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#31. EYES GO SHINE

OI, MEUS GIRININHOSSSSSSSS!!! MAS QUE SAUDADES QUE EU TAVA OMODEUSOOOOOO

Aff, nem acredito que já estamos no penúltimo capítulo aaaaaa a criança cresceu rápido demais!

Todo mundo dando stream? Sou #TeamEgo felizmente hihi

Vou deixar a playlist nos comentários desse parágrafo caso você queira ouvir!

Boa leitura, meu girininhos!!! #OsGirininhos

»»❤««

Jimin precisa conversar comigo, pensei, um pouco ansioso. Senti meu coração palpitar, desesperado, em meu peito e engoli em seco antes de assentir. Como se eu fosse negar algo vindo de Jimin, né... Não importa o quão cagado de medo eu estivesse, Jimin sempre teria tudo na palma da mão se dependesse de mim.

Ele começou a caminhar pelo corredor na intenção de que eu fizesse o mesmo e virou o pescoço para me encarar. Fiquei parado, sem saber muito bem o que fazer porque eu precisava acompanhá-lo, mas...

— O que foi, Jungkookie? — perguntou confuso ao ver que eu não o seguia. Meu rosto corou um pouco, porque o que estava me impedindo era muito incoveniente mesmo.

— Eu preciso ir ao banheiro primeiro... Estou muito apertado — confessei, morto de vergonha. Faltou o poder de prever o futuro à minha bexiga, maldita.

— Vai lá! Não queremos que você tenha pedra nos rins — Jimin riu fraquinho de mim e me senti derreter com o som de sua risada. Ele era tão adorável que doía, a paixão estava como? Isso mesmo, eufórica. — Vou te esperar lá fora.

Apontou para a direção da pequena varanda que tinha no final do corredor, indo em sua direção quando eu assenti e fui correndo ao banheiro. Putz... Que interrupção ridícula, bexiga.

Eu estava tão nervoso e ansioso que parecia que nem o xixi queria sair direito, todo tenso. Ai, que situação ridícula... Mas enfim, quando meu corpo colaborou e consegui esvaziar o tanque, lavei as mãos e fui correndo de volta para Jimin, sentindo que o mistério sobre o assunto ia me consumir muito mais do que o medo de descobrir o que era.

Jimin me esperava apoiado no parapeito da sacada, os olhos perdidos tentando enxergar o céu acizentado entre os prédios altos ao redor. Ele era tão lindo que até mesmo a luz deprimida do céu cheio de fuligem iluminando seu rosto parecia uma obra de arte. Ele era tão lindo que parecia que eu ia morrer de tanto que eu amava ele, merda.

Ao ouvir minha aproximação, ele virou-se para mim, apoiando as costas no guarda corpos atrás de si e meu coração acelerou desesperadamente. Acho que eu estava com medo do que ele ia dizer, mas ao mesmo tempo a parte inconsequente e apaixonada de mim só queria poder beijar aqueles lábios maravilhosos de novo. Só queria abraçá-lo, sentir sua respiração contra a minha.

Caminhei até seu lado, apoiando meus cotovelos no parapeito e vendo o híbrido voltar à sua posição inicial. Aquilo era tão estranho... Estar tenso com Jimin era muito estranho. A gente tinha passado por tanta coisa juntos... Fazia mais de um ano que compartilhávamos o mesmo teto também... Tudo parecia errado e fora do lugar, porque tudo que eu era capaz de esperar da gente era uma naturalidade compreensiva e cheia de amor. Ai, que sofrimento.

Suspirei baixinho, olhando para frente. Queria poder assistir o pôr do sol, mas os arranha céus nem cogitavam em me dar essa alternativa. Mais do que nunca, eu sentia saudades de Busan, saudades de ver o horizonte unido ao oceano, tão amplo, tão espaçoso. Aqui parecia tão apertado...

— Jungkookie... — A voz do Jimin quebrou o silêncio e a linha de raciocínio dos meus pensamentos agitados e nervosos. Seu tom era vacilante e acabei não conseguindo me conter, encarando seu rosto com preocupação. — Eu fiz algo de errado?

E, antes que eu pudesse refletir melhor sobre aquilo e me contivesse, puxei o menor para um abraço. Afundei meu rosto em seus cabelos loiros, sentindo o cheirinho tão característico e gostoso se misturar à agonia em meu peito ao ouvir aquela pergunta. Jimin achava que tinha errado em algo... Logo ele! Não fazia sentido.

