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#30. LIFES GO RESUME

IRRAAAAAAAAAAAAA!!! E VAMOS DE SÁBADO, PORRA!!! Que saudades de vocês, meus Girininhos!!

Como sempre, não esqueça de deixar seu voto e muito obrigada por quem sempre me apoia, interage comigo tanto aqui quanto no twitter (juro que mesmo que eu não responda aqui, eu leio tudinho!!!), indica, lê, ai... Sei lá, só muito amor e gratidão, vcs são tudo!!

Ah, e muito obrigada por interagirem com os quizzes de aniversário de Croack!!! Hihihi Vou deixar a playlist nos comentários desse parágrafo caso você queira ouvir!

Boa leitura, anjos!!! #OsGirininhos

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Observei — hipnotizado de amor como sempre — o híbrido de sapo sentado ao meu lado pegar um pedaço enorme de bolo de banana e colocar no prato. Apesar de tudo, aquele não era o bolo de banana que garantia sua volta à nossa casa, e sim um novo que eu tinha feito depois, já que tinham se passado três dias daquela doideira toda. Talvez a gente comesse muito bolo de banana... Espero que Namjoon nunca dê uma de nutricionista pra cima da gente.

E nossa, o dia da operação... Tanta coisa aconteceu naquele dia que eu fico todo confuso até de lembrar. Como se a operação não fosse o suficiente, muita coisa aconteceu depois de quando eu parei de contar da última vez. É que falar tudo de uma vez parecia meio difícil e tomei um tempo pra mim, desculpa.

Quando Hoseok chegou junto com Yoongi a multidão já tinha se dispersado e as cores laranja e rosa que pintavam o céu entre a fuligem já escureciam para poder receber a noite. Yoongi quase desmaiou quando viu a Daisy, apesar do Hoseok ter tentado explicar que estava tudo certo de antemão.

E foi uma cena estranha, de partir o coração, mesmo com toda a esperança que ela carregava junto. Assim que viu sua guardiã, Yoongi perdeu as forças nas pernas e caiu no chão, encolhido e chorando copiosamente; ninguém nunca tinha visto ele assim.

Daisy aproximou-se dele, agachando e acariciando os cabelos negros e agora opacos, o olhar preocupado e triste ao ver a fragilidade tanto física quanto emocional do outro. Yoongi abraçou as pernas dela em um impulso, murmurando desculpas sentidas entre seu choro alto. Jimin, que estava ao meu lado, segurou meu braço de leve, como se ver aquela cena fosse difícil. Era difícil porque ele ainda era apaixonado por Yoongi ou porque toda aquela cena era triste? Ou os dois? Eu não sabia.

A compositora conseguiu fazer com que o híbrido soltasse suas pernas, sentando-se no meio-fio da calçada e puxando-o para um abraço. Yoongi aceitou, acomodando-se no colo dela como se fosse um filhote, os braços abraçando com força o pescoço da mulher, como se tivesse medo de que ela pudesse ser tirada de si de novo. Escondeu o rosto choroso no ombro dela, afundando-se nos cabelos crespos de sua guardiã. Nos afastamos um pouco da cena para dar privacidade enquanto Daisy murmurava algumas músicas, ninando o híbrido de cobra e acariciando suas costas extremamente magras.

E a popularidade de Daisy não parou por aí. Quando Yoongi já estava encaminhado para uma breve consulta com a Dra. Sunhee, uma mulher invadiu a área isolada da operação gritando seu nome e fugindo com agilidade dos agentes do Jin antes que estes pudessem perceber sua invasão.

— Eu sou jornalista! — Ela falou ao chegar perto de nós, como se aquilo justificasse seu talento um pouco estranho de entrar em lugares que não deveria ao se aproximar da gente. Muitas pessoas trataram ela com naturalidade e eu sentia que ela parecia familiar, então tentei não achar aquilo muito estranho.

— O que você está fazendo aqui, noona? — Hoseok exclamou surpreso enquanto a mulher ria da sua cara e olhava satisfeita os agentes que se aproximavam recuarem ao perceber que ela era conhecida do grupo lá.

— Depende... Posso estar aqui cobrindo uma matéria exclusiva... Mas se vocês tiverem proibido a imprensa, vim ver minha melhor amiga, meu irmãozinho, meus conhecidos da HybridPeace... Diria que os dois.

— Sua melhor amiga, é? — Daisy se aproximou da outra, as mãos apoiadas nos quadris e um leve sorriso nos lábios apesar da expressão e do tom de voz provocador. — Nem notou que eu tinha sido sequestrada.

— Notei sim! — A outra, que finalmente percebi ser a irmã do Hoseok, Dawon, reclamou se defendendo. — Meu dongsaeng que disse para eu não me meter nisso.

— Você não sabe guardar segredos... — Ele se justificou, mas pareceu se arrepender das palavras logo depois. — É que era uma operação bem restrita! O investigador Jin falou para eu não...

— Você também não sabe guardar segredos! — Dawon cortou e, bem, aquilo não chegava a ser uma mentira. O dia que Hoseok ajudou a jogar toda a merda entre Yoongi e Jimin no ventilador era inesquecível. — Pelo menos esse é o meu trabalho, trazer a verdade à nação! Você é só um talarico mesmo.

A briga entre irmãos foi interrompida quando Daisy abraçou Dawon com força, sendo correspondida prontamente. Os olhos da jornalista lacrimejaram e refleti de novo que eu não sabia nada sobre ninguém mesmo, quem diria que as duas seriam tão amigas? Será que eu tinha deixado alguma coisa passar? Queria ser menos perdido.

— Você está bem? — Perguntou Dawon, olhando a inglesa de baixo a cima, como se procurasse algo de errado, Daisy assentiu com a cabeça. — Tenho muito orgulho de você, uma mulher incrível.

— Ser sequestrada? Ah, besteira. — Brincou a outra, fingindo que não foi nada. Eu, sinceramente, ainda tinha dificuldades de processar o quão durona Daisy era, todo mundo tava ainda meio entorpecido de medo por causa de tudo e ela lá, plena, acalmando o Yoongi, a gente...

— Ridícula... — Dawon revirou os olhos dramaticamente, reprovando a fala da amiga e encarando-a demoradamente. Daisy titubeou sob o olhar da melhor amiga e sua boca tremeu um pouco. Tentou conter, mas logo sua expressão se desmanchou em uma agonia tristonha e os olhos subitamente marejados refletiram uma dor que só quem passou o temor de não saber o que seria do seu futuro tem.

Dawon abraçou Daisy antes que ela começasse a chorar de vez, apoiando o rosto da amiga em seu próprio ombro para ajudar ela a manter a pose firme que precisava demonstrar ao seu híbrido, aos seus amigos. A jornalista balançou a mão, indicando que a gente se afastasse por um momento até a compositora em seus braços conseguir se recompor.

Talvez, no final, Daisy não fosse forte daquele jeito porque queria, mas mais porque precisava. Me senti triste ao pensar nisso, não era bom guardar tanta coisa que nem a mulher fez, mas de certa forma eu entendia porque, no final das contas, ela tinha que lidar com um emocional ainda mais frágil, que era o de Yoongi.

Daisy se recuperou rápido até, e as duas mulheres voltaram pra nossa rodinha de conversa uns cinco minutos depois. Tinha a parte ao redor dos olhos um pouco úmida, e as bochechas um pouco coradas, mas tirando isso, nunca diria que ela chorou. Dawon, ao seu lado, abriu um sorriso largo e malicioso.

— Ah, que eu vou fazer a filha da puta da HybridTech pagar, nossa, vou até pegar o dicionário físico edição de colecionador que mamãe me deu quando eu me formei pra escolher as palavras certinhas para enfiar no cu deles em grande estilo.

— Vemos aí o palavreado digno de uma grande jornalista... — Hoseok alfinetou e eu observei curioso. Ele falava tão bem da irmã dele que eu não esperava que a interação dos dois fosse tão cheia de sarcasmo assim.

— Ai, Seok, vamos jogar um joguinho? Você cala a boca, se falar alguma coisa perde — retrucou sem paciência.

E quem diria que aquela frase poética seria uma das últimas trocadas naquele dia? Jin apareceu pouco depois com uma cara de revoltado, reclamando da nossa bagunça e mandou todo mundo pra casa descansar.

