#24. INVESTIGATIONS GO FURTHER
OIOIOIOI, MEUS GIRININHOS!!!!!!!!!!!! FINALMENTE CHEGOU O SÁBADO DE POSTAGEM, A FELICIDADE MEU PAI DO CÉU AAAAAAAAAAAAAAAA
Como sempre, muuuuuuuuuito muito obrigada a mesmo pros meus girinhos que lêem, votam, comentam, indicam, surtam comigo no Twitter e fazem memes fhasjklhdsakfks aiiii, eu nem sei como lidar com tanto amorzinho!
Enfim, boa leitura bebês! #OsGirininhos
»»❤««
Chega a ser um pouco idiota o jeito que eu olhei Jin como se todas as respostas do mundo fossem sair de sua boca, simplesmente daquele jeito. Mas sinceramente, o que mais eu tinha além de esperança para me agarrar? Fala sério, ele era um investigador fodão, não é possível que ele não tenha de fato resolvido o problema.
Pude perceber o olhar atento dos dois híbridos acompanharem o meu, todo mundo doido de vontade de ouvir a salvação dos próximos dias. Jimin não precisaria ir? Ele tinha achado outro chip? A HybridTech tinha magicamente explodido sozinha e Daisy voltou pra casa e tocou teclado pro Yoongi?
O sorriso de Jin murchou um pouco ao encarar nossos rostos apreensivos e cheios de expectativa. Eu queria não ter reparado naquilo para que eu pudesse viver um pouco mais na minha doce ilusão de não ter Jimin tirado de mim. Merda, não era tão bom assim perceber as coisas.
— Bem... Vamos ao consultório do Namjoon? — Sugeriu, com um sorriso um pouco triste agora. Mesmo assim, admirei como ele conseguiu se manter tão forte mesmo segurando o peso dos nossos olhares.
Assentimos, um pouco desanimados agora. Meu coração tinha se acelerado tanto com sua frase antes que parecia que eu tinha levado um susto, mas agora ele mal parecia bater. Sei lá, o medo do que seria de verdade fazia com que meu peito pesasse, como se estivesse imerso em areia movediça.
Taehyung foi lavar as louças e Jimin foi com ele para ajudar a secá-las. Eu guardei a toalha de volta na minha mochila e Jin apenas ficou encostado no umbral da porta, me observando com um olhar distante.
— Eu... Me desculpe. — O mais velho falou baixinho, pressionando os lábios grossos um contra o outro. Encarei ele, como se pedisse pra ele explicar melhor, mas Jin apenas afastou o olhar.
Era claro... A notícia boa não podia ser tão boa assim, foi uma esperança boba e doeu mais ainda ao perceber que Jimin também nutriu ela. Ah, queria tanto que Jimin tivesse algum tipo de paz. Distraído com meus pensamentos, levantei, ajeitei os pufes pras posições normais deles e fui esperar os híbridos do lado de fora com o Jin.
Os dois melhores amigos apareceram logo depois, segurando todos os potinhos já limpos. Levei a mochila pra frente do meu corpo, colocando tudo para dentro com cuidado com a ajuda de Jimin e sentindo meu coração acelerar e minhas bochechas corarem quando encostei sem querer em seus dedinhos curtos. Ai, a paixão era inconveniente mesmo. E emocionada demais, eu já tinha tocado Jimin tantas outras vezes, de tantos outros jeitos... Mas mesmo assim, só sentir sua pele de leve me arrepiava naquele bololô de emoções.
Fomos ao consultório do Namjoon e passamos uns bons 30 minutos na sala de espera esperando ele terminar de atender os híbridos que estavam na fila. Talvez eu tenha observado demais a híbrido de morcego e o híbrido de porco, achando ambos incomun, era impressionante como existia híbrido de tudo no mundo, e só pensar na história que eles carregavam dentro deles doía.
Era estranho, porque apesar de Jin ter chamado a gente pra contar uma notícia boa, todo mundo estava triste. Triste porque entendíamos que, apesar de tudo, a notícia boa não era o que queríamos ouvir de verdade. Até o pobre Jin parecia triste, me senti um pouco mal pela minha reação, pra falar verdade.
Namjoon nos chamou pra entrar logo depois e, de novo, percebi o quanto toda a questão de Daisy, Yoongi e agora Jimin consumia todos ao nosso redor. O médico sorria gentil, mas não conseguia esconder suas olheiras, ou o jeito que os cabelos rosados pareciam mais opacos do que o normal. Ninguém estava bem e tudo aquilo me consumia e me absorvia, como se eu estivesse afogando em um poço de desalento.