Talvez eu não devesse me aproximar tanto porque eu ainda não entendia o real motivo por trás da nossa estranheza, mas não consegui evitar, de verdade. Não consegui evitar de levar uma de minhas mãos até seus cabelos, embrenhando meus dedos entre os fios macios.

— Claro que não, hyung. — Deixei um beijo no topo de sua cabeça.

Jimin suspirou e, parecendo aliviado, apoiou a cabeça em meu peito lentamente. Passou os braços ao redor da minha cintura e me apertou daquele jeito que fazia meu coração saltar desesperado no peito por gostar muito de sentir nossa proximidade. Putz, eu era tão apaixonado por ele que talvez desmanchasse entre seus braços.

— Por que a gente tá assim então, Jungkookie? Estamos tão estranhos... — murmurou baixinho, sua voz abafada contra meu peito.

— Eu também não sei, Jiminie hyung... — respondi, tão desolado quanto e me sentindo ainda mais confuso com aquilo tudo. A gente poderia estar de outro jeito? Por que, afinal, estávamos daquele jeito?

Jimin me apertou ainda mais forte, respirando fundo. Meu coração doeu e era frustrante não entender de onde vinha aquela dor. Do porquê. Apertei seu corpo contra o meu também, tentando me acalmar ao sentir seu cheirinho misturado ao nosso xampu. Ficamos em silêncio.

Não sei quantos minutos passaram até Jimin desvencilhar-se de meus braços e eu suspirar triste porque amava seu toque, seu corpo contra o meu. Ele levou o olhar marejado até o meu, pressionando os lábios e parecendo tristonho. Segurou meu rosto com as duas mãos, acariciando minhas bochechas sem falar nada. Apenas aceitei, confuso e ansioso ao não saber para onde iríamos a partir dali e triste porque as lágrimas de Jimin doíam mais do que tudo.

— Você finalmente percebeu que não sou o suficiente, né? — falou baixinho, com a voz embargada. Juro que consegui ouvir o barulho do meu coração se partindo e meus olhos encheram d'água no mesmo momento. — Que eu sou feio e quebrado... Você é tão lindo, tão doce, você cresceu tanto... É claro que ia perceber.

— Claro que não, hyung! — Desatei o nó que formou-se em minha garganta porque eu não podia permanecer quieto com aquilo. Mesmo assim, doeu tanto ouvir ele falar aquilo, e eu me senti tão culpado que as lágrimas quentes acumularem-se cada vez mais nos meus olhos, ardidas e pesada. Eu era realmente muito chorão. — Eu... Eu tive medo de me aproximar de novo por causa de você. Eu pensei que depois de tudo isso você pudesse querer se aproximar do Yoongi hyung de novo, porque tudo passou...

Sabendo ou não que Yoongi na verdade gostava da Daisy, eu não queria impedir Jimin de gostar de quem ele quisesse. Ele poderia ter chances ainda. Ele tinha muitas alternativas para prender-se a mim...

Jimin soltou meu rosto e deu um passo para trás. Seus braços caíram ao lado do seu corpo e ele me encarava em silêncio. Sua expressão parecia um misto de choque e.... Tristeza. Decepção. E eu daria de tudo para não ter que ver aquele olhar.

— Eu pareço alguém com sentimentos tão confusos assim, Jungkook? — perguntou, o tom de voz magoado. Ele parecia perguntar sinceramente, a voz sem um pingo de irritação, só tristeza.

Não consegui responder, estava tentando engolir a vontade de chorar. Eu parecia uma criancinha imatura daquele jeito. Parecia o Jungkook antes de Jimin.

— Você acha que eu me declararia a alguém se eu não tivesse certeza? — continuou perguntando, ocupando o silêncio que eu deixava preencher o local. Ele parecia tão magoado comigo... — Você acha que eu daria meu primeiro beijo em alguém que eu não sou apaixonado?

Me mantive em silêncio, tentando processar todas suas palavras. Ainda me sentindo confuso e amedrontado. Acho que o sentimento de culpa que me consumia naquele instante era tão forte que eu não conseguia pensar direito, eu estava quase tonto.

Dei um passo para frente, me aproximando novamente e tentei segurar as mãos do Jimin. Suspirei aliviado quando ele permitiu e entrelacei nossos dedos com cuidado. Eu sentia tanta falta de seus toques.

