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Capítulo 12 - Crimes do Desejo

Depois de saírem do edifício do mesmo modo que haviam entrado, caminharam até o carro e iniciaram a viagem de volta para a mansão Abdala. Ela ficou satisfeita quando Damon ofereceu-se para dirigir. Precisava colocar os pensamentos em ordem. Não entendia o que acontecera com ela. Conhecera Damon a poucos dias antes e praticamente atirava-se nos braços dele.

Como ele a julgaria?

Devia ser pura atração física. Nada mais. Um beijo impulsivo não era motivo para alarme e não significava que acabariam num relacionamento íntimo.

Olhou de esguelha para Damon ao se aproximarem da divisa entre as duas cidades e notou que as luzes da rodovia banhavam de dourado o perfil bem-feito. Imediatamente forçou-se a olhar para a frente, imaginando se o mundo viria abaixo se ela saísse de sua reserva por alguns instantes. Fazia muito tempo que não sentia a alegria de ser amada, querida e desejada por um homem.

Voltando a fitá-lo furtivamente, fantasiou sobre como seria estar nos braços dele, ouvindo-o murmurar palavras de paixão. Não. Deixar que tal coisa acontecesse seria apenas repetir os tristes episódios ocorridos com Caius e Charlie. Mais cedo ou mais tarde teria de desistir de Damon também.

— Está com fome? — Ele perguntou de repente.

— O quê? — Ela sobressaltou-se.

— Não jantamos.

Nem pensara em comer, mas sabia que ele possuía um apetite bastante saudável.

— Logo à frente encontraremos um restaurante beira de estrada.

— Então vamos parar.

Assim que entraram no restaurante a atendente sorridente foi ao encontro deles.

Alessa pediu uma mesa no pátio externo, com vista para o jardim. Ali o céu era claro, um dossel de veludo salpicado de estrelas. O ar fresco levava até eles o cheiro adocicado de diferentes flores.

Comeram frango com batatas assadas e uma salada onde havia de tudo um pouco. Desejando tirar da cabeça o que acontecera no escritório de Beto, ela começou a falar da representação de Damon como assessor de segurança.

— Quanto tempo acha que vai manter sua verdadeira profissão em segredo? Ronny já sabe que você é detetive. Será capaz de iludir Zelda por vários dias ainda?

— Bem pensado, mas não se preocupe. Entendo um pouco de sistemas de segurança para continuar com a fraude. Tenho um amigo em São Paulo que é especialista no assunto e ele me deu boas informações sobre certos processos eletrônicos bastante inovadores. Por falar em São Paulo, precisarei ir até lá, amanhã. Tenho de discutir algumas coisas com meu pai antes da audiência no tribunal, segunda-feira.

— Pretende sair muito cedo?

— Não. Acho que irei à tardinha, quando o trânsito fica menos congestionado.

— Nosso sistema de alarme nunca foi disparado. Isto é, nunca foi ativado por um invasor. Disse a Zelda que levaria você para um exame geral da propriedade e acho que ela vai ficar esperando um relatório a respeito da situação.

— Pensarei em algo para dizer não precisa se preocupar com isso. — Afirmou ele, levando outra garfada à boca.

— Nunca se preocupa demais com nada, não é, Damon?

— Preocupo-me, sim. Por exemplo, acho que você carrega um fardo muito pesado resolvendo tudo por Zelda. Ela não tem parentes?

— Não tem irmãos, os pais já morreram e ela não mantém contato com os parentes.

— Por falta de tempo? — Ele quis saber e tomou um gole de vinho tinto.

— A vida de Zelda é sua carreira.

— E à carreira dela você também dedica sua vida?

A pergunta escapara antes que ele pudesse pensar. O rosto de Alessa ficou tenso, fazendo-o lamentar sua falta de tato.

— Levo meu trabalho muito a sério, Damon. Não apenas porque Zelda me paga um excelente salário, como também porque gosto muito dela.

— Ronny também gosta muito de Zelda.

— Mas não a entende tão bem quanto eu.

— Porém talvez a conheça de um modo que jamais lhe será possível, Alessa. Ele está apaixonado por Zelda desde os tempos de universidade.

— Amores da adolescência, principalmente por pessoas intangíveis, desaparecem com o tempo.

— Zelda não foi intangível para ele. Mas fala desse modo por experiência própria?