Jin pareceu se recuperar um pouco, batendo palmas animadas enquanto sentava em cima da mesa do médico, como sempre. E Namjoon revirou os olhos também, como sempre. Nós nos sentamos no chão... Como sempre. O investigador abriu um sorrisão, olhando pra cada um de nós e dando oi pra Hoseok, que acabava de entrar na sala depois de Namjoon enviar uma mensagem pra ele também.
Talvez Jin não estivesse realmente tão animado, mas achasse que devesse nos animar um pouco e, ao pensar sobre isso, me senti mais triste. Espero que seja só eu projetando meus sentimentos pra ele e tirando conclusões precipitadas, mas é que eu queria ver menos gente triste possível.
— Então... Querem saber o motivo da animação, certo? — Perguntou, fazendo um mistério. — Pois bem, consegui falar com o tal Seojoon.
Hoseok bateu palminhas animadas, tentando sustentar um sorriso no rosto e vi Namjoon acabar por rir do outro. Vendo os dois, sorri também, agarrando cada sementinha de felicidade que aparecesse perto de mim. Jimin, ao meu lado, sorriu também, mas um sorriso mais de orgulho pelo trabalho do outro do que de felicidade exatamente. Parecia meio apreensivo e segurou de leve em meu braço.
— Vocês se encontraram disfarçados? Tipo aquelas coisas de livro de detetive? — Taehyung perguntou curioso, parecendo um pouco mais animado também. Afinal, aquela era uma boa notícia, só não era a que mais esperávamos ouvir.
— Mais ou menos... Foi um encontro mais discreto, sim. — Deu uma piscadinha, como quisesse dar a entender um duplo sentido. — Mas não fomos realmente disfarçados. Tipo... Sem bigode falso e essas coisas. — Deu uma risadinha.
E assim... Jin começou a contar como foi o encontro, mas acho que se eu for só colocando o que ele falou pode ficar meio confuso, né? Ai, merda, ninguém me ensinou como que escreve nessas horas. Eu sei que eu estava começando a fazer menos essas interrupções pra reclamar da minha falta de conhecimento sobre escrita, mas... Putz, tô confuso.
Enfim, eu vou tentar narrar o que o Jin contou em terceira pessoa, serve? Vai ficar em itálico pra separar, e depois a gente volta à programação normal. Desculpa, não achei um jeito melhor de fazer isso.
"Jin adentrou um pequeno café na periferia de Seoul, um pequeno demais em um bairro tranquilo demais para que fossem necessários muitos sistemas de segurança, como circuito interno de câmeras e microfones. Seria mais seguro daquele jeito.
As pessoas costumavam ir sozinhas ao café pra trabalhar ou estudar em algum ambiente diferente do de sempre, então as mesas eram pequenas, individuais e até que cheias. Apenas um atendente trabalhava na loja, cuidando das poucas coisas que não eram automatizadas lá. Aparentemente eram poucas coisas mesmo que não eram automatizadas, fazendo com que o jovem apenas ficasse olhando algo em suas redes sociais pelos Smartpods, distraído.
Jin sentou-se em uma mesa vaga no canto, de costas para outro homem. Tirou seu tablet da bolsa e apoiou na mesa, fazendo com que parecesse distraído com seus trabalhos.
— Dongha? — O investigador chamou baixinho pelo pseudônimo que haviam combinado de antemão, mas fazendo de uma forma que parecesse estar conversando pelos SmartPods.
— Soocheol? — Respondeu o pseudônimo de Jin de volta, provando quem era. Jin relaxou um pouco ao garantir que era ele mesmo, mas continuou a atuar, mexendo em seu tablet com um ar ocupado.
— Ele está bem? O 104BMD? — O funcionário da HP perguntou baixinho.
— Quem? — Jin perguntou, confuso.
— O híbrido de sapo.
— Ah, sim... O Jimin. Agora ele tem nome. — Respondeu e pôde observar pelo reflexo da janela do lado dos dois que o outro homem pareceu sorrir.
— Sério? — Sua voz soou animada. — Ah, isso realmente é uma boa notícia. Jimin então...
— Ele está bem. Respira melhor, recuperou bem. Ele estuda administração, sabe? — Jin contou, mesmo que não fosse o foco daquele encontro. Depois de ter ajudado o híbrido, Seojoon merecia saber sobre ele.
