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Capítulo 48: A Visita

Jisung terminava de limpar a bagunça da cozinha enquanto sentia o olhar da mulher queimar suas costas. A mãe do seu namorado observava cada movimento que ele fazia, instruindo onde ele deveria ou não guardar as coisas para manter a "organização da cozinha".

— Você sabe ao menos cozinhar? — Questionou ao perceber a dificuldade do Han em tirar as formas do forno. Os bolos já estavam assados. — Aos meus olhos está completamente perdido e nem é tão difícil desenformar um bolo...

— Minji. — O rapaz a chamou pelo nome e a olhou, sorrindo forçado. — Não se pode ser bom em tudo nessa vida.

— E no que você é bom? — Ela questionou, realmente interessada na resposta. — Sabe que precisa aperfeiçoar conhecimento e ser bom dentro de casa para ter uma família, não é? Você precisa se tornar um bom pai para minha neta.

— Eu sei... — Jisung resmungou. — Eu sou bom em curar pessoas.

— Quando perguntei isso a Felix ele me disse que era bom em abrir corpos. — Ela comentou, rindo.

O Han não conseguiu se segurar e riu também, negando com a cabeça levemente. Minho voltou para a sala segurando a mão da filha que ao ver a mulher presente, se soltou rapidamente do pai e correu até ela gritando "vovó" de maneira animada.

Minho encarou o namorado como se perguntasse se ele estava bem, visto que havia ficado sozinho com sua mãe por sabe deus quanto tempo. Jisung apenas deu de ombros.

— O que veio fazer aqui? — Questionou ao se aproximar da mãe e a dar um beijo na cabeça.

— Buscar a Hannie para ir passear, irei ao cinema assistir um filme e preciso de companhia. — A mulher respondeu.

— Está muito frio para sair, mamãe. — Minho suspirou. — Acho melhor irem outro dia.

— Comprei meu ingresso pela internet semanas atrás e não consegui reembolso, acha mesmo que irei perder dinheiro por causa de um temporalzinho? — Ela questionou, fazendo Jisung segurar o riso.

— Você... — Minho iria insistir, mas suspirou e se calou ao ver o olhar da mulher. — As duas em casa antes das nove.

— Vai a merda, Lee Minho. — A mulher retrucou, levantando o nariz. — Iremos chegar às nove e um só por causa disso!

Haneul riu confusa, acenando para os outros dois quando a avó segurou sua mão e a puxou para fora do apartamento enquanto cochichavam. Minho observou sua mãe levar a menor e então suspirou, encarando o namorado que ainda estava na luta para desenformar o bolo.

— O que ela te falou?

— Não foi nada demais, ela ficou me observando e disse que preciso ser bom em várias coisas para me tornar um bom pai para a Hannie e consequentemente um bom marido para você. — Jisung resmungou.

— Você já é. — Minho murmurou e se aproximou, abraçando o corpo do namorado enquanto beijava carinhosamente a nuca do mais baixo.

— Hm, talvez. — Jisung murmurou distraído, encolhendo levemente o corpo a cada beijo que recebia, rindo. — Para idiota, você 'ta me atrapalhando!

— O que aconteceu com o "Jagiya"?

Jisung riu e negou, concentrando toda sua atenção no bolo. Estava quase conseguindo desenformar quando Minho deixou uma leve mordida em sua orelha, fazendo com que o bolo quebrasse e os pedaços caíssem no prato raso.

O mais novo xingou, empurrando o namorado com os ombros e se virando irritado para o olhar, vendo-o rir.

— Eu estava quase lá! — Choramingou. — Agora sua mãe vai ter certeza de que sou irresponsável e péssimo na cozinha!

— Isso é detalhe, amor. — Minho falou baixo, roubando um selinho do Han que fazia bico emburrado. — Você pode ser ruim na cozinha, mas é bom em outras coisas.

— Por exemplo?

— Por exemplo... — Minho o encarou e riu, mordendo levemente o lábio. — Você é bom no pique pega.

— Aham. Não quero nem imaginar o que você ia responder antes de dar essa desculpa esfarrapada. — Jisung murmurou ouvindo o Lee rir.

Terminou de desenformar os bolos e logo guardou, finalmente indo até a sala para ficar lá completamente largado. Estava pulando os canais da televisão quando Minho se aproximou e deitou em cima de seu corpo, apertando-o.

Jisung resmungou pedindo por socorro ao cachorrinho que estava deitado no chão os olhando confuso, sem conseguir entender que o Lee apertava o corpo pequeno do outro em um abraço apertado.

— Vamos aproveitar que a Hannie saiu e ficar bem juntinhos assim. — Minho murmurou, beijando o queixo do mais novo. — Você está tão quentinho.

— Eu sou quente. — Jisung respondeu, revirando os olhos ao perceber que o namorado havia levado aquilo em um duplo sentido. — Idiota.

Minho gargalhou e então tomou os lábios macios do namorado para si, iniciando um beijo calmo, enquanto dedilhava as pernas grossas do mais novo com os dedos e as apertava com certa força.

O Han sorriu entre o beijo ao sentir as mãos do namorado deslizar no inferior de suas coxas, afastando um pouco suas pernas para ficar no meio delas. Minho mordiscou o lábio avermelhado do mais novo, rompendo o beijo com certo pesar, direcionando sua boca até o pescoço do enfermeiro.

Jisung arfou e apertou levemente o ombro do namorado ao sentir os lábios molhados de Minho deslizar pela região, fazendo uma pequena trilha de chupões leves em sua pele. O Lee novamente iria juntar seus lábios, mas parou ao perceber o cachorrinho os encarando.

— Que coisa feia, Jisung. — Resmungo rindo, vendo Jisung o olhar confuso e parar de o puxar para próximo de si no intuito de o beijar novamente. — A criança está olhando.

— Ah... — Jisung falou sem graça, olhando o cachorrinho que os encarava. — Vai deitar Bbama Junior, deixe seus pais aproveitar o momento.

Expulsou o animal com a mão, ouvindo Minho rir. O cachorrinho continuou encarando eles e então deu meia volta e foi deitar em sua caminha, fechando os olhos.

— Pronto, resolvido. — Jisung murmurou. — Onde estávamos?

Minho sorriu e então o beijou novamente, apertando ainda mais o corpo pequeno no abraço, deslizando suas mãos por todas as curvas do Han, enquanto deixava vários selares no rostinho vermelho do namorado.

— Eu amo você. — Minho falou, beijando a mão do mais novo.

— Eu gosto quando você fala isso. — Jisung admitiu, sorrindo.

— Eu gosto de falar isso a você. — Minho respondeu, sorrindo também. 

— Sabe... — Jisung começou. — Eu me sinto bem com você e Haneul. Sinto que realmente tenho uma família agora.

— Somos sua família, amor. — Minho beijou o canto da boca do namorado, fazendo um rápido carinho nos cabelos sedoso e bem cuidado do Han.

— Eu irei cuidar de vocês da mesma maneira que vocês cuidam de mim. — O Han murmurou, beijando o mais velho. — Eu...

— Você...?

Minho riu ao perceber que o mais novo travou, percebendo que ele parecia lutar contra si mesmo para falar as três famosas palavrinhas. O Lee beijou a bochecha gordinha do mais novo e então negou, sorrindo.

— Eu amo você, não precisa me falar isso se ainda não está pronto. — Falou. — Confio em você, sei que quando você estiver preparado vai me falar isso.

Jisung sorriu e o puxou para um beijo, mal tinham iniciado o ósculo levemente desengonçado, mas romperam ao ouvir a campainha soar. O Lee levantou resmungando, ouvindo o cachorrinho latir.

Se aproximou da porta e então a abriu, tendo o sorriso discreto que estava em seu rosto se esvair ao ver a imagem da mulher na frente da sua porta. Aquela visita não estava prevista nem nos seus piores pesadelos.

— Oi, Minho. — Jisoo o cumprimentou, sorrindo.

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