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#32. FINAL: STORIES GO END?

OI, GIRININHOS!!!!!!!!!!! Feliz de estar mais um sábado aqui com vocês, mas tristinha porque é o último de Croack, né usahaushuas ai, ai, vou deixar o choro pras notas finais

Vou deixar a playlist nos comentários desse parágrafo caso você queira ouvir!

Boa leitura, meu girininhos!!! #OsGirininhos

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 Putz... Faz um tempo que eu não falo com vocês, né? Que vergonha. Sei nem se eu sei escrever direito mais. Talvez eu nunca tenha aprendido também, esse é um outro problema que eu tenho. Enfim... Oi de novo.

Não fica com raiva de mim, mas passou um ano desde a última vez que apareci aqui e putz, acabei de perceber que um ano é muita coisa. Eu estava ocupado demais beijando o Jimin, quer dizer... Com o trabalho e todas as coisas envolvendo a queda da indústria de híbridos porque sempre é bom dar uma forcinha, né?

Então vou dar uma resumida, pode ser? As coisas mudam muito em um ano, não sei... Acho que sim. Eu morava há um ano com o Jimin quando eu terminei no último relato e... Uau, muita coisa tinha acontecido, tipo nosso beijo. Acho que estou focando demais em "beijar", vou me segurar um pouco aqui.

Deixa eu tentar voltar a ser mais direto... Yoongi se recuperou! Legal demais, você não concorda? É claro que ele tinha umas recaídas porque ele era filho dos cientistas e se sentia culpado ou não merecedor por isso, mas nada que uma conversa, uma visita à Dra. Sunhee e uma festinha com muita comida para lembrá-lo que não havia culpa em coisas que ele não podia controlar.

Aos poucos sua personalidade voltou a ficar mais parecida com aquela que já conhecíamos... A expressão rabugenta de mentira, o sorrisinho de gengivas aparentes que se abria ao falar de música, o seu jeito meio estranho e silencioso de nos fazer companhia. O cabelo negro estava brilhando de novo, como se fosse garoto propaganda de comercial de xampu e, apesar de ainda ser magrinho, recuperou seu peso inicial.

Ele e Daisy voltaram a se falar também, apesar de ter demorado um pouquinho. Ficamos com um certo medo da mulher ter ficado ressentida com o afastamento do híbrido apesar de nunca ter falado nada sobre isso, mas o sorriso que ela abriu ao lhe dar um abraço caloroso no dia que Yoongi voltou para morar junto, como nos velhos tempos, tirava qualquer dúvida que poderia ter ficado de seu amor incondicional. Afinal, eles tinham uma história linda e incrível juntos, ela só tinha dado uma pausa.

Vamos ver o que mais aconteceu... Ah, sim, usando as fichas que recebemos da HT, Namjoon e a equipe dele conseguiram desenvolver vários remédios ainda melhores do que os atuais. Como a HT era gigante e possuía uma grande diversidade de híbridos, suas fichas acabavam servindo para os híbridos resgatados de outras empresas também. Sei lá, o Namjoon é perfeito mesmo.

Novas ONGs de proteção aos híbridos erguiam-se e estávamos sempre em contato para compartilhar todo conhecimento possível e conseguir expandir e melhorar ainda mais o atendimento às vítimas. Namjoon ficou mais ocupado do que o normal nos primeiros dias, repassando suas pesquisas e os remédios, mas ao longo do tempo seu consultório não ficava mais tão lotado quanto antes — lotado mesmo porque quando a HT caiu o número de consultas era absurdo —, e muitas vezes nem precisava desenvolver alguns remédios porque outra ONG já o fizera.

Falando do crescimento de consultas e ONGs que teve... Tudo isso foi graças ao aumento do uso dos nossos canais de comunicação também. O número de denúncias de maus tratos que recebíamos aumentou em 340% — um número assustador, né? — e muitas pessoas ligadas ao comércio de híbridos foram apreendidas. Afinal, o governo e, consequentemente, a lei não podiam mais negar fazer algo.

Era realmente muito, muito bizarro como tudo mudou. Bizarro de um jeito bom, claro. Serviços como reabilitação e inclusão de híbridos no mercado no trabalho apareceram do nada, bolsas de estudo gratuitas, carteiras assinadas... O mundo não podia mais se fingir cego quanto aos híbridos. Nunca pensei que eu fosse observar esse tipo de mudança, mas era tão lindo ver acontecer que eu achava que estava sonhando às vezes.

Eu e Jimin amávamos assistir essas coisas acontecendo, de verdade. Essas coisas mudando. Convidaram todos da HP para a formatura da primeira turma de um curso técnico de informática a ter alunos híbridos. Jimin chorou muito ao ver os híbridos de beca pegando seus diplomas entre os humanos e eu, obviamente, chorei também, mas vocês já sabem que somos chorões.

O híbrido de sapo também agora tinha calouros híbridos em sua faculdade de administração. Por mais que estudasse por EAD, eles faziam questão de organizar pequenas reuniões presenciais para discutir os preconceitos que ainda sofriam, as oportunidades que abriam, e às vezes só trocar umas ideias bobas. Eu só sei sobre as coisas que o Jimin me contava, obviamente, já que aquele era um só momento deles.

