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28: Onde Há Escuridão

ASSIM QUE A NÉVOA de escuridão que nos cercava se dissolveu, me vi em meio ao lugar mais assustador que já pisara: a Floresta da Magia Corrompida. As árvores eram desprovidas de folhas, seus galhos semelhantes a dedos esqueléticos cheios de garras longas e afiadas; o chão era negro como poeira de carvão, parecendo tão firme quanto areia movediça. Um cheiro pútrido pesava no ar, que não parecia vir de nenhuma parte específica, mas sim de todas as partes. Se eu senti uma sensação estranha ao pisar em Kilewood West, aqui era muito pior. Não havia como se enganar. Morte. Maldade. Medo. Terror. Tudo isso estava concentrado aqui, o sentimento enchendo o coração das pessoas de temor o suficiente para fazer com que toda a crença que tivessem se transformasse em nada além de uma lembrança tola de tempos antigos que não voltariam jamais.

Só me dei conta de que estava segurando a mão de Jason quando ele devolveu o aperto, seu toque causando uma onda de carinho em meu corpo por meio de nosso laço. Laço esse que parecia dificultar muito na hora de me manter firme em seguir com a punição dele por me enganar. Quando eu tentei sair do quarto, me vi trancada como uma prisioneira, me sentindo ridícula por ter deixado ele ir embora tão facilmente. E quando eu abri a porta derretendo a maçaneta, vi quatro guardas de serviço em frente ao meu quarto, dizendo que por ordens do príncipe Jason, eu não poderia sair. Trinquei os dentes, a indignação voltando com força.

Soltando sua mão, respirei fundo, olhando ao redor, para o vazio. Ou melhor, quase. Enormes corvos negros estavam em cima de um dos galhos retorcidos de árvore, seu canto parecendo ecoar a palavra morte, morte, morte. O anel brilhou em meu dedo, sua luz se propagando em direção ao solo podre rodeando uma enorme árvore negra, exatamente onde os pássaros que cantavam maus augúrios estavam.

- Tem alguma coisa aqui. - falei, andando para mais perto da árvore, o cheiro ruim adentrando em minhas narinas. O chão estava úmido, mais úmido a cada passo que eu dava, quase assemelhando-se a pura lama.

Esticando o braço para tocar a árvore, observei o anel brilhar mais forte. Estava a centímetros de distância quando Jason me puxou para longe dali, com tanta brutalidade que minhas costas se chocaram contra seu peito. Ele segurava minha cintura com tanta força que eu poderia gritar, o que realmente aconteceu, mas não por isso.

Observei horrorizada o solo ao redor da árvore negra ceder, se transformando em um buraco grande o suficiente para que três homens do tamanho de Jason caíssem de uma vez só. E eu estivera bem debaixo dele.

As mãos de Jason se afrouxaram em minha cintura, mas continuaram lá, como que para se certificar de que eu não iria em direção a mais um buraco e desta vez pularia lá dentro. Meu coração batia acelerado no peito, mas me forcei a voltar a raciocinar.

- Está tudo bem? - Jason sussurrou em meu ouvido, sua voz causando arrepios em minha pele. Assenti, colocando minhas mãos sobre as suas e as afastando de minha cintura.

De costas para ele, contemplei o buraco negro de lama bem a minha frente. Respira fundo, você consegue. Pensa.

- Temos que entrar. - digo, de repente.

- O quê?! - Jason exclama, exasperado. - Você quase foi engolida terra abaixo e só porquê não conseguiu quer pular aí dentro?

- É o caminho certo. - eu disse. - O anel brilhou quando eu estava bem em cima do local onde a depressão se abriu. E eu sinto que é o certo. Não podemos deixar passar. Temos que entrar e ponto.

Jason encarou o anel em meu dedo e sacudiu a cabeça.

- Maldita a hora em que escolhi dar logo esse anel pra você. - ele suspirou, para depois erguer os olhos para o meu rosto. - Vamos fazer do seu jeito, então. Mas eu vou primeiro. Se for seguro, você entra.

Eu queria dizer que independente de ser ou não seguro, eu entraria, mas como ele estava concordando em seguir com o meu plano, fingir concordar com o dele era o mínimo que eu poderia fazer.

- O buraco não parece ser tão fundo, Jason. Qualquer coisa, saímos como vapor de água ou em uma nuvem de ar. - falei, cética.

Ele me ignorou.

- Quero que fique onde está, neste mesmo lugar. Não se aproxime da terra mais próxima ao redor da árvore, pode acabar abrindo mais algum tipo de cratera de lama. Ficamos combinados assim?

Revirei os olhos.

- Estamos de acordo.

Ele balançou a cabeça, vindo em minha direção, seu ombro roçando no meu quando passou por mim. Não pense que me engana, seu toque pareceu dizer. Por conta da falta de seus poderes, não podíamos mais conversar mentalmente, mas eu ainda poderia jurar que de vez em quando a voz dele ressoava em minha mente, como aconteceu agora. Só um roçar de pele, e eu senti suas emoções. Éramos transparentes demais um para o outro.

