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#3. COWARDS GO SHUSH!

Oi, genteeeeee 💜💜💜 mais um sábado, mais um capítulo!
Muito muito muito obrigada mesmo por todo mundo que lê, que comenta e é um docinho comigo, vocês são incríveis e me fazem muito feliz, afe 💜 tô amando demais ver as teorias das conspiração sobre o JK shauhauahaua
Boa leitura!

-x-

Sinceramente, eu não sei o que escrever aqui. É tipo quando você começa a morar sozinho e seus pais querem ligar pra saber de notícias suas, mas você não sabe o que dizer porque não tem nada de diferente acontecendo. Na moral, não tenho nada pra dizer pra vocês.

Como sempre, os dias se passaram, arrastados. Acho que na verdade foram meses até, eu não tenho uma noção muito boa de tempo. Eu devia colocar umas datas escrevendo isso aqui, tipo um diário. Mas não teve nada de diferente ou de importante pra contar, de verdade.

Minha química com Jimin continuou daquele jeito: inexistente. Eu falei tão pouco com ele que só devo ter usado o "hyung" como ele havia pedido umas 3 vezes. Também fiquei especialmente ocupado idealizando uma campanha de divulgação do nosso novo evento, voltado principalmente para conseguir doações e alojamentos pros híbridos, me deixando ainda mais distante de todos.

Eu tava conversando pouco até com Namjoon. No máximo Jin aparecia na sala em que eu trabalhava para dar pitacos que eu não pedia e comia algum biscoito que eu havia trazido de casa e dado mole de deixar abandonado por lá.

Ah, mentira, até que eu via Hoseok bem frequentemente também. Afinal, ele era o principal responsável por executar a nossa divulgação em meios externos e físicos. Basicamente é um jeito bonito de dizer que ele panfletava.

É, acho que é isso. Mal vi os outros híbridos que conhecia também, passei um bom tempo trancafiado na minha sala e, mesmo se eu voltava pra casa, era pra ficar trabalhando. Famosos males de ter um trabalho que dá pra se fazer de literalmente qualquer lugar.

Acho que Jimin aproveitou a minha ocupação pra dar uma fugida de mim. Mais de uma vez ele pediu permissão pra ir passar a tarde na casa de Taehyung, Yoongi e até mesmo Jin (não sabia que ele tinha casa, visto seu amor pelo sofá da HP). Me senti tipo um pai dando permissão pro filho ir brincar. Foi bem estranho. Mas, ao mesmo tempo, era algo a menos pra eu me preocupar. E essa sensação deve ser a tipo dos pais com filho encapetado deixando a criança na creche.

Bem, mais alguma coisa aconteceu? Acho que não. Eu até que falei bastante coisa, mas você devem ter percebido que não aconteceu nada de diferente ou excepcional.

Mas aí vocês perguntam: se nada de interessante está acontecendo, por que você voltou a nos escrever?

Vocês são muito sagazes mesmo! Voltei a escrever porque amanhã é o evento que eu divulguei e eu tô louco pra ficar exibindo e observando minhas conquistas de perto. Ah, fala sério, eu mereço um momento de pouca humildade. As inscrições para estandes no evento inclusive lotaram. Eu tô muito orgulhoso de mim. Até porque eu tenho que ficar se não ninguém mais fica.

Inclusive, eu tô deitado pra ir dormir, mas eu simplesmente não consigo pegar no sono de tão animado que eu tô. A decoração também ficou linda, do jeito que eu queria, apesar de eu só ter visto através das fotos tiradas pela equipe de eventos. Ai, eu com certeza ia morrer indo ao vivo.

Mas enfim, vocês devem estar cansados de me ouvir falando aleatoriamente do evento lá, e é por isso que vou parar por aqui. Aí acho que eu só volto depois do evento. Partiu tentar dormir.

Como que pula pro dia seguinte de uma maneira menos brusca? Ah, já é dia seguinte. E, por incrível que pareça, Jimin resolveu ir ao evento comigo, mas acho que tem algo a ver com Taehyung estar indo também.

É, claramente a motivação de Jimin era Taehyung, com o qual se encontrou no evento. O híbrido estava acompanhado por um humano moreno e ocidental. Provavelmente o guardião dele, mas eu não sabia muito bem.

Bem, obviamente não impedi Jimin de se reunir com o amigo dele. Que bem eu faria com isso? E decidi passear pelo evento que, para a minha felicidade, fervilhava de pessoas.

Sempre que eu via alguém curtir alguma publicação, seguir nossas redes sociais ou qualquer coisa me dava um calor no meu coração. Era como se eu estivesse vendo um contador de apoiadores da causa crescendo e, respectivamente, o número de pessoas a favor das indústrias de híbridos diminuindo. Eu gostava de saber que mensagens estavam sendo passadas. E aquele evento, em especial, me atingiu mais do que o normal. Sei lá, acho que ver as pessoas ali, presentes em carne e osso, era diferente.

Eu sou muito confuso, e divago muito. Acho que vocês já perceberam. Me desculpem.

A arte teve que ser feita juntamente com a galera de infraestrutura e experiência, que cuidava dos eventos, obviamente. E os estímulos passados naquele evento eram justamente sobre pavimentar o caminho prum futuro melhor.

A maior representação disso eram os pequenos tijolinhos coloridos que os visitantes recebiam ao conversar nos estandes, participar dos workshops liderados pelos psicólogos da HP ou das palestras que expunham o ainda pouco que a gente sabia dos maus tratos que nossos híbridos sofriam nas mãos das indústrias.

Na saída do evento, havia um pedaço de terra completamente revirada, onde os visitantes podiam colocar, um a um, os tijolinhos, que formavam um caminho colorido e alegre até o banner principal do evento. A arte do banner era minha, e exibia suntuosamente um coração que originalmente era branco, mas que estava colorido pelas mensagens em canetinha de nossos híbridos contando o que era o futuro ideal para eles. Eu chorei muito quando li as mensagens a primeira vez que eu vi e mesmo agora, pela segunda vez, eu sentia minhas lágrimas aflorarem novamente.

Sei lá. É que ver o tamanho da esperança de pessoas que tiveram um passado tão pesado, tão difícil era até mesmo vergonhoso. Eu não passei por nada de realmente difícil e, mesmo assim, sentia um certo desânimo com as coisas, com a vida. Me fazia refletir privilégios.

Me afastei do banner, aquilo estava começando a ficar difícil demais e me sentei no primeiro banquinho que eu vi. Comecei a observar o fluxo de visitantes. Não gostava de lugares cheios, mas aquele cheio era bom. Casais, de diferentes gêneros e cores, carregavam em suas mãos os panfletos com principais instruções e etapas do alojamento de híbrido. Alguns discutiam animados, outros mais reservadamente. A maioria tinha um brilho terno no olho. E aquilo era bom.

Será que se eu contasse pros meus pais que eu fiz um evento daqueles acontecer, eles ficariam felizes? Orgulhosos, talvez. Acho que eu estava satisfeito sobre aquilo, apesar de alguma peça não encaixar.

Me levantei do banquinho e comecei a vagar por aí, sem saber muito o que fazer. Acabei indo em um dos workshops da psicóloga que eu ia sempre, onde ensinava mais sobre comunicação não agressiva. Sentei lá, apesar de ter ficado meio distraído, afinal, eu já tinha visto todos aqueles workshops.

Me sentindo deslocado por ser o único que não anotava tudo atentamente no meu bloco de notas holográfico, saí dali discretamente. Fui atrás de um banheiro. Eu costumava a ir em banheiros quando não sabia pra onde ir.

No meio do caminho, porém, reencontrei Taehyung e Jimin, que tomavam sorvete sozinhos em uma barraquinha que tinha ali. Algumas pessoas os olhavam com curiosidade, apesar do evento ser sobre híbridos, havia pouquíssimos híbridos ali e todos que vinham eram para desfrutar o evento como visitantes, não como parte dele. Não eram animais em exposição como em zoológicos.

Eu acenei pros dois, que me enxergaram e acenaram de volta. Mais por educação do que por qualquer outra coisa. Jimin falou algo com Taehyung, o híbrido de galinha assentiu com a cabeça e deu um abraço no amigo antes de ir embora. Jimin se levantou e veio até a mim.

- Oi. - Disse, meio estranho.

- Oi. - Respondi, meio estranho.

Sem sabermos muito bem o que fazer na presença um do outro, começamos a caminhar pelo evento, sem rumo. Demos várias voltas, como crianças perdidas. Volta e meia encontrávamos uma saída e simplesmente seguíamos pro lado oposto dela.