Putz... O que mais? Não devia ter deixado um ano inteiro acumular, sou realmente péssimo em resumir as coisas, ainda mais sendo um bobão apaixonado. Minha vontade é só falar coisas como: beijei muito Jimin, dormimos muito de conchinha, saímos muito pra passear, visitando os parques e sentando debaixo das árvores grandes e frondosas e... Ah, sair pra passear me lembrou de uma coisa.

Com a proibição das indústrias de híbrido, aos poucos o governo — tenho certeza que com uma grande forcinha do Jin — começou a coletar todas as documentações e fichas das vítimas, distribuindo as informações para as ONGs responsáveis por cada. E, com essas fichas, os híbridos puderam escolher saber ou não de onde vieram.

Alguns, como Taehyung, não sentiram a necessidade de ir atrás dos seus familiares. Lembro em como Namjoon ficou aliviado, já que aparentemente para o caso do híbrido de galinha realmente seria uma decisão menos dolorosa. Não perguntei muito, porque eu sabia que aquilo era algo só do Taehyung, mas também me sentia bem porque o híbrido de galinha sentia que já possuía pessoas por ele ali.

Na verdade, esse foi um momento legal, acho que vale à pena eu narrar ele um pouquinho melhor, desculpa a indecisão. Eu, Jimin, Taehyung e Juan estávamos tomando nosso sorvete como sempre quando Jimin perguntou pro híbrido de galinha por que ele não quis olhar a própria ficha, com um pouco de inveja porque a sua estava incompleta.

"Já tenho minha família aqui", foi o que ele respondeu brevemente, dando de ombros. Juan, sempre tranquilo e composto, começou a chorar tão desesperadamente que eu deduzi que tinha contaminado ele com meu coração de manteiga. E Taehyung tinha mesmo; tinha Juan, tinha Namjoon, tinha Jimin... Acho que dava para considerar que tinha a mim também, nos aproximamos bastante nesse último ano. E eu gostava demais daquilo.

Ainda sobre família, fomos a Busan procurar a do Jimin. Passamos esse tempo na casa dos meus pais que, junto com meu irmão, olharam para mim e para o híbrido de cima a baixo quando chegamos, soltando uma risadinha ao nos ver usando a mesma blusa de manga florida que nem.... Putz... Que nem os namoradinhos que éramos.

Ah, a gente namora agora. Esqueci de contar isso, mas como o pedido foi bonitinho eu volto de novo para narrar melhor porque acho que vale à pena e não quero interromper a minha linha de raciocínio agora. Mas enfim, minha família sabia disso e eu acho que eles tinham uma espécie de satisfação misturada com humor ao ver logo eu, idiota e insensível, apaixonado. Mas quando eu liguei para eles para contar fizeram uma festa... Vai se entender.

Jimin se dispôs ele mesmo a trabalhar comigo servindo os clientes, sorrindo feliz e confiante com a bandejinha na mão e o avental amarrado na cintura. Por pouco não morri de amor, porque eu gostava muito, muito mesmo de vê-lo tão seguro, não só lindo aos meus olhos, mas sabendo ele mesmo que era lindo demais também.

Meus pais e meu irmão fizeram uma festinha surpresa no final do primeiro dia para comemorar nossa visita e nosso namoro e como sou um boiolão, corei tanto e fiquei tão, tão feliz que talvez explodisse. Vários tipos de bolos, mousses, biscoitos e chás estavam espalhados pela mesa de jantar e eles fizeram uma decoração fofa de sapinhos. Eu não sabia que minha família era boiola que nem eu por sapos, mas aparentemente era.

E o híbrido de sapo, nossa, ele sorriu demais, chorando um pouquinho. Putz... Eu sempre nos narro chorando, vocês já devem estar de saco cheio com nosso exagero, estou refletindo seriamente em omitir nossos choros porque vai que... Eu e Jimin somos muito chorões e emocionados mesmo, desculpa.

Enfim, Jimin pegou uma canetinha e desenhou um coelhinho em um dos sapinhos de papel pendurados na geladeira sob nosso olhar atento e senti-me aquecer mais uma vez de amor. Ele teve que explicar pros outros o porquê do coelhinho e senti o olhar debochado dos meus familiares em cima de mim. Eles que lutassem porque eu amava ser o coelhinho do meu sapinho. Putz... Isso foi muito boiola, finge que eu nunca comentei isso.

Meu pai, minha mãe e meu irmão fizeram uma filinha para abraçar o Jimin, mas no final minha mãe e meu irmão perderam a paciência em esperar porque meu pai estava demorando muito e acabaram todos dando um abraço grupal no híbrido. Me chamaram para o abraço também e, como sou muito menos bobo agora do que antes, entrei nele no mesmo momento.

— Bem vindo à nossa família, Jiminie — falou minha mãe, beijando Jimin na bochecha. Sinceramente... Por quê? Com aquilo, nós dois desatamos a chorar mais ainda.

— Bem vindo oficialmente, né? — Junghyun rebateu, seu tom de voz zombeteiro como sempre. — Você já era família desde a primeira visita, mas a gente só pôde oficializar agora porque o Kook é um lerdo...

— Deixa os meninos em paz por um momento, Hyun. — Meu pai veio à minha defesa e nem acreditei nos meus ouvidos. Meu pai sempre me zoava! Acho que eu tinha que agradecer Jimin por aquilo, aparentemente meu pai era um sogrinho derretido.

— Por quê? Eu estava sendo fofo! Aish, essa família não valoriza meu coração puro e singelo... Como lidar? — soltou em tom de reclamação e todos demos uma risadinha.

