Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

23: O Crepitar de Um Novo Destino

EU OBSERVAVA PELA JANELA do meu quarto os guardas levarem o cozinheiro e a provadora das minhas refeições, - que checava todos os alimentos antes de chegarem no meu prato, - para o calabouço nos níveis subterrâneos de Water Valle. Eu segurava uma xícara de chá com ervas calmantes, feito por minha mãe, que estava comigo poucos momentos antes. Ela me perguntara se eu queria que ela ficasse por perto, mas eu disse que não precisava, que estava bem sozinha. A verdade era que minhas mãos estavam trêmulas contra a porcelana da xícara. As palavras de Aurora ainda ecoavam em meus ouvidos:

"Você seria eliminada do Jogo Elemental, Jason ficaria sozinho para sempre e seus pais se afundariam no luto pela perda da única filha."

Deixei a xícara cair no carpete bege do meu quarto, o líquido se espalhando pelo tecido. Fechei a janela, passando as cortinas brancas pelo vidro transparente dela, me protegendo da visão dos prisioneiros. Eu poderia estar morta. Em um piscar de olhos. Todas as minhas defesas, todo o meu treinamento, todo o meu poder da Água... E ainda sim eu estaria morta. Estaria morta se Aurora não tivesse me avisado, mesmo que seu alerta não tivesse sido nem de longe por bondade do coração.

Eram exatas 22:00 horas quando a voz de Jason encheu a minha mente.

Estou em casa 30 minutos. Você está bem?

Otto tentou me envenenar.

O quê?! Como você descobriu? Chegou a tomar o veneno? Ágata...

Aurora me contou, como agradecimento por eu ter feito seu pai pagar pelo modo como a tratou. Não cheguei a tomar o veneno, mas ele subornou o cozinheiro e a minha provadora para encobrirem o atentado. Eu estou bem, mas de pensar que neste momento eu poderia estar morta...

Não pense nisso. Nem por um segundo. Você não estaria morta.

Estaria sim, Jason. Eu estava apenas a horas de distância da morte.

Não. Eu coloquei mais dois provadores da minha confiança entre o grupo de empregados na cozinha. Você não seria envenenada. Eu nunca permitiria.

Meu peito afundou. Jason tinha mesmo tomado todas as precauções para garantir o meu bem estar. Seus guardas eram extremamente leias a ele, treinados sob o código de honra dos soldados de chamas. Ele estava cuidando de mim mesmo de longe. Uma onda de calor me invadiu, tomando conta de cada músculo tenso do meu corpo, relaxando-os de imediato.

Haja o que houver, eu estarei para sempre ao seu lado. Nunca duvide disso. Você é minha, Ágata, e eu amo você.

Amo você, Jason.

Não fique assustada, eu cuidarei das coisas por aqui. Otto irá pagar pelo que fez a você, eu juro.

Você não precisa jurar. Nós dois o faremos pagar.

Queria estar com você agora.

Olhei ao redor. O quarto estava vazio, apenas eu e minha respiração. Meus olhos vagaram por cada parte do cômodo, desde a enorme cama de dossel branco, a escrivaninha, as delicadas luminárias na parede e as portas para o closet e o banheiro, até esbarrar no grande espelho que ocupava metade da parede do quarto, me assustando ao ver meus olhos brilhando em violeta.

Você está.


* * *



Eu usava roupas de couro negro justas, com ondas das cores azul-royal e violeta desenhadas na gola da jaqueta. Era como uma armadura de guerra: pesada e impenetrável. Nos ombros, a costura era incrementada com prata, assim como nos antebraços; as botas de cano longo se moldavam a calça de couro como se fossem parte de um mesmo conjunto, e meus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo alto e apertado, com minúsculas tranças que começavam desde meu couro cabeludo até terminarem nas pontas esbranquiçadas de seus fios.

Respirei fundo.

Hoje era a primeira das quatro provas do Jogo Elemental. Nenhum dos primogênitos dos Clãs sabiam em que elemento se baseava a primeira prova, e desde a noite anterior meu coração batia descompassado. Eu conversara com Jason muito pouco ontem, pois seus pais estavam sempre requisitando sua presença em algum lugar.

— Não é muito apropriado usar este anel no meio de uma prova. — uma das criadas de minha mãe disse, quando observava atentamente o meu reflexo no espelho, a procura de um fio fora de ordem.

— Não é um anel qualquer. É minha aliança de casamento. —  esclareci, mas a mulher continuou me olhando, querendo uma justificativa mais substancial. — Não vou a absolutamente lugar algum sem ela. — o rubi no centro da joia começou a brilhar, adquirindo um tom mais forte de vermelho, ficando morno em torno do meu dedo.