— Ele estuda... — O homem pareceu apreciar as palavras na ponta de sua língua. — Cuidam bem dele?
— É arriscado comentar sobre nomes aqui, mas ele tem um guardião. No começo eles não se davam muito bem, mas agora são bem grudados. Alô? Ah, estou ouvindo. — Jin voltou a fingir que conversava pelos seus SmartPods. — Ele é grato a você, gostaria de aproveitar e também agradecer por ter ajudado que ele pudesse ter esse tipo de experiência.
— Essas experiências... Nunca deveriam ter sido tiradas dele, eu não fiz nem o mínimo. — Seojoon comentou com amargura.
— Fez o que você podia. — Jin retrucou, o tom realista. — Você tem uma família a zelar também.
Seojoon não respondeu.
— Bem... — O investigador continuou. — Não preciso dizer que todas as informações que vou dizer aqui são extremamente confidenciais e só estou revelando pela palavra do Jimin.
— Certo...
— E isso vale pra ambos os lados. Meus colegas de trabalho estão cuidando para que tudo seja criptografado para que não descubram que você veio aqui... Também alocamos uma equipe bem discreta nos prédios ao redor de onde você mora para vigiar.
— Sim...
— Bem, vamos começar. Sim, sim, tô te ouvindo bem. — Seokjin reclamou mais uma vez como se estivesse em uma chamada. — Não sei se você chegou a tomar ciência disso, mas a empresa sequestrou uma guardiã de um híbrido resgatado.
— Observei uma movimentação estranha, sim. E vi uma mulher, mas não sabia sobre o que se tratava.
— Então... Ela é guardiã de um híbrido de cobra, parece que ele é filho do próprio pesquisador chefe. Ela está sendo usada de refém para que o híbrido de cobra colete informações da ONG e se entregue de volta.
— Infelizmente não posso dizer que estou surpreso. — A voz de Seojoon falhou ao responder, Jin mudou o tablet de posição. — Eu trabalho lá há bastante tempo já... E, sinceramente? Eles fazem coisas piores.
— Não duvido. Por isso precisamos da sua colaboração. Você trabalha com o quê?
— Sou um assistente de manutenção do sistema de segurança. Ajudo fazer os reparos preventivos, coisas assim. Nada muito importante, sou um funcionário de baixo escalão, você sabe dos chips?
— Sim. — Jin respondeu, empolgado ao notar o quanto de informação relevante o outro poderia oferecer. — No pulso, certo?
— Exato. Meu acesso é limitado aos ambientes comuns. Não tenho acesso às salas do alto escalão, quem tem são apenas os pesquisadores mais importantes, o chefe de segurança e os híbridos, porque estão sempre sendo transportados de lá para cá.
— Mas então você deve conhecer bem todas as áreas comuns, certo?
— Sim. Eu monitoro tudo pelas câmeras, apesar de ter um sistema de Inteligência Artificial que reconhece sozinho perturbações no ambiente. Inclusive, foi assim que eu conheci ele...
— O híbrido de sapo? — Jin deu corda apesar de saber que aquilo não seria uma informação relevante para o processo. Queria criar empatia com o outro, assim seria mais fácil conseguir que cooperasse.
— Isso... Na maioria das vezes eu evito olhar as câmeras das salas dos híbridos porque é tudo muito... Violento, muito violento e muito cruel. — Pausou sua fala por um momento, dando uma pequena risada cheia de remorso. — Mas às vezes eu assisto para eu nunca esquecer de onde está vindo meu salário, não quero ficar apático ao sofrimento dos híbridos que nem o resto dos funcionários...
— É uma grande demonstração de força vontade de sua parte... — Jin comentou, apenas para não deixar que o homem falasse sozinho e dar um tipo de acalento. Não era de se espantar que Seojoon tivesse aceito aquela reunião... Ele realmente parecia detestar a HybridTech.
— Um dos dias eu vi ele... Por Deus, eu juro que nunca vi tamanha crueldade sendo cometida antes. Eu vomitei a primeira vez que eu vi, as imagens eram muito fortes. — Confessou. — Mas continuei assistindo, na esperança de que uma hora aquilo parasse e eu pudesse tentar apagar o que ele passava da minha mente.
— E passou?
— Nunca. Nunca mesmo. — Parou novamente para respirar. — Comecei a pegar mais trabalhos de manutenção na ala dos híbridos para observar melhor a movimentação dos pesquisadores. Quando eu entendi bem a rotina, passei a ajudá-lo. Eu não podia fazer muito mais do que dar água a ele, mas...