Observei Jason caminhar até a borda do buraco, para então saltar abruptamente dentro dele, com a desenvoltura de alguém acostumado a fazer isso. Eu sabia que o combinado era eu esperar onde estava, mas que mal faria ir dá uma olhada? Andando cuidadosamente, pisando nos pontos mais firmes da terra abaixo de mim, parei alguns centímetros de distância de onde Jason havia entrado. Eu possivelmente tinha razão, o buraco não devia ser tão fundo, apesar de ser tão escuro que tornava praticamente impossível avistar qualquer coisa lá dentro.

- E aí, é seguro ou não? - indaguei.

Nada.

- Jason? - esperei, em silêncio. Nada além do vazio foi me devolvido. - Jason, responde, isso não é brincadeira. - elevei o tom de voz.

Mas... Nada.

- Jason, se você não responder logo, eu vou pular, está me ouvindo? - eu estava ficando com medo. Por Deus, o que poderia ter acontecido com ele?

Encarei a escuridão abaixo e senti um aperto no coração. Que se dane, tanto ele quanto eu somos dois idiotas sem palavra. Eu não ficaria aqui esperando ele dar sinal de vida, eu entraria e o encontraria lá dentro, segurando o riso por causa do meu desespero. Não que eu acreditasse muito nessa hipótese, mas era melhor do que pensar que alguma coisa de fato havia acontecido com ele.

Cerrando os punhos, fechei os olhos e dei um passo a frente, pisando em falso, meu corpo tombando em seguida para dentro da cratera negra. E eu caí por exatos 5 segundos.

Antes de parar bem cima de um corpo.

Um grito escapou de minha garganta quando uma mão se fechou em meu pulso, o anel brilhando em meu dedo por tempo suficiente para os olhos castanhos de Jason serem discernidos da escuridão. Envolvi sua cintura com os meus braços, a certeza de que estava bem me tomando por completo. Por um segundo pensei que quase podia sentir seus ossos debaixo da pele, o pensamento me escapando imediatamente para depois me dar conta de que eu estava certa e de que era tudo uma brincadeirinha de mau gosto para me fazer ficar preocupada com ele. Então bati em seu peito com força, berrando:

- Seu babaca infantil! - senti as lágrimas arderem em meus olhos. - Isso não se faz!

Ele segurou meus braços, impedindo que eu o estapeasse mais um pouco.

- Está tudo bem agora, querida. - sua voz encheu meus ouvidos. Mas não era bem sua voz, mas uma mais grave e dura, aparentando ter mil anos de idade, tão fria que me fez saltar para longe.

- Você não é o Jason - sussurrei, me arrastando para o mais longe daquela voz antiga e assustadora, tentando chegar ao pequeno fio de luz que a abertura do buraco proporcionava. E então assistir em choque ela ser coberta por uma camada de terra, a areia caindo bem em cima da minha cabeça.

- Ágata, com quem você está falando? - uma voz atrás de mim perguntou. Meu peito pareceu despencar até o estômago e voltar quando o tom rouco quente e familiar veio em minha direção, e senti minhas costas baterem contra suas botas.

- Jason, é você mesmo? - perguntei, trêmula, tentando me pôr de pé.

- Mas é claro que sou eu. - ele disse, um quê de irritação perpassando por sua voz. - Eu disse que era para você ficar lá em cima, aqui não é seguro. - reclamou, suas mãos fortes tocando meus cotovelos.

- Você não disse nada! Eu perguntei, p-perguntei várias vezes e você não me respondeu. P-pensei que tivesse acontecido alguma coisa e pulei para ver se você estava bem. - um calafrio subiu pelas minhas costas. - Mas tem... Tem alguma criatura q-que tomou a sua forma e eu achei... Eu...

A mão de Jason tocou o meu queixo por um segundo, antes de subir para minha boca, me silenciando. Ouvimos atentamente no silêncio opressor daquela escuridão, prendendo nossas respirações. Mas ainda sim, uma respiração pesada e barulhenta era ouvida, provando que não estávamos sozinhos. Os dedos de Jason desceram para minhas mãos, onde ele colocou algo frio e de metal, que pareceu ser uma adaga. Na outra, ele acariciou a pele entre meus dedos, e minha mente foi tomada por uma palavra: ilumine.

É claro. Eu podia controlar o Fogo agora, deveria iluminar o lugar para que pudéssemos ver a criatura que havia se metamorfoseado em Jason, para avaliarmos se valia a pena lutar ou se o melhor era tentar achar uma saída daquela escuridão sem fim.

Fechei os olhos, me concentrando na sensação do calor, nas chamas ardendo em uma fogueira, queimando e iluminando, crescendo e aquecendo. Senti o leve formigamento em minha palma, e abri os olhos, um globo de Fogo cintilando com vida própria em minhas mãos. E então, eu estendi o braço para além; para escuridão.