Havia uma expressão tão amiga no rosto dele que a pergunta indiscreta não se tornou ofensiva.

— Sim!... — Admitiu. — Gostei muito de um rapaz. E você? Deixou alguns corações partidos, nos tempos da universidade?

— Vários, mas dei o meu a alguém. Um dia eu lhe falarei dela.

Alessa não tinha certeza se queria ouvi-lo falar de outra mulher. Fez sinal para o garçom, deu-lhe o cartão de crédito e pouco depois assinava o papel que o homem lhe entregou.

Damon sugeriu um passeio pela jardim de bromélias e orquídeas e, enquanto andavam à beira da água, uma cascata corria por todo o jardim, um pequeno lago artificial com uma dúzia de carpas coloridas enfeitavam o local enquanto ele pensava sobre o forte laço que unia Alessa a Zelda.

— Há bastante envolvimento pessoal num trabalho como o seu. — Aventurou-se a dizer. — Não é difícil?

— No começo, sim. No meu caso, porém, tive a ajuda de Davi.

— Trabalhar para Zelda deve ser excitante, não? Seria capaz de levar outra vida, digamos, numa casa que não seja um palácio, com duas crianças e um cachorro?

Ela surpreendeu-se com a pergunta.

— Você fala o que lhe vem à cabeça, não?

— Sou sempre muito franco, sim.

— Diga-me, onde estão sua esposa, seus dois filhos e o cachorro?

Ele riu.

— Fui casado durante dois anos, mas Eliana não gostava de crianças, nem de cães. Era bonita, mas não sabia ser fiel! — Respondeu ele com franqueza quase contundente. — Nesse caso acho que tenho muito o que parecer com o meu pai. Pelo menos Eliana não era uma obsessiva psicótica.

Ela piscou algumas vezes, espantada.

— Entendo, eu... — Disse por fim. — A experiência deixou-o amargurado?

Ele parou perto de uma palmeira imperial e encostou-se no tronco.

— Sim, mas já passou. Agora espero que a mulher certa apareça em meu caminho. Ainda desejo ter uma bela casa, filhos e um cachorro de brinde. E você?

Ela tentou sufocar as emoções conflitantes. Não adiantava fingir que não se sentia extremamente atraída por ele. Admirava sua sinceridade e não podia ser menos sincera.

— Acho que também estou esperando pelo homem certo. Mas desejo no lugar do cachorro pelo menos dois gatos.

Talvez influenciada pelo vinho, ou pelo luar, ela também encostou-se na palmeira, deixando que a cabeça quase tocasse na dele.

— Esse homem deve ser gentil e compreensivo. — Começou com voz sonhadora. — Inteligente. Deve ter senso de humor e eu gostaria que fosse bonito.

Ergueu os olhos para o rosto dele, reconhecendo que o descrevera. Damon mudou de posição, colocando-se na frente dela e olhando-a de um modo que a fazia sentir-se a mulher mais linda e desejável do mundo.

Alessa sabia que ele ia beijá-la. Desejava o beijo, mas tinha medo. Nada podia surgir entre eles. Nada teria continuidade. Ele já a censurava por sua dedicação a Zelda e ela não podia contar- lhe toda a verdade. Sairia do envolvimento com o coração ferido, portanto era melhor que o sentimento que pudesse uni-los morresse antes de nascer.

Contudo, estremeceu quando os lábios dele pousaram de leve em sua testa e depois numa das faces. Desejava entregar-se à doçura do momento, mas lutou e recuperou a lucidez.

— Damon... o que aconteceu no escritório de Beto...

Calou-se, envolvida pela sensação que os dedos dele em seu pescoço provocavam.

— Continue... — Ele pediu num murmúrio.

— Não... não quero que pense coisas erradas.

— Não penso.

Cobriu os lábios dela com os seus, possessivamente. Apertou- a contra a palmeira, faminto por mais intimidade. Os seios firmes aqueciam seu peito e quando ela enlaçou-o pela cintura, estranha alegria invadiu-o. Entre admirado e satisfeito, notou que ela retribuía o beijo com ardor inesperado. Finalmente separaram-se. O rosto dela estava corado e os lábios úmidos continuavam entreabertos.

— Alessa... — Ele murmurou — O que está fazendo comigo?

Ela abriu os olhos devagarinho e pousou as mãos no peito dele.

— Estamos atraídos um pelo outro, Damon. Nada mais.