- Você fez parte da divulgação do evento, né? - Jimin perguntou, e fiquei genuinamente espantado dele conhecer meu trabalho. Eu simplesmente acenei positivamente com a cabeça, muito chocado para me expressar de qualquer outra forma. - Ficou muito bonito.

- Obrigado. - Respondi, meio feliz e meio sem graça.

Mas depois disso o silêncio veio de novo. E acho que era mais culpa minha do que de Jimin, afinal, ele que havia puxado assunto da última vez, era meio que minha obrigação social continuar a conversa.

Olhei ao meu redor, esperando que fosse encontrar minha salvação lá. Bem, como não encontrei, tentei forçar uma.

- Quer passar nos estandes? - Tentei mudar nosso trajeto de andar em círculos para ficar parado na frente de várias pessoas falando de várias coisas que a gente já sabia. Jimin olhou para os estandes, como se realmente ponderasse aquela opção, me enchendo de esperanças.

- Não. - Respondeu por fim, voltando a olhar pra frente enquanto umedecia os lábios com a língua e mexia no cabelo.

Decepcionado, não falei mais nada, voltando a segui-lo na nossa caminhada para lugar nenhum. Mas não demorou muito pra aparecer uns brinquedos, como pula pula inflável (bem retrô, eu sei) e escaladas, então eu não vou enrolar narrando meus momentos de silêncio com Jimin.

- E os brinquedos, que tal? Quer brincar?

Jimin andava meio encolhido, como sempre, mas pareceu se encolher mais ao ver os brinquedos. Dessa vez nem ponderou, respondeu diretamente um:

- Não. - Seco, muito seco. - Acho que vou encontrar Taehyung, posso dormir na casa dele?

E foi isso. Era isso que faltava para acabar tudo pra mim.

- Fala sério, Jimin hyung, já cansei. - Bufei completamente exasperado. Eu simplesmente não aguentava mais ter que lidar com aquilo, com aquele descaso. - Qual o seu problema comigo?

- Eu não tenho nenhum problema com você, Jungkook. - Respondeu de um modo calmo, levantando o olhar até mesmo assustado pra mim e confesso que me senti um pouco mal. Jimin não costumava fazer expressões de medo.

- Não parece. Você nunca quer fazer nada comigo. Você nunca fala nada comigo. - Por mais que eu tentasse segurar o tom de minha voz, tudo saía curto, seco. O híbrido simplesmente me observou quieto. Ele sustentou meu olhar por algum tempo, como se decidisse se respondia ou não, falava ou não. E aquilo me preocupou, afinal, eu esperava respostas curtas e grossas.

- Não. - Concordou. - Por que eu vou fazer algo que não te interessa?

- Como assim não me interessa? - Perguntei. Eu não esperava que a conversa tomasse aquele rumo, eu realmente estava muito, muito confuso.

- Jungkook, não quero parecer ingrato e eu realmente agradeço muito ser acolhido na sua casa por você. Mas você se obriga a fazer coisas comigo e eu sei disso. Sinceramente, não quero atrapalhar. Você não precisa disso, talvez eu também não. - Suspirou fraquinho. O jeito que ele falava aquilo, sem alterar o tom leve de sua voz, fazia com que um sentimento muito estranho pairasse no meu peito, um que eu não conseguia distinguir. Culpa talvez? Era muito ruim ouvir o híbrido utilizar um tom de voz daqueles para pronunciar tais palavras. Talvez eu preferisse que ele tivesse gritado comigo.

- Eu não me obrigo... - Acabei respondendo num muxoxo. E eu, ao pronunciar aquela frase com uma convicção tão pequena, comecei a refletir se talvez no fundinho eu realmente me sentisse obrigado. Se no fundo, aqueles pedidos eram só meu ego em ser alguém bom disfarçado de gentileza.

- Eu sei que se obriga, tudo bem. Jungkook, não minta pra você, você não gosta de mim. - Continuou falando tranquilamente, por mais que suas palavras parecessem como facadas em meu estômago. Acho que principalmente porque eu sentia sua sinceridade, que ele não estava mentindo. Eu me obrigando mesmo ou não (ainda estou confuso sobre isso), a ideia que minhas atitudes passaram para Jimin ficavam mais claras. E não eram boas. - Eu sou nojento, dou trabalho, não sou interessante, sabe?