— Muito obrigado... — Jimin finalmente conseguiu recuperar a voz, apesar desta ainda soar embargada. — Estou realmente muito feliz de poder participar da família de vocês.

— Não agradeça por isso, Jiminie. — Minha mãe acariciou seus cabelos, parecendo pronta pra lascar mais um beijo nele. Eu não podia julgar ela porque compartilhava do sentimento. — Só considere aqui sua casa também, tá bom?

— Tá bom... — repetiu baixinho, com um sorriso tímido, mas tão alegre que não conseguia deixar de ser largo. E aquilo foi tão tão feliz.

Tão feliz que pareceu um prêmio de consolação do mundo para o que viria a seguir.

Nossa, isso soou dramático. Mas bem, realmente era muito triste... O dia que saímos para buscar o endereço dos pais do Jimin não deu tão certo assim.

Fomos à pé até lá, passando pela orla e apreciando o horizonte que parecia infinito junto com o oceano, tão azul e revoltado aquele dia. Nem o mar parecia feliz, aquela era a realidade. No momento em que o aglomerado de pequenos apartamentos apareceu na nossa frente, Jimin estacou na rua, tampando a boca e observando o local em choque.

— É aqui... Meu Deus, eu lembro daqui...

Segurei a mão que não estava em sua boca, entrelaçando nossos dedos e tentando passar algum tipo de confiança. Jimin respirou fundo e não chorou — caso você esteja pensando que a gente chora toda hora. Nos olhamos silenciosamente, começando a subir na escada externa dos apartamentos em busca do que procurávamos.

Sendo sincero, era quase inacreditável ver que aquele lugar ainda existia. Poucas coisas no dia de hoje conseguiam resistir à verticalização, ainda mais um lugar tão modesto. Será que o terreno valia tão pouco a ponto de não ser interessante comprar? Era um mistério.

Bem, com aquele nosso estranho Welfare realmente não havia mais tantas pessoas passando necessidade. Ou eu pelo menos achava que não, minha bolha social era um pouco estrita apesar de meus pais terem passado algumas dificuldades quando mais jovens. Espero que todo mundo naqueles pequenos apartamentos viva bem, é isso que eu queria concluir com a reflexão toda.

Era estranho até mesmo subir pelas escadas, tudo tão cheio de elevadores e escadas rolantes nos dias de hoje. Como era estreita, Jimin foi na frente, mas não soltou minha mão. Observar suas costas cobertas pelo suéter creme que Taehyung tinha garimpado para ele me fazia lembrar o quão Jimin era forte e independente.

Chegamos na porta do apartamento 302 e paramos lá na frente, tomando coragem para encarar o que estivesse por vir. Os pais de Jimin estariam ali mesmo depois de tanto tempo? Era difícil saber, queria que Jin pudesse ter ajudado a gente a colher essas informações melhor, provavelmente o governo teria um sistema que dava para olhar essas coisas, mas ele recebeu algumas restrições temporariamente por ter quebrado tantos protocolos durante a operação. Bem, tínhamos que estar felizes por ele não ter sido simplesmente demitido ou preso.

No final, não tínhamos nenhuma informação além do endereço; por algum motivo algumas fichas de híbridos não possuíam sua filiação. Por quê? Não sei, não faz sentido, mas tentamos deixar de entender algumas coisas da indústria de híbridos porque a maioria das respostas doíam mais.

Me postei ao lado de Jimin e abracei sua cintura, dando um leve beijo na bochecha dele. O híbrido de sapo retribuiu com um selinho e um sorriso pequeno, agradecido. Respirou fundo uma última vez antes de bater na porta — nem interfone tinha nos apartamentos, era muito estranho.

Uma senhora de idade abriu a porta depois de alguns segundos de espera, parecendo confusa com a nossa aparição. O rosto era cansado, cheio de rugas e suas costas curvadas faziam ela parecer ainda menor. Os olhos do Jimin brilhavam em expectativa.

— Boa tarde... — ele cumprimentou baixinho, curvando-se respeitosa e levemente sob o olhar atento da mais velha. — Meu nome é Park Jimin.

— Sou Jeon Jungkook... — Acompanhei o híbrido e me curvei também.

— Ah, sim... — A voz cansada e rouca da mulher soou, ainda confusa. — Em que eu posso ajudar?

— Ah... — Jimin se perdeu um pouco. Afinal, era difícil explicar que estava procurando os pais que sendo que nem sabia os nomes deles. — Passaram esse endereço para mim...

— Para quê?

— Para procurar meus pais... Eu.... — Jimin titubeou um pouco, mas a idosa o observou com paciência, parecendo mais interessada naquela conversa. Afaguei a cintura delgada, dando-lhe forças. — Eu... Sou filho de um casal que já morou aqui. Infelizmente não lembro o nome deles, nem qual era o meu porque... A senhora soube das notícias sobre a HybridTech?

— Eu não precisava das notícias. A gente já sabia... — ela respondeu com a voz embargada antes de avançar um passo com cuidado e levar sua mão até a bochecha de Jimin. — Nunca pensei que ia te ver de novo, pequeno.

— Mãe? — Jimin segurou a mão da mulher de volta, parecendo esperançoso, os olhos enchendo de lágrimas. Me afastei um pouco para dar espaço a eles.

