Capítulo 27. :: Sangue
| Darina Einstein |
Enquanto estava presa naquela cela, fiquei a me perguntar o porquê de Lufian ter feito isso comigo.
Cheguei a pensar que ele gostava de mim...
Estou presa nesse calabouço a alguns dias. Não tenho noção de quanto tempo se passou, apenas sei que não tenho forças para sair daqui.
Ouço passos em minha direção seguida de uma voz grossa:
— Alimente-se. Você precisa estar cem por cento para o processo de transição. – Joga um prato em minha direção.
Abaixo meu olhar analisando os dois coelhos mortos que continham lá.
— Não vou comer isso! Prefiro morrer de fome.
— Como queira. Apenas saiba que quando morrer... Não será de fome.
Do que ele está falando? E essa transição
••
[Dias Depois]
Estou à alguns dias sem me alimentas, me sinto muito fraca.
Encosto-me na parede mofada afim de achar um conforto.
Não tenho nenhuma escapatoria, apenas uma pequena janela que não tinha como passar.
— Vejo que ainda não comeu.
Ouço a voz daquele que não queria ouvir tão cedo.
— Lufian...
— Coma algo, Darina. Não quero lhe ver morta. – Seu olhar não estava em mim, o mesmo parecia perdido em suas próprias íris negras.
— Deveria ter pensado isto antes de me apunhalar pelas costas, antes de me fazer gostar de você. – Minha voz baixa quase inaudível mostrava o quão frágil me encontrava, tanto fisicamente quanto emocionalmente.
Apertei meus olhos para tentar enxergar melhor, mas não obtive sucessos, minha visão estava turva.
(Me sinto tão fraca...) Pensei
— Olhe para mim! – Segurou meu rosto em direção ao dele. — Beba, quero que se recupere logo.
Lufian morde seu pulso e põe em minha boca. Tento relutar, mas não consigo.
(Eu não sou a porra de uma vampira.)
— Irá me agradecer depois. – Ao dizer isso ele sai desaparecendo dentre a escuridão.
Estava completamente confusa, o sangue que ele me deu parecia que aos poucos fazia efeito me deixando renovada, lúcida.
Me ajeito encolhida no canto olhando para a pequena janela que agora me dá a visão da lua cheia. Seu brilho me enche de esperanças...
— Deusa da Lua nunca lhe pedi nada, mas peço que me ajude a sair daqui.
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