Os olhos da mulher se arregalaram, e ela passou a olhar com mais atenção para a aliança, tomando minha mão entre as suas, que estavam frias como pedras de gelo.

— É um rubi anima mea. — ela disse, no idioma antigo. Reconheci a palavra de um dos meus livros de estudos quando criança. Alma. Um rubi de alma.

— O que isso quer dizer? — eu disse, puxando minha mão da sua. — Um rubi de alma, você diz. O que isso significa?

Ela me olhou nos olhos e pude notar que os seus eram azuis claros, tão claros que podiam ser até um tipo acinzentado. Seu rosto, apesar de exibir rugas, era ainda jovem. Os cabelos eram pretos, presos em um penteado sério e rígido, que deixava sua fisionomia dura.

— Significa que só se pode usá-lo se houver uma ligação entre as almas da pessoa que o deu e da que o recebeu, caso o contrário, a pessoa que o usar morreria. — ela escrutinou meu rosto, com desconfiança. — Seu príncipe é do Fogo. Nunca em um milênio uma joia como essa, passada de geração a geração, iria para uma filha da Água. Vossa Alteza não deveria usá-lo. Não se brinca com o destino.

— Eu não entendo. — franzi a testa. — Se o anel mata quem o usa sem possuir uma ligação de alma com o dono, por que eu deveria tirá-lo? Já estou com ele no dedo há semanas. E independente de Jason ser príncipe do Fogo ou não, eu o amo. Ele é meu agora, assim como sou dele. Sei que é difícil acreditar, mas é a verdade.

— Vossa Alteza tem que tirá-lo. — ela agarrou minha mão, e segurou o anel, tentendo puxá-lo do meu dedo, mas ele se agarrou a minha pele, como se fosse parte dela.

— Solte-me! — gritei, quando as janelas do quarto se abriram e uma grande onda de ar entrou, fazendo a mulher ser atirada para o outro lado do quarto.

Com a mão sobre a boca, senti o ar se esvair tão rápido como quando havia vindo. Vindo de dentro de mim. As janelas bateram, balançando pela força com que foram abertas, e a mulher ergueu o olhar para o meu rosto, tão chocada quanto eu. Com passos largos, andei até ela, me ajoelhando ao seu lado, ajudando-a a levantar.

— A senhora está bem? Foi um a-acidente. Eu juro que foi; não sei como isso f-foi acontecer. — eu tentei me retratar, tropeçando nas palavras. – Não pode contar para ninguém o que aconteceu aqui. Se alguém souber... Eu não sei o poderiam fazer. Por favor, eu imploro, não diga nada do que viu aqui.

Por segundos, ela apenas me encarou. Até que seu olhar desceu para a aliança em minha mão, um brilho perpassando por seus olhos.

— Eu não contarei, — começou. — Se me der o anel de rubi anima mea em seu dedo.

Por reflexo, escondi a mão atrás do corpo.

— Por quê? Por que o quer tanto? — indaguei, na defensiva, procurando ganhar tempo. De jeito nenhum eu o daria para aquela mulher maluca, nem para ela, nem para ninguém.

— Para sua segurança. Este anel é tão mortal quanto a possibilidade de eu revelar o que houve agora, bem aqui no seu quarto. Dê-me o anel e não precisará mais se preocupar com isso. — ela estendeu a mão, sorrindo cinicamente.

Minha postura se tornou mais ereta, e eu endureci o olhar para aquela mulher. Quando minha voz saiu, não era a mesma de sempre, mas a voz de uma mulher poderosa, que deveria ser respeitada ou temida:

— Não vou dar nada. A aliança é minha, e foi dada a mim, pelo meu marido. — andei em sua direção lentamente. — Se eu quiser, posso ordenar, como princesa e futura rainha desse reino, que qualquer acusação sua seja silenciada. Posso jogá-la na masmorra se for necessário, por tentar roubar meu anel de casamento, ou já esqueceu que quase o arrancou da minha mão? Acredite, não vai querer bater de frente comigo. — então eu sorri com simpatia para o semblante totalmente pasmo da mulher. — Oh, preciso ir embora. Tenho uma prova para fazer. Adeus.

Então dei as costas, andando até a porta do quarto. Quando eu estava com a mão sobre a maçaneta de cristal, eu a ouvi sussurrar:

Tu eris Paenitet me

Olhei por cima do ombro, antes de rebater:

Manere extra viam meam

• • •

¹ Você irá se arrepender.

² Fique fora do caminho.

Mano, eu vou dizer uma coisa: sei de nada. Quem será que é essa véia doida que brotou do nada? Intensa é ela, viu. pode ter tomado Toddynho sem agitar, certeza. E a Aggie? Vocês acham que ela agiu bem ou deveria ter escutado a Fulaninha?

XOXOS, ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO

M.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro