CAPÍTULO 05
Oi, amoressssss.
Muito tempo, muitos anos e muitas décadas depois, Luna reage e posta capítulo novo pra vocês. 🙏🏼 Confesso que tô lutando contra o tempo, mas a gente vai dando uns pulos e fica tudo bem.
Espero que gostem do capítulo, semana que vem tem mais! Não se esqueça de deixar o seu voto e comentário, senão eu vou fazer drama e sumir por um mês. KKKKKKKKK BRINCADEIRA.
🚨URGENTE🚨 quem não votar e nem comentar no capítulo vai ter que conviver um dia inteiro com a Kayla Nicole.
Beijo, boa leitura!
//
Taylor não conseguiu evitar um sobressalto quando ouviu o som de um carro freando e estacionando em frente à sua casa.
O interfone soou logo em seguida, anunciando a chegada dos detetives, exatamente oito minutos e trinta e dois segundos após sua ligação.
Era inegável: o detetive Kelce cumpria seus prazos com eficiência.
Ela havia recuperado o controle emocional apenas dois minutos depois de contatá-los, mas agora se sentia tola por ter causado alarde em razão de mais uma ameaça, sabendo que não seria a última.
Recriminou-se, percebendo que deveria se acostumar com essas situações em vez de se deixar levar pela descontrolada ansiedade. Infelizmente, as intimidações agora se tornariam parte de sua rotina, até que os detetives finalmente capturassem aquele louco que vinha lhe tirando a paz.
Entretanto, durante o recente contato com o possível ameaçador, ela quase foi consumida pela histeria. Não conseguiu ser a mulher forte e corajosa que sua mãe sempre lhe ensinou a ser. Perdeu o foco e o equilíbrio, percebendo agora que sua atitude apenas serviu para divertir o indivíduo do outro lado da linha, que aproveitava a oportunidade para se sentir mais poderoso em seus ataques.
Taylor não era adepta da passividade, mas admitia que, naquele momento, essa talvez fosse sua melhor opção. Manter a calma e confiar no trabalho dos detetives parecia ser o caminho mais sensato. Enfrentar uma voz, gritar e trocar ameaças, apenas a deixava ridiculamente vulnerável e medrosa, uma sensação que ela detestava.
Enquanto descia as escadas para atender à porta, olhou ao redor, lembrando-se de como ela e Tinna tinham escolhido cada detalhe daquela casa: as cortinas, as porcelanas, os quadros, os enfeites e alguns souvenirs. Tudo tão familiar e acolhedor, contando um pouco de sua história e de seus gostos pessoais.
Pela primeira vez, após a morte de sua mãe, sentia que estava reconstruindo um lar. Não podia permitir que uma voz idiota a privasse disso.
Ela precisava ser corajosa e resiliente, assim como as mulheres da família que sua mãe sempre mencionava – tias, avós e bisavós, todas mulheres pioneiras que enfrentavam as suas dificuldades de cabeça erguida, eram descritas como verdadeiras heroínas por Andrea.
Taylor sentia que tinha a obrigação de honrá-las, mesmo temendo que não pudesse prever quando aquele louco se cansaria de ligar e enviar ‘presentes’ ou viria pessoalmente atrás dela. A voz dele ecoava em sua mente como uma sentença: "Sou o seu algoz, vou fazê-la sofrer. Vou fazê-la pagar."
Um arrepio percorreu seu corpo ao relembrar aquelas palavras e ela se assustou com a batida na porta, percebendo que havia permanecido tempo demais ali, com a mão na maçaneta, distraída por seus pensamentos enquanto os detetives aguardavam do lado de fora.
Tomando uma respiração profunda, ajeitou os cabelos, inchou o peito e assumiu uma postura digna de uma modelo antes de abrir a porta. Não queria que a vissem com pena e reconhecessem a fragilidade que sentia ser obrigada a esconder.
— Olá, detetives. Vocês chegaram rápido. — saudou, deixando transparecer sua gratidão pela agilidade. — Desculpe incomodá-los.
— É nosso trabalho — respondeu Este, a porta-voz da dupla, observando o esforço de Taylor para passar uma imagem de segurança. — Além disso, fazia duas semanas que não treinava minha habilidade de dirigir acima da velocidade permitida por essas ruas.
Haim sorriu, numa tentativa de fazer Taylor relaxar de verdade. Conduzindo-os até a sala de estar, a apresentadora trocou um olhar rápido com o sério detetive Kelce, que a observava atentamente.
— Poderia nos contar detalhadamente o que aconteceu? — perguntou Travis assim que se acomodaram no sofá.
