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Capítulo 25: Explosão de Sensações

Jisung estava lavando os pratos do jantar na cozinha. Depois da refeição havia ido ficar com Haneul que o chamou para assistir um desenho de trem e como a garotinha acabou dormindo ele resolveu levantar para organizar as coisas que tinham bagunçado mais cedo.

Beirava nove da noite quando a campainha tocou, ele enxugou as mãos largando alguns copos sujos na pia e foi abrir a porta vendo Minho com uma expressão cansada, mas que ao vê-lo sorriu e o mostrou uma pequena sacola de frango frito.

O Lee adentrou a casa do outro e tirou seus sapatos, deixando suas coisas perto da porta. Jisung refez o caminho voltando para a cozinha e Minho o seguiu ao perceber que Haneul dormia no sofá espaçoso do Han.

— Brincaram muito? — Minho perguntou em um cochicho.

— Aham.

O Han resmungou enquanto voltava a prestar atenção nos pratos, desde o ocorrido de mais cedo com Haneul ele estava pensativo sobre o que a garotinha havia lhe falado. Minho percebeu o silêncio repentino do rapaz, entre os dois quem mais falava era Jisung e vê-lo quieto era estranho.

— Aconteceu alguma coisa? — Minho perguntou e se aproximou, ficando ao lado de Jisung e pegando os copos limpos para enxugar.

Jisung suspendeu o rosto para o olhar, suspirando e virando o corpo da direção do Lee. Minho largou os copos e também se virou para o mais novo.

— Tem um garoto da sala de Haneul que implica com ela pelo fato dela não ter mãe... — Jisung começou em um cochicho. — Ela acabou brigando com ele hoje e levou uma advertência, mas eu resolvi essa questão...

— Haneul não é agressiva, se ela chegou ao ponto de brigar com ele é porque ele a provocou demais. — Minho suspirou. — Eu imaginei que ela poderia passar por algo assim na escolinha ou se sentir diferente de alguma maneira quando percebesse que somente eu ou o tio a buscava. É complicado... Está triste por causa da situação?

— Também. Na verdade, ela conversou comigo sobre isso... — Jisung suspendeu o olhar e encarou o Lee. — Ela me pediu para não te falar por medo de você se casar com a "moça má", disse que a única mamãe que ela quer é a dela.

Minho suspirou e então cruzou os braços, ficando pensativo por alguns minutos enquanto encarava a garotinha que dormia no sofá de Jisung.

— Ela quer a mãe dela, Minho.

— Jisoo nos deixou, eu sempre fiz o máximo pra ela não sentir a falta de uma mãe e sei que nada nem ninguém vai preencher esse vazio que ela sente. — O Lee resmungou. — Isso te deixou chateado?

Jisung deu de ombros, encarando a garotinha que estava no outro cômodo com um sorriso triste.

— Eu gosto dela. Sei que ela não é minha filha, óbvio que sei qual são os limites, mas eu cheguei a cogitar que talvez se nosso relacionamento desse certo...

— Por que talvez? Acha que não vai dar?

— Eu não quero atrapalhar você, depois de hoje e de saber como ela se sente, não quero que ela fique confusa com os nossos problemas...

— Ji você está pensando demais. — Minho se virou tocando a mão do Han. — Não pense nisso, só deixa fluir. A gente não precisa se precipitar e contar tudo a ela, podemos ir aos poucos.

Jisung concordou meio perdido e Minho sorriu, puxando com cuidado o rapaz para um abraço apertado. O Han apoiou a testa no ombro do policial e fechou os olhos, relaxando completamente o corpo enquanto sentia o cheiro fraco do perfume do Lee.

Minho fez um rápido carinho nas costas do mais baixo, vendo-o se afastar minimamente de seu corpo meio sem jeito. Jisung entrelaçou seus dedos e olhou para o mais velho sorrindo envergonhado.

Os dois se encararam por alguns segundos até Minho se inclinar e aproximar seus rostos, segurando com uma das mãos o pescoço de Jisung  e colando seus lábios em um selinho demorado.

Jisung sorriu ainda mais envergonhado e abaixou a cabeça, era o primeiro contato mais íntimo que tinham desde que se conheceram e resolveram engatar naquela reação.

Minho sorriu com esse gesto do outro, suspendendo o rosto de Jisung com cuidado e colando seus lábios novamente. O Han apertou levemente a farda do policial, sentindo seu corpo ter uma explosão de sensações por causa do beijo carinhoso.

— Não se preocupe com isso, ok? — Minho sussurrou ao romper o beijo, sem se afastar totalmente do outro.

Jisung mordeu levemente o próprio lábio e concordou, fechando os olhos quando Minho beijou sua testa.

Minho se afastou para se sentar na mesa de jantar, apoiando o cotovelo no objeto enquanto sustentava seu rosto com a mão. O Lee fechou os olhos por breves segundos somente para tentar esquecer os problemas do trabalho que estão o deixando exausto para focar na sensação boa que sentiu ao beijar Jisung.

O Han percebeu o cansaço alheio,  resolveu deixá-lo quieto por um tempo somente para preparar algo para Minho jantar. Esquentou tudo rápido e o serviu, sorrindo minimamente para o Lee quando ele abriu os olhos e o olhou.

— Janta e depois toma um banho, você está cansado. — Jisung falou calmamente. — Haneul está dormindo, se você quiser vocês podem dormir aqui hoje.

Minho o olhou em silêncio por alguns segundos e então riu fraco, concordando.

— Obrigado, Ji.

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