— Foi significativo o suficiente. De verdade. — Jin afirmou e Seojoon deu um suspiro tranquilizado.
— Mesmo que tenha sido, ele era mais um entre as centenas de híbridos que não consegui ajudar em nada.
— Não se atormente demais com isso. Não foi você que colocou eles ali... — O investigador tentou acalmar novamente o homem. Seojoon ficou quieto, mas Jin não sentiu que ele estivesse realmente resignado. — Bem... Você sabe onde pode estar a mulher? É estrangeira, negra de cabelos cacheados até os ombros, mede 1,71m.
— Ah, sim. Eu vi pelas câmeras ela sendo levada até o 27º andar, mas não sei onde exatamente porque é o andar dos chefes, eu não tenho acesso.
— E só os pesquisadores principais ou o chefe de segurança podem entrar?
— Isso. E os híbridos. Não que eles realmente entrem lá por livre e espontânea vontade, claro.
— E esse controle é feito automaticamente pelos chips?
— Isso. — Confirmou Seojoon novamente, com paciência.
— O que acontece se alguém sem o chip certo entra lá?
— Bem, dificilmente alguém sem o chip consegue entrar lá porque há um sistema de portas bem elaborado impedindo a entrada de outros funcionários. Mas se por acaso alguém sem o chip dos executivos entrar lá, o sistema de segurança é acionado.
— E eletrocuta a pessoa?
— Isso... — Seojoon repetiu, a voz baixa e cheia de remorso. — E depois somem com o corpo.
— Entendo... — Jin suspirou fraquinho, dessa vez checando de fato o tablet para ver se tinha perguntado de fazer todas as perguntas que queria naquela parte da reunião. — Bem... Eu vou falar uma coisa que você provavelmente não vai gostar, espero sua compreensão.
— Eu trabalho em um lugar que odeio. Acho que consigo lidar com essas coisas. — O funcionário riu com amargura.
— Jimin vai se infiltrar para achar Daisy.
— Como assim? — Seojoon teve dificuldade de manter o tom de voz baixo, parecendo revoltado. — Você sabe o que significa pros híbridos sequer ouvirem falar da empresa?
— Sim, todos nós sabemos o que tudo implica. Ele está passando por acompanhamentos psicológicos mais recorrentes para garantir que fique bem.
— Como se só isso fosse fazer algo. Você disse que estavam cuidando bem dele!
— Ninguém está feliz com essa alternativa. Mas também não existem outras, ainda mais agora sabendo que nem um chip de um funcionário comum funciona... — Jin suspirou com sua última esperança indo embora. — Jimin concordou também.
— É claro que vai concordar, o garoto é bonzinho... Não que eu tenha falado muito com ele, mas eu tenho certeza que ele é bonzinho... — Seojoon murmurou, o tom de voz ainda revoltado.
— Temos duas opções. Não fazer nada e deixar que uma mulher seja sequestrada e morta, perder um de nossos híbridos resgatados e continuar vivendo a tirania da indústria de híbridos e seus novos lançamentos militares. Ou podemos tentar nos infiltrar, resgatar a mulher, manter nossos dois híbridos na ONG e coletar informações o suficiente para derrubar a empresa.
— Você está muito confiante no segundo cenário... Muita gente, muita mesmo já tentou infiltrar lá. Familiares de crianças que foram sequestradas para servir de experimento, ativistas, até mesmo ladrões para tentar conseguir algum dinheiro em cima dos híbridos também. Vi todos falharem. — Seojoon cortou, seco. — O que você acha ter de diferente?
— Bem... Eu trabalho com isso há anos, pretendo arquitetar um plano com mais chances de funcionar do que qualquer outro ataque impensado à empresa e possuo toda uma tropa de choque pra me auxiliar.
— Não adianta nada ter homens bem armados e treinados se todos eles vão morrer eletrocutados.
— Não se a gente desativar o sistema de segurança... — Jin sugeriu, começando a refletir se não estava dando detalhes demais para aquele homem. Mas, por fim, ele seria necessário para o plano que estava pensando, então era razoável usar aquilo para convencê-lo.
— Como se fosse fácil assim... Nem todos os executivos podem desativar o sistema de segurança, mesmo que tenham acesso ao 27º andar. Só o chefe de segurança e o casal principal de pesquisadores de lá podem fazer isso.