- Isso não é verdade. - Retruquei, com um pouco mais de firmeza dessa vez, mas ainda não o suficiente para Jimin.

- É, sim. Mas tudo bem também, eu já estou acostumado. - Desviou o olhar e ajeitou o cabelo, mas logo largou a atividade, como se fosse algo em vão. Pressionou seus lábios carnudos e amarelados um contra o outro, tenso, antes de voltar a olhar diretamente em meus olhos. - Você é muito generoso de qualquer forma. Não precisa se preocupar, eu não tenho nada contra você, você está fazendo seu trabalho de anfitrião muito bem. Mas eu também não quero passar mais tempo que o necessário com você. Porque eu sei que você não gosta. E porque eu me sinto como um animal de estimação às vezes e queria evitar isso, se me permite.

- Animal de estimação? - Engoli em seco. Eu odiava aquela palavra e eu não conseguia acreditar que ela estava sendo proferida por causa de uma atitude minha. Muitas formas de me justificar, me proteger, surgiram na minha mente. Vasculhei também o que eu poderia ter feito de errado. Mas parei. Me forcei a parar. Eu não tinha lhe ouvido por todo esse tempo, o mínimo que eu poderia fazer era me despir de meus preconceitos e ficar aberto ao que o outro tinha a falar pelo menos daquela vez. Por mais que eu não quisesse ouvir de verdade. Por mais que eu não quisesse acreditar.

- Uhum... - Acenou com a cabeça concordando, tímido. - Eu não tenho muitas vontades. Eu saio de casa a hora que você quer, volto a hora que você quer também. Tudo na hora que você quer e nem sempre eu, sei lá, quero voltar pra casa naquela hora ou qualquer coisa assim. Mas não liga, é coisa minha, não quero ser ingrato.

Isso é sobre ele. Não sobre mim. As palavras de Namjoon soaram em minha cabeça, fortes como nunca. Não é sobre o que eu acho, é sobre como eu ajo. Eu nunca senti tanta vergonha quanto naquele momento, nunca na minha vida. Nunca senti tanto que eu havia falhado.

Um pedacinho da minha mente tentava negar aquilo. Mas eu não posso negar isso ou estaria sendo desonesto de novo. Mas sinceramente, ver Jimin tão frágil e desarmado em minha frente, explicando as coisas com pouca convicção e ainda por cima se sentindo como se fosse ingrato, doía. Logo Jimin, que sempre foi uma muralha, tão forte. A culpa, a vergonha, a vontade de ter sido diferente sufocaram de leve meu orgulho. Minha sensação de que eu estava fazendo meu trabalho, que o problema era Jimin.

Eu, que apertava tanto a tecla de que eu ia ajudar um híbrido. De que eu ia fazê-lo se sentir humano. Em casa. Eu, que achava, na minha doce comodidade, que eu sabia quanto um híbrido havia sofrido antes de chegar na HP, que eu ia respeitar aquilo, que ia respeitar sua dor e história.

Eu assisti todas as orientações da psicóloga. Anotei no papel, mas não adiantava se meu coração havia esquecido. Não adiantava se mesmo que forçasse muito minha memória, eu não conseguia lembrar o que a Dra. Sunhee tinha me falado especificamente sobre Jimin, me puxando para o canto depois das orientações para todos os futuros guardiões.

E eu não sabia o que fazer. Só sei que eu sentia minhas bochechas arderem, o nariz escorrer e os olhos lacrimejarem. Eu sentia como se não devesse existir, como se nada no mundo fosse apagar aquilo que eu fiz, tão vergonhoso... Eu não sabia como agir, nem o que falar. Minha garganta estava seca.

E eu fiz a única coisa que eu conseguia pensar em fazer no momento.

Virei de volta pra saída do evento, olhei pro fluxo de pessoas indo embora e corri.

Fugi.

-x-

Bem, espero muito que tenham gostado, de verdade 💜 qualquer dúvida, crítica, sugestão e elogio é só me gritar!

Beijinhos de luz e até daqui a dois sábados! 💜 (ou até amanhã pra quem estiver acompanhando a repostagem de Justo Bob? hsuahauaha)

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