E olhos negros me encararam de volta, duas fendas amarelas em meio ao preto. Sua pele era opaca, ressecada e amarronzada, os ossos saltando sob a pele. Quando a criatura sorriu, seus dentes afiados quase fizeram minhas pernas cederem. Você tem o controle, você pode enfrentar qualquer coisa. Respirei fundo, e o globo de Fogo em minha mão se tornou maior, alcançando a coisa assustadora a nossa frente, que se encolheu.

Jason aproveitou o momento, tomando a minha dianteira, a enorme espada já desembainhada em sua mão. Eu nunca tinha me dado verdadeiramente conta de que ele fora treinado para o combate, até vê-lo em um: sua postura mudava, seus instintos pareciam agir primeiro que seus outros sentidos. E até eu sabia que seus instintos rugiam apenas duas alternativas: proteger, matar. Sem meio termo.

- O quê é você? - Jason exigiu, encurralando a fera contra a parede, a luz produzida pela minha chama servindo como garantia de que ela não sairia dali, ou sofreria as consequências - seja lá quais fossem, - de se expor à luz.

Uma risadinha grotesca foi ouvida.

- Responda! - vociferou, empunhando a espada com tanta velocidade que esta parou milímetros de distância da criatura.

- Tenho muitos nomes. - sibilou. - Contudo, o meu preferido é um título de muita honra. - ele deu um sorrisinho, exibindo os dentes podres. - Todos que vêm à Floresta da Magia Corrompida me conhecem por Besta da Escuridão. Se me permite, posso perguntar o porquê de sua visita surpresa em minha humilde moradia?

- Estamos aqui para encontrar a Antiga, Aquela que doou seus poderes para originar toda Goddess Falls. - respondi, decidindo tornar o rumo da conversa menos agressivo, me aproximando um pouco mais, porém não tanto quanto gostaria, já que Jason emitiu o que pareceu ser um rosnado assim que dei mais um passo a frente.

- Conhecida também como protótipo de vadia ladra de magia alheia. - Jason completou, a espada dele tocando agora a pele fina do pescoço da Besta. E lá se vai a parte do modo menos agressivo. - Agora me diga o que planejava fazer quando tomou a minha forma para enganar minha esposa.

Eu tinha certeza que Jason estava a ponto de decepar a cabeça da criatura fora, então decidi intervir:

- Sabemos que é por aqui o caminho para chegar até ela, mas este é seu covil, e precisamos que nos diga por onde seguir. - Ignorei o comportamento de Jason, que prometia violência caso a resposta não fosse a que ele esperava. Na verdade, eu tentava não estremecer ao pensar naquela Besta imunda se passando por Jason, nem em mim mesma a abraçando como uma idiota apaixonada.

As pupilas da Besta se dilataram, e ela passou a língua pelos dentes afiados. O seu objetivo provavelmente era me intimidar, mas mesmo que todos os músculos do meu corpo quisessem me fazer desviar o olhar, continuei encarando, tentando parecer inabalada.

- E o que eu ganho com isso? - perguntou.

A espada de Jason pressionou o pescoço da Besta com mais força, tanta que sangue negro escorreu em seu peito esquelético.

- Ganha a garantia de ter sua vida miserável poupada. - Jason disse, calmamente, como se falasse sobre o tempo. - Se responder a pergunta que lhe fiz. Com a verdade, porque eu matarei você se ao menos imaginar que está mentindo.

As fendas amarelas dos olhos da Besta se tornaram maiores, e ela respondeu em um sussurro quase inaudível:

- Devorá-la. Mastigar cada osso de seu corpo e sugar sua Magia Elemental, para devolver a minha Senhora e recuperar o meu lugar de direi... - virei a cabeça imediatamente quando sangue negro espirrou no chão aos meus pés, a cabeça da Besta da Escuridão rolando pela terra.

- Que seja maldito o teu destino, assim como foi a sua existência. - Jason disse, encarando o corpo da Besta com nada além de desprezo e ódio mal contido.

Meu coração ainda batia forte no peito quando ele empurrou o corpo inerte que já começara a se tornar enegrecido para o lado, este se transformando em nada além de cinzas. Mas minha pulsação acelerou muito mais quando um encaixe de madeira podre foi avistado na parede, bem no lugar onde a Besta estivera ocupando aquele tempo inteiro.

Como um cão de guarda vigiando a porta.

Um sentimento idêntico ao de Jason me inundou, e o chão tremeu quando rachaduras apareceram em toda a extensão do que parecia ser uma grande porta de terra. O Fogo em minhas mãos haviam se transformado em um círculo de calor ao nosso redor, quase se apagando quando uma forte corrente de ar chicoteou em meu rosto, meus cabelos agitando-se junto à ela. A Água escorria pelo chão, se entremeando ao Ar, a Terra e ao Fogo.

Quando o portal a nossa frente se transformou em nada, eu sabia que tínhamos chegado onde queríamos. E que eu sairia dali somente ao olhar no olho de Valerie, e fazê-la pagar por tudo que fizera, por tudo o que levara. Ela havia sido uma deusa um dia, e ansiava por voltar a ser.

Mas eu faria com que todos os seus anseios fossem esmagados e transformados em pó.

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