— Mas e se tirarmos o chip de um deles? Eles desligariam o sistema de segurança, não? — Jin jogou na mesa o que tinha pensado, Seojoon ficou um momento em silêncio e o investigador quase se preocupou.
— Sim... Ou seriam eletrocutados. — Seojoon suspirou, concordando por fim. Se tudo corresse bem aquilo realmente daria certo, Jin não era um amador.
— Como é a desativação do sistema?
— Por comando dos dedos, que nem SmartPods.
— Então eles não dependem do chip, certo? Se pegarmos o chip deles eles conseguem desativar mesmo assim?
— Exato...
— Bem... Acho que eu já falei até demais. — O investigador sorriu de leve ao ouvir o tom de voz mais crédulo vindo do outro. — Mas até chegar ao 27º andar vamos precisar de muita ajuda. Precisamos das rotas de entrada, dos horários em que os pesquisadores estão lá... É só o começo.
— Vou observar. — Seojoon se dispôs. — Aqui de novo no mesmo horário? Daqui a duas semanas.
— Combinado. — Jin concordou, sem conseguir conter um sorriso. As peças do quebra cabeça que era a invasão à HybridTech começavam a se encaixar."
— Bem... É isso. — Jin terminou seu relato, o sorriso animado e orgulhoso de antes voltando ao seu rosto. — O plano é simples. Jimin vai se infiltrar com a ajuda do Seojoon na HybridTech e tirar o chip de um dos pesquisadores chefes, vulgo papai e mamãe do Yoongi. Com isso, o sistema de segurança vai ser desativado e eu e meus meninos invadimos e neutralizamos o resto do prédio.
— "Simples". — Namjoon repetiu sarcasticamente, parecendo um pouco mais interessado naquilo tudo, mas sem ter completa fé. Senti Jimin segurar meu braço com um pouco de mais força ao ouvir tudo aquilo.
— Aliás, vou precisar de você. Preciso de um equipamento prático para retirar os chips. Não sou eu que preciso, na verdade, mas Jimin, certo? Eles ficam a 4 milímetros de profundidade na pele e têm 5 milímetros de diâmetro. Não precisa ser grande.
— Você sabe que eu mexo com fármacos, não com dispositivos tecnológicos, certo? — Namjoon pareceu incrédulo com o pedido do investigador.
— Confio em você! — Jin ignorou a reclamação do outro, parecendo muito satisfeito consigo mesmo.
— Eu posso tentar te ajudar... — Hoseok ofereceu, mesmo que estivesse estampado em seu rosto que ele não fazia a mínima ideia de como executar aquilo.
— E você... — Jin apontou para Jimin, que levantou os olhos, perdido em sua própria mente até então. Afinal, ele tinha muito o que pensar. — Vai ter que desgrudar do Jungkook porque você vai dobrar suas consultas com a Dra. Sunhee e depois disso vai ter duas aulas particulares comigo.
— Aulas particulares? — Perguntou confuso como todos. Ninguém na sala sabia mais o que esperar de Jin.
— É. Uma de Krav Magá e outra de navegação com nosso sistema de mapas virtuais para quando conseguirmos acessar a planta daquela empresa que não pode ser nomeada. — Explicou, cruzando os braços e dando um sorrisinho. — Você acha mesmo que eu ia deixar você entrar lá despreparado?
— Krav Magá? — O híbrido de sapo perguntou, completamente confuso.
— É uma arte marcial.
— Tipo Kung Fu? — Jimin pareceu um pouco mais empolgado. — Eu assisti os filmes do Jackie Chan com o Jungkookie!
— Hm... Um pouco menos bonito. — Jin acabou rindo um pouco, talvez aliviado pelo híbrido ter conseguido tirar algo de bom daquela situação toda. — Krav Magá é um sistema de combate israelita focado em defesa pessoal. Seu foco vai ser quebrar braço, joelho, enfiar dedo no olho, chutar saco... É muito eficiente na vida real apesar de não ser tão bonito como Kung Fu.
— Assim... O preparo físico do Jimin não é o dos melhores... — Namjoon, como um bom médico, interviu.
— Imagino que não. Sei bem que temos poucas semanas pra isso, o foco vai ser mais em ensinar técnicas para que ele possa se proteger de eventuais dificuldades, ensinar ele a usar um teaser... Um pouco de condicinamento físico, claro, mas é isso.
— Parece complicado. — Taehyung, quietinho até então, murmurou.
