Capítulo 3 - A jornada de Palkinyn
A escolha de Mysperaty foi a de eliminar de uma vez por todas as Chabysbés e também Chabysbéykly para fazer com que sumam da face do planeta Palkanykros, nunca mais exista alguém ou alguma raça que desafie eles e que isso sirva de exemplos e de lição para todos e para todo o planeta. Após a ordem do líder, os últimos remanescentes dos Palkanykros que andavam sob a terra rumaram para a montanha Chabynbem para executar a ordem de seu amado e inestimado mestre, pai e criador, mas quando chegaram lá se depararam com uma cena animadora.
As Chabysbéys estavam todas à sua mercê, de modo que seria muito fácil destruí-las e rumarem para a aniquilação final, destruir Chabysbéykly de uma vez por todas para que nunca mais ninguém ousasse desafiar Mysperaty e toda a sua raça. À medida que iam destruindo-as, o caminho começava a ficar mais fácil e simples para a chegada da tão esperada vitória dos Palkanykros, para enfim, terem um momento duradouro de paz e sossego, assim eles pensavam, sem a presença de seus inimigos porque quando destruíssem Chabysbéykly seria o fim da sua guerra de uma vez por todas.
Guerra esta que já durava mais de 2 mil anos e que por mais devoradores que os Palkanykros fossem, eles sempre necessitavam conseguir um alívio de tempo e espaço entre as suas jornadas diárias e os seus descansos mais que preservadores de energia da natureza. Para eles essa energia era, na verdade, reconstrutiva e reparadora de conexões com a natureza e as suas formas de pouparem energia a todo o custo para preservarem as suas vidas que nunca foram consumidas por algum inimigo devorador de árvores e de energias da natureza, que jamais existiram tais inimigos assim no planeta dessa raça arbórea.
A jornada de Palkinyn se mostrou ainda mais derradeira e enigmática que antes, mas talvez seja porque ele se viu em um beco sem saída: ou aniquilava de uma vez por todas Chabysbéykly e as suas plantas Chabysbéys ou se sucumbiria diante dos poderes místicos e naturais de Mysperaty, e isso definitivamente era algo que ele jamais queria que acontecesse em sua vida. Afinal, o criador também era o seu pai de criação e mestre mais animador que já se viu em toda a terra do planeta Palkanykros e também em toda a floresta de Palkaninbem.
Plantas eram sucumbidas e seus fins eram considerados por eles como uma dádiva inesperada, mas também almejada por muitos deles há muito mais tempo do que poderiam contar em suas vidas de aniquiladores. Palkinyn deixou a maior parte das Chabysbéys para os seus até então aliados e quase que não fez nada para as destruir, mas lá no fundo do seu puro coração, ele sabia que isso não iria durar por muito mais tempo e uma hora ou outra ele teria que agir e manifestar todo o seu mais íntimo desejo que o seu criador Mysperaty o ordenou a fazer naquele fatídico dia.
Mas o líder da missão, Plakinyn contrariou por alguns instantes as ordens do seu pai de criação e ordenou aos seus aliados e aos seus comandados que devorassem as Chabysbéys uma a uma até não sobrarem mais nenhuma delas. Dizendo a eles agora:
– Devorem todas essas malditas plantas e não deixem nenhuma delas vivas ou inteiras – ele sabia que se fizesse o contrário enfureceria e ocasionaria a fúria de Mysperaty quando retornasse à floresta Palkaninbem – o que os seus comandados retrucaram de imediato ainda perplexos com tal ordem.
– Mas não foi isso que o nosso pai ordenou, eu me lembro muito bem das suas palavras: "destruam por completo todas essas malditas plantas e tirem elas do nosso mundo para sempre..." – exclamou Juntishyah furiosamente e conclamando a fúria dos outros.
– Eu não falei, eu ordenei que façam isso porque eu sou o Líder – indicou copiosamente Palkinyn e que furiosamente bradou irrequieto aos seus subordinados – e com isso, acabaremos de uma vez por todas as Chabysbéys – inquiriu animado e com o intuito de se iniciar uma revolução inesperada...
– Ele vai te destruir quando voltar – comentou cabisbaixo o melhor de todos sem pestanejar, mas obedeceu a ordem do seu líder ainda que contrariado.
Uma a uma as plantas eram devoradas em um misto de adeus e outro de indignação porque pensaram que sua líder iria os impedir, mas nada foi feito de imediato, as deixando sem reação, e enquanto os seus rivais se deliciavam, Palkinyn só observava atento e esperançoso a tudo o que ali se passava. Sem questionar as suas ordens, os revoltados se propuseram a contar tudo a Mysperaty quando retornassem à floresta Palkaninbem, mas ainda havia muito a ser consumido e isso teria que esperar por um longo tempo.