— Fiquem quietos, certo? O processo burocrático e judicial envolvendo isso tudo vai ser horrível... Quero nem ver. Tenham paciência com o desfecho — falou sério e todos assentiram já que Jin investigador era muito respeitável. Ele pareceu perceber o clima tenso e fez uma caretinha manhosa. — Oh, Deus! Já pensaram que eu não vou poder mais trabalhar com vocês? Agora que vocês já sabem que sou um investigador não vou poder investigar nada.

— Se eu não te vir à toa lá no sofá da HP pelo menos duas vezes por semana vou até o governo reclamar, quero nem saber — brincou Namjoon e todos concordaram. Sorri um pouco, porque até aquele momento, Jin e Namjoon estavam um pouco tensos um com o outro por causa do esporro que o investigador deu no médico quando ele surtou no meio da operação.

Tudo bem que o Jin avisou que a gente ia ter que dar depoimento na delegacia e participar de uns processos que eu não entendi outra hora, mas nossa... Mesmo assim pareceu tão estranho ir para casa, como se nada tivesse acontecido. Não que fosse ruim porque estávamos só o pó depois de tudo, mas era estranho, apenas a escolta recebida de alguns agentes servindo de lembrete da loucura que vivíamos.

Mas ao me despedir de um Namjoon motivado a achar melhores tratamentos pros híbridos, de um Yoongi choroso, mas encolhido confortavelmente entre os braços de sua guardiã, que tagarelava com a jornalista e o irmão dela, vendo Juan buscar confuso Taehyung, que tinha passado os últimos minutos com o híbrido de sapo que iria comer um bolo de banana comigo, eu achei me senti bem. Tive a esperança de que estava tudo certo.

— Será que o Namjoon hyung sabe como estão todos os trâmites? — Jimin martigava o bolo de banana, reflexivo. Parecia que a comida unia todas as cenas na minha cabeça, desculpa a confusão, ando me perdendo muito.

— Espero que sim... A mídia já está bem barulhenta... — respondi no mesmo tom pensativo.

A verdade, é que eu achava que tudo estava certo, mas não era muito bem assim. Por algum motivo minhas conversas com o híbrido estavam superficiais e estranhas, muito contrastantes com nossas aleatoriedades espontâneas tão comuns antigamente. E eu sentia muita falta daquilo.

Não acho que seja algo relacionado à queda da indústria de híbridos porque na verdade aquela era a melhor parte de todas. Ver como cada notícia quebrava cada um dos pilares que sustentava aqueles lugares era satisfatório para caralho, eu queria ver tudo desmoronar, literalmente. Quando derrubassem o prédio eu estaria comendo pipoca na primeira fileira.

Jimin aparentemente estava se recuperando bem de ter se infiltrado na HT. De acordo com a Dra. Sunhee, é como se ele tivesse se dissociado daquilo. Eu não entendi muito bem, porém queria acreditar com todas as minhas forças porque me deixava aliviado. Não ao ponto de deixar o Jimin faltar às consultas por pura preguiça, claro, mas ele não precisou tomar nenhum tipo de ansiolítico a mais ou qualquer coisa do tipo. Mentira, às vezes ele precisava tomar alguns remédios para dormir, mas... Eu realmente acreditava que ele estava se recuperando bem.

Acho que o maior problema é que a gente não sabia continuar o que tínhamos começado... Os beijos, os toques, toda aquela paixão. Eu sentia muita, muita falta de receber tudo aquilo de Jimin e mais ainda de poder externar. A possibilidade de Jimin ter percebido depois de tudo aquilo que ainda gostava do Yoongi parecia mais e mais real para mim.

E eu estava muito triste com aquilo... Não por não ser correspondido exatamente porque infelizmente uma pequena parte de mim ainda não tinha conseguido acreditar em tudo aquilo. Eu estava muito triste era com o silêncio do Jimin... Se aquele fosse o caso, talvez ele estivesse desconfortável demais de contar para mim, afinal, a gente querendo ou não compartilhava uma vida.

Eu tinha muito medo de virar uma prisão pro Jimin... Mas ao mesmo tempo, eu me engasgava de insegurança e não conseguia conversar para ele que estaria tudo certo se fosse caso. Deus, e se eu estivesse pensando demais? E se Jimin não quisesse tantos toques assim por estar se recuperando daquela operação toda? Sei lá... Acho que sou apenas egoísta mesmo.

Eu tinha que me contentar em permitir que Jimin vivesse sua verdadeira felicidade com o Yoongi, ou com outra pessoa, ou talvez até com ele mesmo... E melhor ainda, em um mundo em que a HT não era mais uma ameaça. Eu tinha que me sentir muito feliz, e não aquele vazio em meu peito.

Só para ter certeza, vasculhei o vazio no meu peito uma última vez, que nem o meu amado sapinho tinha me ensinado a fazer, e era Jimin que faltava lá. Mas não era como se eu pudesse fazer algo, talvez eu realmente não fosse correspondido e coisas assim aconteciam.

Quando fomos à HP, o clima no carro estava meio estranho e fiquei chateado de novo com aquilo. Queria ouvir Jimin tagarelar sobre coisas aleatórias, refletir sobre o clima, reclamar de saudades da nossa viagem e do lago lindo. Mas foi quieto, não conseguimos falar nada, tensos, até eu deixar ele com Taehyung na sala de espera do consultório do Namjoon e ir trabalhar.

No meio do caminho para a Comunicação, dei de cara com Yoongi e Hoseok, em choque. Eu sabia que eles até que eram próximos, mas putz... Estavam bem próximos mesmo. Hoseok deveria ser até eleito como guardião honorário do Yoongi.

Yoongi estava em frangalhos, completamente. Ele não tinha se recuperado ainda de tudo que tinha acontecido, mas como seria diferente? Ele tinha sido utilizado de agente duplo pelos seus próprios pais, que transformaram ele em um mero experimento científico, teve que suportar a dor de ter sua guardiã sequestrada, ficando completamente sozinho, era muita coisa mesmo. E agora ele não precisava mais esconder.

Hoseok estava sentado em um dos sofás que ficavam na frente do consultório do Dr. Chungho, abraçando um Yoongi inconsolável. O híbrido de cobra enlaçava sua cintura, o rosto enterrado na barriga do outro e o corpo encolhido no colo, que nem uma criancinha, chorando sem parar. Acho que com seu estado emocional, ele realmente era quase uma criança.

Era estranho ver Yoongi, o híbrido que tinha aquele jeitinho quieto, sarcástico e até mesmo adulto, chorando daquele jeito. Tudo o que ele construíra de sua personalidade até então tinha sido massacrado pelo assédio psicológico que sofreu e era como se tivesse voltado à estaca zero.

— Esperando a consulta? — perguntei, me sentando junto com eles e acariciando as costas ainda magras do híbrido de cobra, meu coração doeu ao sentir as costelas aparentes e os soluços sofridos.

— Acabamos de sair... — Hoseok falou pesarosamente, afagando os cabelos negros do outro, como se nunca tivesse nutrido medo por ele na vida.

A verdade é que Hoseok teve que tomar total controle dos cuidados do híbrido de cobra. Pelo que ele tinha explicado pra gente no nosso grupo, Yoongi ficava muito mal ao ver Daisy ainda e só encontrava ela aos poucos nas consultas psicológicas e psiquiátricas. Ele estava se culpando demais.

— Eu não deveria estar aqui... Eu traí vocês... — Yoongi murmurou baixinho, a voz quebrada pelo choro. — A Daisy me odeia... Ela nunca mais vai querer olhar para mim...

— Claro que não, Yoongi hyung... Você não teve culpa de nada, lembra? Você nunca nos traiu, você não tinha opção... — Hoseok murmurou provavelmente pela milésima vez para o outro, acariciando suas costas. — Daisy te ama muito, ok? Logo logo toda a dor vai passar e você vai morar com ela de volta...

— Ela me odeia... Ela disse que não podia corresponder meus sentimentos... Ela não quer me ver nunca mais.

Putz... As peças terminaram de se encaixar e elas, por sua vez, apenas representavam mais um coração partido. Aquilo era tão triste. Então Yoongi gostava de Daisy...

Hoseok fez uma careta estranha e corou um pouco com aquilo. Aquilo me deixou desconfiado, ia chamar ele para conversar depois... Aquilo era realmente estranho, mas o foco era Yoongi. Eu me sentia realmente mal por tudo que ele foi obrigado a fazer e passar.

— Isso não quer dizer que ela te odeia, Yoongi hyung... — Hoseok continuou consolando-o. — Há vários tipos de sentimentos, sabe? E ela te ama, só que de um jeito diferente.

— O que é amor, afinal de contas? — Yoongi choramingou novamente, completamente derrotado e perdido.

— É uma coisa boa... — Hoseok murmurou para ele. — Uma coisa boa que aparece pra gente de várias formas. Quando doer menos aí dentro do seu peito você vai conseguir enxergar seu próprio amor, tudo bem? Na verdade, você pode encontrar até mesmo mais de um.

— Você jura? Você promete pra mim? — questionou ressentido o híbrido de cobra, levantando a cabeça para encarar o outro nos olhos. Eu admirei muito Hoseok porque eu só conseguia ficar quieto e alisar as costas do híbrido de cobra naquele momento.

— Prometo, hyung. Se dê um tempo. — Hoseok respondeu e, por algum motivo, parte da agonia que o híbrido de cobra carregava pareceu desvanecer e ele voltou a apoiar a cabeça na barriga do outro e a chorar baixinho. Ainda era um choro, mas parecia carregar menos preocupações que soavam completamente confusas na cabeça inexperiente do híbrido de cobra.

E Yoongi, no final... Realmente não gostava do Jimin. E tudo fez sentido, até mesmo o jeito que ele gaguejou ao falar que não gostava de ninguém, porque ele gostava da Daisy... Putz, tantos corações partidos... Eu não me sentia feliz com aquilo, na verdade, me sentia até mais triste porque eu sabia que mesmo se Jimin realmente gostasse do Yoongi não ia dar certo. Eu só queria que algo desse certo. Tudo parecia estar indo pro lado errado.

— Que tal a gente lavar esse seu rosto e ir comer alguma coisa, hein? — Hoseok sugeriu depois que o choro do híbrido pareceu melhorar depois de alguns minutos.

— Kimbap — respondeu ele, o que provavelmente era um jeito de concordar e Hoseok riu alto, como se espantasse tudo que tinha de negativo ao nosso redor.

Me afastei para que Yoongi pudesse se levantar, Hoseok o fazendo logo depois, olhando com uma cara divertida pra sua camisa completamente molhada de lágrimas, meleca e talvez um pouquinho de baba. Bom era que ele sempre tinha uma camisa extra de uniforme para poder panfletar as coisas da HP por aí. Riu ainda mais ao perceber meu olhar fixado na lambança do Yoongi.

— Não vai me dar um abraço de despedida não, Kook? — chamou-me pelo apelido e acabei sorrindo, enfiando-me entre seus braços abertos mesmo sabendo que o objetivo dele era me sujar também. — Deus, você é carente mesmo, hein?

— Cala a boca, Hoseok hyung — reclamei antes de me desvencilhar do abraço. Acho que eu gostava de dar abraços apesar de toda a vergonha.

— Sua vez de dar um abraço no Kook, hyung... — Hoseok chamou a atenção do híbrido de cobra que nos olhava um pouco perdido em pensamentos. Era meio estranha a forma que o outro parecia ser tratado que nem uma criança, mas imagino que acabava ficando mais fácil interagir com ele desse jeito no momento.

Sem nem reclamar, Yoongi obedeceu, enlaçando os braços fininhos na minha cintura e apoiando o rosto no meu peito, parecendo prestes a chorar de novo. Retribuí, só conseguindo torcer para que ele recuperasse seu peso normal logo ao sentir as costelas tão aparentes contra meus dedos, como sempre.

— Aproveita e limpa sua cara nele pra gente ter que limpar menos no banheiro... — Hoseok provocou, mas o híbrido, um pouco distante de si, realmente o fez, deixando um rastro de meleca na minha camisa. O causador de tudo aquilo, ao perceber o que tinha feito, começou a gargalhar alto. — Você é o melhor, hyung!