— Se é só isso, por que nunca me senti assim antes?

Ela tremia por dentro, mas procurou manter aparência de calma.

— Não vamos supervalorizar um simples beijo, Damon.

— Não foi um simples beijo. Provocou um terremoto dentro de mim.

— Não exagere.

— Você disse que gosta de homens com senso de humor.

Ela curvou-se para apanhar a bolsa que deixara cair na grama molhada pelo orvalho da noite, depois afastou-se alguns passos e olhou-o por cima do ombro.

— Devemos ter mais cuidado no futuro, então.

— Não concordo.

Ela também queria não ter mais nenhuma cautela, mas não mantinha ilusões. Damon era um grande perigo para a sua paz de espírito.

Era uma linda manhã e Ronny e Zelda acabavam de dar o décimo mergulho na piscina. Vendo que Alessa e Damon caminhavam na direção deles, a atriz agarrou-se à borda ladrilhada.

— Por que não se juntam a nós? A água está uma delícia.

— Primeiro o dever, depois o prazer. — Recitou Alessa. — Damon acabou de verificar as condições de seu cofre.

Damon sentou-se no trampolim.

— É um bom cofre, mas gostaria que conhecesse os novos mociclos, muito mais seguros. São à prova de fogo e de explosivos e têm fechadura eletrônica. Seus pertences, documentos e jóias estarão mais seguros.

— O que acha, Ronny? — Perguntou Zelda.

O homem virou o corpo graciosamente na água e reuniu-se a ela, na borda.

— Damon é o especialista aqui. Siga os conselhos dele.

— Obrigado pela confiança. — Damon agradeceu, voltando a olhar para a mulher. — Seu sistema de alarme não dispararia nem com um furação, pois não funciona. Alessa disse que já estava instalado quando você comprou a mansão.

— Eu não sei, mas se Alessa disse é porque é verdade.

— Damon tem um amigo que criou um novo sistema eletrônico de alarme. — Alessa comentou.

— É caro, mas dispensa fiação, e mantém todos os pontos de entrada da casa sob constante vigilância. — Ele explicou.

Zelda arrumou a touca que escorregava e sorriu.

— Seu amigo deve ser um gênio.

— E é. Está encarregado de todo o sistema de segurança que cerca a campanha política do senador Sérgio Ferraz.

Ao ouvir o nome do senador, Zelda empalideceu. Sem nenhuma explicação, nadou até a escada, do outro lado da piscina, subiu-a depressa e correu para dentro da casa.

— Zelda! — Ronny chamou, sem nenhum resultado.

— Disse algo que não devia? — Perguntou Damon olhando para Alessa.

No rosto dela estampava-se a mesma expressão chocada que ele vira no rosto de Zelda. Ela dominou-se rapidamente, sacudindo a cabeça.

— Não... não. Vou ver o que aconteceu.

Saltando para fora da piscina, Ronny pegou uma toalha.

— Vou com você.

— Não, Ronny, por favor. Deixe isso comigo! — Pediu Alessa apressando-se na direção da casa.

Ao chegar ao quarto de Zelda, viu-a envolvida num roupão atoalhado, tremendo incontrolavelmente. O maiô e a touca estavam largados no carpete branco.

— Quero que ele saia desta casa imediatamente! — A atriz gritou desesperada.

— Espere, Zelda, sei que ficou chocada, mas Damon não podia saber que...

— Acha que citou o nome de Sérgio Ferraz apenas por coincidência?

— Claro. O senador é famoso e ele quis dar um exemplo do trabalho do amigo, só isso.

— Ele conhece Ferraz?

— Pessoalmente? Acho que não. Nunca disse nada.

Zelda cobriu o rosto com as mãos.

— Está exagerando sobre o comentário inocente de Damon. — Alessa observou.

— Ele suspeita de alguma coisa... — Gemeu a atriz, agarrando- se a uma das colunas da cama. — Sei que suspeita e logo o mundo todo saberá. Por que, meu Deus? Depois de tanto tempo...

Correu para o banheiro e Alessa correu atrás dela. Zelda abriu a porta de vidro do armário de remédios e pegou um frasco de pílulas. Quando ia abri-lo, Alessa agarrou-se a ela.

— Por favor, mamãe! Não faça isso! Você jurou que nunca mais usaria isso outra vez.

1955 Palavras

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