E eu... Eu simplesmente não pensei naquilo... Nunca encarei os sentimentos do Jimin sob aquela perspectiva porque eu mesmo estava inseguro demais para considerar aquilo. Porque talvez eu sentisse que não fosse o suficiente, talvez nem mesmo o ideal para o Jimin. Aquilo me consumia, porque eu queria dar muito pra ele, mas não acreditava ser muito.

— Me desculpa, hyung, eu... Eu acho que eu tenho dificuldade de acreditar que alguém goste de mim. Parecia muito claro mesmo na minha cabeça que você poderia gostar do Yoongi hyung ainda e eu queria te dar espaço para escolher quem quisesse... Mas talvez eu não tenha me considerado uma opção de verdade.

Meu coração batia agitado em meu peito ao sentir o olhar do híbrido sobre mim, pensativo. Eu esperava muito que ele não notasse que as palmas de minha mão suavam contra as suas. Um mal entendido daqueles só porque eu era incapaz de aceitar que alguém além da minha família gostava de mim... Era patético.

— Me desculpa também... Tive minha parcela de culpa — ele respondeu por fim, baixinho, apertando minhas mãos nas suas. — Eu me senti do mesmo jeito... E me distanciei, sem saber o que fazer. Eu estava com tanto medo de você perceber que não gostava de mim... Me desculpa por duvidar dos seus sentimentos e por sido tão cruel comigo de novo.

— Hyung... Eu acho que somos o casal mais inseguro do mundo — murmurei, triste por termos deixado aquele lado nosso nos consumir daquele jeito, nos afastar. Pensando bem, aquilo foi uma armadilha que eu mesmo armei e caí. Porque quem me ajudava a espantar aquele tipo de pensamento danoso era Jimin, e eu justamente afastei ele... O híbrido deu uma risadinha triste, concordando com minha colocação.

— Vamos nos perdoar, Jungkookie... — pediu e eu assenti, perdido em seu olhar... Tão lindo, tão gentil. Era bom ver aquela gentileza voltar a ele e eu esperava que refletisse e espantasse os pensamentos cruéis que tinha sobre ele mesmo também. — Vamos nos perdoar e vamos tentar ter mais confiança em nós mesmos e nos sentimentos um do outro.

— Eu te amo tanto, Jiminie hyung... — Acabei soltando sem nem pensar. Mesmo que não fosse a primeira vez que eu falava aquilo, vi os olhos do híbrido de sapo arregalarem-se antes de um sorriso um pouco envergonhado pairar em seus lábios.

Soltou minhas mãos e depositou elas em minhas bochechas de novo, me puxando para um beijo e putz... Eu era capaz de chorar de tanta felicidade que era sentir sua boca contra minha, de sentir que voltamos à mesma página. Natural como sempre foi e nunca deveria ter deixado de ser, minhas mãos seguraram sua cintura enquanto eu aprofundava o beijo, sedento dele.

Foi tão gostoso ouvir a risada do Jimin soar baixinha com meu afobamento, acompanhada por selinhos a fim de diminuir um pouco nosso ritmo. Foi tão bom poder acariciar sua cintura, finalmente tocar seu corpo sem medo, distribuir beijos em todo seu rosto, amá-lo porque aquele amor não era meu, e sim nosso.

— Aish, Jungkookie, você vai me deixar todo babado assim! — O híbrido de sapo gargalhou com naturalidade, como se nunca tivéssemos deixado de ser aqueles dois bobões apaixonados que acreditavam na felicidade de ser correspondido.

— Que pena... — respondi sem convicção e beijei seu narizinho, rindo. Era tão... Óbvio estar sorrindo, rindo com Jimin. Era como se eu não fosse capaz de não sorrir ao lado dele. Eu me preenchia tanto de felicidade que talvez explodisse em algum momento.

— Aish... Vou ter que retaliar! — ele reclamou. Subiu na ponta dos pés, apoiando-se em meu peito para equilibrar e começou a deixar beijinhos por todo meu rosto também. Eu tive certeza que iria morrer de amor com todos esses carinhos. A paixão estava tão agitada dentro de mim que parecia que tinha ficado doidinha de café, mas era só o efeito do Jimin mesmo.

— Ah! — Coloquei a mão no meu peito dramaticamente, fingindo cambalear para trás. — Soldado ferido, soldado ferido!

— Exagerado... — Jimin revirou os olhos, rindo. Aproveitou para me puxar para um abraço, aninhando-se em meu peito e eu também me senti tão acolhido... Sentia estar em casa. Só tenho dó do Jimin, que teria que lidar com o som alto do meu coração acelerado que nem um desperado.