Queria falar pro Yoongi não ouvir tudo o que Hoseok falava, mas acho que naquela altura do campeonato só confundiria mais o pobre híbrido e acabei aceitando tudo, derrotado. Yoongi se afastou aos poucos de mim, encarando sua sujeira em mim com o olhar perdido em pensamentos, aquilo pareceria até poético se não fosse ridículo.

— Tchau, Kook... — repetiu o apelido que Hoseok estava usando pra mim e fiquei todo agitado por dentro com aquilo, mesmo sabendo que estava só seguindo os passos que o outro marcou para ele. Balançou a mão com um tchauzinho, todo fofo, antes de segurar a do Hoseok para ir ao banheiro.

Interrupção terminada, voltei a andar em direção à Comunicação, meu objetivo inicial, afinal. Vocês devem realmente me achar um vagabundo que não trabalha, mas é só porque eu não conto quando faço isso porque sei lá... Tédio né. O que é uma narração de fazer arte quando vocês leram o Jimin metendo o socão nos cuzões da HT? Putz, o Jimin é tão forte... Amo tanto ele...

— Ai! — reclamei ao sentir um tapão na minha nuca. Do nada! Virei para trás revoltado, encontrando Yongsun com a mão levantada, pronta para me dar outro sarrafo.

— Quem você acha que é, Jungkook? Se metendo em coisas arriscadas, sumindo por 3 dias, não respondendo mensagem de ninguém... A gente quase morreu vendo o noticiário! Por isso você tava todo estranho e... — começou a despejar palavras em mim, que ainda estava confuso com o tapa, pouco acostumado com aquilo. Ela parou pra respirar, mas isso não impediu que me desse outro golpe, dessa vez em meu peito. — Sabe o quanto a gente se preocupou? Tudo estava censurado, mas a gente sabia que era o Jimin, Deus... Você escondeu coisa demais da gente! Não acredito que eu tive que encher o saco do Namjoon pra entender o que estava acontecendo. Até o Juan estava alienado sobre isso! Aliás, Juan e a Yerim vão arrancar a sua cabeça no próximo encontro. Desgraçado inconsequente!

— Desculpa, noona, a gente não podia falar. — Levantei as mãos para tentar me proteger. Yongsun era tão animada que ver ela revoltada daquele jeito era estranho.

— Que ranho é esse na sua camisa? — Ela encarou com nojo a mão que deu o tapa em meu peito, justamente onde o Yoongi tinha melecado tudo. Acabei rindo da situação, tão ridículo...

— Ranho do Yoongi — expliquei e ela pareceu aceitar bem, dando de ombros e pegando um lenço umedecido na sua bolsa e limpando a mão. Achei a mulher bem preparada pras interpéries da vida.

— Ah, ranho de híbrido eu aceito. Me lembra a Sooyoung — respondeu simplesmente e aquilo soou mais engraçado do que deveria, acabando por me fazer dar uma risada. A mulher passou o lenço na minha camisa, tentando tirar pelo menos o excesso de meleca antes de jogá-lo fora e cruzar os braços me olhando. — Não é para você rir, não, Jungkook. A gente ainda tá puto com você.

— A gente?

— É, a Comunicação inteira. Se você entrar na sala duvido muito você sair vivo.

— O que eu fiz?

— Preocupou a gente otário! Ai, quantas vezes eu tenho que repetir para entrar na sua cabeça, seu sonso? Não acredito que fiquei preocupada com um sonso que nem você, seu sonso! — repetiu as palavras revoltada e eu fiquei um pouco em choque, ainda sem acreditar que o pessoal da comunicação sentiu tanta falta minha. Na verdade... Eles até que tinham mandado mensagem e tentado me ligar, mas eu acabei não olhando porque estava me sentindo um pouco sobrecarregado com tudo. Mas mesmo assim...

— Desculpa... — Pedi, porém me sentindo quentinho por dentro ao perceber ser tratado tão bem pelos meus colegas de trabalho. Yongsun respirou fundo, revirando os olhos impaciente antes de me puxar para um abraço.

Nossa, eu estava recebendo tantos abraços hoje.

— Fico feliz que esteja bem, fica faltando um sonso na Comunicação sem você — falou baixinho, mas sem deixar de me alfinetar também. Me senti mal por preocupar eles, mas me senti tão bem no abraço da mulher.

— Desculpa...

— Não peça... Mas pode ser menos sonso também.

— Putz, noona, você gostou mesmo dessa palavra.

— Não espere mais que eu te chame por qualquer coisa além dela agora, meu sonsinho favorito. Vem, vamos pra comunicação. — Soltou do abraço para me puxar pelo braço até a nossa sala.

Achei engraçado o tanto de coincidências que o dia teve. Encontrei Hoseok e o Yoongi, aí logo depois apareceu a Yongsun noona... Parece até acontecimentos de uma história que preste de verdade, cheio de interações novas a cada momento. Era tão engraçado ver pessoas aparecendo do nada na minha frente.

Por algum motivo, dois agentes do Jin, sem uniforme, também cruzaram minha frente no corredor, me cumprimentando discretamente. Acenei de volta, ainda mais confuso com aquele tanto de aparecimentos no prédio que antes parecia tão vazio.

Refleti, pensando que talvez a ONG sempre tivesse sido movimentada, e eu que não prestava atenção nas pessoas por não conhecer elas direito e ficar fugindo de qualquer aproximação. Sorri ao perceber que os corredores cheios e as conversas divertidas vieram de encarar meu medo junto com Jimin. Me senti tão bem, tão grato. Acho que eu gostava daquele conceito de cheio, não era sufocante como parecia.

Talvez por ser cheio de pessoas importantes.

— Olha o sonso que eu achei perdido aqui no corredor! — Yongsun berrou ao abrir a porta da Comunicação, e achei que iria morrer de vergonha quando a sala inteira começou a gritar numa mistura de torcida animada e vaias.

Hyejin, a maior vaiadora, foi a primeira a se aproximar de mim e me xingar todo assim como sua amiga. Não sabia que elas eram tão talentosas com palavrões, de verdade.

Depois de aparentemente esgotar todo seu vocabulário de impropérios, ela parou e respirou fundo, me encarando profundamente. Abriu um pequeno sorriso e me abraçou tão forte e tão repentinamente que eu fiquei sem o que fazer, um pouco envergonhado.

— Ai, Jungkook, sinceramente... Não faça isso com meu coração de novo, tá? — pediu e eu assenti, tímido, mas com o coração vibrando de tanta felicidade.

Nos últimos dias eu estava com muito medo das pessoas se afastarem de mim, ainda mais com meu sumiço, mas sentir o calor delas me recepcionando... Nunca tinha sentido tanto que a Comunicação realmente era o meu lugar. Um sorriso não saía do meu rosto, de verdade, porque eu era bobo, mas ao mesmo tempo a vermelhidão que chegava até mesmo às minhas orelhas indicava o quão agitado eu me encontrava.

Praticamente a sala inteira veio conversar comigo, alguns brigando, outros fazendo piadinhas, outros achando incrível toda a operação. Eu tive que dar uma breve explicação de como tudo aconteceu, obviamente explicando que o Jimin era o grande heróizinho de todos. Ficaram pasmos com a coragem do híbrido, mas acabei só sorrindo, porque eu sabia que realmente isso era algo que não faltava no sapinho. Jimin era minha inspiração.

Logo Yongsun espantou todo mundo, brigando comigo porque eu tinha vários dias de trabalho acumulado depois do meu sumiço e corei, porque era verdade. Apesar de saber que ela estava fazendo isso para que eu tivesse um respiro naquele tanto de interação social, saí correndo para minha mesa adiantar algumas artes.

Acho que nunca tive tanta satisfação na vida com as minhas demandas quanto daquela vez... Yongsun me passou várias peças da campanha de exposição à HT que estava à frente, e pensar na forma mais bonita e devastadora de desbancar aquela empresa... Ah, acho que todos meus anos de estudo para ser um designer se pagaram naquele momento.

Sei lá... Confesso que doía um pouco mexer com aquele conteúdo, porque me fazia lembrar de coisas ruins, mas... Mas eu queria. E eu sentia o mesmo vindo de Yongsun, que tinha passado para mim até algumas demandas explicando sobre como identificar assédio sexual, estupro e violência doméstica.

Conversando com o pessoal, descobri que as métricas das nossas redes sociais aumentaram vertiginosamente, de verdade. A galera quase não estava conseguindo dar conta de tudo que precisava fazer. O que mais mexeu comigo foi ver o número de cliques nos links de redirecionamento que nossos posts tinham para canais de denúncia de violência e abuso aos híbridos. Ali eram só números, mas não havia nem como mensurar o que aquilo significava sobre toda a nova mentalidade que a sociedade tinha começado a reestruturar sobre seu dia a dia.

Fiquei tão pilhado que passei 3 horas sentado na frente do computador sem me mover. Desenvolvi um novo layout específico para os posts de denúncia, mais sérios e pesados do que o nosso azul e amarelo chamativos de sempre. Com o novo layout, fiz cinco tipos de postagem também, replicando estas para os formatos das diferentes redes sociais de acordo com as nossas Branding Personas.

DongYul sentou ao meu lado para já ir preparando o texto que iria acompanhar, de forma que ficasse bem completo. Como eram postagens em sua maioria explicativas, para que o público tivesse conhecimento de como reconhecer cada tipo de violência a fim de denunciar, o equilíbrio entre o texto das imagens e da postagem eram essenciais. Putz... Era realmente uma loucura finalmente estar fazendo aquele tipo de arte. Eu iria fazer todo mundo enxergar Jimin, enxergar os híbridos, assim como eu tinha prometido ao meu sapinho.

Era o início de uma nova era.

Sinceramente, eu estava tão motivado que eu passaria o dia inteiro ali, mas minha bexiga não acompanhava o mesmo ritmo no meu cérebro, que pulava de uma ideia até outra para executar tudo que Yongsun planejou. Levantei, então, para ir ao banheiro, minhas costas reclamando um pouco com a movimentação.

Me espreguicei de leve, ouvindo uns estalos vindo da minha coluna que quase me assustaram. Bem, talvez eu devesse me alongar com um pouco mais de frequência. Será que Jimin sabia de alongamento por causa de Krav Magá? Ai, eu não fazia a mínima ideia e ai, eu não conseguia parar de pensar nele.

Assim que abri a porta da Comunicação para sair de lá, encontrei... Jimin. Por um momento achei que era uma alucinação vinda da minha cabeça de apaixonado que enxergava ele em todos os lugares e não conseguia esquecer os olhinhos amarelos brilhantes. Mas ele parecia bem real.

Jimin tomou um susto e corou, acho que ninguém esperava por aquela coincidência. Sorri para ele, porque não importava o quão estranhos ficássemos, ele ainda me deixava tão feliz que dóia e o híbrido correspondeu, dando um sorriso tímido.

Apertando os lábios um contra o outro, Jimin segurou minha mão, meio hesitante. Me olhou nervosamente e comecei a ficar nervoso também. Putz, alguma coisa tinha dado errado? Pelo amor de Deus, Jimin merecia algum momento de paz, eu estava pronto pra brigar com qualquer pessoa que tivesse deixado ele apreensivo assim, de verdade!

— Jungkookie... Precisamos conversar. Eu e você.

»»❤««

CHEGOU A HORA DA DR, MEU PAI!! TENSAH, O QUE O JIMINHO VAI FALAR?

Qual foi a parte favorita de vocês? A minha foi o JK percebendo que a HP parece cheia e animada pra ele porque ele fez amizades preciosas, sofro com o boiolinha introvertido, sacoooo.

Espero que tenham gostado!!! Como sempre, votem, comentem e me chamem lá no twitter @callmeikus e eu sempre estou na tag! #OsGirininhos

Bem, Croack finalmente está chegando ao seu final, só faltam dois capítulos :(( Como a postagem semanal era pra comemorar o mês de aniversário, vou voltar a postar sábado sim e sábado não, tudo bem? Me sinto até um pouco aliviada porque não sei se estou pronta pra dizer tchau kkkk foda meu pai

Enfim, beijinhos de luz até dia 11 de julho, meus girininhos!


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