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8: Espalhando-se Como Um Incêndio

           

Querido Thomas,

Eu sugiro que apareça logo. O seu sumiço tem feito com que as pessoas que não concordavam com Jason sobre você ter culpa no que aconteceu comigo estão começando a achar que ele tem mesmo razão. Além disso, tenho que avisá-lo sobre um perigo recentemente descoberto. Pode parecer loucura da minha cabeça, mas a Deusa que nos doou os Poderes Elementais está de volta. Eu sei, eu sei. Ela devia estar morta. Mas não está.

Toda vez que fecho os olhos ela está em minha mente, dizendo que se não eu, pode ser você, Aurora ou Jason. Não quero que nada de mal aconteça a nenhum de vocês. Thomas, você precisa voltar. Precisa dizer que nada foi culpa sua, precisa ficar em segurança. Por favor, por favor, volte. Seus pais estão preocupados com o seu bem-estar e eu também. É insuportável não saber onde você está ou se está bem.

Esta é a décima carta que deixo na copa da Árvore Verdejante, onde você disse que sempre que eu precisasse você estaria lá. Sei que magoei você por não contar sobre o meu noivado com Jason. Desculpe por isso. Em nenhum momento quis te deixar de fora da minha vida. Por mim, apareça. Por mim, fique bem.

Massie Ágata Madeleine Bloom Wave

— Não acredito que você ainda está escrevendo cartinhas endereçadas àquele grande idiota. – disse Jason atrás de mim, suas mãos dentro dos bolsos do terno negro.

Girando com velocidade, fiquei de frente para ele. Já fazia quase dois meses que Thomas estava desaparecido e o frio começava a dar as caras em Goddess Falls. O tempo era muito estranho por aqui, observei, olhando para o chão úmido coberto de neve. Meu vestido azul claro tinha gola alta, com mangas rendadas até os pulsos, onde minhas luvas brancas se encontravam com o tecido. Meus cabelos brancos estavam trançados em um penteado delicado, formando uma coroa no alto de minha cabeça.

Os muros do castelo de pedra do Reino do Fogo estavam a uns quinhentos metros de distância de onde estávamos, mas havia uma trilha de tochas que eram durante a noite acesas, para indicar a direção certa a quem estivesse em duvida de onde ir. Como o dia ainda estava começando, isto não era necessário.

— Não gosto que você fale assim dele. — eu disse. — Ele não tem culpa alguma no que aconteceu comigo e eu já disse isso. Então por favor, pare de falar desse modo quando ele nem ao menos está presente para se defender.

Ele bufou, irritado. As madeixas preto-azuladas de seu cabelo se agitavam com o vento forte. Jason odiava o tempo frio, mesmo não fazendo a mínima diferença para ele, que era uma fornalha ambulante. Na paisagem branca ele se destacava com o terno escuro, que ele usava todos os dias agora. Parecia ansioso todos os minutos do dia, como se esperasse por um ataque surpresa a qualquer momento. Eram pouquíssimas as vezes em que ele não estava ao meu lado.

— Sinceramente acho ridícula essa sua mania de defendê-lo o tempo todo. Ele nem se importou com o fato de você ter levado uma pancada forte o bastante para ter morrido. E você pode dizer o que quiser sobre ele ser inocente, mas não acha nem sequer estranho ele ter desaparecido logo depois do que aconteceu com você?

Fiquei calada. Não adiantava discutir com Jason. Um brilho raivoso perpassou pelos seus olhos castanhos. Sutileza nunca fora um de seus atributos.

— Não sei por que você fica tão zangado por algo tão pequeno.

Minhas palavras pareceram inflamar algo dentro dele, que respondeu, com um tom que eu só podia entender como frustração pura:

— Recusa-se a ter uma conversa decente comigo e está sempre me evitando. Por quê? — ele indagou, e a dor na sua voz fez com que eu me retraísse. — Por que faz isso comigo se tudo o que andei fazendo durante todo esse tempo foi cuidar de você?

Antes que eu pudesse dizer algo, ele continuou, suas palavras adquirindo uma camada a mais de intensidade.

— E enquanto demonstro de todas as formas possíveis o quanto me importo com você, tudo o que você faz é ficar girando em torno de alguém que está pouco se fodendo para sua vida.

Fiquei boquiaberta. Como ele ousava dizer aquilo? Como queria que eu não me preocupasse com um amigo desaparecido? Como podia pensar que Thomas estava escondido por conta própria e não que algo tivesse acontecido com ele também? Queria gritar com ele. Dizer que não queria que ele cuidasse de mim porque eu já era grandinha demais para precisar de babá.

Mas tudo o que fiz foi andar decididamente na sua direção e segurar o seu rosto em minhas mãos, me certificando de que seus olhos estivessem olhando diretamente para os meus.

E então beijá-lo.

Quando Jason me puxou para si, eu não esperava que a sensação fosse tão certa. Eu não sentia mais frio. Minha pele parecia queimar em contato com o corpo dele e eu não me importava; eu queria mais. Suas mãos subiam e desciam pela minha cintura e seu toque era ao mesmo tempo firme e extremamente delicado, como se não quisesse me soltar mas tivesse medo de que a conexão entre nós se quebrasse. O carinho inesperado que encontrei nele fez com que eu quisesse derreter em seus braços.

Eu o desejava. A certeza dessa afirmação me atingiu em cheio no peito quando a língua dele encontrou a minha, procurando, perguntando.

Fiquei feliz em responder que sim.

Senti as mãos de Jason se entrelaçar nas minhas durante o beijo e arrancarem as minhas luvas. Sua pele entrou em contato com minhas palmas geladas e me aqueceram de uma forma tão íntima que reprimi um gemido de prazer.

Quando nossos lábios se separaram, Jason olhou para mim atordoado, as pupilas dilatadas. Eu sabia como ele estava se sentindo. Aquele beijo foi um choque para nós dois e eu só conseguia entender que tínhamos sido eletrizados um pelo outro. Meus olhos se desviaram dos dele, atraídos para as tochas que deviam estar apagadas, porém ardiam em chamas recém-acesas.

De repente, gotas de chuva caíram em meu nariz e eu não acreditei. Ergui os olhos para cima, observando-as percorrerem o caminho do céu até o solo. Demorei apenas alguns segundos para sentir que a água era fruto do meu poder. Eu a sentia correr lentamente pela minha circulação, mas eu não me esforçava nem me sentia cansada. Era como se o elemento dentro de mim estivesse se conectando comigo de verdade primeira vez na vida.

Olhei para Jason, que tinha os cabelos molhados quase cobrindo seus olhos. Apesar de estar ficando ensopado, ele sorria, assim como as tochas continuavam acesas.

— Obrigada por não me deixar. — eu disse, baixinho. — Me perdoe por ter sido tão insensível. Só não acho que ele tenha feito isso. Eu... Eu não quero pensar que ele tenha sido capaz de algo assim.

— Tudo bem. — ele disse, pegando minhas mãos e envolvendo com as suas, o calor inundando a minha palma. — Se você quer acreditar nisso, eu respeito. Mas queria dizer para não ter muitas expectativas. Eu conheço Thomas e sei quem ele é. Não o Príncipe da Terra, aquele que é ligado às plantas e aos animais. Há algo negro nele e eu vou descobrir o que é.

                                          

* * *

Muito longe dali, uma mulher ria ao ler a nova carta de Ágata. Menina patética. Olhou para seu prisioneiro, inconsciente e amarrado contra um tronco de ferro. Valerie, a Deusa, já fora como a princesa da Água. Via inocência em tudo e em todos e fora esse o seu erro. Além, é claro, de controlar o Elemento Aquático como ninguém. Por que não poderia ter deixado a terra ridícula de Goddess Falls como estava? Vazia e inóspita? De que adiantou ter sido tão benevolente se isso a transformou em uma inútil?

Valerie cerrou os punhos, com raiva. Mesmo doando toda a essência de seu poder, dividindo-o em matérias Elementais, ela não tinha se exaurido o suficiente para provocar sua morte e ainda continuava imortal. Uma imortal sem poderes, sem nada. Fadada a viver uma vida quase humana e miserável. Ela jogou a carta na lareira de sua pequena cabana, isolada no meio da Floresta da Magia Corrompida, onde apenas transeuntes vendedores de ervas eram autorizados a frequentar.

Parou de frente para o pequeno espelho pendurado na parede e contemplou-se. Estava como quando ainda possuía poderes. Os cabelos vermelhos eram longos e sedutores, a pele atraía olhares por onde passava, por ser tão brilhante; o rosto não exibia rugas porque ela não podia envelhecer, mas já tivera uma expressão menos séria e com nuances mais suaves. Estava dura como pedra. Aprendera a lição. Nunca mais seria misericordiosa. Era isso o que acontecia com quem se sacrificava pensando primeiro nos outros e depois em si mesmo: sempre acabavam em completa desgraça.

Esperara todo esse tempo pelo aniversário da última Elemental e agora era chegada a hora de agir. Valerie sugara boa parte da energia de Thomas para poder entrar na mente de Ágata e ameaçá-la de forma que toda vez que ela se olhasse no espelho visse a cicatriz no início de seu couro cabeludo, lembrando-a que esse era só o começo. O próximo passo era pegar a esnobe chata do Ar. Então ela pegaria Ágata, o que faria com que Jason fosse ao seu encontro pessoalmente.

Tão previsíveis.

Ela olhou na direção do fogo, que consumia lentamente o papel da carta, transformando-a em nada mais que cinzas. Então ela decidiu que estava na hora de responder. A pobrezinha da princesa poderia estar se sentindo ignorada. Exibindo um sorriso diabólico, sentou-se na cadeira de madeira e pegou uma caneta.

Meu amor,

Sinto muito não ter respondido antes, mas não queria que aquele idiota do Jason soubesse de nós...

Ah, o doce gosto da vingança.

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