Era cedo da manhã quando começaram e ao terminarem já era de tardinha, mas foram derradeiramente aproveitados cada momento porque era uma forma de se despedirem do seu alimento de uma vez por todas. Quando chegaram no topo, eles pensaram que fariam o mesmo com a sua líder, mas foi aí que aconteceu o inesperado...o seu líder ordenou com que parassem rapidamente porque ele mesmo iria devorar sozinho Chabysbéykly, e em um misto de dúvida e de audácia, Palkinyn iniciou a sua faminta missão.
Enquanto a tropa se retirava ao pé da montanha, o líder esperou todos se afastarem para iniciar o seu momento mágico e derradeiro para só então acontecer o inesperado por ele que o mesmo não previu ou antecipou o feito de imediato. Antes mesmo de iniciar, ele teve um momento de pesar e de reflexão porque na noite anterior teve um sonho nunca revelado a ninguém que o levou a aceitar essa decisão da líder inimiga e de Yskryterus para salvar a raça Chabysbéy da fúria insana e insensata de Mysperaty.
Em meio ao caos e às muitas dúvidas, Palkinyn iniciou toda a sua gula e deixou a fome de lado por um momento, mas não se limitou e devorou vagarosamente cada parte da líder das plantas depois de se certificar que a sua tropa não mais era vista ao longe. Em um misto de inquietação, pesar e fome de meses sem cogitar o fazer e ainda irrequieto por ter tamanha voracidade, ele se propôs a não deixar nenhum vestígio que fosse, mesmo que levasse a noite toda e de fato foi o que ocorrera no sopé do local: "vou ter que fazer isso pelo seu bem, mas de alguma forma que eu desconheço, eu sei que você vai voltar ainda mais forte do que nunca foi um dia, vá em paz".
E no último pedaço ele se voltou para trás e viu que realmente não sobrara mais nada, mas sem ainda ter essa certeza, desceu lentamente Chabynbem para averiguar e se certificar de que tudo fora cumprido à risca por ele e seus subordinados. Quando retornou ao pé viu que cumpriu com a ordem, mas se lamentou por não ter outra saída para acabar com os devaneios do seu pai e líder mesmo que isso custasse a sua vida não tardou a iniciar o caminho de volta e ainda mudo somente o fez de forma providencial e sorrateira.
Os seus liderados fizeram o mesmo e ainda não sabem como contar ao seu líder sobre isso, mas descobririam que talvez isso não fosse preciso se todos eles tivessem um novo líder que os conduzisse e tomasse a palavra. "O anterior fora mesquinho e contrariou as ordens" murmuravam eles com tamanha raiva e fúria em silêncio porque ao chegarem no início da jornada, Juntishyah tomou a palavra e despejou tudo de uma vez por todas...
Sem chance de defesa, Palkinyn se viu em maus lençóis e tentou se explicar mesmo que em vão, então o líder dos Palkanykros esperou o momento certo para se manifestar e ouviu atentamente a tudo em seus mínimos detalhes:
– Parecia tudo normal meu pai, até que chegamos naquela montanha maldita, que eu não quero nem falar o nome... – bradou Juntishyah irrequieto e furioso.
– Foi quando Palkinyn nos ordenou para que comêssemos planta a planta, uma a uma, daquelas malditas Chabysbés e tivemos que fazer por ordens dele, meu pai, ainda suplicamos e nos revoltamos estupefatos que essas não eram as suas ordens...que era para aniquilar de uma vez por todas aquelas malditas e não comê-las...como Palkinyn ordenou esperançoso de que algo divino ocorresse ali como por mágica... – pesarou maldizendo as palavras.
– E ainda ao chegarmos no sopé da montanha, Plakakinyn ordenou para que descêssemos tudo novamente para ele ficar sozinho com aquela maldita da Chabysbékly para fazer sabe-se lá o quê...e quando terminou o dia, ele retornou sem dar um pio e ordenou para quê voltássemos de volta para casa. O que ele fez lá em cima ainda é um mistério, mas quando nós estávamos lá nós bradamos furiosos e ele fez uma cara de poucos amigos, e nós sabemos que quando ele faz isso é porque está furioso, então tivemos que obedecer a esse maldito, meu mestre. – declinou bradando irrequieto e furioso Juntishyah.
– Nesse momento, todos começaram a gritar em uma algazarra que só vendo para acreditar o que de fato aconteceu, mesmo que fosse ele um pouco exagerado –, mas Mysperaty não se aninhou e nem se acovardou tomando a palavra logo em seguida com a fúria de seus pupilos e com fogo nos olhos.
– Basta, já chega, ouvi tudo o que contaram e agora sou eu que vou falar, estamos entendidos ou terei que mata-los aqui mesmo? – enfatizou categoricamente o líder dos Palkanikros.