— Não posso fazer nada, hyung... Você mexe demais comigo, tá sentindo meu coração?

— Tô — riu, virando a cabeça para apoiar a orelha em meu peito e ouvir melhor. — Parece estar trabalhando muito bem.

— Ele tenta, mas às vezes você exige demais dele, hyung — reclamei com um tom de voz meio manhoso. Por Deus, eu era tão bobo... Assim como a Yerim disse, um boiolão.

— Você que exige demais do meu... — riu baixinho, afastando-se e segurando uma de minhas mãos entre as suas pequenas. Posicionou ela em seu peito, que senti palpitar, tão rápido e intenso quanto o meu.

— É... Estamos numa disputa acirrada. — Brinquei, sentindo flutuar com a sensação boa de ter Jimin assim por mim. Putz, era por mim! O coração do Jimin acelerava por mim igual o meu acelerava por ele.

— Eu te amo, Jungkook... — falou sério, ainda segurando minha mão em seu peito, as batidas agitadas de seu coração parecendo se misturar com as minhas. — Sou doido por você, Jungkook, Jungkookie, Jeon Jungkookie. Obrigado.

— Por que você tá agradecendo, Jiminie hyung? — perguntei, completamente corado e bobo ao ouvi-lo cantarolar meu nome novamente, sua voz era tão linda...

— Lembro que um dia você colocou a mão no meu peito e disse que meus sentimentos me deixavam lindo. Eu estou me sentindo muito... Meu Deus... Eu estou me sentindo muito lindo. — Sua voz falhou um pouquinho e vi seus olhos lacrimejarem. — Estou me sentindo tão vivo, é tão surreal sentir meu coração bater desse jeito... De um jeito tão bom. Eu estou amando tanto viver.

E não aguentei, puxando ele para um novo abraço e sentindo meus próprios olhos marejarem novamente. Eu era tão emocionado... Às vezes reflito se em algum momento minhas emoções seriam menos à flor da pele. Eu me sentia um adolescente bobo, completamente apaixonado, mas acho que a culpa era de Jimin, por ser tão lindo e intenso.

— Eu que tenho que agradecer então, hyung... Obrigado por compartilhar sua beleza comigo. Obrigado por compartilhar sua vida comigo. — Deixei vários beijinhos em seus cabelos, apertando-o contra mim e sentindo suas lágrimas molharem minha camisa já meio manchada por causa do Yoongi. — Você é lindo.

E eu chorei também, que nem um bobo. Chorei porque não tinha nada mais lindo do que ver que Jimin sentia-se assim. Sinceramente... Ver ele, que desejou tanto poder simplesmente morrer para não ter que sofrer tanto, amar a vida, amar aquilo que lhe tirou tanto... Putz, eu não consigo nem pensar direito, apenas deixei aquilo tudo derreter dentro de mim até virarem lágrimas.

Jimin me puxou para um beijo um pouquinho salgado por causa do choro, o beijo de dois emocionados. Nossas línguas entrelaçaram-se com tanta calma e com tanta delicadeza que suspirei baixinho de tanto amor. Era eu, ele e o nosso cuidado, nosso carinho. Era realmente bom ver que tudo aquilo que a gente cultivou voltou de uma hora para outra. Sem estranheza, sem nenhum problema, só nós dois.

Acariciei seu rosto, enxugando suas bochechas úmidas do choro. Beijei seus lábios um de cada vez, com calma, sentindo-o me corresponder no mesmo ritmo. Beijamos tanto que nossas bocas ficaram inchadinhas e vermelhas e eu gostei tanto de ver Jimin assim. Ficava ainda mais lindo junto ao seu sorriso.

— E agora, Jungkookie? O que vai ser da gente? — perguntou baixinho contra meu pescoço, me arrepiando, enquanto recuparávamos o fôlego abraçadinhos um no outro.

— Como assim, hyung?

— É que a gente tá bem um com outro, se beijou... E agora?

— Acho que você lê romances demais, hyung... A gente se beijar não conclui as coisas, ainda temos muita história pela frente — ri baixinho ao entender o que ele queria dizer, acariciando seus cabelos. Jimin riu também, me abraçando ainda mais forte. — Mas para falar verdade, eu perguntei a mesma coisa pro Namjoon hyung...

— Você beijou o Namjoon hyung e eu não tô sabendo? — Brincou e ri também, eu era tão ruim com as palavras.

— Perguntei o que vai ser da gente... A indústria de híbridos já começou a ser proibida, vamos prestar nossos testemunhos, terminar a burocracia e depois... — Me perdi um pouco em pensamentos. Apesar de tudo, tinha muito a ser feito. — E depois de tudo isso... Temos que decidir o que vamos fazer.

— Eu quero ficar ao seu lado, só isso — falou com simplicidade ao me abraçar e sorri de novo, todo bobo. Não sei como meu rosto não estava doendo de tanto sorrir. Não aguentei e deixei mais beijinhos nos fios loiros.

— Eu também... Mas você tem mais coisas pra fazer, hyung. Você tem sua sua faculdade, seu futuro negócio... Você pode fazer tantas coisas agora! E eu tenho meu trabalho, nós temos a nós... Tantas coisas podem acontecer ainda. O que você pensa em fazer?

— Hm... — murmurou, parecendo refletir. — Sinceramente, não pensei direito ainda. Estão tão feliz que tudo isso terminou que eu ainda me sinto um pouco perdido. Talvez eu nem acredite que realmente acabou, porque nunca imaginei uma vida sem a indústria de híbridos. Tudo isso doeu tanto, Jungkookie...

— Sim... — concordei, ajeitando melhor meus braços nele e ninando-o.

— O Tae... O Tae ficou tão mal por não estar ao meu lado quando eu entrei lá... E eu me senti tão mal por ele ter se sentido assim. Eu realmente não queria ele lá, não queria que ele também tivesse que sofrer. E agora acabou. Simplesmente acabou, e é até difícil de acreditar porque isso nunca pareceu uma possibilidade real. Doeu, mas não vão ter novas dores. E o que já doeu... Vai doer cada dia menos. Acho que ainda não caiu a ficha direito de que eu não preciso mais ter tanto medo.

— É muita informação para processar mesmo, hyung... E se tudo isso é possível, é por sua causa. Você é um herói.

— Herói? — riu um pouquinho com a palavra.

— Sim. Seu próprio herói, herói do Taehyung, herói dos híbridos, dos guardiões, da sociedade... O meu herói.

— Você me considera demais — continuou rindo e afastei nosso abraço para poder segurar seu rosto e o encarar diretamente. Ah, como eu amava seus olhinhos amarelos e brilhosos.

— Você que se despreza demais, hyung... Lembra do nosso combinado? Se perdoe e tenha mais confiança em você. O que você fez foi incrível, você se desafiou e se sacrificou muito para permitir que todo o medo e toda a dor tivessem um fim. A gente já assistiu filme de ação o suficiente pra saber que é isso que os heróis fazem.

Jimin engoliu um pouco em seco, como se tentasse manter a expressão contida. Puxou meu pescoço para baixo para poder alcançar minha boca e dar um selinho. Todo bobo, devolvi vários como resposta.

— Então... — Jimin falou depois de um tempinho, já recomposto. — Se eu sou um herói, eu sou um mocinho sem graça? Poxa...

— Óbvio que não! — retruquei, sem nem acreditar que ele lembrou daquela nossa conversa de mocinhos e vilões de tempos atrás. — Você é o herói mais incrível de todos, nenhum vilão bem elaborado nem passa perto. E quem discordar vai ter que discordar fora da nossa casa.

— E quem é você para afirmar com tanta convicção assim? — perguntou, o rosto tão perto do meu com a expressão desconfiada e debochada.

— Sou apenas o coadjuvante apaixonado pelo herói... Será que o mocinho me nota?

— Claro que nota! — Subiu as mãos até meu rosto e me encheu de beijos, como se pra provar o ponto.

— Putz... O herói não me nota! Ai que vida cruel... — reclamei dramático e manhoso, apenas para sorrir ao sentir Jimin segurar minha cintura com um pouco mais de força.

Me puxou para um beijo intenso, entrelaçando sua língua levemente áspera na minha. Derretido e feliz de receber o que eu tanto queria, apenas suspirei fraco contra sua boca de tão extasiado que eu me sentia. Eu gostava tanto, tanto, quando ele me beijava... Eu amava Jimin, de todos os jeitos.

Com minhas mãos, levei seus cabelos para trás no caminho para segurar sua nuca e aprofundar ainda mais nosso beijo. A textura, o sabor e a calidez de sua boca era tão... Gostosa. Certa, perfeita para mim. Beijar Jimin era tão perfeito que parecia doer.