— Infelizmente não, criança... — A mulher deu um sorriso triste. Soltou a bochecha e acolheu a mão pequena do híbrido entre as suas. — Quer entrar para a gente conversar com mais calma?

O híbrido de sapo concordou com a cabeça, parecendo abalado demais para falar alguma coisa. A senhora abriu mais a porta para dar passagem a nós e entramos tímidos, descalçando os sapatos.

Jimin passou os dedos nas paredes finas de gesso, observando atentamente elas, o chão de madeira tablado e o pequeno apartamento que apareceu na nossa frente. Perto da entrada havia um banheiro, a sala ficava junto da cozinha, ambas pequenas, parecia haver apenas mais um quarto além daquilo.

A senhora pegou algumas canecas de chá e um bule na cozinha, deixando na mesa pequena e baixa que havia no chão da sala antes de sentar em uma almofada, indicando que a gente fizesse o mesmo.

— Lembra daqui? — a idosa perguntou para Jimin ao notar como observava todo o aposento.

— Algumas coisas sim... Mas minhas memórias são confusas, halmeoni.

— Imagino, pequeno... — ela suspirou pesadamente enquanto servia o chá para gente. — Me chamo Park Jisoo, era vizinha dos seus pais. Uma coincidência termos o mesmo sobrenome agora...

— Qual era o nome dos meus pais? Qual era meu nome? — Jimin disparou, ansioso, parecendo tenso sobre os próprios calcanhares. Ao perceber sua própria afobação, conteve-se de novo. — Desculpa, Jisoo halmeoni. Eu... Eu fiquei ansioso demais.

— Não se desculpe por isso, pequeno. Eu mesma não estou acreditando que é você... É normal que tenha muitas perguntas — sorriu gentil. — Seus pais chamavam Lee Bongcha e Lee Jina. E te chamavam de Chinmae, pequeno.

— Chamavam? — Jimin perguntou com a voz partida e levei minha mão até suas costas, acariciando-as. — Isso quer dizer que...

— Sim, pequeno, eles não estão mais aqui. — A idosa baixou seu olhar, não parecendo satisfeita com essa notícia.

— Faz muito tempo? O que aconteceu? — Jimin perguntou com a voz quebrada e eu só conseguia ficar triste pela minha vida. Afinal, nutrimos tanta esperança de encontrar sua família apesar de tudo.

— Faz uns 10 anos... Sua mãe faleceu primeiro, de câncer. Seu pai acompanhou ela depois de um ano. Eles moravam aqui, mas aí eu aluguei esse apartamento e deixei o meu antigo para meus filhos... Eles sentiam muito sua falta, sabe? Lembro o dia que você sumiu... Ficamos tão desesperados.

— Vocês sabiam o que tinha acontecido?

— No começo não... Pensamos que você poderia ter fugido ou algo assim, e procuramos pelo bairro. Com os dias se passando, começamos a tentar fazer com que repercutisse mais e conhecemos pais de outras crianças que sumiram e aí a gente soube sobre a possibilidade de ter sido a indústria de híbridos.

— E o que aconteceu?

— Nada aconteceu... Seus pais tentaram fazer de tudo, mas nenhuma mídia veiculou, ninguém ligou. Eles escolhiam muito bem que crianças iam sequestrar... Os outros pais contaram pra gente que ou sequestravam de famílias muito pobres, sem influência, ou de casas problemáticas e orfanatos.

— Faz sentido... — Jimin pressionou os lábios um contra o outro antes de lambê-los nervosamente. Ele parecia muito, muito mal, mas eu não sabia bem o que fazer.

— Pequeno... Jimin... Você está tão grande... Jina e Bongcha teriam gostado muito de te ver assim — a mulher falou com o tom de voz nostálgico e Jimin olhou para baixo, apreensivo.

— Não sei... Acho que poderia ser difícil para eles me ver assim... Depois da hibridização.

— Difícil é, porque eles queriam que você não passasse por nada ruim. Mas eles iam ficar muito felizes mesmo de te ver, eles te amavam muito.

E Jimin chorou.

Passamos a tarde inteira na casa da senhora, ouvindo histórias de Jimin quando ainda era criança, quando ainda era Chinmae... De como eram seus pais, de como eram seus dias. Jisoo halmeoni contou orgulhosa como Jimin tinha aprendido a ler e falar cedo, que ele tinha uma memória fantástica. Uma criança esperta, cheia de sonhos e potencial. Ouvir aquilo do Jimin não me espantava nem um pouco, ele continuava sendo tudo aquilo mesmo com a infância roubada.

A idosa também comentou que ficava feliz em Jimin ter um namorado que o apoiava e eu corei dos pés a cabeça, tendo sido mero espectador na conversa até então. O jeito que Jimin sorriu e me deu um beijo na bochecha, como se me exibisse orgulhoso também quase me matou de amor. Como a velha pegou aquilo tão rápido... Será que eu e o híbrido éramos muito óbvios?

Infelizmente não era possível ficar para sempre. Nos despedimos da idosa quando tudo escureceu e pegamos o contato dela para que os encontros fossem mais frequentes. Depois daquilo Jimin, por sua vez, começou a visitar ela e a minha família comigo mensalmente, apegado às famílias que poderia considerar suas.

