.

Mesmo não disposto a desistir, o príncipe sombrio obedeceu, no fundo temendo que Mewcedrya tivesse cansado de esperar que ele fizesse o que foi pedido.

- Eu falhei? - Perguntou, ao encarar sua mentora com o semblante preocupado, e ao mesmo tempo temeroso, como de um filhote que lamentava ter desapontado seus pais.

- Claro que não, nós estamos apenas começando. Eu só acho que está na hora de um breve intervalo. É importante fortalecer o seu lado espiritual, mas não é por isso que devemos esquecer do físico.

Somente após a frase de Mewcedrya, Devimyuu se deu conta de seu estômago vazio, considerando que estava ali há horas e apenas havia tomado café da manhã.

- Agora que você falou, eu tô mesmo morrendo de fome...

- Foi o que imaginei. Venha, vamos colher algumas coisas para que eu prepare uma refeição.

O jovem Lorde assentiu se espreguiçando, levantando do círculo que Mewcedrya tinha desenhado na terra. Estava observando as runas escritas em sua borda quando se apercebeu de uma coisa.

- Espera aí... Quando você me disse pra abrir os olhos, não tinha nada diferente na minha frente ou perto de mim. O que é que eu estava tentando sentir, afinal?

Mewcedrya o encarou com um olhar desafiador.

- O melhor aluno pedindo a resposta? Não achei que isso fosse de seu feitio, Devimyuu...

O garoto arregalou os olhos.

- Quê?! Não! Eu não tô querendo a resposta! Eu só tô me perguntando se realmente tinha alguma coisa lá ou se foi só um tipo de teste quanto ao meu nível de concentração. E tudo bem se tiver sido, mas nesse caso eu gostaria de ter ficado até realmente não aguentar mais.

- Compreendo. E quanto tempo mais você acha que poderia ter se mantido ali?

Devimyuu se mostrou pensativo e suspirou levemente.

- Não posso ter certeza absoluta, mas acho que já fiquei assim mais de um dia...

Espantada por seu pupilo aparentemente ter mais prática do que imaginava, a druidesa até parou de caminhar e virou-se para encará-lo.

- Mais de um dia direto naquele estado de total concentração? Onde aprendeu a meditar assim?

- Os puros que me criaram eram Psíquicos, e me ensinaram. O meu pai...q-quer dizer, o rei que me adotou, costumava meditar comigo no colo quando eu era pequeno. Eu não tinha mais a minha mãe, tudo era diferente e muitas coisas me assustavam, mas como eu achava que ele era meu pai de verdade eu não desgrudava dele. Ele...miahn... me afagava enquanto meditava, então geralmente eu dormia, mas mesmo assim acostumei...

Mewcedrya observou Devimyuu desviar os olhos enquanto falava. Ele virou o rosto para o outro lado por uns instantes, e a druidesa presumiu que ele não queria que ela reparasse em sua feição entristecida ao mencionar aquela lembrança.

Mewcedrya há tempos tinha notado que havia ódio quando ele mencionava o irmão mais velho adotivo, contudo, sempre que citava memórias com o pai de criação, havia uma somente tristeza e desapontamento em seu olhar; muito mais do que qualquer revolta. Era óbvio o quanto uma figura paterna lhe fazia falta. A ferida causada por aquele sentimento de abandono provavelmente jamais se curaria.

E a pior parte para Mewcedrya, era que por mais que não confiasse em puros, ela se via obrigada a admitir que o tal pai adotivo realmente parecia amá-lo. A druidesa se perguntava em que momento isso mudou, já que esse mesmo pai aparentemente jamais veio resgatar o filho que parecia amar tanto. Não era isso o mínimo que um rei deveria fazer tendo um de seus príncipes sequestrado?

Mewcedrya imaginava que Devimyuu deveria ter se feito essa mesma pergunta milhares de vezes. A fêmea suspirou; queria consolá-lo, mas sabia que não teria nada que pudesse dizer para fazê-lo. Mesmo que um dia pudesse superar, as dolorosas lembranças de sua família adotiva sempre o assombrariam, e de uma forma ou outra sempre iriam machucá-lo.

E como se a situação do jovem Lorde das Trevas não fosse angustiante o bastante, essas não eram as únicas memórias tortuosas que ele mantinha guardadas.

- Eu aprendi, mas é claro que como criança eu não ficava muito tempo parado meditando. Eu consegui "prática" quando me jogaram naquele calabouço imundo... No começo eu só chorava, admito. Mas depois, eu não tinha mais forças nem pra isso. Eu só queria fechar os olhos e morrer, mas como eu não morria, só me restava tentar pensar que eu não estava naquele maldito lugar. E foi o que eu fiz. Não tinha janelas lá, então eu não tinha como saber exatamente quantas horas se passavam. Mas sei que fiquei concentrado por cada vez mais tempo. Preferia mil vezes ficar parado de olhos fechados preso em minha mente do que voltar pra realidade da prisão infernal onde eu estava!

Mewcedrya sentiu seu coração apertar-se. Em sua juventude, ela havia sido colocada numa prisão após assassinar brutalmente o noivo mais velho que tentou violentá-la, mas escapara de lá três dias depois graças a ajuda de sua mãe. Aqueles poucos dias presa já se mostraram entre os piores que poderia ter passado.

Então ela pensava em Devimyuu; praticamente uma criança, raptado e condenado à uma cela fria e escura por quase um ano, passando fome, frio, medo, e o desespero de outras humilhantes privações. E mesmo assim, o menino tinha tirado forças de onde não havia para resistir a tudo isso.

Mewcedrya queria poder abraçá-lo, mas não o fez, pois sabia o quanto o futuro Lorde das Trevas odiava que o vissem como alguém digno de pena. Ele tampouco ia querer que a mentora que tanto acreditava nele agisse assim.

Sendo assim, a fêmea adulta apenas aproximou.

- Bem, todas essas provações injustas que sofreu te tornaram mais forte para chegar até aqui. E nunca deve se esquecer de que todas as habilidades que está desenvolvendo o ajudarão na merecida vingança contra todos que um dia te machucaram.

- Sim, você tem razão - Devimyuu respirou fundo, se recompondo e deixando qualquer vestígio de melancolia e autopiedade para trás. - Mas então, tinha mesmo alguma coisa na minha frente ou foi só um teste de concentração? Você enrolou e acabou não me respondendo...

A druidesa lhe deu um olhar que fingia estar indignado.

- Enrolando? Eu? Ora essa, me respeite, menino! - Exclamou numa bronca falsa. - O que você precisa sentir ainda está lá. Eu usei um feitiço de ocultação, ele só vai se revelar quando você conseguir detectar suas propriedades.

Alguma coisa na frase de Mewcedrya deixou Devimyuu reflexivo. E de repente, lá estava ele com a expressão de quem estava novamente perdido em seus pensamentos. A adulta preferiu não o incomodar, e achou melhor ir caminhando na frente para colher os preparativos do jantar, se perguntando curiosamente, se seu esperto pupilo tinha entendido a pequena dica que acabava de lhe dar.

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