Separamos apenas pela falta de fôlego, dando selinhos um no outro, eu sorrindo que nem um completo imbecil apaixonado e Jimin sorrindo que nem o homem mais lindo do mundo. Queria que aquele momento nunca acabasse, mas ao pensar que ele era só um dos momentos que ainda tínhamos pela frente me enchia de expectativa também.

— O mocinho aqui... Precisa de ajuda... — Jimin chamou baixinho, um pouco mais sério.

— O que o coadjuvante aqui pode fazer por você? — Brinquei, deixando beijinhos em suas bochechas, os braços já enlaçando seu corpo.

— Lembrei que tem algo que eu quero fazer... Da nossa conversa de antes. Namjoon hyung contou pra mim hoje... Contou que agora ele tem informações sobre meus pais... Nomes, endereço, e que ele vai tentar liberar com o governo para mim... Talvez sejam desatualizadas, porque eram da época que eu fui sequestrado, mas...

— Isso é uma informação e tanto, vida — respondi, lembrando das fichas que eu tinha visto por cima do ombro do médico aquele dia... As fichas cruéis e doloridas, mas que poderiam ser um novo passo na vida do Jimin. — E o que você quer fazer?

— Do que você me chamou? — ele perguntou, um pouco corado e encarei de volta confuso.

— Perguntei o que você quer fazer...

— Não, você me chamou de um jeito diferente, Jungkookie... — insistiu e revirei meu cérebro inteiro, um pouco confuso com aquilo tudo.

— Vida...? — repeti baixinho, desacreditado que eu realmente tinha falado aquilo em voz alta. Jimin corou mais ainda, assentindo em concordância, e foi minha vez de corar. Foi tão sem querer... Putz, eu era emocionado demais mesmo. — Desculpa, Jiminie hyung, eu...

— Eu gostei — Jimin me interrompeu, cheio de vergonha e sorrindo um pouco tímido. — Eu gostei muito, meu amor.

Foi a minha vez de sorrir tímido, porque eu também gostava muito daquilo. Putz... Parecia que quando eu e Jimin estávamos juntos entrávamos em uma realidade paralela só nossa. Só assim para explicar aquelas pequenas coisas, tão alheias, mas que me enchiam de amor.

— E o que você quer fazer, vida? — Testei a palavra novamente, experimentando um pouquinho mais do sabor daquele apelido carinhoso na ponta da minha língua, amando ao ver Jimin reagir tão bem àquilo também.

— Quero descobrir quem eu sou... Descobrir quem eu sou e quem eu fui antes de... Antes de tudo. Quero muito mesmo, mas eu quero descobrir com você ao meu lado. — Pressionou seus lábios um contra o outro, nervoso com o pedido que fizera. — Você me acompanha?

Entrelacei nossas mãos e sorri, bobo com a sensação de ter seus dedinhos delicados entre os meus. Apertei eles de levinho, encorajando a jornada incrível que ele escolhera para si e deixando um beijinho em sua testa, animado para trilhar aquilo com Jimin.

Afinal, eu tinha prometido ficar com ele. Ver ele recomeçar, continuar, prosperar, concluir e até mesmo o que tivesse depois daquilo. E aquilo me enchia de felicidade, eu ficava completamente doido. Tudo porque era uma promessa que eu finalmente conseguiria cumprir.

-x-

O resto do dia foi ótimo. Afinal, como não seria? Eu e Jimin estávamos bem, completamente apaixonados, completamente felizes. Tive que aguentar a Comunicação toda me olhando estranho por estar sorrindo todo bobo e suspirante enquanto editava artes de denúncia pesadas.

O expediente pareceu demorar uma eternidade para terminar, eu queria tanto ver Jimin de novo... Já queria ver seu sorriso, beijar sua boca, abraçar seu corpo, acariciar seu rosto... Putz, eu estava muito emocionado, muito doido de paixão.

Nos encontramos depois do meu expediente como sempre, fomos até o estacionamento como sempre e dirigi até em casa como sempre. Mas nossa, um sorriso completamente idiota e apaixonado não saía da minha cara... Mesmo que tudo fosse como o de sempre, parecia diferente agora.

Jimin fez o jantar junto comigo e assistimos um episódio de algum programa de culinária enquanto comíamos. Era o de sempre... Mas também não era. O jeito que eu quase morri, com o coração batendo tão forte que parecia chegar na boca, quando Jimin deitou a cabeça no meu colo quando terminou de comer era diferente.