No final, as coisas não eram perfeitas. Jimin não teve seus pais de volta, e era dolorido saber de toda a infância que perdeu, mas mesmo assim ele conseguia encarar aquelas tristezas com leveza ao visitar Jisoo trazendo o bolo de cenoura que virou sua especialidade também. As coisas não eram perfeitas, mas tiramos nossa felicidade da imperfeição também.

Coisas novas aconteciam toda hora. Jimin aprendia uma receita nova praticamente todo dia, empolgado com a cozinha. Pensei que aquela fase dele passaria rápido, mas mesmo depois de um ano ainda procurava receitas novas para fazer, me desbancando como cozinheiro da casa.

O híbrido de sapo tirou a carteira, mesmo que dirigir fosse cada vez menos necessário numa era de carros autônomos. Começou a desenvolver um produto digital para ter seu próprio negócio... Ah, Jimin realmente não perdia tempo, ele fez muitas coisas em um ano, cada dia eu morria de orgulho por ele por algum motivo diferente.

Ele também estava respirando infinitamente melhor depois que o Namjoon fez um super estudo das fichas médicas dele na HT para desenvolver um novo remédio. Com isso, ele descobriu ter um gosto especial por camisas de manga e eu finalmente fiz com que ele usasse as meias no inverno! Deus, ele ficava tão fofinho, tão exageradamente lindo com as meias, o blusão de frio e o shortinho que eram seu look de casa.

Putz... Eu falei que ia contar sobre o pedido de namoro, né? Deixa eu voltar para aquele momento. A verdade é que foi uma confusão, porque eu ia pedi-lo em namoro também e foi engraçado.

Passei a semana inteira tentando preparar escondido a surpresa, queria que fosse bem vintage porque nós éramos assim. Nada de decorações holográficas ou algo do tipo, fui caçando tudo que nem era antes e putz... Deu um trabalhão, por que era tão difícil achar essas coisas? E pra esconder em casa sem que ele visse também... Altos desafios.

Enfim, eu comprei velas para fazer um jantar para nós, uma câmera analógica para registrar o dia, cartolina para desenhar a decoração à mão — me sentindo uma criancinha no jardim de infância — e, por último, comprei uma caixinha com um anel. Eu queria que fosse tudo bem vintage porque bem... Nós gostávamos daquilo. E, putz, eu estava tão nervoso.

Parte de mim tinha um pouco de medo sobre como Jimin ia reagir aos anéis, porque sei lá... Eu tinha medo de algo dar errado. Como o híbrido era bem discreto, escolhi um par simples, mas que achei bonitinho. Tinha "você é meu amor" escrito dentro dele, bem brega, e achei que combinava com a gente.

Eu ia fazer o jantar e pedi-lo em namoro no sábado, mas Jimin me pediu antes em plena quarta feira. Fomos ao parque do nosso primeiro beijo, tomando picolé, e eu, idiota, não desconfiei de nada porque fazíamos aquilo com bastante frequência mesmo.

Jimin puxou a gente para sentar embaixo de uma árvore de raízes grossas, parecendo nervoso. Agora que eu reflito sobre aquele momento, é meio idiota eu não ter percebido... Ele estava tão fofinho, tão corado... Eu amava demais aquele homem.

Comecei a me aproximar dele para conseguir roubar um beijo, porque eu era bem grudento, mas ele colocou a mão no meu peito, interrompendo. Eu estava fazendo minha melhor cara de cachorro que caiu da mudança quando Jimin apontou para a casca da árvore e me virei para olhar.

No tronco forte, havia uma parte mais clarinha, riscada. Observei melhor, lendo um "Quer namorar comigo?" seguido de um desenho de um sapinho e um coelhinho. Encarei por um longo momento, piscando várias vezes, tentando entender se era real mesmo.

E foi aí que Jimin não pôde escapar do beijo mesmo! Assim que eu despertei do meu choque, puxei seu rosto com cuidado e certa urgência para perto do meu. Eu tinha que expor tudo o que borbulhava dentro do meu peito de alguma forma. Eu tinha que acalmar a paixão e o amor que faziam a festa dentro de mim de algum jeito, mas a festa não diminuía.

Beijei seus lábios, um de cada vez, doido com a textura maravilhosa deles, diversas vezes antes do híbrido ficar impaciente e segurar minha nuca para aprofundar nosso beijo. O jeito que a gente já conhecia cada pedacinho um do outro só deixava tudo mais delicioso. Putz, eu não sei como meu coração nunca explodiu até hoje, de verdade.

— Isso foi um sim? — perguntou risonho quando nos separamos para tomar um ar.

— Sim, sim, sim. — Fui deixando selinhos em sua boca enquanto acariava suas bochechas fartas e macias. — Quero muito, vida.

— Meu Deus... — Tampou o rostinho momentaneamente e se encolheu. Olhei curiosamente o jeitinho que se recuperou e me mostrou novamente seu semblante corado. — Eu estava tão nervoso.

— Como se eu fosse dizer não, namorado. — Continuei acariciando a bochecha corada, levando minha mão ao seu queixo apenas para puxá-lo com cuidado para mais um selinho.

Namorado... — Jimin repetiu, abrindo um sorriso bobão que eu sabia estar estampado em meu rosto também. — Você não pode opinar sobre meu nervosismo, eu que pedi!

— Ah, mas eu também estava nervoso. — Dei uma risadinha com a situação. — Afinal, eu ia pedir você em namoro também... Mas esse Jiminie hyung malvado foi mais rápido do que eu.