– Eu não esperava que você me apunharia dessa forma meu primogênito e preferido Palkinyn, mas já que o fez, e eu não estou dizendo que todos os outros aumentaram as palavras porque eu já o conheço muito bem e sei que você, meu filho, já andava estranho já à alguns meses, talvez tendo pensamentos, sonhos e conversando telepaticamente com essa maldita planta chefe dos nossos inimigos mortais... – cutucou exasperadamente Mysperaty com rancor.
– Sim, meus filhos, eu já desconfiava a tempos que o meu primogênito fosse nos trair, mas eu quis provoca-lo e provar que eu um dia eu poderia estar errado, mas pelo visto eu me enganei e me enganei ainda mais pensando que não fosse verdade. Aqui estamos mais uma vez, e eu agora tenho certeza de que esse maldito a minha frente sempre desejou os poderes daquela maldita que se dizia a mãe de suas comidas, mas apesar disso, eu não estou completamente surpreso com tamanha ousadia sua Palkinyn – inquiriu pesaroso e com a pulga atrás da orelha que ele poderia estar errado, mas o primogênito tomou a palavra de supetão...
– Meu pai, sim, eu fiz tudo o que eles falaram, mas pensando que pudéssemos sermos aliados daquelas plantas tendo em vista que o nosso futuro está quase selado e tudo o que passamos com o tempo, a temperatura e o pouco sol que nos apresenta todos os dias cada vez menos em nossa presença, a nosso destino pode estar sendo selado daqui para frente. E eu sempre quero e desejo o melhor para nós, por isso, eu sempre achei que seria útil que convivêssemos com aquelas plantas como aliadas para o nosso bem e a nossa sobrevivência fosse prolongada e que descobríssemos juntos uma forma de coexistir e de existir em tempos difíceis que vivemos agora... – enfatizou e anuiu esperançoso que Mysperaty entendesse e se pronunciasse a seu favor...
Mas não foi isso o que aconteceu, o chefe, líder, pai e agora inimigo de Plakinyn, bradou mais uma vez, o expulsando dos domínios de Palkanizilon para todo o sempre e que o primogênito esquecesse e nunca mais voltasse a colocar os seus pés por lá em sua vida devido àquela traição que ele nunca imaginou que um dia se concretizaria, apesar de que o . Porém, com o pesar de um pai que está perdendo um filho amado e querido, e com um nó na garganta e uma inquietação que não o deixava Pokriah boquiaberto porque este já sabia que isso um dia aconteceria, onde o mesmo já vislumbrava tal fato ao conversar telepaticamente com Chabysbékly naquela fatídica noite anterior à chacina gulosa.
Depois disso, Plakinyn rumou para terras desconhecidas para além do deserto sem saber se conseguiria existir ou mesmo persistir em suas dúvidas e em suas inquietações mais derradeiras por causa das previsões que vislumbrou na noite anterior em seus sonhos mais profundos de que um dia tudo mudaria e eles teriam um inimigo maior a combater. Mas enquanto isso não se concretizava, ou de fato, acontecesse, ele viu o seu futuro incerto chegar a galope cada vez mais certo que que o seu fim chegaria antes de seus irmãos ou mesmo do seu pai e mestre, Mysperaty.
Ainda sem saber o que fazer de sua vida, ele andou sem rumo ou direção e se dirigindo às terras desconhecidas do deserto, caminhou dia e noite sem parar nem mesmo para descanso ou se alimentar. Mas algo chamou a sua atenção quando após passar por todo o deserto se viu frente a frente com um rochedo sem fim a sua frente que o deixou desaminado por não saber o que fazer ou mesmo para onde ir após esse fato verídico acontecer a ele.
Por onde ele se virava via mais e mais rochas a perder de vista, sendo cada uma de uma altura imensurável e muito mais alta que a montanha Chabynbem um dia ele pensou que fosse dessa mesma altura, mas esse rochedo era inda maior que tudo o que ele jamais vira um dia em toda a sua vida. Ainda sem saber como contornar tal empecilho, ele rumou para a esquerda por pensar que seria o melhor a se fazer, mesmo após 2 meses de viagem, e nada encontrar, Palkinyn decidiu parar e dar meia volta, para o início do tal rochedo, e ao chegar no ponto de partida, foi na direção oposta, e após mais de 5 meses à frente achou algo que nunca imaginou que um dia chegaria a acontecer.
