#20. PROTECTION GO MANY
Oi, oi, oi, meu girininhos!!!!!!!! Como vocês estão??? EU ESTOU FELIZ PORQUE É SÁBADO DE POSTAGEM!!!!
Infelizmente eu tive que passar o dia fora por causa de um clipe de dança e quem tá postando pra mim é a 2jsoul13, tratem bem minha neném! (E por causa disso também eu vou ter que adicionar a dedicação desse capítulo depois, porque só pode ser colocada depois de postar)
Como sempre, muito muito obrigada por lerem, comentarem aqui, twittarem lá na #OsGirininhos, vocês são mto bons mesmos em me matar de amor aaaaaaaaaaaaa
E agora, por último, boa leitura!!!!
»»❤««
A revelação de Jin foi um choque tão grande, tão grande, que a sala permaneceu silenciosa por um bom tempo. Me senti menos idiota de não ter percebido aquilo acontecendo bem debaixo do meu nariz ao ver o resto do pessoal chocado. Claro que esse tipo de pensamento é lamentável, mas não consegui evitar.
— Uau, é tipo um filme. — Taehyung quebrou a quietude, cotovelando Jimin e Hoseok. Ninguém prestou atenção em seu comentário, tadinho, porque como eu disse todos estavam no mais puro e completo choque.
— Não façam essa cara, por favor. — Foi a vez de Jin rir. E ver ele rindo fazia parecer mais ainda que era tudo uma piada.
— Eu conferi o distintivo digital dele já... — Namjoon comentou, aterrorizantemente confirmando que aquela maluquice toda era real. — Eu também achei estranho, mas... É uma ajuda.
— Tá, tá, mas é minha vez de falar o que eu vim fazer aqui, né? — Jin balançou a mão, como se tentasse espantar alguma coisa. A voz simpática novamente se tornou estranhamente séria. — Sendo sincero, não era para eu ter me revelado a vocês também, mas acho que seria melhor abrir esse canal de comunicação entre a gente.
— Por quê? — Perguntei fraquinho, ainda intimidado com a mudança brusca de atitudes de Jin.
— Na verdade, minha tarefa aqui era só fazer um levantamento de como a indústria de híbridos funciona para termos mais informações para talvez futuras campanhas, governo ama esse tipo de coisa. Inclusive, era para eu fazer levantamentos favoráveis à indústria de híbridos porque bem... Movimenta muito dinheiro.
— Sempre o dinheiro... — Hoseok murmurou baixinho e amargurado para ele mesmo.
— Mas começou com o fato de que não consegui entrar na HT de jeito nenhum. Pelo menos de nenhum jeito que me desse a liberdade de ver tudo que eu precisava, o recrutamento deles é bem... Como dizer? Bem desconfiado. — Jin voltou a explicar. — É claro que eu tenho vários documentos falsos e um currículo também, mas se eles investigassem mais profundamente descobririam que é falso. Então vim pra HP mesmo porque era mais fácil.
Sinceramente... A gente realmente precisava melhorar nossa segurança. Jin realmente entrou aqui tão facilmente, e se alguém viesse e simplesmente sequestrasse nossos híbridos? Deus, o medo que eu sentia crescer em mim enquanto eu ia percebendo essas coisas era descomunal. E isso tudo debaixo do meu nariz, vale frisar.
— Enfim, não preciso nem explicar que ao passar tempo aqui na HP eu percebi o quanto a indústria de híbridos é criminosa, certo? Além disso, com os últimos lançamentos de híbridos dá pra perceber que eles estão incitando uma tensão bélica bastante segredosa. Eu não sei o que é, mas o pessoal lá do trabalho... Bem, está preocupado.
"Por fim... Eles ainda acham que eu estou aqui para descobrir as maravilhas da indústria dos híbridos, esperando que eu faça logo meu relatório positivo e acalme esse pessoal preocupado com a tensão bélica também. E eles vão continuar achando isso ou eu posso acabar fechando algumas portas que poderiam nos ajudar nisso tudo. Não para sempre, só... Até ter uma brecha para expor tudo, ainda não temos realmente provas e acusações completas para acusar a HT."
