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48: Não há Como Fugir do Destino

O MÊS QUE SE SEGUIU à visita de Lauren, - que era na verdade Valerie, - foi terrível. Eu não conseguia dormir, - sempre que tentava eu só via o rosto dela, em lugares diferentes, porém sempre repetindo a mesma coisa: enquanto o reinado durar. Nas poucas vezes em que eu caía no sono e conseguia momentos de paz, era sempre quando Jason estava do meu lado. Claro que eu não dizia isso a ele: dizer isso só o deixaria mais preocupado do que já estava, o que de certo o faria viver ao meu redor como uma sombra em tempo integral.

Eu não comia direito; só quando estava na frente dele. E mesmo assim, vomitava até as tripas depois. A gravidez não estava sendo nem um pouco gentil, mas a cada dia que passava eu criava um laço mais forte com o bebê. Era como se ele fosse o único que estivesse do meu lado o tempo inteiro, que sabia tudo o que eu estava passando, que aguentava a tudo junto comigo.

O Reino se encontrava em estado completo de felicidade e satisfação pela primeira vez em muito tempo, e isso me deixava feliz também. Todos estavam felizes, na verdade, menos Jason. Ele quase não parava em casa, estava sempre no Palácio da Arena, fazendo sabe se lá o quê como se fosse o seu objetivo de vida. Fora assim por três longas semanas, até que ou ele desistira ou conseguira o que queria.

E quando Jason passou a ficar em casa cada minuto do dia, foi aí que eu piorei, como se o meu mal estar possuísse algum tipo de sensor na presença dele e quisesse se mostrar em todo o seu vigor quando ele estivesse por perto.

Naquele dia, eu acordara antes do sol nascer com um enjôo terrível. Jason dormia com os braços ao meu redor, seu corpo um fornalha por si só. Quando tentei sair de seu abraço, ele me puxou para mais perto, suas mãos deslizando para a minha barriga quando ele murmurou, a voz rouca de sono:

- Ele já está crescendo.

Não ousei abrir a boca. Se eu abrisse, eu ia colocar tudo para fora de uma vez.

Suas mãos acariciavam a minha barriga, enviando ondas de calor que pareciam relaxar os meus músculos tensos e afastaram o enjôo. Fechei os olhos, suspirando.

- O bebê gosta de você. - eu disse, entrelaçando os dedos nos seus. - Gosta muito.

- Então ele é mais parecido com você do que imaginávamos. - Jason sussurrou, apoiando o queixo no meu ombro, se aconchegando para mais perto de mim. - Me perdoa por não ter estado tão perto durante esse tempo. Eu estava... buscando que alguma solução caísse do céu para que eu soubesse o que fazer. Me desculpe.

- Tudo bem. - fechei os olhos. - Você está aqui agora.

Eu queria aproveitar o quanto pudesse a ausência do enjôo. Estar perto de Jason me fazia bem e tê-lo do meu lado era indispensável em todos os sentidos.

- Você sabe, estive pensando nos nomes. - ele disse, de repente.

Ergui as sobrancelhas, ainda de olhos fechados.

- Ah, é? - balbuciei. - Em quais você pensou?

- Só em um, na verdade. - ele confessou, me dando a deixa para que adivinhasse.

- Cameron. - sussurrei. - É tão lindo. Como é possível amar tanto assim alguém que nem sequer conhecemos?

- Talvez pudéssemos tentar conhecê-lo um pouquinho antes do tempo. - ele sugeriu.

Me virei para que ficasse de frente para ele.

- Tentar uma visão, você diz? - perguntei, procurando seus olhos na semi penumbra.

- Sim. - ele assentiu. - Eu sei que não tem como garantir, mas se você quiser...

- Sim. - concordei de imediato. - Eu gostaria muito de tentar.

Ele colocou a mão sobre a minha barriga, enquanto eu pus as mãos sobre a sua, erguendo o olhar em direção ao seu, já pronta para o brilho reconfortante que me esperava.

Só que quando eu olhei para seu rosto, não era Jason que me encarava, mas sim Valerie, com um sorriso feral no rosto.

- Não vale trapaciar. Enquanto o reinado durar.

Acordei sobressaltada, um grito escapando da minha garganta antes que eu pudesse impedir, o vômito vindo logo em seguida no meio do meu caminho até o banheiro.

Jason se levantou da cama no mesmo instante, correndo até mim para que pudesse me ajudar a chegar até o vaso sanitário, onde segurou o meu cabelo enquanto eu colocava para fora tudo o que havia consumido no dia anterior.