— Não acredito! — ele exclamou, espantado.

— Acredite, ia ser no sábado... Ia começar com um jantar romântico com um menu especial para você e... — Fui interrompido quando Jimin encostou na minha boca com um seus dedinhos pequenos, me pedindo silêncio.

— Não conta! Eu quero surpresa, vamos comemorar também, de novo. Vamos ser duplamente namorados — mandou com uma expressão pidona e ri baixinho, morto de amor, porque Jimin parecia cada vez mais perfeito.

— Parece boa essa ideia de ser duplamente namorado... — concordei, segurando sua cintura e unindo nossos lábios em um beijo apaixonado e lento. Gostávamos daquilo, de transpirar carinho, de demonstrar todo amor e paixão que cultivávamos dentro de nós em cada toque.

Jimin levou suas mãos em meus cabelos, segurando os fios com cuidado e me fazendo suspirar entre seus lábios. Levei a outra mão até sua bochecha novamente porque parecia um desperdício não tocá-lo o tempo todo. Como sempre, toda separação era seguida de selinhos saudosos.

— Eu fiz uma coisinha... — Jimin murmurou contra minha boca, nossas rostos colados. Abaixou as mãos para pegar algo no bolso de seu short azul bebê.

Olhei curioso a caixinha de veludo rosa pastel que ele tirou de lá, tão delicada que lembrava o próprio Jimin. Ele deu uma risadinha nervosa, os dedos tremendo um pouco. Tentando acalmá-lo, juntei minha mão com a sua, apreciando como sempre o toque geladinho da sua pele.

— Abre... — pediu e eu o fiz, levantando a tampinha e revelando dois anéis finos que pareciam... Que pareciam ser feitos de grama. — Não é nada demais... Eu aprendi uma técnica de conservação em resina e achei que poderia ser legal.

— Foi você que fez? — perguntei, meio impressionado meio me derretendo de amor por aquele homem. Ele era tão talentoso, tão sensível... Era incrível que mesmo com todo aquele tempo de convivência Jimin ainda fizesse meu coração acelerar e me surpreendia com as diversas camadas de seu coração. Encostei em um anel, sentindo a superfície lisa como se fosse um vidro.

— Uhum... — concordou baixinho, envergonhado.

— Isso... Isso é tão lindo, vida. — Abracei sua cintura e enchi o rosto dele de beijos, fazendo força para não chorar com aquela lembrança agora eternizada. Quanto tempo que não tinha se passado desde o dia que eu fiz aquele anel bobo de grama para consolar Jimin...

— Você gostou? — perguntou fraquinho, meio tímido.

— Eu amei, esses anéis são lindos demais... — Puxei seu queixo para deixar um selinho antes de estender minha mão direita em sua direção. — Vida... Você colocaria em mim?

Jimin riu, parecendo aliviado e concordou com a cabeça. Tirou um dos anéis de dentro da caixinha e colocou-o com cuidado em meu anelar, levando minha mão até sua boca logo depois. Fechou os olhos e deixou um beijo demorado em cima do anel e senti todo meu corpo se esquentar, o coração desesperado em meu peito, a paixão gritando na altura máxima da minha cabeça. Eu amava tanto, tanto ele...

— Coloca em mim também, meu amor... — pediu e eu retirei o anel que faltava da caixinha, segurando sua mão rugosa entre as minhas. Passei o anel pelo seu dedo pequenininho, apreciando como o verde brilhante e vivo por trás da resina transparente e polida combinava com sua pele, combinava com ele. Parecia tão, tão certo...

Fechei meus olhos e trouxe sua mão até minha boca também, deixando um beijo demorado em cima do anel. Subi o beijo pelos seus braços, passando pelo ombro e pelo pescoço até sua boca, dando vários selinhos esquisitos no meio de sorrisos bobos.

E comemoramos sábado também, os dois arrumadinhos porque a ocasião não era mais surpresa e nos tornamos duplamente namorados. Usando anéis duplamente também. Putz, como eu amo relembrar esses dias... Como eu amo o Jimin.

Vamos ver o que mais aconteceu... O quarto do Jimin acabou virando nosso quarto, porque era muito gostoso dormir juntinho. Sério, sentir sua pele, a respiração melhor e profunda do híbrido quando ele ressonava... Era perfeito. A gente tinha que reformar o apartamento e comprar uma cama de casal, mas... Aquilo também era tão gostoso.

Nós brigávamos todo dia, implicantes, normalmente de manhã cedo para ver quem tomaria banho primeiro. Eu, obviamente, era o elo frágil daquela disputa porque Jimin não só sabia Krav Magá como tinha sua língua. Eu inclusive comecei a considerá-la uma linguada matinal, parte da minha rotina. No fim, sempre tomávamos banho juntos, mas toda a ceninha era meio que necessária para que a manhã parecesse certa.

Hm... Deixa eu lembrar de outra briga... Como raramente algo era sério de verdade eu acabo não lembrando tão bem porque eu confundo com namorico. Talvez eu e Jimin fôssemos namorados meio estranhos mesmo. Ah! Putz, lembrei um dia que eu levei um puta esporro do Jimin.

Fui sair com o pessoal da Comunicação, né. Às vezes eu saía com eles ou com os Guardiões, mas de uma forma geral a gente prefiria se convidar um pra casa do outro pra fazer alguma coisa de comer. Era meio doido pensar que eu tinha feito amizades de verdade e agora conseguia reconhecer os rostos da HP, que tinha uma atmosfera completamente nova mesmo depois de tanto tempo trabalhando lá. Calma, me distraí... Voltando pro começo: fui sair com o pessoal da Comunicação.