— Não temos? — Hoseok levantou a voz. — Temos vários relatos de híbridos, inclusive temos alguns sequestros infantis ligados a híbridos que foram resgatados...
— Não é tão fácil assim, Hoseok, lamento. — Jin pressionou seu lábios, parecendo genuinamente chateado. — Eu sei que é óbvio para gente, mas... Para derrubar uma indústria desse tamanho precisamos de provas concretas. Testemunhos e provas circunstanciais como essas não bastam.
Silêncio. Um silêncio em que todo mundo saboreava em sua própria boca o gosto amargo da injustiça. Segurei a mão de Jimin automaticamente, quase como garantindo se ele estava de fato ali e não tivesse sido roubado de volta pela HT.
— Bem, meninos, e na casa de Yoongi? Como foi? — Namjoon continuou e foi como se tivéssemos sido acordados de nosso torpor. Pressionei mais ainda a mão de Jimin.
Troquei olhares com o híbrido de sapo, confirmando que seria melhor se eu falasse em vez dele. Respirei fundo, buscando em minhas memórias tudo que eu tentei esquecer do dia anterior porque era perturbador demais.
— Daisy foi sequestrada... — Falei diretamente, até porque eu não sou muito bom narrando as coisas. — Encontramos uma mensagem holográfica no apartamento do Yoongi e... Ela falava do sequestro.
"A mensagem foi enviada pelo chefe de pesquisa da HT, o que cuida da criação da maior parte dos híbridos novos, de acordo com Jimin hyung. Aparentemente ele é pai de Yoongi também...
Enfim, ele pediu para que Yoongi agisse como espião agora, enquanto novos híbridos eram lançados e se entregasse dia 15 de novembro, quando terminasse os lançamentos. E ameaçou apagar Daisy se ele não fizesse isso."
Consegui ver os olhos de todos no aposento se arregalarem enquanto eu contava tudo que a gente viu e aquilo foi mais aterrorizante ainda. Parecia que a cada palavra largada no ar, toda aquela situação ficava mais real ainda.
— O que Yoongi tem pra espionar da gente? — Hoseok perguntou, a voz expressando seu nervosismo.
— Nada. — Namjoon confirmou. — Não estamos escondendo nem planejando nada. Nada além de descobrir o que tinha acontecido com o Yoongi, claro.
— Deus... — Murmurei comigo mesmo, percebendo como fazia sentido Yoongi definhar daquele jeito que estava. Ele precisava reunir informações para salvar sua amada guardiã... Mas ele não tinha. Porque elas não existiam e ele não tinha o que fazer na situação. Só pensar nisso era sufocante.
— Bem... Isso complica ainda mais nossa situação de expor a HT. — Jin interrompeu, ainda com seu tom sério. Apesar do susto inicial, eu tinha começado a gostar daquele tom porque passava certo controle. Parecia que ele ia conseguir lidar com a situação e fazer tudo dar certo no final das contas. — Temos que ser bem discretos mesmo.
— E agora? — Hoseok perguntou, aflito. Ele realmente estava muito nervoso e aquela era uma cena muito estranha de se ver.
— Bem, a gente tem que ter pressa porque já é final de outubro. — Jin respondeu, a voz ainda controlada. — Temos que resolver isso antes do Yoongi voltar, porque com certeza a segurança da HT vai aumentar assim que eles pegarem Yoongi de volta, esperando que façamos algo.
— Nenhum plano? — Hoseok insistiu. Eu entendia ele, também queria tanto uma forma de resolver de uma vez, estava desesperado por aquilo. Desesperado para saber se daria tudo certo.
— Veja, é uma situação muito delicada que não só envolve sequestro como uma instituição muito grande. Eu não posso fazer simplesmente uma mágica e bolar um plano infalível. Preciso tentar estudar melhor a situação, entende? — Jin respondeu e Hoseok concordou com a cabeça, resignado. — Bem, acho que vocês deviam ir pra casa, tiveram bastante coisa para digerir hoje. Eu aviso Namjoon para chamá-los quando formos nos reunir novamente.
Todos dentro da sala estavam quietos. Estávamos em choque. Um choque diferente do inicial com a revelação do Jin. Um choque muito mais agoniante porque ele carregava a dúvida do nosso futuro. Concordamos com a cabeça, mas não conseguimos falar nada. O que mais parecia composto lá era Namjoon, que já conhecia a situação de Jin, mas não ainda de Yoongi. Também não era fácil para ele, que cuidou do híbrido desde que ele pôs os pés na HP pela primeira vez.
Jin foi o primeiro a sair do consultório, provavelmente porque percebeu que ninguém entre nós teria a iniciativa de fazer primeiro. Fomos seguindo ele aos poucos, primeiro Hoseok, depois Taehyung segurando a mão de Jimin e depois eu, deixando só Namjoon em seu consultório cor de rosa.
-x-
Assim que chegamos em casa, Jimin se apressou para ir ao seu quarto e aquilo doeu, muito. Fazia bastante tempo que nós dois não íamos direto pros nossos quartos... Ficávamos na sala assistindo alguma besteira na TV ou na cozinha. Sempre que eu cozinhava alguma coisa o híbrido ficava do meu lado, conversando sentado em um banquinho.
— Jiminie hyung... — Chamei, meu coração se acelerando quando ele parou ao ouvir minha voz. Ai, paixão, você poderia ler o clima melhor, né? — Fica comigo, por favor.
— Você não quer ficar comigo agora... — Respondeu baixinho, fazendo menção de continuar indo para seu quarto.
— Por que você acha isso?
— Toda hora você me vê triste, Jungkookie. — Finalmente se virou para minha direção, mas olhava para baixo. Sua voz estava embargada. — Queria que você me visse feliz, para que você lembrasse de mim desse jeito.
Aproveitando que estava parado, andei até ele e abracei seu corpo pequeno. Fiquei feliz por Jimin não fugir, mas eu estava triste em vê-lo assim. Estava preocupado com o tom, com o "lembrasse de mim desse jeito". Aquilo era estranho.
— Sabe, hyung... Quando eu penso em você, a primeira coisa que passa pela minha cabeça é seu sorriso. Porque ele é lindo e me deixa feliz. — Murmurei baixinho para ele. Eu só esperava que minha voz não traísse e demonstrasse o quão apaixonado eu estava por ele. Ele não precisava se preocupar com aquilo.
— Mas eu choro tanto...
— Saber de suas cicatrizes e de suas dores só deixa seu sorriso mais lindo e marcante pra mim. Porque eu sei o quão incrível você é pra sorrir desse jeito apesar de tudo. Quanto mais você chorar na minha frente, mais eu vou lembrar do seu sorriso, hyung.
— Bobo... — Jimin fungou baixinho. — Agora eu vou ser obrigado a chorar.
Eu acabei rindo fraquinho de sua brincadeira, ainda preocupado com ele. Às vezes Jimin parecia prestes a quebrar, mas ao mesmo tempo parecia tão forte. Era confuso.
— Fica comigo. — Pedi de novo. Soltei ele de nosso abraço e segurei sua mão. Sorri quando vi ele acenar positivamente com a cabeça, as lágrimas visíveis para mim dessa vez.
Levei ele até a varanda. A nossa varanda. Com as paredes que pintamos, com a história que fizemos. Eu tinha instalado duas redes lá porque eu sabia que Jimin gostava do frescor e do ventinho que batia.
O híbrido correu na frente e pegou a rede mais distante da parede e eu deitei na mais perto. Jimin se aconchegou na sua, olhando para trás de mim, onde estava a pintura do sapinho na casinha dele.
Após alguns minutos quieto, ele voltou o olhar pra mim e abriu um sorriso em seu rosto banhado de lágrimas. Ai, ele era tão tão lindo. Cada pedacinho dele me fazia derreter.
— Faz muito sentido... — Ele murmurou baixinho, após encarar a mim e à pintura novamente.
— O quê?
— Você e essa pintura juntos...
— Por quê? — Perguntei, ainda sem entender. Jimin apenas deu uma risadinha, cheio de segredinhos dele com ele mesmo. E eu apenas aceitei daquele jeito, porque já estava acostumado.
Após mais uns minutos quietinho, Jimin estendeu a mão pra mim. Eu, que não sou tão bobo, peguei. Eu adorava a textura rugosa de sua pele, como ela era geladinha e refrescante contra a minha. Comecei a acariciar sua mão com meu polegar.
— Sabe, Jungkookie? — Seu olhar estava novamente perdido nas pinturas na parede. — Minhas cicatrizes estão doendo tanto, ardendo tanto. Mais do que o normal, como se elas estivessem recém cortadas.
Seus olhinhos amarelos e brilhosos estavam novamente marejados. E doía tanto, eu queria tanto tanto conseguir impedir que aquilo tudo doesse. Os nossos dedos já estavam entrelaçados, mas eu queria poder confortar mais do que aquilo apesar de saber que eu nunca seria capaz de curar tudo.
— É como se... Ver ele, aquele homem, fizesse tudo doer de novo. Sendo bem sincero, eu estou com muito medo.
— Eu nem posso imaginar, hyung...
— Nunca tive tanto medo antes, só tristeza, sabe? No meu passado a morte era a melhor coisa que poderia me acontecer, mas agora... Agora eu quero viver, eu quero poder continuar assistindo filmes com você. Quero estudar mais, conhecer mais gente, mais lugares. Agora parece que eu realmente posso perder algo e isso tá me deixando aterrorizado..
— Hyung, esse homem nunca mais vai poder fazer nada contra você... Você está com a gente agora. — Tentei acalmá-lo. Foi difícil, o peso de suas palavras era algo que me fazia ter muita dificuldade de conseguir pensar em algo próprio pra respondê-lo. Provavelmente eu não tinha as melhores respostas, mas eu tinha as melhores intenções pelo menos.
— Eu sei, mas ao mesmo tempo... Eu não sei, ele é poderoso demais. O Yoongi acabou sendo arrastado pras garras da HT de novo agora mesmo... De uma forma tão fácil, ainda por cima. Às vezes eu realmente duvido da nossa capacidade de existir, sabe? Nossa, dos híbridos. A gente nunca vai fugir de fato. Ou nos sequestram de volta, ou vivemos em uma sociedade que não nos enxerga como humanos.
— Eu te enxergo, hyung. E eu vou continuar trabalhando e trabalhando para que cada pessoa nesse mundo inteiro enxergue você e os outros híbridos. — Afirmei pra ele, minha voz firme como eu nunca tinha ouvido antes.
Ele apenas deu um sorriso fraco. Continuamos deitados com as mãos juntas por um bom tempo, Jimin parecia perdido em pensamentos. Ele precisava daquele tempo mesmo.
Contra minha vontade porque por mim eu poderia ficar com as mãos juntinhas pra sempre, fui pra cozinha fazer o nosso almoço. Óbvio que deixando um beijinho na testa do Jimin. Tentando animar o híbrido, fiz Japchae, sua comida favorita. Esses dias eu tinha achado pra comprar um molho shoyu com baixas concentrações de sal para que ele pudesse comer sem grandes problemas.
Jimin apareceu na cozinha logo depois e eu dei um sorriso. Eu estava achando que ele não iria vir conversar comigo que nem sempre fazia, mas ele veio. Me abraçou por trás enquanto eu estava fervendo o macarrão e colocou o queixo em meu ombro.
Jimin queria me ver morto.
— Japchae? — Perguntou curioso, completamente alheio a quanto meu coração estava acelerado.
— Sim. — Respondi, tentando dar um sorriso que não parecesse tão nervoso assim. Senti o hálito do híbrido tocar meu pescoço quando deu uma risadinha, putz, Deus podia me dar uma ajudinha naquele momentos.
— Você é muito fofo, Jungkookie. — Deixou um beijo em minha bochecha antes de ir sentar em seu banquinho e eu me derreti todo. Mal Jimin sabia que ele que era a representação de fofura. — Posso fazer algo?
— Por enquanto tá tranquilo, hyung. Quando ficar pronto você pega nossas tigelas no armário.
— Ok... Já já estou usando roupa de homenzinho que respira normal, quando vou poder cozinhar também?
— Você pode fazer o arroz pra gente comer com kimchi de acompanhamento.
— Mas isso não é cozinhar, a gente tem uma panela de arroz. — Reclamou, mas foi pegar o saco de arroz. Putz, como eu amava o jeito que ele falava o "a gente tem", saber que ele cada dia considerava mais aquela a sua casa. — Como é, só colocar aqui?
— Sim, coloca o arroz e depois a água. A panela te fala quanto de água colocar dependendo da quantidade de arroz. — Expliquei enquanto picava os legumes da receita.
— Muito esperta ela. — Jimin falou impressionado enquanto enchia um copo de água com a quantidade indicada pelo eletrodoméstico.
— Infinitamente mais esperta do que eu, isso é fato. — Brinquei, mas Jimin fez um biquinho como se desaprovasse.
— Você é esperto, Jungkook.
— Tá louco, hyung? Você sabe bem que eu sou super lerdo.
— Mas lerdo não é o oposto de esperto. Você é esperto, mas lerdo. — Cruzou os braços, levando aquilo tão à sério que comecei a rir sem querer.
— Obrigado?
— De nada. Sempre bom colocar limites nas suas ideias erradas.
— Iti, o hyung tá bravinho ele. — Mostrei a língua pro outro, debochando.
— Só não te dou uma linguada porque você tá com uma faca na mão... Espera pra ver se eu não te dou o troco quando você menos esperar.
— Que rancoroso. — Forcei uma vozinha triste. — Eu tenho me comportado tão bem... A última linguada que eu levei foi aquela vez que eu não trouxe curiosidades o suficiente de outras pessoas.
— Aliás, você tem falado com alguém? — Perguntou, sentando de novo em seu banquinho ao perceber que não tinha nada pra fazer além de esperar a panela fazer seu trabalho.
— Não realmente... Sei lá, hyung, eu não sou bom em esconder as coisas. — E ele sabia que eu estava falando sobre toda essa situação com o Yoongi. — Eu não quero atrapalhar em nada. Espero que eles me entendam e queiram falar comigo depois disso tudo passar.
— Vão compreender e falar, sim. Confie nas pessoas, Jungkook.
— E se elas traírem minha confiança? — Perguntei, colocando os legumes na frigideira e refogando cada um para poder finalizar o Japchae.
— Aí você segue em frente.
— Você fala como se fosse simples.
— Não é simples, mas é o próximo passo, independentemente do seu caminho pra conseguir chegar até lá.
— Você é muito poeta, hyung.
— Você que é, Jungkookie, pena que não costuma falar as poesias dentro de você com tanta frequência. — Deu de ombros e foi conferir a panela de arroz, mesmo que ela não precisasse ser conferida.
Enquanto isso, meu coração martelava que nem um desesperado em meu peito. Dessa vez eu acho que não era só a paixão, é claro que ela tava lá, mas acho que a alegria estava fazendo uma parceria com ela também. O feat do ano. Eu corei um pouco, mas a ideia de Jimin não só não julgar, mas gostar das coisas que vinham de mim era... Uau, era importante. Não sei se eu já tinha me sentido assim.
— O meu medo de me expressar, hyung... Você acha ele muito bobo?
— Claro que não, Jungkook, por que eu acharia isso? Medos são medos, apesar de ainda estar à espera do momento que você quiser me contar o porquê de você se sentir assim.
— Eu não conto principalmente porque eu mesmo não sei por que sou assim, hyung. Acho que simplesmente sou sensível demais. — Fui adicionando os ingredientes no macarrão enquanto falava. — Meus pais e meu irmão sempre foram ótimos comigo e me encorajavam... Só na escolinha me achavam estranho.
— Estranho? Por quê?
— Eu também não sei, hyung. — Acabei rindo, porque aquilo era muito idiota mesmo. Eu ficava tão feliz em passar tempo Taeyang também... Com ele eu sentia que alguém gostava de me ouvir de verdade. Foi mais ou menos naquela época, acho. — Eu simplesmente parei de falar qualquer coisa com qualquer pessoa. Então nunca descobri ao certo qual das coisas que eu fazia ou que eu falava me faziam estranho. Mas eu detestei tanto ouvir aquela palavra... Acho que é porque eu falo muito.
— Fala muito?
— Falo demais, mas na minha cabeça. Vivo em um monólogo reflexivo, sou o próprio Hamlet, insuportável. Acho que é por isso que eu gosto de design, eu canalizo essas coisas nas minhas artes e faz um pouco mais de sentido.
— Ser ou não ser? Eis a questão: será mais fofo Em nosso coração sofrer pensamentos e palavras Com que o Jungkookie, animado, nos alveja. — Brincou com os versos e fiquei impressionado com a facilidade com que o híbrido reconstruiu eles. E feliz. E corado. E putz, paixão, que saco, me deixa viver.
— Desde quando você conhece Shakespeare tão bem? Já pode pegar nossas tigelas. — Pedi e vi Jimin ir pegar as coisas no armário enquanto eu colocava um porta travessa no balcão e apoiava a panela quente com o Japchae pronto lá.
— Juan me emprestou um livro físico de Hamlet pra ler um dia, ele coleciona. Aparentemente eu tenho uma memória fotográfica muito boa.
— É um gênio mesmo esse Jiminie hyung. — Brinquei e encostei de leve em seu nariz quando ele se sentou comigo para comer também. — Espero que o Japchae esteja bom.
Ficamos quietos para nos servir e finalmente comer. Percebi que tinha esquecido de pegar bebidas e fui pegar uma jarra de água com um copo bem grande pra Jimin por via das dúvidas.
— Obrigado, Jungkookie. — Agradeceu a bebida, mas ainda não tinha começado a comer, me esperando.
— De nada, hyung. — Sorri com o gesto do outro e me sentei para que ele pudesse comer logo.
Nós dois trouxemos o macarrão à nossa boca quase ao mesmo tempo, fazendo um barulho satisfeito em uníssono. Não que eu gostasse tanto assim das coisas que eu preparava, é só que eu gostava de comer mesmo.
— Isso tá tão gostoso... — Jimin murmurou baixinho, os olhinhos fechados enquanto mastigava satisfeito. Ai, Deus, que maldade com meu pobre coração.
Aproveitei seus olhinhos fechados para observar melhor seu rosto. Eu me sentia um pouco intimidado com seu olhar sincero às vezes. E, realmente, não existia combinação mais perfeita no mundo do que aquele nariz pequenininho, bochechas fofinhas e boca farta. Sinceramente, eu queria beijar todo seu rosto, queria muito mesmo.
Me senti esquentar só em pensar na tal cena. Seria tão bom beijar Jimin e fazia tanto tempo que eu não queria beijar ninguém... Mas essa eu teria que engolir pelo bem do híbrido, porque ele gostava de Yoongi. E talvez ele tivesse uma chance ainda, na verdade.
Provavelmente Yoongi rejeitou Jimin porque a aproximação do outro atrapalharia na missão dele de espionar da HP. Na verdade, provavelmente se Jimin estivesse perto o suficiente de Yoongi, ele perceberia tudo. Até de longe percebemos que havia algo de errado. E era isso, Jimin tinha uma chance e eu tinha que aquietar a minha paixão. Eu só queria poder ver o Jimin feliz, poxa.
Bem, ele abriu os olhos de volta, me despertando da minha enxurrada de pensamentos de sempre, mas sorriu pra mim de um jeito que tudo de ruim parecia ter se dissipado. O poder desse garoto sobre mim, sinceramente...
— Fico feliz que tenha gostado... — Acabei respondendo um pouco encabulado.
— E desde quando eu não gosto da sua comida, Jungkookie?
— Não é muito cansativo ficar me chamando de Jungkookie, hyung? É longo. — Desviei do assunto.
— Nunca notei. — Deu de ombros, trazendo mais uma vez os Jeotgaraks cheios até sua boca. Mastigou antes de continuar. — Eu gosto de como seu nome soa, então parece até errado encurtar. Considere isso uma forma de respeito ao seus pais, que escolheram seu nome com tanto carinho.
— Ah, pronto...
— É sério! Jungkook, Jungkookie, Jeon Jungkookie — cantarolou — é tão bom de falar, não me canso nunca.
Eu que não cansava de ouvir sua voz e ouvir o meu nome no tom gostoso que ele usava era a própria morte. Eu estou morrendo há quantos capítulos já? Uns 5? Ai, é difícil, não vou mentir.
— Você está sendo bobo, hyung.
— Estou mesmo. — Deu de ombros, como não se importasse. Levantou para pegar um pouco do arroz que tinha feito e um pouco de kimchi.
— Está ousado mesmo, hein, hyung?
— Estou bebendo água direitinho e tomando meus remédios também. Acho que eu mereço um pequeno prazer desses. — Retrucou, parecendo um pouco chateado de eu ter mencionado que ele não podia comer tanto daquelas coisas. A verdade que ele sempre merecia tudo de melhor.
No final, depois de almoçar comemos frutas, muitas frutas. E pra variar assistimos filmes a tarde inteira, como se nada no universo estivesse errado, presos no nosso próprio mundinho. Naquela bolha doía nosso peito doía menos do que na realidade, por mais que nós dois sentíssemos o quão ela era superficial, o quão rapidamente ela poderia estourar.
— Jungkook... A gente pode dormir no sofá hoje? — Jimin rolou no dito cujo, os dedinhos do pé encolhidos e perguntou manhoso como uma criança quando ficou tarde e eu fui buscar a pomada. — Por favor, Jungkook, Jungkookie, Jeon Jungkookie.
— Claro, hyung. — Ri de sua voz cantarolada de novo. Ele tirou sua camisa e virou de costas como de praxe, ficando sentado no sofá.
Olhando suas cicatrizes, lembrei da forma que ele disse que elas doíam mais agora, ardiam mais. Tudo por causa daquele homem. Coloquei com bastante cuidado, como nos velhos tempos, só que dessa vez com aquela vontade de beijá-las que tanto permeava minha cabeça nos últimos dias.
— Só um segundo. — Jimin me interrompeu e pulou do sofá, indo pro quarto. Voltou estendendo a mão pequena pra mim, onde havia um pequeno pedacinho marrom de grama enroscado em seu dedo. — Ele secou, mas estou com meu anel da proteção também.
— Para que tudo isso?
— Para dormir protegido. Anel da proteção e Jungkook da proteção pra nada me fazer mal hoje. — Brincou, mas consegui sentir todo o medo que ele escondia atrás daquela fala.
Jimin estava realmente aterrorizado com toda a questão de Yoongi, apesar de tentar esconder isso o máximo que dava. Ele realmente era muito forte, mas aquilo também era dolorido de assistir. O Jimin realmente... Acreditava que não conseguiria viver e que logo desapareceria, perderia tudo que conquistou depois de todo aquele tempo.
Queria estar orgulhoso por ter sido tão sensível e perceptivo, coisa rara, mas... Perceber aquilo partiu meu coração. Era muito ruim perceber as coisas sabendo que eu era impotente pra mudá-las.
Abracei Jimin no mesmo momento, ninando seu corpo. Queria poder grudar nele para que tudo que tentasse passar por ele tivesse que passar por mim primeiro. Queria ser um escudo, queria poder tirar ele de tudo aquilo. E, mesmo se eu não conseguisse, eu tinha que fazê-lo. Eu queria fazer aquela promessa.
— Eu vou te proteger, hyung. Vou proteger você e o Yoongi. Tudo vai se resolver, você vai ver... E depois disso, nada vai acontecer com vocês, ok?
»»❤««
E então, o que acharam???? AAAAAaaaaaaa a fic tá entrando no clímax, só que ele é um pouco melancólico por causa da situação toda e tudo mais. Às vezes eu fico triste com o Jimin tristinho, mas eu me seguro na boiolice do Jungkook pra aguentar.
E mano, 20 CAPÍTULOS!!! Já estamos em 20 capítulos, acreditam??? Passou muito rápido, Deus do céu. Qual foi sua cena favorita nesse cap? Acho que a minha é os jikook cozinhando.
Não se esqueçam de dar seu votinho, comentar o que achou, surtar comigo no twitter na #OsGirininhos (eu sou a @domesticranger) etc. etc. porque não tem ALEGRIA MAIOR NO MUNDO PRA MIM DO QUE ISSO!!!! AMO VOCÊSSSSSSSSS espero muito mesmo que tenham gostado.
Aliás, eu estou postando uma nova fanfic chamada de Teoria de Bacon, ela é uma comédia bem levinha e curta, amaria ver vocês lá também!!!!
Enfim, é isso. Beijinhos de luz e até a próxima!!!
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