Paradoxos da vida e da morte
A morte. Um acontecimento da vida inevitável, e que, em alguma altura da nossa indesvendável existência certamente chegará, nos apresentando um aviso prévio ou simplismente de sopetão.
Nesse segundo caso, é o tipo de morte que pode nos deixar perplexos nos perguntando e se eu tivesse tido um tempinho à mais para me despedir?
E o mais confuso disso tudo é que, depois que a pessoa morre reconhecemos seu valor e nos damos conta de que aquela pessoa faz falta.
Em superficial análise, afirmo, que o ser humano é mesmo estranho, como no caso em que as pessoas descobrem que estão à beira da morte, umas resolvem curtir a vida adoidados, cometem loucuras que em sã consciência jamais cometeriam, ou aquelas mais introspectivas, que em uma breve pesquisa de seu passado, resolvem tentar converter seus erros em possíveis ingressos para o céu, então, me pergunto, é somente no instante do vislumbre da morte que nos arrependemos dos nossos erros ou perdoamos à quem tem nos ofendido? Esse arrependimento é verdadeiramente genuíno? Não deveríamos nós praticarmos esse sentimento pré-morte sempre?
Realmente a morte é um dos mais antigos e intrigantes mistério da vida, que mexe com a psique humana desde que mundo é mundo e é capaz de converter a filosofia de uma vida inteira nos últimos instantes.
Outro fenômeno surprendente é a fé, que nos torna capazes de tantos prodígios, mas, que levou o homem a praticar bárbaridades ao longo da história em seu nome.
Algumas pessoas acreditam que a religião salva, que o seu Deus é o mais poderoso de todos, mas, não seria apenas o mesmo Deus que as pessoas procuram?
À título de exemplo, lembro-me de uma certa conversa que no minímo me deixou intrigada com essa tal religiosidade, uma senhora extremamente religiosa e que em seus descursos defendia fielmente os preceitos de sua religião, negou-se a dar esmola a uma criança indígena que batia palma à frente de sua casa, quando ofereci uma refeição à criança que se encontrava descalça e pouco agasalhada ela prontamente respondeu: não dou esmolas à esses índios vagabundos, depois eles vem nos roubam!
Fiquei sem entender como poderia uma pessoa tão teligiosa não defender e amparar os fracos e oprimidos? Não seria esse o preceito básico de qualquer religião?
Lembro-me de uma passagem semelhante que passei na minha infância, um indiozinho bem miserável passou pedindo esmolas, eu vendo que tinha tudo, teto, roupas e alimento, fiquei sensibilizada com a situação, como poderia uma criança não ter comida?
Busquei no ármário algo que pudesse dar à ela, mas, o armário estava com poucas opções, então, lhe trouxe um pacote de macarrão e ele pulava de alegria!
Imediatamente fiquei pensando sobre aquilo, crianças geralmente querem brinquedos, coisas para satisfazerem suas vontades materiais, e aquela criança se satisfez com um pacote de macarrão.
Injustiças sociais à parte, penso no que faz com que a vida tenha sentido, seria ter tudo o que quero? Para algumas pessoas Deus não existe! Pura e simplismente pelo motivo de poderem cometerem erros sem culpa, outros o usam como desculpa para matar em guerras estúpidas e cruéis, mas, alguns conseguem viver Deus em seu sentido mais pleno: amar o seu próximo!
Esse amor desprovido de segundos interesses, e completamente verdadeiro que nos mostra que viver tem seu sentido maior não em nós mesmos como figuras centrais de nosso inflamado ego, mas, em um Deus que nos faz melhores, seres humanos e não animais.
De fato, minha percepção sobre vida e morte findam acreditando que o niilismo filosófico da existência humana, não significam nada diante da grandeza dos mistérios de Deus!
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