Ele chegou um conjunto infinito de águas que nunca tinha visto antes, era muita água a perder de vista e que nunca imaginou um dia chegar a ver tal cena aterrorizante e ficou perplexo quando de suas profundezas surgiu uma árvore branca que telepaticamente entrou na sua mente o que o deixou irrequieto e o mesmo pensou que estava delirando. Mas Polkriah não se fez de rogado e começou do início explicando e deixando Palkinyn mais aliviado por finalmente ter alguém com quem conversar depois de meses sem fim andando no deserto e depois tentando contornar um rochedo sem fim.
Era uma árvore tão branca quanto as folhagens de Chabysbékly que ele jamais vira igual em toda a sua vida e que chamou a sua atenção pelo grande volume que ela fazia acima das águas azuis anis sem contar com a desenvoltura daquela árvore estranha para si naquele ambiente tão diferente que se apresentou em sua frente. E por mais que Palkinyn não visse a hora de ver alguma árvore pela frente, ele se indagou o porquê de aquela tão diferenciada árvore estar naquele tipo de água e nunca ter conversado com ele telepaticamente durante as suas horas acordado, e sim, somente quando ele estava dormindo...?
Não demorou muito para Polkriah começar a se explicar de forma tranquila e sorrateira na mente do mocinho à sua frente que não tardou a se questionar se tudo o que estava vivendo naquele momento era real ou fruto de seu delírio por estar tanto tempo sem dormir e sem comer. Mas o que ele não esperava acabou acontecendo bem diante de seus olhos, sim, a árvore branca à sua frente além de telepata, era ainda, voadora e a melhor nadadora que ele já presenciou em vida.
Pelo menos ela levitava como nenhuma outra árvore que ele já viu em sua vida, e foi isso que ela explicou a ele em pensamentos...que sabe tudo sobre ele e seu irmão mais novo Mysperaty da floresta Palkaninbem que também fazia parte da floresta Palkanizilon que era ainda maior do que ele jamais imaginara existir. No surgimento de tudo, o seu irmão mais novo fora separado de todos por tentar ser sempre superior, mas que Polkriah, que era sempre o mais paciente e o primeiro telepata nato dos irmãos foi o único a tentar contato com o seu irmão primogênito e mesmo que sem sucesso, fez questão de o fazer com Palkinyn que era mais propenso a esta habilidade por conta de um dia ter devorado Chabysbékly, ainda iniciou ele moderadamente:
– Antigamente, a 25 mil anos atrás, erámos em 3 irmãos, mas com o passar do tempo outros filhos nossos foram surgindo após se passarem cerca de 15 mil anos, o que de fato ocorreu foi que ambos nos sentimos diminuídos com este fato, e o mais novo migrou para uma floresta afastada de todos, enquanto eu fui em direção às águas azuis anis do oceano e o do meio foi em direção as geleiras do nosso planeta, o Palkaninyn – explicou Polkriah de forma lenta, suave e reverberando o seu pesar.
– Nós nos separamos, mas nunca deixamos de nos falar telepaticamente porque após um tempo depois os outros 2 irmãos também ganharam os seus poderes telepáticos, o que facilitou e muito a nossa conversa e intimidade com relação as nossas subraças – ponderou ele pensativo e esperançoso de um dia se reencontrar com os seus irmãos.
– Apesar disso, Mysperaty se fechou para nós e não mais entrou em contato, mas nós sempre o seguimos em pensamentos, apesar de não mais em vida e/ou em conversas, o que causou um certo distanciamento entre nós por milhares de anos – indicou Polkriah cabisbaixo – mas quando as subraças começaram a surgir, nós vimos uma luz no fim do túnel para que um dia possamos conversar e nos reencontar novamente.
– E foi isso que me levou a me intrometer em seus pensamentos, pequeno Palkinyn, um prodígio em sua espécie terrestre de Palkanykros, e o que você não sabe é que devorando Chabysbékly você adquiriu poderes de regeneração, cura e telepatia, parte dela e parte de mim está em você, e que no futuro não muito distantes todos terão os mesmos poderes de cura e regeneração, disso eu tenho total certeza e convicção que vai acontecer – explicitou Polkriah esperançoso e enigmático em frente ao confuso e incrédulo Palkinyn à sua frente.
Foi a gota d'água para que o pequeno Palkinyn se indignasse e bradasse irrequieto àquela árvore tão grande, branca e antiga à sua frente porque nunca ouvira tais afirmações, mas também soube desde o início da telepatia que aquela árvore à sua frente não estava delirando, e sim, falando a verdade que ele mesmo já ouvira em pensamentos de seu pai algumas vezes. E foi nesse instante que aquelas 2 árvores, uma antiga e a outra mais nova, iniciaram uma nova amizade de cumplicidade e de confissões com planejamentos e planos para o futuro que não tardara a acontecer em breve em suas vidas e que mudaria o futuro de ambos e do planeta todo, cada raça e cada subraça de uma vez por todas e que nenhum deles jamais imaginou acontecer um dia.
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