Trocar beijos bobos toda hora... Putz, sim, sim! Aquilo era muito diferente, e me derretia todinho. Aquilo tudo, nossa rotina e até mesmo nossa casa parecia tão diferente apesar de nada ter mudado me deixava completamente bobo.

Eu amava estar apaixonado, mas estava amando mais ainda ser correspondido.

— Dorme comigo... — o híbrido pediu baixinho no final da noite. Aquilo tinha um certo tom de confissão. Senti todo meu corpo tremer com aquilo, com a sua voz. Porque era diferente.

Eu concordei com a cabeça e senti a mão delicada de Jimin entrelaçar nossos dedos e começar a me puxar pro seu quarto. Eu poderia não só ouvir ele conversar baixinho comigo até cair no sono como tocar sua pele, sentir sua respiração pertinho de mim. A grande dúvida é se meu coração aguentaria tudo aquilo.

Deitei em sua cama primeiro, quase encostando minhas costas na parede. Assim que Jimin deitou-se, de frente pra mim, apaguei as luzes do quarto com um comando dos SmartPods. Era meio triste porque ao contrário de Busan, em Seul o quarto não ficava iluminado com a lua e as estrelas por causa da poluição, no máximo pelos postes das ruas, mas estes apenas ligavam quando alguém caminhava pela calçada e poucas pessoas o faziam.

E eu queria ver Jimin.

Com cuidado para não machucá-lo, tateei seu corpo até encontrar seu rosto, a pele rugosa gostosa sob meus dedos. Deixei uma carícia em suas bochechas enquanto me aproximava para beijá-lo. Fechei os olhos, veria com meus toques.

Eu sempre tinha sido um pouco cético sobre beijos. Sempre que eu parei para beijar alguém tinha como único objetivo abafar alguns dos meus desejos carnais. Eu era tão cético que sentir tantas coisas beijando Jimin me faziam querer provar mais e mais para ter certeza de que aquela magia era real.

Os beijos eram lentos, calmos. A língua áspera de Jimin e a minha tinham seu próprio tempo, seu próprio ritmo, como uma dança que só nós conhecíamos e coreografávamos. Eu amava seu cheiro, seu gosto, sua textura. Amava sua respiração sôfrega. Amava sentir seu coração bater junto ao meu e a bochecha esquentar levemente entre minhas mãos. Amava cada pedacinho de Jimin.

Seus dedinhos acariciavam meu peito, daquele jeito que ele gostava de fazer e me arrancava suspiros mesmo com um toque tão pequeno. Sei lá... Eu sempre me desmanchei com os toques de Jimin em mim.

— Jungkookie... — murmurou contra minha boca, manhoso, e começou a mordiscar meu lábio inferior.

— Hm? — Passei a mordiscar seus lábios também e Deus... Eles eram tão cheinhos, tão macios, tão perfeitos...

— Eu me sinto tão desejado quando estou com você. — Sua mão subiu de meu peito para minhas bochechas, assim como eu fazia. E putz... Seu carinho me fazia derreter de amor.

— É porque eu te desejo muito mesmo, hyung... — Voltei a beijar a boca tão apetitosa, unindo nossas línguas com necessidade.

— Eu não achava que isso fosse possível... Não com um corpo como o meu. — confessou baixinho e eu abri os meus olhos. Mais acostumado à escuridão, consegui enxergar as pupilas horizontais me encararem profundamente. Seus olhos eram tão gentis, mas ao mesmo tempo guardavam tanto sofrimento.

— Eu amo seu corpo — afirmei com uma seriedade que eu nem sabia que tinha. Minhas mãos desceram de suas bochechas, explorando lentamente sua mandíbula, seu pescoço e sua clavícula. Repousei elas em seus ombros, não ousando descer mais. — Cada vez que te vejo, morro de vontade de te beijar todo, até não sobrar nenhum lugarzinho no seu corpo que eu já não tenha experimentado.

— Você não tem vergonha de dizer uma coisa dessas? — Afastou o olhar, tímido. Acabei rindo e buscando sua boca novamente. Merda, eu amava tanto beijá-lo, queria nunca mais parar.

— Hyung, você é muito mais sem vergonha do que eu — debochei e ele deu de ombros, aceitando que era o cara de pau entre nós.

— Jungkookie... — chamou de novo, baixinho, parecendo desconfortável. Indiquei que estava prestando atenção dando-lhe um selinho. — Até as... As cicatrizes?

— Sim — confirmei, um pouco encabulado de confessar aquilo. — Toda noite passo vontade de beijar elas quando eu aplico a pomada.

— Você quer matar a sua vontade? Talvez você mate a minha também...

Ainda bem que estou na flor da idade, porque se eu fosse mais velho acho que meu coração não teria aguentado o baque. O jeito que Jimin me perguntou aquilo... Me pediu aquilo, me deixava quente. Me deixava ansioso para beber tudo que eu não tinha conseguido provar todo aquele tempo.

Fiz Jimin, que estava deitado de lado, apoiar as costas no colchão e me aproximei de seu corpo. Afastei sua franja em uma carícia e deixei um beijo em sua testa, derretendo ao ver a forma adorável que fechou os olhos por um momento, como que para aproveitar aquele pequeno carinho.

E, nossa, eu não conseguia acreditar que eu mataria minha vontade. Devagarinho, beijei as cicatrizes espalhadas no peito de Jimin, do jeito que eu queria. Uma por uma sob o olhar atento do menor. Os olhinhos semicerrados dele brilhavam tanto que eu tinha certeza que todas as estrelas não eram vistas no céu porque foram aprisionadas lá dentro.

Conseguia sentir com minha boca o contorno de cada uma das queloides, a textura perfeita da pele do híbrido, os pelos que arrepiavam-se com os toques. Arrastei com cuidado as pontas de meus dedos pela derme geladinha, tão perfeita, assim como fazia com o nariz e os lábios, querendo mapear o corpo de minha vida por completo.

A respiração de Jimin ficava acelerada aos poucos, o que me deixava nervoso, diferente também. Seus lábios deixavam escapar alguns suspiros que, sem perceber, eu seguia. Cobri de beijos sua clavícula, seu peito, suas costelas e sua barriga. Aquilo era tão bom, eu me sentia tão feliz em conseguir sentir o corpo do híbrido, me sentia tão feliz dele se permitir daquele jeito que eu queria me derreter todinho ali.

— Parece meio errado acreditar que você me deseja de verdade... — falou e, nossa, como eu queria poder fazê-lo ver com meus olhos. Queria conseguir colocar uma janelinha no meu peito para ele ver o quanto meu coração pulsava em vontade de estar com ele. — Mas ao mesmo tempo eu quero tanto acreditar... Eu quero tanto ser desejado, Jungkookie...

— Acredite, vida. — Comecei a subir meus beijos da barriga macia de volta para sua boca e enlacei sua cintura com meus braços, fazendo-o se aproximar de mim. — Eu sempre estarei aqui para provar o quanto te desejo. Eu simplesmente não consigo conter.

— Ah, meu amor... — Aprofundou o beijo e colou seu corpo no meu, ficando por cima de mim. Senti-lo ali, tão juntinho... Sentir seu coração bater ao lado do meu, sentir sua pele geladinha na minha, sentir o contato gostoso de nossas bocas e ouvir os estalinhos que nossos beijos faziam... Sentir tudo aquilo significava tanto para mim... Mais do que eu sequer pensei em significar algo.

— Eu te desejo muito — suspiramos em uníssono, fazendo com que uma risadinha nascesse involuntariamente em nossas gargantas.

Abracei suas costas, querendo senti-lo ainda mais próximo. Meu coração batia tão rápido que eu tinha certeza que iria explodir, eu estava tão quente que me sentia derreter e o híbrido encaixava tão bem em meus braços que nem parecia verdade. Mas era verdade, a nossa verdade.

»»❤««

FALEI QUE ESSE CAPÍTULO ERA AMORZINHO!!!! O QUE ACHARAM?????? AAAAAAAAAAAAAAAA

Acho que minha parte favorita foi o Jimin dizendo que se achava lindo e que amava viver, sofro demais pelo meu sapinho :(( Qual foi a de vocês?

Como sempre, muito obrigada a todo mundo que surta comigo, acompanha, lê, comenta, vota!!! Vocês são tudo pra mim aaaaaaaaaaa, muito obrigada mesmo, eu nem sei como lidar com tanto carinho!

Bem, o próximo capítulo é o último já :(( eu sinceramente tô arrasada, ai TT. Bem, vamos pensar pelo lado positivo, vocês já podem recomendar Croack pra aquelu amigue que vive dizendo que quer fic concluída kkkkkkkkkkkkklágrimas

Enfim! Beijinhos de luz, muito obrigada por tudo e até dia 25, nossa última vez!

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