— Primeiro... Jimin, você topa? — O investigador olhou diretamente pro híbrido de sapo, que sustentou o olhar. — Querendo ou não, mesmo apenas treinando a gente vai se machucar. Vou golpear você e vice versa. Vai doer.
— Eu sou muito resistente a dor... — Jimin respondeu, dando de ombros, e pude ver o sorriso de Jin falhar ao se lembrar do tanto que o outro já não tinha sofrido. — Pode contar comigo.
— Você vai ser um aluno incrível. — O mais velho dali respondeu. — Krav Magá vai ser um bom aprendizado pra vida mesmo, nunca se sabe quando precisamos nos defender, certo?
Observei Jimin assentir, quieto. Afinal, quem eu era para dar pitaco sobre decisões tão importantes para ele? A verdade é que até agora eu me sentia muito desconfortável com aquilo tudo. Todo mundo estava tentando enxergar de uma forma mais positiva, se preparar, porque de fato as chances de sucesso haviam aumentado, mas... Aquilo ainda parecia muito errado. Mas talvez fosse porque, de todos ali, eu era o que menos trabalharia e ajudaria naquilo tudo e aquilo me deixava ainda mais desolado. Eu era triste e inútil.
— Eu também quero! — Taehyung levantou o braço.
— Como meu objetivo é preparar Jimin, eu preferiria que fosse só eu e ele. — Jin apertou os lábios, ponderando. — Mas vou conversar com um de meus meninos se ele não daria aulas extras pra quem estiver interessado.
— Eba! Feioso, nós vamos ser tipo dois super heróis. — Taehyung abriu um de seus sorrisos quadrados, mesmo com a tristeza de ver o amigo ir estampada no fundo dos olhos.
— Vai ser incrível, arrombado. Arrombado&Feioso em ação. O que acha? — Jimin brincou de volta.
— Bem... Vou deixar vocês digerirem um pouco essas informações, certo? — Jin bateu as mãos uma na outra, assustando todo mundo na sala como sempre. — Começamos amanhã, Jimin.
No final, apenas eu e os híbridos saímos. Hoseok parecia meio agoniado sobre o que fazer pra ajudar Namjoon na tarefa que Jin deu de presente, então deve ter ficado para tirar umas dúvidas. Acho que seria bom se eu também ficasse pra saber o que eu poderia fazer, mas eu queria sair dali, queria fugir da realidade cada vez mais concreta. A realidade com Jimin se arriscando.
Taehyung enlaçou seu braço no pescoço do outro, dando um sorrisinho. Jimin sorriu de volta, feliz com o apoio do melhor amigo. Os dois começaram a caminhar de volta pra sala de convivência e fiquei sem saber se eu ia junto ou encontrava meu próprio rumo.
Quando percebeu que eu andava meio hesitante um pouco atrás dos dois, Jimin me estendeu sua mão. Depois de observar por um tempinho, um pouco confuso, segurei sua mão, tão geladinha, tão certa na minha. Meu coração acelerou automaticamente e sorri que nem um bobo. Eu odeio como a paixão manda completamente em mim.
Ao mesmo tempo, fiquei mais aliviado ainda. Eu sentia tanta falta dos toques de Jimin. Não que a gente tivesse passado muito tempo sem se tocar, mas acho que eu fiquei com tanto medo daquilo ficar estranho que eu já estava sentindo saudades adiantado.
— Imagina, feioso... Você ficar fortão e quebrar a HybridTech inteira na porrada... Quebrar tudo, dar na fuça de todos. — O híbrido de galinha começou a ponderar. Jimin, apesar de tudo, riu dele. — Ai, eu queria poder explodir a GoHyb também.
E, pela primeira vez na minha vida inteirinha, eu ouvi Taehyung falar da empresa da qual veio. Obviamente, era muito difícil pros híbridos mencionarem de qualquer forma seu passado, então eu fiquei muito orgulhoso com a coragem do outro e finalmente entendi o que ele queria com aquela conversa.
Acho que entendi, né, continuo não sendo nenhuma referência em interações humanas, mas putz... Posso jurar que aquilo era a forma de Taehyung encorajar Jimin e mostrar que queria ser forte que nem o melhor amigo para encarar aquilo tudo de frente. Talvez eu estivesse começando a tentar interpretar demais as coisas.
— Parece uma ótima ideia, arrombado. — Jimin respondeu com um sorriso agradecido, seus olhos cheios de compreensão. — A gente explode tudo, imagina?
— Vai ser perfeito. Imagina as salas brancas depois de explodir? Finalmente vão ganhar uma corzinha... Cinza. — Taehyung torceu o nariz, como se a simples menção de uma sala completamente branca lhe enojasse. Até porque enojava mesmo.
Jimin soltou minha mão quando chegamos na sala e cada um sentou no pufe de antes. Interessado na conversa dos dois, querendo poder compartilhar de alguma forma um pouquinho do que eles viveram, me ajeitei quietinho para ouvi-los.
— Mas a gente tem que resgatar os híbridos primeiro... — Jimin lembrou, continuando com a fantasia de destruição dos dois.
— É verdade... Não sei lá na HybridTech, mas na GoHyb somos separados por classes e famílias de animais. Infelizmente, as aves vão ter que ir por último... Nós somos muito barulhentos pra fugir silenciosamente. — Taehyung comentou e Jimin acabou rindo da ponderação do outro.
— Podemos começar com os mamíferos... Especificamente os felinos, eles são bem quietinhos. E os caninos por último.
— Sempre soube que você não gostava de cachorro, feioso. — Acusou Taehyung e Jimin pareceu genuinamente ofendido.
— Que mentira! Eu amo qualquer híbrido, perdeu a cabeça, arrombado? — Retrucou de volta, se movimentando tão bruscamente no pufe para encarar feio o outro que se desequilibrou e quase caiu.
— Feio e estabanado, que beleza, hein... — Debochou Taehyung, sem perdoar nenhum respiro. Jimin pareceu se irritar de verdade e, novamente, admirei Taehyung. Deixar uma pessoa triste e apreensiva com raiva era um feito incrível. E raiva era um sentimento menos dolorido na maioria das vezes.
— Ai, sinceramente... — Jimin suspirou fundo depois de um tempo, tocando as próprias têmporas, tentando se acalmar. — Vai tomar no cu, arrombado.
— Eu não tomo no cu, eu ejeto as coisas do meu cu, é diferente. — Caçoou de novo, se incluindo dessa vez. Jimin não aguentou, acabando por rir alto. A risada dele era tão lindinha...
O híbrido de sapo se levantou, indo em direção ao outro. Taehyung se encolheu, colocando os braços na frente para tentar se proteger e choramingando "linguada não!". Jimin, por outro lado, se jogou em cima do híbrido de galinha, abraçando sua cintura e rindo. Fiquei me perguntando se eu poderia estar assistindo mesmo uma cena tão íntima e pura, mas me mantive quieto mesmo assim.
Taehyung, ao entender o que estava acontecendo, riu de volta e abraçou Jimin também. Os dois ajeitaram-se ficando confortáveis por fim, deixando completamente estufado o pufe que não esperava ter que aguentar mais do que uma pessoa.
— Jungkookie, tira uma foto nossa? Pode ser com os SmartPods mesmo. — Jimin pediu e eu sorri, completamente animado com a ideia. Eu gostaria que eles pudessem ver o quão adoráveis eram no momento. Com um comando dos dedos, gravei a imagem, mas lamentei não estar com minha câmera pra dar um charme a mais na foto.
— Isso, a foto da dupla de heróis Arrombado&Feioso, prontos pra massacrar qualquer empresa de híbridos. — O híbrido de galinha riu, desequilibrando os dois e fazendo com que eles caíssem do pufe, ainda rindo. — Espero que tenha foto do momento de glória, não o de queda.
— O final da nossa carreira chegou muito rápido. — Jimin reclamou risonho, espremido com o corpo maior em cima dele.
— Tirei foto dos dois, podem escolher se preferem a glória ou a derrota. — Respondi, ainda rindo dos dois tentando se levantar, completamente desengonçados.
— Que pergunta, hein... É claro que a glória é a melhor. — Taehyung resmungou em pé, ajudando Jimin a se levantar. Com o híbrido de sapo em pé, o de galinha lhe abraçou apertado mais uma vez. — Juan tá me esperando... Tenho que ir.
— Vai lá. Até amanhã, arrombado. — Jimin abraçou de volta e sorriu.
— Tchau, Jungkook! — Taehyung encostou o indicador em sua bochecha e fez um biquinho, pedindo um beijo. Já um pouco mais acostumado com suas provocações, só revirei os olhos.
— Tchau, Taehyung hyung. — Respondi, orgulhoso de não ter morrido de vergonha que nem da última vez.
Percebendo que minha reação não foi tão envergonhada assim, ele deu uma piscadinha pra mim. Antes que eu pudesse tentar entender o que aquilo significava, ele se virou de costas e deixou apenas que víssemos as flores de sua camisa desaparecerem de vista.
-x-
Eu e Jimin fomos pra casa, mas decidi parar no meio do caminho para comprar picolé pra gente. Velhos hábitos, certo? O híbrido pareceu gostar da ideia e para nossa felicidade ao lado também tinha um parquinho. Eu não sabia que existiam tantos parquinhos em Seoul até começar a ir neles com Jimin. Acho que é real aquele negócio de que a gente só nota de verdade detalhes em que prestamos atenção.
Foi natural então que nos encontrássemos caminhando entre as árvores e tomando picolé. Eu suspirei aliviado ao ver que nossa bolha de silêncio confortável estava firme e forte de volta. Eu estava tão aliviado que eu acho que é possível encher um caminhão inteiro com o meu alívio.
Achamos um par de balanços. Eu acabei sorrindo nostálgico, gostava muito de balanços quando era criança. Ao mesmo tempo, lembrei que a última vez que eu tinha sentado em um foi quando eu decepcionei Jimin e fugi... Suspirei, parecia fazer tanto tempo, mas nem era tanto. Espero que as coisas realmente tenham mudado o tanto que eu sinto que mudaram, queria ser forte pelo híbrido.
Sentamos cada um em um balanço e eu sorri, sabendo que eu poderia preencher minha memória com algo mais feliz daquela vez. Não que Jimin indo pra HT fosse feliz... Estou dizendo sobre nós nos darmos bem e... Sei lá, você entendeu. Putz, eu estou tão confuso hoje.
Não conversávamos sobre nada, não era realmente necessário. Cada um tomava seu picolé com tranquilidade, Jimin se balançando bem suavemente e eu inclinado para trás, as pernas estendidas na minha frente.
De rabo de olho, observei Jimin. Já estava escurecendo e o jeito que a luz alaranjada do céu cobria sua pele era muito bonito. E eu era muito apaixonado por ele, o que não ajudava. Eu tomava o picolé devagarinho como se pudesse pausar aquele momento. Só eu e Jimin tomando picolé no parque pra sempre.
Não que picolé tenha um valor nutricional razoável e que a gente consiga de fato ficar sentado em um balanço pra sempre e... Putz, acho que eu tô nervoso. Eu não sei o porquê, na verdade, mas meu interior se revirava todo, ansioso.
Enquanto terminávamos o picolé, o lusco-fusco se esvaneceu tão rápido quanto seu aparecimento e a lua começou a tentar aparecer timidamente entre a fuligem do céu. Jimin era bonito sob a luz da lua também.
— Jungkookie... — Jimin me chamou baixinho, o tom de voz diferente do de sempre, mas eu não conseguia interpretar o que significava.
— Hm? — O olhei diretamente, mas ele não correspondeu o olhar, mantendo o rosto virado para sua frente. Ai, o perfil dele era tão lindo, o narizinho...
— Eu te amo.
»»❤««
PANINOSISTEMA JIMIN ME DESCONFIGURÔ
Bem... Eu meio que já dei com a língua entre os dentes no Twitter e falei que o próximo capítulo rolam certas coisas então... O que vocês acham que vai acontecer mesmo? Vamo fazer uma aposta aqui sjadklshakdja Jimin vai ter a iniciativa ou o Jungkook? Podem escrever tuuuuudo que vcs estão achando que vai ter
Qual foi sua parte favorita do capítulo? Acho que a minha foi a conversa com o Seojoon pq esse homem é perfeito (aliás, o pseudônimo dele >Dongha< é o nome do personagem dele num dorama que eu sou apaixonada e ele é protagonista)
ATENÇÃO AQUI! Há uns capítulos atrás eu tinha deixado um parágrafo para vocês comentarem se quisessem uma dedicação de capítulo, já dediquei pra todo mundo que comentou e tô abrindo de novo <3 Se eu não dediquei nenhum capítulo para você ainda e você quiser uma dedicatória, comenta aqui!
Não se esqueçam de deixar seu voto, e se quiserem conversar/surtar comigo FAÇAM pq eu amooooooooooo jfsaklhdasjkdhaks
ATÉ DIA 9!!!! NOS ENCONTRAMOS NO FAMIGERADO CAPÍTULO 25 QUE TEM BITOCA E MAIS DE 8K, MISERICÓRDIA! AMO VOCÊS
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