— Claro. Eu anotei tudo. — disse Taylor, dirigindo-se à mesinha onde costumava ficar o telefone. Voltou com um bloco de anotações em mãos. Passou o bloco para o detetive, tentando evitar ter que repetir em voz alta o que ouvira. — Talvez vocês não entendam algumas palavras; tudo aconteceu muito rápido e eu não estava completamente focada para caprichar na caligrafia
Ela tentou sorrir, mas a expressão soou mais como um esforço do que uma descontração genuína. Travis contraiu o maxilar ao começar a ler as palavras rabiscadas pela loira. Elas eram um reflexo claro da raiva contida do perseguidor e geravam uma intensa aversão ao infeliz que constantemente ofendia Taylor de todas as maneiras possíveis.
A força com que o papel estava marcado indicava o quão tensa Swift se tornara. E com razão, pois as ameaças e os insultos se tornavam cada vez mais pesados a cada linha.
Ele rapidamente passou o bloco para sua parceira examinar, enquanto se concentrava na princesa da comunicação que estava sentada no braço do sofá, tentando ajeitar o moletom que usava, como se isso pudesse disfarçar seu nervosismo.
— Você também mencionou que recebeu outro 'presente'. — Travis notou que o rosto de Taylor empalideceu. — Diga-me onde está. Não precisa tocá-lo novamente.
A loira desejava impressioná-lo e pegar o embrulho que estava caído no corredor entre a sala de jantar e a cozinha, mas engoliu o orgulho e reconheceu seu limite, apenas apontando a direção para o detetive. Ele se levantou imediatamente para verificar o que havia sido enviado.
Cerca de dois minutos depois, Travis retornou com o embrulho nas mãos, agora cobertas por luvas. Este percebeu, pelo olhar quase indecifrável do parceiro, que o que estava prestes a ver não lhe agradaria em nada.
Colocando um par de luvas descartáveis, a parceira se aproximou de Kelce e, sem criar suspense, abriu a caixa. Ao longo dos anos, havia aprendido que a enrolação nunca diminuiria o impacto da realidade.
— Um par de globos oculares. — a detetive examinou a 'lembrança' destinada a Taylor, contorcendo-se internamente, mas mantendo a compostura. — Santo Deus.
Não era a pior coisa que já tinha visto, mas estava longe de ser uma visão agradável.
— Havia um bilhete junto. — a voz de Taylor falhou ao se levantar para retirar o papel que havia guardado no bolso e entregá-lo a Este.
"Eu estou vendo tudo que você está fazendo. Não pode se livrar de mim." Era a mensagem que havia aterrorizado a apresentadora e a levado a pedir ajuda.
— Quando o telefone tocou, ele mencionou que eu encontraria um 'presentinho' na caixa de correios, e que eu deveria me conformar com meu destino. — Taylor explicou, abraçando-se involuntariamente, enquanto caminhava lentamente pela sala.
Travis quis ignorar a presença de sua parceira e envolver a loira em seus braços. Era difícil lidar com a parede emocional que ela erguia, enquanto tudo que Taylor realmente desejava era um abrigo.
Contudo, naquele momento, ele era apenas o detetive Kelce; misturar suas emoções pessoais com o papel profissional não era a melhor escolha. Então, percebendo a retração de Travis, Haim seguiu os protocolos.
— Há câmeras de segurança na área externa da casa? — perguntou a detetive e Taylor negou com a cabeça.
Taylor se sentiu negligente por não ter pensado nesse detalhe; sempre acreditou que a segurança da área seria suficiente.
Durante sua ascensão artística, nunca sentiu a necessidade de implementar medidas extraordinárias de segurança, uma vez que sempre morou em apartamentos. Esta era a primeira vez que vivia em uma casa após seu sucesso e nunca imaginara que poderia ser alvo de uma situação tão alarmante, mesmo ciente da violência que gritava ao seu redor.
— Providencie câmeras. — Travis reforçou o que ela já tinha em mente. — Quem sabe o telefone e o endereço daqui? Imagino que não esteja na lista telefônica.
— De fato, não está. — a apresentadora começou a refletir. — Apenas a emissora, o arquivo da universidade da Tinna, minha advogada, a agência bancária e alguns amigos íntimos têm acesso a essas informações.
— Vamos fazer uma investigação e descobrir a quem pertenciam esses olhos claros. — Este tomou a iniciativa, fechando a caixa de presente.
— Teremos que conversar com sua irmã também, para confirmar se ela não deu seu telefone e endereço a mais alguém. — O detetive acrescentou.
— Conversar comigo? — a voz de Tinna ecoou pela sala, surpreendendo a todos com sua chegada repentina.
— Tinna, você não tinha aula esta noite? — Taylor olhou para a irmã, surpresa e irritada.
— Tenho sim. — a voz da mais nova era firme e seus olhos castanhos, grandes e intensos, se encontraram com os olhos azuis de Taylor. — Presumo que sejam policiais.
Tinna olhou para Este e Travis, percebendo a confirmação nos olhares deles e mantendo-se mais complacente do que a irmã mais velha.
— Tinna, você tem prova hoje. — advertiu a irmã, que se virou furiosa para ela. — Não deveria estar matando aula.
— Não se atreva a me tratar como uma criança, Tay. Não quando há coisas muito mais sérias acontecendo aqui. — ela estendeu o jornal que havia encontrado na faculdade para a mais velha. — Você prometeu que iríamos lidar com isso, juntas, Taylor. As ameaças continuaram e eu só soube pela imprensa.
A apresentadora suspirou e lançou um olhar rápido à matéria sobre as ameaças que estava sofrendo, Joseph precisava descobrir como aquilo havia vazado na emissora. Se já era difícil lidar com a situação em sigilo, agora tinha que enfrentar os abutres da imprensa, que usavam seu nome para vender matérias cheias de exageros e inverdades.
— Metade do que escreveram aí é mentira. — ela tentou acalmar a irmã, mas sua evasiva só a deixou mais irritada. — Eu prometi que envolveria a polícia se fosse necessário e elas já estão a par da situação. Portanto, você não tem com o que se preocupar, Tinna.
— Você é minha irmã, Taylor. — Tinna quase bateu os pés. — Como posso não me preocupar?
— Eu cuido dos meus problemas, Tinna. — Taylor deu o seu veredito final.
— Desde quando o que acontece com você não me diz respeito? — Tinna rebateu e as duas se encararam com intensidade.
Uma típica discussão de irmãs se desenrolou. Travis e Este trocaram olhares rápidos, abstendo-se de intervir, enquanto apreciavam o embate.
Travis as avaliou mentalmente: pareciam duas leoas ferozes. Ambas eram lindas, com uma genética impressionante, corpos esculpidos, cabelos sedosos e pele impecável. O olhar penetrante e a mesma postura altiva em ambas.
Mas enquanto Taylor exalava uma sensualidade natural que faria qualquer homem deixar tudo por um olhar seu, Tinna tinha uma beleza mais sutil. A juventude da mais nova contribuía para suas feições menos impactantes, mas Travis sabia que, em alguns anos, ela também atrairia olhares intensos com um simples sorriso.
Embora compartilhassem meras semelhanças físicas, o que mais se destacava era o temperamento forte de ambas. A discussão entre as irmãs Swift era um verdadeiro espetáculo para os detetives, que se perguntavam quanto tempo aquele embate duraria.
— Em quem você aposta? — Travis sussurrou para Haim.
— Em Taylor. — a loira respondeu, cruzando as pernas e se acomodando no sofá. — Mas a outra é um rival forte.
Os dois trocaram sorrisos discretos, ponderando se deveria lembrá-las que tinham uma plateia, mas, antes que pudessem agir, Tinna, cansada de jogar argumentos contra a tenacidade da irmã, decidiu recuar.
— Chega! Você. — a mais nova soltou um suspiro exasperado, apontando para Travis, mas logo mudando de ideia e voltando-se para Este. — O que está realmente acontecendo?
— Somos os detetives encarregados de investigar o caso que envolve sua irmã, senhorita. — Haim explicou, ignorando o olhar de reprovação de Taylor, que pedia para não dar muitos detalhes a Tinna.
— Então temos um caso? — a mais nova perguntou e Haim assentiu.
— Fique tranquila, senhorita. O detetive Kelce e eu estamos em contato com a emissora e monitorando as ligações que sua irmã tem recebido. — ao perceber que o olhar de preocupação havia aumentado no rosto de Tinna, a detetive tenta tranquilizá-la. — Também estamos identificando suspeitos e colocaremos escutas no telefone daqui, devido ao último telefonema.
— Quer dizer que ele também ligou pra cá? — Tinna ficou em choque e não precisou de mais explicações para deduzir que o embrulho sobre o sofá também era obra do psicopata. — Taylor, por que...
Ela hesitou, antes de optar por abraçar a irmã, percebendo o quanto Taylor estava se esforçando para mantê-la alheia àquela situação.
— Eu sinto muito.
— Não se preocupe, Tinna. Está tudo bem. — Taylor fez a irmã olhar em seus olhos. — Os detetives estão cuidando de tudo. Joseph disse que eles são os melhores.
Tinna tentou convencer-se, mas só conseguiu sufocar o medo para não deixar Taylor ainda mais fragilizada.
— Exatamente, temos bastante experiência em casos assim. — Haim interveio. — A propósito, poderia usar o telefone por um instante? Preciso tomar algumas providências imediatas sobre o que aconteceu aqui.
— Claro, use o da cozinha. Você poderá falar à vontade. — Tinna sugeriu, aproveitando a oportunidade para ficar a sós com a detetive e obter mais informações. — Venha, eu te mostro onde fica.
Ela deu alguns passos para fora da sala, mas, antes de sair, parou e olhou para Travis, minuciosamente
— Aceitaria um café, detetive? — ofereceu, timidamente.
— Certamente. — ele sorriu, acompanhando-a com o olhar enquanto ela desaparecia pelo corredor.
— Nem pense nisso. — Taylor o alertou, percebendo sua expressão.
— Nisso? — ele fixou o olhar nos olhos dela, que brilhavam como chamas azuis. Fez-se desentendido, conhecendo bem aquele jeito protetor de irmã mais velha, quase maternal. Então, ele decidiu sussurrar, provocando a fera. — Sua irmã... Tinna, não é? Uma moça linda.
— Você é velho demais para ela, detetive. — Taylor sorriu, um sorriso que irradiava vingança.
Ah, isso realmente doeu. Ele cruzou as pernas, apoiando o tornozelo sobre o joelho.
— Você acertou em cheio o meu ego, Swift. — ele passou a mão pelos cabelos, simulando ofensa e preocupação. — Este está certa, preciso urgentemente disfarçar essa lateral grisalha dos meus cabelos. Não sou tão velho assim.
— A propósito, você e a detetive Haim formam um belo casal. — Taylor sentou-se ao lado de Travis, tentando parecer despretensiosa.
— Haim e eu? — ele riu, divertido com as notas de ciúmes e curiosidade que pairavam nas palavras da loira. Às vezes, ele se esquecia que sua parceira era uma mulher. — De fato, somos um bom par.
Taylor franziu o cenho, levantou-se e se dirigiu para um canto da sala, onde se serviu de um pouco de licor. Não gostou da resposta que ouvira; ainda assim, não tinha certeza. Sua mente insistia que, com a fama que Travis Kelce possuía, seria natural ele se envolver com uma mulher bela, inteligente e atraente como a detetive Haim.
— Ciúmes, Taylor? — Travis aproximou-se silenciosamente dela e tomou a bebida de suas mãos.
— De você? — ela lançou os cabelos para trás, sorrindo. — Só nos seus sonhos.
— Falaremos dos meus sonhos outra hora. — ele sussurrou próximo ao ouvido dela, provocando-a arrepios. — Mas agora, vamos falar de você. Como está se sentindo, Taylor?
Ele se pôs em modo detetive e ela, agradecendo mentalmente, percebeu que seus pensamentos estavam começando a deixá-la vulnerável ao magnetismo de Travis.
— Estou bem. — Taylor usou seu olhar mais persuasivo. — Apenas não quero que Tinna se envolva nisso. Me preocupo com ela, fica sozinha em casa enquanto trabalho.
— Providenciarei uma viatura na porta, dia e noite, para a segurança de vocês. — ele garantiu e ela sorriu, visivelmente grata.
— Eu não suportaria que algo ruim acontecesse a ela por minha causa. — com a cabeça baixa, Taylor escondia a fragilidade em seu olhar. — Ela não merece.
— Nem você. — Travis não resistiu e tocou o queixo dela, forçando-a a encontrar seus olhos enquanto acariciava suavemente sua pele.
A sensação de se esconder naquele peito largo e pedir um abraço de Travis havia se tornado, subitamente, tentadora. Fazia tempo que não era tocada daquela maneira; fazia tempo que não experimentava uma carícia suave e protetora.
Contudo, ela conseguiu dar de ombros e se afastar, disfarçando a aprovação que sentia pelo gesto.
— Preciso me arrumar para ir à emissora. — ela tentou desvencilhar-se gentilmente, mas ele segurou sua mão.
— Talvez você devesse considerar a hipótese de tirar alguns dias de férias. — Travis sugeriu, percebendo a rejeição imediata no olhar da loira. — Deixe alguns programas gravados e descanse enquanto a investigação avança.
— Não vou parar minha vida por causa de uma voz, nem deixá-lo pensar que estou com medo. — Taylor se opôs no mesmo instante.
— Até a Mulher Maravilha se permite uma noite de folga, Taylor. — ele ousou, fazendo uma referência cômica que despertou certo humor entre os dois. — Você também vai precisar.
— A Mulher Maravilha conta com os super amigos para proteger o mundo enquanto sai para jantar com o Superman. — ela ironiza, revirando os olhos.
— Você realmente acha que a Mulher Maravilha teria um caso com o Superman? — Travis balançou a cabeça. — Se ela fosse sair para jantar, certamente seria com o Batman. E, quanto a proteção, você tem a mim.
— É claro que um detetive seria fã do 'Grande Detetive'. — Taylor refletiu.
— Imagino que uma mulher inteligente e independente também seja fã da deusa da verdade. — ele sugeriu, vendo a confirmação brilhar em seus olhos. — Bom, a sorte já está ao seu lado, pois você tem seu grande detetive aqui.
Ele sustentou cada palavra com tanta naturalidade que Taylor não conseguiu segurar um sorriso divertido.
Travis notou que a risada dela era uma melodia encantadora. A partir daquele instante, fazer Taylor sorrir e rir se tornou uma das suas metas.
— Não imaginava que você pudesse me divertir, detetive. — admitiu a loira, tentando se recompor após aquele breve momento de descontração.
— Há muitas outras coisas que posso fazer. — ele disse, deslizando os dedos suavemente pelo antebraço da apresentadora, subindo um pouco acima dos cotovelos. — Coisas que você nem imagina, Taylor.
Mas ele logo parou, ciente de que precisava estabelecer limites em sua profissão. Taylor sentiu a garganta secar, o sangue pulsar de forma intensa e sua mente fervilhar com hipóteses inconfessáveis, difíceis de admitir, especialmente para alguém que se considerava resistente aos jogos do amor.
— Se isso é uma ameaça, saiba que já recebi muitas hoje. — foi a melhor defesa que conseguiu formular para frustrá-lo e irritá-lo.
— É apenas um fato, princesa. — Travis respondeu, colocando as mãos nos bolsos e se virando na direção de Tinna, que observava os últimos momentos da conversa. — Parece que meu café está pronto.
A mais jovem sorriu, ligeiramente desconcertada pelo flagrante, mas agiu naturalmente, entregando a xícara ao detetive e voltando a atenção para sua irmã.
Embora não fosse do feitio de Tinna ser indiscreta, ela não conseguiu ignorar o clima palpável que pairava na sala entre Taylor e Travis. Conhecia bem sua irmã e percebia que há tempos não a via tão aberta a alguém como estava naquele momento, avaliando a postura dela diante do detetive.
Com um leve receio, não avessa à fama do detetive, Tinna sentiu uma fagulha de esperança ao observar aquela cena. Mal podia esperar para ver o herdeiro Kelce derretendo as barreiras de gelo que Taylor havia construído em torno do amor, ao demonstrar preocupação por ela.
— Tay, vou ficar em casa hoje. — anunciou Tinna, estendendo a palma da mão, pedindo que Taylor a deixasse terminar. — Não faltei a aula nenhuma vez no semestre e alguém precisa estar aqui quando instalarem as escutas. A detetive Haim conseguiu que viessem hoje mesmo.
Taylor assentiu com a cabeça.
— Ótimo! — Travis disse, acomodando-se e saboreando o café. — Acho que você deve se trocar, Taylor. Estarei te esperando.
— Esperando por mim? — Taylor ergueu uma sobrancelha.
— Claro! Este ficará com meu carro, cuidando de tudo por aqui, e você terá que me dar uma carona até a emissora. — o detetive anunciou, sabendo a reação que colheria da loira. — Estará sob meus cuidados esta noite.
— E eu tenho opção? — Taylor começou a subir as escadas, parando em um ponto com as mãos na cintura.
Travis se virou no sofá para encará-la.
— Sempre há opções, apenas nenhuma será melhor que a minha. — o charme pairou em sua voz, ridiculamente provocativo.
Taylor se arrependeu da pergunta e fingiu não gostar do tom pretensioso de seu detetive, subindo as escadas rapidamente. Tinna sorriu, observando o meio sorriso de Travis ser rapidamente desfeito.
Estava convencida: torceria não apenas pela paz, mas também pela felicidade de sua irmã.
//
Travis com os quatro pneus arriados e Taylor com cinco facas na mão, Deus dará forças 🙏🏼
Espero que tenham gostado do capítulo, amores, a partir de agora as coisas vão fluir de uma forma mais... como posso dizer isso sem dar um spoiler? Não vou dizer. Enfim, esperem pra ver. UM BEIJO! Se cuidem e até mais.
Atenciosamente, com amor, Luna. 🖤
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro