Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

16: O Baile de Boas Vindas de Kilewood West

KILEWOOD WEST ERA UM TANTO SOMBRIA, mas ainda sim possuía um tipo de beleza peculiar. Uma escadaria de pedra levava até a porta de entrada do palácio, toda encoberta por árvores. Estendi minha mão para pegar a de Jason, e assim que meus pés tocaram o chão, senti uma tontura inesperada. Era uma sensação ruim, como se algo podre estivesse enraizado no chão. De repente, o pedido de Jason de que eu não saísse de perto dele pareceu muito mais importante agora do que quando feito.

– Lembre-se, não temos aliados aqui. Todos são inimigos. Estamos em Kilewood West para uma provável trégua, sem certeza nenhuma. – ele sussurrou em meu ouvido, para que fosse audível apenas para mim.

Os guardas da entrada nos olharam com desconfiança, tanta que eu poderia jurar que ouvi-os dizer que achavam a ideia de uma aliança entre nós totalmente impossível e que era melhor ficar sempre com as mãos próximas das espadas.

Você não imaginou. Eles de fato disseram isto, a voz de Jason soou em minha mente.

Como?

Eles são humanos. Não conseguem esconder seus pensamentos de pessoas dotadas de poderes, como eu e você. Seus anseios mais sombrios, que eles pensam estarem escondidos, são como palavras gritadas para nós.

Quer dizer que podemos ouvir o pensamento de todos eles?

Sim., ele confirmou, enlaçando seu braço no meu. os que tomam uma poção tolerante a magia escondem o que pensam.

Tentei não me sentir suja com isso. Invadir o pensamento de outras pessoas? Aquilo me parecia errado. Será que eles conseguiam sentir nossos poderes deslizarem por suas mentes sem proteção? De agora em diante, sempre que eu estivesse na companhia de humanos, tentaria não exercer a influência da minha magia sobre eles, deixando sua privacidade intacta.

Não se sinta culpada.

Olhei com raiva para Jason. Ele parecia tão bem com isso. Enquanto subíamos as escadas em silêncio, eu borbulhava de insegurança. Se Jason podia entrar tão facilmente em meus pensamentos, poderia ele saber o que eu havia visto durante a conexão dos nossos olhares? Não. Se ele soubesse, estaria com raiva de mim. Com raiva por não ter contado a ele.

Jason parou de caminhar, chamando atenção dos guardas. Apertei seu braço e ele voltou a andar, mas sua voz logo retornou para minha mente.

Pensei que estivéssemos reconstruindo nossa confiança.

Tentei não estremecer.

E estamos.

Então por que você me deixaria com raiva por não saber de algo?

– Não quero falar sobre isso agora, Jason. – suspirei. – Conversamos depois.

E não entre na minha mente sem ser convidado!

Um sorriso brincou em seus lábios.

Normalmente não seria tão fácil, mas seus escudos mentais têm estado bastante vulneráveis atualmente.

E o que isso quer dizer?

Quer dizer que você anda pensando muito em mim.

Meu rosto pegou fogo no mesmo instante em que Jason separou nossos braços. Encarei-o, confusa.

Qual é o seu problema?

Senti seus dedos se entrelaçarem nos meus no mesmo momento, enviando uma onda de calor por cada pedaço do meu corpo.

Gosto mais assim.

Eu tinha que admitir que assim era mesmo muito melhor.

~•~•~•~•~•~•~•~•

Assim que adentramos no salão de baile, toda a leveza sumiu. As pessoas baixaram as vozes até não ser mais que um silêncio pesado e tenso, espectador de qualquer que fosse o nosso próximo ato. Varri a multidão em busca de Aurora, mas ela não estava lá. Meu olhar foi atraído então para uma garota na multidão, com provavelmente 19 anos em termos humanos. Era bonita. Cabelos castanho-claros presos em um elegante coque sem absolutamente um fio fora do lugar. Usava um vestido lilás com renda branca na saia e no busto, que descia em mangas longas até os pulsos. Só precisei de um momento para notar um pequeno diadema em sua cabeça. Claro. O Baile de Boas Vindas à Princesa Jessica. Ela olhava na minha direção também. Achei que ela estivesse olhando para mim, por isso sorri. Mas ao acompanhar diretamente o seu olhar, percebi que era para Jason a quem destinava sua atenção.

Eu juro que tentei não o fazer, mas antes que eu pudesse me impedir, invadi os pensamentos dela. Sem tolerância alguma à magia, pelo que pude ver. Sua mente estava em torno de apenas uma frase: Ele é perfeito. Eu realmente não queria dizer aquilo, mas alguma parte primitiva de mim tomou o controle de minhas ações, me deixando cega de ciúme.

Eu sei, eu disse, ironicamente. E ele é meu.

Atordoada, ela procurou a origem da voz e quando seu olhar encontrou o meu, dei o sorriso mais inocente que pude articular. Envergonhada, ela desviou o olhar com o rosto vermelho. Olhei para Jason, que parecia totalmente alheio ao que estava acontecendo entre mim e a princesinha enxerida, concentrado apenas em mostrar a sua expressão mais ameaçadora para todos ao nosso redor.

Não se esqueça do que me prometeu.

sei, não precisa ficar lembrando! E tenta colocar uma expressão facial mais amigável, ou não vamos conseguir nada.

Vou tentar.

Passamos pela multidão, que abria espaço a cada passo que dávamos. Andamos de cabeça erguida, expressões neutras, porém sérias. Eles acreditavam em seres assustadores, mas mostraríamos apenas a faceta de nossos Clãs. O Fogo era conhecido pela brutalidade e pelo pavio curto. Já a Água, pela leveza e inteligência. Estávamos ali para representar, e era exatamente o que faríamos.

Paramos a exatos cinco metros de distância do trono. O rei Garhis e a rainha Lucinda eram de aparência comum: cabelos do mesmo tom da filha, uma imensidão de jóias - que eles usavam com a provável intenção de demonstrar poder, - e vestes elegantes o bastante para chamar atenção. O rei se ergueu de seu trono, e fez uma reverência curta para nós. Quando eu ia fazer o mesmo, a voz de Jason novamente invadiu meus pensamentos.

Não se curve para ninguém. Temos que mostrar respeito, não obediência. Apenas faça um movimento de cabeça e será o bastante.

Fiz o que ele mandou e parecemos concordar que aquela era hora certa para nossa pequena demonstração.

– Sou Príncipe Jason, O Chama Mortal. – ele disse, e uma coroa de fogo ergueu-se sobre sua cabeça.

Toda a atenção foi dirigida para nós. Senti as emoções  redor facilmente: fascínio, surpresa, descrença e medo.

– Princesa Ágata, O Espírito do Oceano. – e senti, pelo olhar das pessoas, que o mesmo havia acontecido comigo, só que com o elemento da Água. – É uma honra para todos os Clãs de Goddess Falls poder finalmente conhecer vosso reino, Majestade. – completei, com doçura.

Muito bom, peixinha.

– A honra é toda minha e de minha família. – disse o rei Garhis. – Essa é minha esposa, Rainha Lucinda. E esta é minha filha, a homenageada deste baile, Princesa Jessica. – ele gesticulou na direção de ambas, que disseram, em uníssono:

– É uma honra.

O silêncio dominou o lugar por apenas um segundo antes do rei Garhis dizer:

– Bom, isto aqui é um baile, não? Que comece a dança! – então a música começou, suave como a brisa de uma praia.

A princesa Jessica se aproximou lentamente de nós, um sorriso tímido no rosto.

– Ficamos bastante felizes de recebê-los.

– Nós também, por estar aqui, Alteza. – sorri de volta. Ou pelo menos tentei.

Jessica olhou para Jason, esperando que ele dissesse algo. Céus, ele nem ao menos olhou na direção dela.

Jason, acho que a princesinha quer ser sua amiga.

Jason olhou na minha direção e seus olhos começaram a ficar dourados nas bordas.

tenho muitos amigos.

Revirei os olhos, tentando não sorrir ao sentir o violeta tomar conta da minha visão.

Não seja grosseiro.

– O que é isso? Seus olhos estão... Estão mudando de cor! Quer que eu chame alguém? Eu... – desviei meu olhar do de Jason, piscando para afastar a ardência costumeira que vinha quando nos encarávamos.

– Não é necessário. – ele respondeu, limpando a garganta. – Isso acontece desde que éramos crianças.

– Sinto muito. – ela lamentou, estendendo a mão para tocar no ombro de Jason.

Espera. Ela tinha dito mesmo o que eu acabei de ouvir? Ela... Sentia muito? Aquela mudança de cor era uma prova do que eu e Jason sentíamos um pelo outro e ela lamentava? Aquela garota era o quê? Estúpida? Antes que eu pudesse verbalizar meus pensamentos, Jason falou:

– Não há razão para sentir. Ágata é minha noiva. Essa troca de cor significa a intensidade de nossos sentimentos. – ele olhou para mim, um sorriso brincando em seus lábios, malícia cintilando em seus olhos. – Ouso dizer que o violeta dos olhos dela andam mais fortes ultimamente.

O rosto de Jessica pareceu ficar estático por um momento, mas logo ela recuperou a expressão simpática de usual.

– Ah. Ah! – ela sorriu, sem jeito. – Isso é... Muito... Quer dizer, incrível. Er, eu, bem, tenho que encontrar o meu par. A dança principal já vai começar.

Ela fez uma reverência rápida antes de sair correndo pelo salão, desviando das pessoas e murmurando pedidos de desculpa pela pressa. Eu poderia passar o baile inteiro olhando no que aquela correria ia dar, - num belo tombo, parecia óbvio, com proporções de um tornozelo torcido até um dente quebrado, supus.

– Eu aposto no tornozelo. – disse Jason.

– Não sei, não. Acho que com aqueles sapatos vai acabar pisando no próprio vestido e dar de cara no chão. O dente quebrado é a opção mais viável. – tentei me manter séria, apesar de começar a imaginar a cena na minha mente, o que não ajudava em manter a compostura.

– Você só diz isso porque iria achar engraçado ela sem o dente da frente. – Jason alfinetou.

Uma risada baixa escapou de meus lábios.

– E você não iria?

Sua resposta havia ficado no ar, pois um arranjo de violino enchera meus ouvidos. Era magnífico. Os casais ao nosso redor já estavam em suas posições, ao passo que eu e Jason nos vimos bem no centro do salão de baile. Nervosa, tentei achar uma saída, mas estávamos cercados,

– Me daria a honra? – Jason estendeu a mão para mim, um sorriso galanteador tomando conta de seu rosto perfeito.

– Não sou muito boa dançarina. – confessei.

– Eu conduzo você. – ele falou, entrelaçando seus dedos nos meus, erguendo-os até que ficassem palma a palma. – É a mesma dança, você lembra? A de dois anos atrás.

Minha mente voou longe, no dia em que assistíamos um casamento na Torre dos Quatro Ventos. Ele tinha razão. As mãos juntas, os passos próximos, os giros. Era a mesma dança.

– Eu nunca esqueceria. – declarei, olhando em seus olhos.

De repente, só existia nós. As mãos unidas, os passos lentos, um girando em torno do outro. Aquela era conhecida em Goddess Falls pela dança dos amantes. Não era apenas duas pessoas dançando juntas. Eram duas almas de um só corpo. Um coração que pulsava por dois. Era um ritual para outro tipo de vida. Uma vida de fidelidade ao seu parceiro. Uma vida de amor. Por toda a eternidade. O ar não parecia mais o mesmo. Minha respiração estava pesada e eu não tinha certeza se Jason respirava.

Não temos permissão para tal coisa. Uma vez que a dança esteja terminada nada será igual.

As mãos de Jason envolveram minha cintura, subindo pelos meus ombros, percorrendo a pele nua de meu pescoço e descendo até meus pulsos.

Isso não é verdade. Eu sempre fui seu. Vivo por você, não finja que não sabe. A pergunta é se você quer ser minha.

Eu não respirava. Envolvi sua face com minhas mãos, acariciando a pele macia das maçãs de seu rosto, absorvendo cada traço: o nariz reto, os olhos castanhos que começavam a pegar fogo nas bordas, o arco negro perfeito de suas sobrancelhas, os lábios carnudos que já tive o prazer de beijar. Eu só tinha uma certeza.

Eu sou sua.

A última coisa que vi foi seus olhos se tornarem completamente dourados antes de selar o juramento com nossos lábios.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro