O Lee ficou no local do acidente até os peritos chegarem para buscar o corpo e o levar ao necrotério, agora Minho estava sentado em sua mesa encarando a tela do computador que estava ligada.

Ele estava completamente estático, viajando em diversos pensamentos sentindo que estava em um enorme e escuro labirinto. Sempre que conseguia alguma pista algo acontecia, sentia que estava dentro de um jogo onde o assassino lhe dava uma peça do quebra cabeça e bagunçava tudo o que ele conseguia montar logo depois.

Era confuso. Assustador.

Minho despertou do seu transe ao ouvir os diversos murmúrios no local, suspendendo a cabeça e se levantando abruptamente quando o Kim adentrou o departamento.

— Namjoon-ssi! — O Lee falou e caminhou rapidamente até o Kim. — Estava preocupado com você. Isso aqui fica uma loucura sem você e Soobin para me ajudar.

— Isso foi tocante. — Christopher falou irônico, cruzando os braços e encarando o Lee com um biquinho, deixando claro sua chateação.

— Eu não estive me sentindo bem da gastrite, precisei me ausentar porque o médico falou que eu deveria descansar um pouco. — O Kim falou calmo. — Precisamos conversar a sós.

Namjoon manuseou a cabeça na direção da porta, saindo do departamento e sendo seguido pelo Lee rapidamente. O Kim puxou o maço de cigarro do bolso e acendeu um, começando a fumar.

Minho observou atentamente a figura de Namjoon, percebendo que ele parecia nervoso com algo, apesar de não querer transmitir. O Kim estava com alguma coisa diferente, o Lee só não conseguia identificar o que.

— Vamos arquivar os casos.

— O que?! — Minho o olhou surpreso. — Você ficou louco?

— Sabemos que todos os casos estão interligados. A morte do prefeito, de Taehyun, de Yeonjun e também o tiro que Soobin levou. — Namjoon falou calmo. — Tudo está interligado e uma única pessoa ordenou todos esses crimes e o fez de maneira majestosa ao ponto de não conseguimos pistas o suficiente para prende-lo.

— E você quer desistir depois de todas as informações que conseguimos? Não estou dizendo que estamos perto de prende-lo, mas também não estamos completamente zerados.

— Você não precisa concluir esse caso para se provar um bom policial, Minho. — Namjoon o olhou. — Chegamos até aqui graças a você e toda a nossa equipe, porém a gente precisa saber o momento certo de parar.

— Se a gente parar agora, mais pessoas vão morrer, Namjoon. — Minho retrucou. — Pessoas inocentes.

— Acredite, se você não parar, você vai morrer. — O Kim segurou o ombro do amigo com um sorriso triste. — Não se prenda a esse caso, vamos arquivar e esquecer que ele existe.

— Eu não quero! — Minho teimou. — Se não for com a sua ajuda, será sem, mas eu irei até o final com isso!

— Não. Você precisa descansar, pensar melhor em tudo e quando voltar para o departamento, pegar um novo caso.  — O Kim decretou. — Você está proibido de continuar no caso de Kang Taehyun, compreendido?

— O que aconteceu? Você queria prende-los mais do que eu, por que mudou de ideia?

— Eu não mudei de ideia, apenas percebi que o caso estava desgastando toda a equipe. Não existe apenas um crime ou apenas um criminoso no mundo, Minho. — Namjoon apagou o cigarro e o jogou na lixeira. — Precisamos saber a hora de parar e recomeçar.

— Eu não consigo entender...

— Não precisa. Pode ir para casa descansar, tire férias para voltar completamente renovado e preparado para um recomeço.

Namjoon deu tapinhas no ombro do Lee e então se afastou, voltando para dentro do departamento. Minho suspirou cansado, encarando a pista movimentada, assistindo os veículos passarem de um lado para o outro em uma velocidade constante.

O Lee então adentrou o departamento novamente, buscando suas coisas no armário. Guardou todos os documentos que havia imprimido sobre os casos, todas as fotos e todos os depoimentos que tinha. Todo e qualquer tipo de informação que não estava em seu notebook ele pegou, guardando na mochila e a jogando nas costas.

Caminhou apressadamente até a mesa de Christopher, olhando ao redor antes de se inclinar levemente e encarar o mais velho que o olhava confuso e ao mesmo tempo curioso.

— Fui afastado e Namjoon disse que vai arquivar o caso, mas eu não vou desistir. — Minho falou rápido, olhando ao redor novamente para se certificar que ninguém os ouvia. — Por favor me mantenha informado sobre tudo o que acontecer aqui, irei continuar buscando por pistas. Vou pedir para Soobin tentar rastrear a carreta que atropelou o rapaz hoje cedo.

— O nome dele é Hansol Vernon, 22 anos, mestiço. Estava aqui na Coreia há aproximadamente dois anos e meio e morava no quarto de uma pensão compartilhada. — Christopher falou, anotando rapidamente aquelas informações. — *Pensão Éden, quarto 223. Boa sorte.

O Bang entregou o papel ao Lee, sorrindo minimamente. Minho o agradeceu rapidamente, deixando o departamento logo depois.

Sabia dos riscos, mas precisava corre-los se quisesse descobrir quem estava por trás de todos aqueles crimes e fazer o criminoso pagar.

Sentiu seu celular vibrar, iria ignorar a chamada, mas visto que era Jisung o ligando ele rapidamente atendeu.

"Oi! Acabei de conseguir uma pausa." — Minho pôde ouvir o suspiro cansado do Han. — "Como está sendo seu dia?"

— Horrível. Aconteceu algumas coisas que prefiro não dizer, mas isso fez meu dia ir de mal a pior.

"Ainda bem que liguei para salva-lo então" — Jisung falou rindo, ouvindo Minho rir fracamente também. — "Já almoçou?"

— Ainda não, mas irei agora. — Minho resmungou, olhando o horário no relógio de pulso. — Quando você saí? Vou busca-lo.

"Acredito que as oito. Merda- Lee, preciso desligar. Um paciente está convulsionando."

Jisung sequer esperou por uma resposta, desligou o telefone assim que avisou o outro. Minho encarou o celular e então riu, negando com a cabeça.

O dia mal havia começado, ainda era meio dia. Ele iria almoçar e depois iria até a pensão Éden para tentar encontrar mais pistas sobre quem Hansol Vernon era e para quem ele trabalhava. Afinal, a morte dele poderia parecer um simples acidente, mas Minho tinha certeza que não era.

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Olá! Passando aqui para agradece a todos vocês que estão acompanhando a fanfic, votando e comentando ou enviando seus feedback em meu pv. Agradeço de coração <33
Lembrando que a ''Pensão Éden'' é apenas uma referencia ao dorama Stranger from Hell e absolutamente nada de Criminal é uma cópia da série. O assunto, os personagens e o plot da fanfic é completamente diferente. Xoxoxo.