Só que eu sem querer levei comigo a mochila em que as chaves do híbrido estavam guardadas, então ele meio que ficou preso dentro de casa. Mas juro que foi sem querer, mesmo! Voltei pra casa já levando uma linguada de boas vindas, sem entender nada, e tive que lidar com o híbrido emburrado. E é claro que não se passaram nem dez minutos para a gente estar deitado no sofá, emboladinhos, assistindo filme.

Para não contar só sobre mim saindo de casa, Jimin, Taehyung e Yoongi fizeram sua primeira viagem juntos, completamente sozinhos. É claro que eu, Juan, Daisy e Hoseok ficamos nos cagando de preocupação por causa do preconceito que ainda existia na sociedade, mas os três eram homens adultos e Jimin sabia socar alguém qualquer coisa.

A viagem deles para Jeju foi um sucesso, e ficaram uma semana hospedados na casa dos familiares de um cara da ONG. ONGs são legais, você acaba tendo contatinhos por todos os lugares. Jimin levou minha câmera digital e voltou com milhares de fotos e um sorriso enorme no rosto. A coisa mais linda.

Aliás... Já que eu voltei a falar da Daisy... Eu descobri por que o Hoseok fez aquela cara estranha quando Yoongi chorou que a Daisy não gostava dele, no final de toda aquela bagunça do ano passado. Daisy e a irmã dele, Dawon, se pegavam.

Eu fiquei em choque, óbvio, ainda tendo muito a melhorar nessa minha capacidade de observação dos fatos. Sei lá... Achava que elas eram melhores amigas. Na verdade eram melhores amigas, né? Melhores amigas com benefícios.

Só descobri tudo quando elas apareceram namorando, devidamente assumidas e tomei um choque. Putz... Nem pro talarico do Hoseok talaricar aquilo! Eu e o Jimin — que também amou a fofoca — achamos vacilo a falta de informações confidenciais em primeira mão.

Na verdade rolou um festival de casais lá na HP, foi engraçado. Eu e Jimin ficávamos há muito tempo, mas demoramos um pouco para começar a namorar — cagados de medo sobre toda essa questão de híbrido e guardião, apesar de ter dado tudo certo e ninguém ter nos julgado de fato. Depois que a gente se assumiu, apareceram Daisy e Dawon e, depois disso... Percebemos que Hoseok e Yoongi andavam de mãos dadas demais.

Hoseok e Yoongi foi um casal meio bizarro de se assistir porque bem... Um deles tinha trauma de animais peçonhentos, apesar de superado e o outro achávamos que era hétero, mas não dava para entender muito porque ele não comentava sobre amor e sexualidade no geral. Mas sei lá, no fundo parecia um casal meio óbvio também... Talvez por serem tão caricatos, em qualquer comédia romântica eles seriam um casal com toda a história e personalidade deles.

Incrivelmente, a iniciativa da Yerim pra cima do Jaebum parou de ser só uma piada e, parecendo inspirada pela chuva de casais, ela começou a levar aquilo com mais seriedade. Eles começaram a namorar um tempo depois, mas continuava sendo engraçado porque mesmo dentro do namoro, o Jaebum parecia meio tímido com as investidas sem vergonha da garota.

Taehyung e Juan depois dessa onda de namoros começaram a ficar se alfinetando, acusando um ao outro de serem encalhados. Na verdade quem começou aquilo foi Taehyung, óbvio, e Juan começou a tentar se defender... Coitado, como se desse para fugir de Kim Taehyung.

A verdade era que o híbrido de galinha tinha uma quedinha pelo híbrido de pantera, mas morria de medo de se aproximar por não saber falar línguas estrangeiras também. Eu e Jimin, por outro lado, acreditávamos que o casal ia se tornar real algum dia porque a aura cheia de energia do híbrido de galinha era difícil de se ignorar, e suas roupas mais ainda. Era legal aquele clima de romance e flerte na ONG, porque parecia um reflexo de que tudo estava bem e relaxado o suficiente no mundo, e de que, por isso, todo mundo pudesse focar em assuntos mais leves.

Juan, por outro lado, apesar de brincar com Taehyung não parecia interessado de verdade em um relacionamento. Eu gostava do jeito que ele lidava com as coisas uma de cada vez, sem pressa e sem criar expectativas em cima de coisas que seu coração não sentia.

Ir tomar um café com o espanhol era sempre um dos meus encontros favoritos. Toda vez ele pedia uma bebida diferente para ver se eu acertava, rindo divertido quando eu realmente sabia qual era. Todos meus conhecimentos de funcionário de cafeteria basicamente culminavam naquele momento, eu ficava um nojo de tão metido. E eu, por outro lado, aprendia palavras e histórias bonitas, mas infelizmente a boa influência do escritor não me ensinou a narrar direito. Talvez essa narração confusa seja pelo menos algo só meu e isso não fosse de fato tão ruim assim.

Deixa eu ver... Namjoon também estava de boa. Como estava menos sobrealocado com as novas ONGs e todos os incentivos que o governo dava, começou a ter um pouco mais de tempo para si. Começou a andar de bicicleta todos os dias nos lugares protegidos da Greenland, a nossa parceira, e tomou um gosto por fotos digitais comigo. Quase todo dia ele mandava as fotos para aquele nosso grupo da operação do Yoongi que, no final, nunca deixamos de usar.

