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Capítulo 27: Namorado

— Você é perigoso, sabia? — Minho sussurrou ao romper o ósculo e afastar seus lábios.

— S-Sou? — Jisung gaguejou ao perguntar, levemente confuso com as sensações que estava sentindo. A respiração estava pesada e seus olhos quase não conseguiam se manter abertos.

— Sim. Você é. — Minho encarava o Han, sorrindo fracamente ao vê-lo naquele estado. — Você é como o pecado. Completamente tentador.

Jisung prendeu a respiração ao sentir os lábios molhados do Lee tocaram sua orelha, prendendo-a com os dentes em uma mordida fraca.

As mãos do Han se moveram inconscientemente para a cintura do Lee, o abraçando na tentativa de prende-lo a si.

— Minho. — Jisung o chamou baixo, fechando os olhos ao sentir os lábios do Lee beijarem todo o seu rosto. — Se eu sou como o pecado, por que não vem se perder em mim?

O policial riu com a pergunta, juntando novamente os lábios em outro beijo. Jisung suspendeu levemente a camisa do Lee, tocando com as mãos a pele quente de Minho, vendo-o se desequilibrar com o toque.

Jisung arranhou levemente a barriga do Lee com suas unhas curtas, prendendo um arfar quando Minho chupou seu lábio inferior e o mordeu levemente antes de afastar suas bocas.

— Vamos terminar o filme. — O Lee resmungou, beijando a bochecha de Jisung e se afastando.

Jisung soltou todo o ar que havia prendido em seus pulmões, encarando o ventilador de teto da sala. O Han juntou forças para levantar o corpo do sofá, se sentando novamente enquanto buscava pelo controle meio perdido.

Ao achar o controle ele novamente deu play no filme, tentando focar no que passava na tela da televisão e não nas memórias marcantes que sua mente revivia de minutos atrás.

— Ji vem cá. — Minho o chamou em um sussurro, puxando o corpo do menor para deitar em cima do seu.

Jisung se aconchegou melhor em cima do corpo alheio, quase ronronando quando Minho começou a fazer carinho em sua nuca puxando levemente os fios de cabelo dali.

Minutos depois o filme acabou, Jisung sequer conseguiu prestar atenção no final do filme, afinal a única coisa que passava em sus cabeça era fantasias das sensações que sentia com os toques e os beijos do Lee. Acabou resmungando frustrado quando Minho parou o carinho.

— Estava tão bom. — Reclamou ao bufar, ouvindo o outro rir baixo. — Você tem mania de parar as coisas na metade?

— Você é tão direto que as vezes é irritante. — Minho falou, recebendo um beliscão fraco e reclamando. — Aí, Ji!

— Já parou para pensar que se eu não fosse direto, provavelmente a gente não estaria assim hoje? — Jisung se defendeu.

— Não estaríamos mesmo, nunca iria imaginar que você tinha se interessado em mim. — Minho respondeu, rindo. — Acho que consegui absorver bem essa informação.

Mentiu. Ele havia surtado por dentro quando descobriu o interesse de Jisung em si e também quando percebeu que também estava se interessando pelo Han. Um homem. Ainda não havia absorvido totalmente aquela informação, sequer falou para alguém sobre o que estavam tendo, estava apenas tentando seguir o fluxo e o que seu coração pedia.

— Tenho fetiche em policiais. — Jisung falou sério, vendo a rápida mudança de expressão do Lee e gargalhando alto. — É brincadeira, bobo.

— Você está me preocupando. — Minho riu. — Daqui a pouco vai pedir para eu te prender.

Jisung sorriu e juntou os pulsos os erguendo na direção do Lee, Minho o encarou respirando pesado e então o empurrou levemente com a ponta dos dedos, vendo o Han tombar o corpo para trás e cair deitado no sofá novamente enquanto ria.

— Vem, vamos dormir. — O Lee disse ao se levantar, segurando as mãos do Han que fazia birra por não querer ir. — Amanhã você trabalha, criança.

— Queria ficar o dia inteiro com você. — Jisung falou chateado. — É sua folga, né?

— Não vou folgar amanhã, precisam de mim no departamento. — Minho resmungou. — E como você folga na sexta, pensei na gente sair para passear.

— Pensou? — Jisung repetiu baixo, sorrindo abertamente. — Você é tão fofo.

— Claro que pensei. — Minho resmungou baixinho já que estava com o rosto colado no pescoço de Jisung. — Tenho que pensar nos programas legais que posso fazer com meu namorado.

— Seu namorado? — Jisung repetiu novamente, empurrando levemente o corpo de Minho para trás somente para conseguir enxergar o rosto do Lee.

— Acho que a gente namora né. Temos um relacionamento, lembra?

— Então já passamos da fase "tenho interesse em te conhecer"? — Jisung perguntou, beijando o rosto do Lee.

— Hm. Sim, eu acho. — Minho piscou confuso. — Acha que estamos indo rápido demais?

— Não. Acho que somos dois adultos bem resolvidos e que sabem o que quer. — Jisung respondeu com um sorriso pequeno nos lábios.

— Sim. Com o tempo a gente vai se conhecendo mais e mais. — Minho beijou o queixo de Jisung.

— Vamos dormir, namorado. — O Han falou, rindo.

Minho o ajudou a levantar e então depois de desligarem a televisão eles dois subiram as escadas para o andar de cima, Minho foi na direção do quarto de hóspedes enquanto o Han foi para o próprio quarto.

Jisung parou na frente da porta do próprio quarto e olhou o Lee, sorrindo fracamente para Minho que se aproximou para o roubar um selinho rápido.

— Boa noite, Ji.

— Não pode mesmo dormir comigo hoje? — Jisung cochichou tristonho.

— Não acho que seria uma boa ideia, Haneul pode acordar assustada sem saber onde está. — O Lee o respondeu, beijando a testa do mais baixo.

— Tudo bem, você tem razão. — Jisung concordou, beijando a bochecha de Minho. — Boa noite, hyung.

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