- Estou aqui. - ele sussurrou. - Estou aqui do seu lado, sempre.

O tempo em que não consegui parar de vomitar pareceu se estender durante horas longas e intermináveis. Entretanto, assim a repetição daquele ciclo doloroso acabou, não me lembro de ter feito muita coisa: fora Jason quem havia acionado a descarga e  que lavara o meu rosto; Jason que havia pego uma camisola limpa e me ajudara a vesti-la; Jason que abraçara o meu corpo trêmulo enquanto eu chorava como uma criança que acordara de um pesadelo no meio da noite.

- Shhh. - ele dizia, enquanto alisava a minha cabeça. - Estou com você, meu amor. Tudo vai ficar bem. Haja o que houver.

Apenas assenti, sem conseguir parar de chorar por um segundo sequer. Um nó estava apertando o meu peito e aquilo doía demais. O motivo de estar passando por tudo isso era algo que ia além da minha capacidade.

Eu simplesmente não conseguia entender: era algum tipo de castigo por ser alguém com tanto poder? Ou eu estava sendo punida... por ser a pessoa errada? Porque só podia ser algum tipo de punição. Parecia que quanto mais eu pensava estar me aproximando da plena felicidade, mais fora do meu alcance ela se tornava.

- Eu não posso entender, Jason... - solucei, as lágrimas me impedindo de ver qualquer coisa a frente, minha garganta se fechando com o choro que eu tentava segurar. - Por que eu? Por que tudo isso não acaba de uma vez por todas? Às vezes sinto que fui amaldiçoada. Não temos um único momento de paz!

- Eu não posso dizer que sei a razão de estarmos passando por isso. O que sei é que todos nós temos um propósito a ser cumprido. Uma provação para ultrapassar. E eu sei que parece ser impossível de suportar de tão difícil que é. Mas ouça: o peso fica mais leve quando o dividimos com as pessoas que amamos. Quando confiamos em quem está ao nosso lado para dar o que a gente precisa. Eu aprendi isso com você, Ágata. Você esteve do meu lado sempre que eu precisei, nos meus piores e melhores momentos. Você foi minha companheira, melhor amiga e amante. Você foi tudo. E eu espero ser tudo para você.

- Eu te amo. - sussurrei, sentindo o nó ao redor do meu coração se afrouxar, aliviando a dor em meu peito. Paro de soluçar, minha respiração se tornando firme mais uma vez, apenas lágrimas escorrendo silenciosamente  pelo meu rosto.

- Eu também te amo. - ele disse, beijando o topo da minha cabeça. - Agora você precisa descansar.

— Jason...  — chamei, olhando em seus olhos. — Você promete uma coisa para mim?

Ele assentiu e eu notei que não era a única que não andava dormindo bem. Jason tinha pequenas olheiras debaixo dos olhos e eu pude perceber pela sua postura o quanto ele estava exausto. Isso estava acabando com ele da mesma forma que estava acabando comigo.

Respirei fundo, pensando no que eu tinha que pedir. Na verdade, aquela conversa já tinha sido repassada em minha mente milhares de vezes: não sabemos quando Valerie virá cobrar. Mas quando ela vier... Eu preciso que você me prometa que irá ficar fora disso.

Mas Jason estava tão cansado, tão preocupado com tudo o que estava acontecendo. Era para ser um momento só nosso. Eu, Jason e o nosso filho. Então, em vez de falar o que eu realmente queria, tudo o que eu disse foi:

— Que você vai me deixar escolher o nome do bebê.

Jason deu um sorriso, parecendo quase aliviado quando pegou a minha mão.

— Nós já falamos sobre isso, peixinha. O nome dele vai ser Cameron. É um nome especial para você e se é especial para você, também é para mim.

— Meu avô tinha o mesmo nome. — eu sussurrei. — Ele era tão bom para mim. Foi uma das pessoas que eu mais amei quando criança. Às vezes penso no que ele diria de mim se me visse hoje...

— Ele ficaria orgulhoso. — Jason me cortou, de imediato. — Ele teria orgulho de você pela pessoa que se tornou, em todos os sentidos.

Ainda segurando a sua mão, sentindo seu calor contra a minha pele e o seu coração batendo em minhas costas, eu suspirei, encarando pela janela a visão das árvores do lado de fora do Palácio.

— Eu tenho medo, Jason. — confesso, sentindo as pálpebras pesadas.

E enquanto eu adormecia, o silêncio me envolveu. Porém, às beiradas da inconsciência, ouço um sussurro, uma voz longínqua vinda de um sonho, que arrepia os pelos em minha pele quando diz:

— Eu também.

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