Aliás, falando no grupo, Jin estava meio sumido. Imagino que tenha a ver com o caráter do seu trabalho, mas ele fez umas três visitas surpresas à ONG durante o último ano. Era bom ver ele de novo, eu realmente sentia falta da dupla personalidade estranha dele, por mais que nessas visitas ele só mostrasse o lado divertido e barulhento.

Quando ele voltava caía a ficha de quanto as coisas tinham mudado comparado ao começo... E, por mais que a gente morresse de saudades de ver ele deitado em algum sofá aleatório ou roubando os ovos do Taehyung, também sabíamos que tudo estava como era para ser.

Bem... Vou parar por aqui porque daqui a pouco minha cabeça lembra mais um monte de coisa e pessoas que eu não falei ainda. Não acho que faz sentido eu contar sobre como todo mundo próximo de mim está, mas a maioria está bem. É claro que em um ano muitas coisas acontecem com cada pessoa e todos têm seus desafios pessoais, mas essas histórias... Eu compartilhei com eles essas histórias, mas ela é unicamente deles e eles que deveriam contar. Eu já sou talarico demais, Hoseok é uma má influência para mim.

Ah, sim, as coisas nem sempre eram perfeitas, claro. E, sinceramente, dificilmente seriam. De vez em quando apareciam alguns movimentos regressistas anti-híbridos e seus direitos e, com eles, ondas de violência contra vários híbridos que tentavam seguir suas vidas.

Esses movimentos normalmente eram suprimidos dentro de uma semana, com muita correria por parte das ONGs e do governo. E, mesmo que o preconceito não tomasse uma forma grande dessas, ele ainda estava enraizado nas pessoas e era uma luta diária. Doía saber que Jimin não sentia-se confortável em andar nas ruas, principalmente sozinho. Mas as coisas mudariam aos poucos... Afinal, Jimin até mesmo conseguiu viajar, né?

As coisas nem sempre eram perfeitas, mas... Era uma vida. Era uma vida que eu me sentia muito grato em saber que os híbridos finalmente podiam trilhar depois de tanta crueldade, tanta privação. Era uma vida que até mesmo eu, bobo desse jeito, comecei a viver. Que eu pude enxergar depois de crescer e mudar de uma forma que eu não tinha muita noção de como aconteceu. Sei lá... Sempre que eu parava para pensar sobre todas as diferenças e mudanças eu ficava meio espantado.

Jimin começou a ter sua vida e eu, agora, fazia parte dela, por bem ou por mal. Eu fazia parte da vida do Jimin assim como ele fazia parte da minha, entrelaçadas de um jeito que nada poderia apagar tudo que nós despertamos um no outro durante todo esse tempo, desde nosso começo conturbado até nosso desenvolvimento romântico. Coisas que eu esperava ainda despertar em mim junto com ele. E, sinceramente?

Eu mal podia esperar por cada novo dia ao seu lado, pelas descobertas que iríamos fazer.


»»❤««

E foi tudo isso! Espero que tenham gostado de ler Croack o tanto quanto eu amei criar e escrever nesses últimos dois anos e meio!

Qual foi a parte favorita de vocês? Acho que a minha é o Jimin visitando as famílias dele em Busan, porque apesar de não serem de sangue estão lá por ele! E qual foi o momento mais marcante da fic pra você??? Me deixem saber!!

Enfim, só tenho a agradecer todo mundo que participou dessa pequena jornada de Croack, estando você desde o comecinho aqui comigo, aparecido no meio ou já tendo lido ela completa! Eu não sei explicar direito, mas o processo de criação e escrita de uma história pra mim é muito intenso, então eu sou muito grata mesmo quando vocês me apoiam e dão carinho a ela porque eu sinto como se vocês estivessem dando amor a um pedacinho de mim que me é muito precioso, vocês são preciosos! Muito obrigada também às idolsinhas pelo imenso apoio e pra minha neném 2jsoul13 que viu Croack nascer e também revisou esse capítulo fhdaskjhfs amo vocês!

Lembro que muitos se identificaram com o Jungkook (e talvez com outro personagem) e, invariavelmente, ele é um pedacinho  de mim que eu gosto de tentar evoluir através da escrita da história. Espero que vocês tenham conseguido crescer com ele assim como eu fiz e que, quem se identificou com ele, tenha uma experiência boa!

Sei que tô sendo prolixa, mas fico tristinha por encerrar um ciclo tão importante pra mim quanto Croack é shuahsuhasu ai ai, perdoem a boiola emocionada! Bem, como sempre, estou sempre aberta a surtar por aqui, pelo meu twitter @callmeikus e na hashtag #OsGirininhos

Caso queiram continuar acompanhando meus pequenos mundinhos, me sigam aqui no wattpad que logo logo vem coisa nova <3 Próximo mês eu vou continuar uma fific minha chamada Empresário que já tem o primeiro capítulo postado aqui (é só dar uma olhada no meu perfil) e mais 14 escritos doidinhos pra serem postados (hihi) e em breve vou começar uma nova de fantasia chamada O Cúmplice de Aldebaran também!

Beijinhos de luz e obrigada por ter lido!

Com muito amor,

Mel

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