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29: O Peso do Ar

Aurora

NÃO FAZIA MUITO TEMPO que Aurora aceitara o casamento de Jason e Ágata. Ela passara por etapas lentas e dolorosas, chorando por horas a fio, cada lágrima silenciosa que escorria por sua pele machucando como o toque de uma faca. Quando passava por espelhos, simplesmente os arremessava contra a parede mais próxima, se sentindo uma imbecil amarga ao contemplar em seu reflexo o rosto inchado de tanto chorar. Chegara a um nível tão deprimente que ela ocupava-se tirando o ar de si mesma, passando tanto tempo sem respirar quanto podia aguentar. Era bom sentir o desespero; tentar e tentar sabendo que não iria conseguir.

Como se estivesse se afogando.

E quando ela fazia essa comparação, um sorriso de pura ira a tomava, porque fora exatamente a mesma sensação que ela sentira no dia do aniversário de Ágata, naquele dia horrível em que Jason anunciou para todos de Goddess Falls o seu noivado com ela.

Aurora lembrava-se como se tivesse sido ontem. Estivera nas sombras o tempo todo, observando o momento certo para fazer sua entrada triunfal. O que ela fez, logo depois de ouvir em choque Jason dedicar um brinde àquela ridiculamente tola princesa da Água.

Aurora não tinha realmente nada contra Ágata, mas todo mundo sabia que o príncipe do Fogo deveria ser dela. Eles formavam um ótimo casal, tanto em aparência quanto em poder. A princesa do Ar tentava não pensar na vergonha de ter estado tão apaixonada que imaginava até como seriam os filhos dela com Jason, e que às vezes, quando fazia correspondências, ela se via assinando como Anneliese Aurora Blakely Fire.

Mas foi só quando ela testemunhou os olhares que Ágata e Jason trocaram, naquele dia no Palácio da Arena, quando a notícia da magia roubada dele foi divulgada, que ela entendeu: não tinha chance alguma com ele, nem nunca tivera. Seu sentimento era pura e completamente platônico. Sempre tinha sido Ágata, e seja lá qual fosse o nome do que havia entre os dois, era algo inquebrável, forte e profundo demais para qualquer um se meter no meio.

Por isso, decidiu parar de chorar e de sentir pena de si mesma, pois era como sua mãe dizia: ela era linda e poderosa e um dia se tornaria rainha. Mas até esse mantra, que parecia ser tão certo, se voltou contra ela. E veio bater de frente com tanta força que quase a derrubou de vez: Ágata controlava o Ar. Não uma brisa, não uma pequena ventania, mas um controle tão grande que foi capaz de acabar com um labirinto inteiro de Ar, cheio de tornado e furacões. Ela fez aqueles ícones de poder do Clã do Ar parecem nada, pura brincadeirinha de criança.

Por Deus, ela havia acabado com todos eles com apenas um sopro.

E então correra para os braços de Jason, que como se não bastasse, era agora marido dela. Ma-ri-do. Como era possível que Ágata pudesse ter tudo que Aurora desejava? Como era possível que ela tivesse conquistado Jason de tal maneira e em tão pouco tempo que eles agora faziam parte de um time, logo Jason, justo ele, que sempre fora tão arrogante e vangloriava-se tanto de ser o melhor sem precisar de ninguém? Como ela podia ser a Elemental?
Naquele momento, Aurora estava sentada no parapeito de pedra da grande varanda do Palácio da Arena. Sua família já havia ido embora, todos sentindo-se humilhados por presenciarem uma filha da Água controlar o Ar daquela maneira. Mas Aurora continuava lá, pensando. Pensando em como tudo havia saído tão diferente de todos os planos que fizera, até Thomas se recostar no parapeito em que ela estava.

Ai, por favor. Estou me sentindo um lixo, mas se tem alguém que está pior que eu, esse alguém é Thomas. Espero que ele não ache que agora que somos os dois fracassados, eu querer ocupar o posto de melhor amiga dele.

Ele deu uma risada amarga.

— Nem se preocupe com isso. — ele disse, olhando-a de esguelha.

— Eu nunca me preocuparia com nada relacionado a você, então não se equivoque. — cuspiu ela.

Ele ergueu as sobrancelhas.

— Sabe, eu nunca entendi o porquê de você e Jason me tratarem de modo diferente. Sou como vocês. Sempre fui.

Foi a vez de Aurora rir.

— Não minta; fica feio.

Ele franziu a testa, se virando para ficar cara a cara com a princesa do Ar.

— O que você está querendo dizer com isso?

Ela o encarou, a expressão tornando-se irônica.

— Você sabe muito bem o que estou querendo dizer. — falou, o tom de voz duro. — Azen era o primogênito. Ele era quem deveria estar conosco, e você sempre teve inveja. Porque seus pais o amavam mais só por ser ele quem participaria do Jogo Elemental, e que eles agradeciam aos deuses todas as noites por ser ele e não você. Mas então ele morreu, misteriosamente. Vai me dizer que não sabe o que aconteceu?

O rosto de Thomas ficou lívido, e o príncipe da Terra desviou o olhar no mesmo instante.

— Não foi como você pensa que foi. — murmurou.

— Então como foi? — ela se inclinou na direção dele lentamente e sussurrou: — Porque eu penso que você matou o seu próprio irmão para disputar o Trono. Depois se arrependeu e virou apenas uma sombra do que Azen era, estando na competição só para fingir realmente representar o seu Clã, na tola esperança de ser escolhido o Elemental. Afinal, se você o fosse, poderia se enganar, mentir para si mesmo que tudo havia tido um propósito desde o início, e que seria perdoado pela sua traição.

Thomas agarrou o braço de Aurora, apertando-o com força. O tom pálido da pele da princesa começou a mudar, se tornando uma casca marrom, como se transformado em Terra. Assustada, Aurora jogou uma corrente de Ar na direção dele, o que fez com que Thomas batesse as costas na parede. Olhou novamente para palma de sua mão, e respirou aliviada ao ver que ela havia voltado ao normal.

Não ouse colocar as mãos em mim de novo, seu fedelho estúpido, ou... — ele a cortou.

— Ou o quê? — desafiou. — Você acha que é melhor do que eu, Aurora? Você acha mesmo? — Thomas se levantou do chão, caminhando a passos longos na direção dela, que estava quase boquiaberta com a atitude dele. Quase. Porque no fundo, Aurora sabia que sua personalidade insípida era só fachada. — Você é tão ruim quanto eu. Matei meu irmão, sim, mas foi um acidente, não uma situação calculada. Me arrependo até hoje por ter passado todo o tempo que tive ao lado de Azen sentindo inveja dele, se existe um Deus, Ele sabe. Mas você? Você é má. Você não se deixa levar, faz as suas tramóias sujas arquitetando cada consequência que pode vir a surgir.

— Está mesmo me ameaçando? — Aurora indagou, incrédula, sua brisa própria bagunçando seus cabelos cinzas.

— Você sabe tão bem quanto eu do que sou capaz. — disse ele, abrindo um sorriso inocente para ela. Erguendo a mão para tocar seu rosto, ele acariciou a pele de sua bochecha com delicadeza. — Você sabe muito bem. Assim como eu sei muito bem dos segredos que você esconde, víbora.

— Cuidado para não morrer engasgado com o meu veneno. — devolveu, tirando a mão dele de seu rosto com um tapa. — Fique longe de mim. Sou a última pessoa com quem você quer mexer no momento. — então deu as costas, seus saltos provocando ecos no piso de pedra.

— Igualmente. — Thomas disse, ainda sorrindo, antes de seguir lentamente atrás dela.

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