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Capítulo cinco - (Re)Encontro

Scarlett caminhava sem pressa em direção a lanchonete.Deixara o carro estacionado em frente a Laxon Publicity, e resolveu ir andando, precisava sentir o vento bater contra seu rosto, seu corpo ansiava por ar fresco, suas mãos suavam.Quem lhe visse, diria que estava calma e relaxada, mas seu corpo estava uma confusão, querendo falhar e entrar em pane geral, seu coração batia desesperadamente por ansiedade, ou medo do que viria a seguir.Ela não sabia dizer.

O Céu estava ligeiramente nublado, executivos caminhavam apressadamente nas calçadas, carros buzinavam freneticamente, a jovem tentava se focar em qualquer coisa que não fosse o reencontro com sua mãe, mas agora já era tarde demais, estava em frente a Leslie's , a pequena lanchonete.

Parou momentâneamente na entrada.Respirou fundo, e empurrou a porta de vidro fazendo o pequeno sininho estridente denunciar sua presença.Olhou a sua volta minuciosamente, e lá no fundo, na última mesa, estava ela.Mesmo de costas, Scarlett sabia que era ela.

Se aproximou vagarosamente, e logo estava sentada à sua frente.Cara a cara com Elisabeth.Ela não havia mudado nada, nem mesmo envelhecera. Seu cabelo castanho-claro estava perfeitamente alinhado em um coque no alto de sua cabeça. Seus olhos verdes encaravam Scarlett com curiosidade mas também com uma certa frieza, as maças bem delineadas de seu rosto estavam ainda mais evidentes em sua expressão monótona, sua postura ereta totalmente invejável, e seus dedos estavam entrelaçados uns aos outros em cima da mesa.

-Bom dia, Scarlett.- cumprimentou solenemente.

Nada de sorrisos.Apenas um leve acenar.

-Sem falsa cordialidade, vamos logo conversar.- Scarlett inclinou seu corpo para frente, tentando parecer o mais intimidante possível.

Elisabeth apenas riu baixo.

-Eu me lembro de ter lhe ensinado bons modos- disse, uma de suas sobrancelhas arqueadas.

-Eu me lembro de ter sido mandada para um colégio militar, você se lembra?- provocou.

Elisabeth apenas bebericou de seu chá.

-Não faça isso.- avisou a mulher.- Não tente me transformar na vilã dessa história.- sua voz se tornou mais aguda.

- Eu sou a vilã pra você, não é mesmo? O Monstro da família.-esbravejou a jovem, atraindo a atenção de algumas pessoas.

-Não estou aqui para isso.- respondeu Elisabeth, seu tom autoritário.- Pare de agir como uma criança mimada, e haja como uma adulta.- completou.

Scarlett riu com escárnio.

-Apenas diga logo.- suspirou antes de encarar Elizabeth novamente.

- Vou direto ao ponto. Eu preciso que Joe venha morar com você.- disse rapidamente, parecia levemente incomodada ao dizer.

O queixo de Scarlett caiu.

- O quê? Por que isso agora? É algum problema com dinheiro? Céus, eu não posso tê-lo aqui comigo.Ele me odeia.- exasperou a garota.

-Ele não te odeia.Ele apenas não compreende o que você fez no passado.- se explicou.-O momento não é mais propício pra ele em Cambridge.- um lampejo de preocupação em sua face.

Scarlett não queria ver Joe, ao mesmo tempo em que sentia sua falta.Mas trazer o garoto para morar com ela? Simplesmente não podia acontecer.Como explicaria ao irmão que suas saídas noturnas resultavam em mortes? Não suportaria ver o olhar de medo do garoto, o mesmo olhar que ele tinha quando a encontrou apunhalando Phill.

-Eu não posso.Simplesmente não posso.Não soube como levo a vida agora ? Não quero que ele tenha medo de mim.Não quero que ele me olhe como você me olha.- acusou exaltada.

Os olhos de Elisabeth eram uma súplica silenciosa.

-Scarlett, por favor.Seu irmão precisa de você.- ela apelou.

-Ele nem ao menos é meu irmão de verdade!Eu não tenho família, gostaria, mas não posso.- se levantou rapidamente.-Resolva seus problemas familiares sozinha, Elizabeth. Sua filha morreu três anos atrás.- concluiu, seu coração acelerado, suas mãos levemente trêmulas.Doía dizer algo tão hostil para a mãe, mas era necessário.

Levantou-se o mais rápido que pôde dando as costas à uma Elisabeth claramente inconformada.

Lágrimas ameaçavam cair de seu rosto, mas ela as segurava firmemente.Não ousou olhar para trás enquanto seguia para fora do estabelecimento escutando as pessoas sussurrarem sobre sua atitude.

Atravessou a porta de vidro atordoada, as lágrimas que tentou segurar escorriam pelo seu rosto que certamente ganhara uma cor avermelhada agora, ela achou que nada poderia ser pior até se chocar com o que parecia ser uma muralha de ossos, ou músculos, mais precisamente.

-Saía da minha frente!- vociferou, ainda com a cabeça baixa, empurrando o sujeito para o lado.

Se tivesse sorte, seria apenas um sujeito qualquer que a chamaria de mal educada.Mas não era, ela definitivamente não tinha tanta sorte assim.

-Calma aí, mulher-maravilha.Por que tanta pressa?- perguntou com humor na voz.

Scarlett congelou.Não podia ser. Levantou a cabeça e se deparou com grandes olhos azuis que a encaravam com divertimento. Limpou suas lágrimas rapidamente esperando que o sujeito não notasse a vermelhidão em seu rosto e olhos.

-Eu realmente sou uma garota de sorte.- riu com escárnio meneando a cabeça negativamente.

-Eu preciso concordar, não é todo dia que se tem uma bela visão como essa.- gesticulou para si mesmo.

Scarlett revirou os olhos, e levou a atenção até o lanchonete procurando por Elizabeth.Ela ainda estava lá, imóvel.

- O que você quer de mim, agora?- disse ríspida.

- Saber porque estava chorando.- sua voz era suave e macia.

-Eu não estava chorando.- defendeu-se, mas o jovem riu e arqueou uma sobrancelha.-Certo, eu estava chorando, mas isso não é da sua conta.- confessou rudemente.

-Acho que começamos com o pé esquerdo.-afirmou cordialmente.-Meu nome é Aaron.Aaron Whillow.- se apresentou com um leve acenar. Seus olhos azuis brilhavam ainda mais em contraste com sua pele ligeiramente bronzeada.-E antes que você me diga, eu sei, seu nome é Scarlett.- completou sorridente.

-Eu não ia dizer, mas parece que você sabe muito sobre mim, não é?- indagou a garota com os olhos semicerrados.

-Talvez...- deu de ombros olhando ao redor.

Scarlett notou que ele fixara seu olhar em algo dentro da lanchonete. Seus olhos pela primeira vez demonstraram algo, ela concluiu ser surpresa. Viu Aaron assumir uma postura rígida, e trincar o maxilar.

-O que você está olhando?- ela indagou curiosa.

Seguiu o olhar do jovem, mas não encontrou nada de interessante, a não ser pela presença de Elisabeth, que ainda encontrava-se sentada no mesmo lugar.

Como se pudesse sentir seu olhar sobre ela, sua progenitora a flagrou, seus olhos verdes continham um brilho entristecido notável. Rapidamente a jovem virou seu rosto para longe do olhar suplicante da mãe.

-Scarlett, eu sei que não nos conhecemos bem o suficiente,mas eu preciso que confie em mim, e vá para casa agora.- o tom do rapaz era sério e não aceitava objeções.

Scarlett o olhou perplexa.

-O quê? Você é mais louco do que eu esperava se acha que vou te obedecer, assim do nada.- relatou, revirando seus olhos verdes.

-Scarlett.Saia.Daqui.Agora.- proferiu pausadamente. Sua voz fria e autoritária.Ele agarrou o braço da jovem ameçando tirá-la dali, mas Scarlett não moveu um muscúlo.

-Quem você pensa que é?- ela empurrou Aaron com brutalidade, fazendo com que seu corpo longíquo se chocasse contra uma senhora, esta por sua vez, se desequilibrou e foi ao chão. Pessoas circundaram a senhora imediatamente causando um pequeno alvoroço.

Scarlett mordeu os lábios apreensiva. Assistiu Aaron ajudar a senhora a levantar calmamente, pedindo-lhe desculpas logo em seguida. A Bondosa mulher sorriu para ele e aceitou suas desculpas gentilmente. Os curiosos se afastando gradativamente da mulher.

Aaron avançou determinado na direção de Scarlett. Seu olhar era duro e frio, seus punhos estavam fechados ao lado de seu atlético corpo, seus músculos se contraiam sob o fino tecido da camisa de algodão, a jovem quase considerou achá-lo atraente, mas seu comportamento sobre ela era uma incógnita. A adolescente não sabia explicar o ódio que sentia do garoto, ele a fazia perder a cabeça, se sentir insegura e ela odiava isso mais do que tudo.

-Quer saber? Faça o que quiser. Vá para a casa, ou para o Inferno. Eu não me importo.- ele explodiu, passando pela jovem bruscamente, como um furacão, e quase levou o ombro da garota junto no processo. Parece que alguém não reage bem a recusas.

Em poucos segundos já não havia sinal do rapaz em meio a multidão.

Scarlett bufou irritadiça e afagou seu ombro, que latejava minimamente. Seguiu caminhando na direção oposta ao rapaz, em direção ao seu apartamento. Um único pensamento borbulhava em sua cabeça: Porque se sentia tão insegura perto daquele jovem enigmático? Quem era Aaron Whillow? E que tipo de poder ele tinha sobre ela?

***

Abriu a porta da frente e entrou no enorme apartamento sendo recebida pelo inebriante aroma da macorronada de Dave. Quase seguiu em direção a cozinha, pois estava faminta, mas percebeu que a raiva ainda a consumia e precisava extravasar. Ao passar pelo corredor principal cautelosamente, se deu conta de uma voz feminina que não reconheceu de imediato. Dave estava acompanhado. A jovem sorriu para si mesma enquanto seguia para seu destino. Um de seus cômodos preferidos da casa, a imensa porta de madeira no fim do corredor, também conhecido como seu refúgio, ou inferno particular, como a jovem carinhosamente apelidou.

Entrou no recinto e sentiu um grande peso se esvair de seus ombros, estava tensa, e ao menos sabia explicar porquê.Ali era o único lugar em que poderia ser realmente ela mesma. O Cômodo não era muito grande, duas de suas paredes eram revestidas por enormes espelhos que iam do chão ao teto, as outras duas paredes eram cor de gelo, em uma delas instalava-se uma prateleira de metal contendo todos os tipos de objetos letais e pontiagudos: Adagas, punhais, espadas, lanças, chakrams, facas de arremesso, flechas, canivetes, armas de fogo e suas devidas munições, machadinhos, foice, e até mesmo uma Katana, que tinha um lugar especial em seu arsenal, assim como a Adaga de seu pai. Ambas possuíam um valor sentimental enorme para a garota. No centro do cômodo, suspendido por um forte cabo de aço, havia um enorme saco de pancadas, Scarlett alcançou suas bandagens e enrolou em torno de suas mãos, se aproximou do saco de pancadas e entrou em posição de ataque, firmou seus pés no chão, braço e perna esquerda à frente, membros inferiores levemente flexionados e cotovelos rentes ao corpo, a jovem respirou fundo antes de proferir seu primeiro golpe contra seu adversário inanimado. Continuou golpeando o saco de pancadas impiedosamente, entre socos, joelhadas e chutes precisos.Rosnou por várias vezes no silêncio do cômodo, imaginando a face de Aaron no objeto que era alvo de sua ira, o que a fez desferir golpes ainda mais letais, suor escorria em sua testa, seus punhos e tornozelos estavam levemente doloridos, mas aquilo não parecia suficiente para a jovem, seu corpo estava insaciável, sua temperatura quente, adrenalina correndo em suas veias, ela sabia que precisava de algo mais. Parou os golpes, ofegante, e respirou fundo por alguns segundos, seu olhar flagrou o seu arco de metal no canto da sala, ela o alcançou rapidamente juntamente com suas respectivas flechas. Disparou as todas as flechas no alvo posicionado em sua parede, cada uma das flechas se enterravam no meio do alvo, de forma hábil e precisa.A jovem sabia que tinha uma boa mira, havia treinado muito para isso.

Subitamente, fragmentos da manhã em que havia assassinado Phill misturaram-se a realidade da garota. No que deveria ser o alvo, ela agora enxergava Phill, uma perigosa ilusão.

-Vamos Scarlett, nós dois sabemos o quanto você quer enterrar esse objeto em meu peito.Não recue, esse é seu instinto natural.Matar e Torturar.Porque tentar ser diferente do que você nasceu para ser? Você é sombria, meu anjo.E você gosta disso.- a voz maléfica e arrastada de Phill dizia, ou pelo menos era isso que a jovem enxergava.

O Coração de Scarlett estava disparado, suas mãos apertavam o arco, a flecha de metal estava apontada para o peito de Phill.

-Você só precisa soltar a corda.Ou será que não é capaz? Pobre garotinha assustada, nem mesmo consegue matar-me novamente.- provocou.

- Cale a Boca!Você não é real!- gritou, sua voz entonando deliberadamente, suas mãos trêmulas apertavam o arco com firmeza.

-Pobre Elisabeth...Não vou me surpreender quando ela se tornar sua próxima vítima.- ele gargalhou, e avançou vagarosamente na direção da jovem.

-NÃO!-a jovem vociferou no mesmo instante em que soltou a corda e a flecha cortou o ar percorrendo o curto caminho até o peito de Phill, ao mesmo tempo em que este sumira.

Atordoada a jovem levou suas mãos até a Katana, e caiu de joelhos no chão, fazendo com que a espada se enterrasse na cerâmica reluzente. Não soubera de onde havia tirado força para tal ato e se assustou consigo mesma.Ela puxou o cabo da espada com extrema força do chão desenterrando-a por completo e uma vez que o havia feito aconchegou Katana ao seu lado. Permitiu-se observar seu reflexo através do espelho, e constatou que estava deplorável. Seus olhos inchados, sua pele avermelhada, seu cabelo totalmente desgrenhado.A Imagem de Phill ensanguentado surgiu novamente, através do espelho, ele ria maléficamente para a garota, esta por sua vez, fechou seu punho direito e golpeou o espelho com brutalidade. Ouviu o estrondo de vidro estilhaçando-se, e os pedaços de pequenos reflexos caindo sobre ela como uma chuva cortante. Alguns pedaços de vidro perfuraram seu colo, ombros e braços, e sua mão que colidira com o espelho estava sangrando, um enorme pedaço de vidro cravado em sua palma, ela não se importou com a dor.Aquilo não era nada se comparado a sua bagunça psicológica, aos seus demônios que sempre retornavam para assombrá-la, fazendo com que se autodestruísse. Puxou o objeto espelhado de sua palma, sentindo aquela dor tomar conta de seu corpo, uma vez que liquido escarlate misturava-se aos cacos no chão. Fechou os olhos por um momento absorvendo toda a situação, o modo como ainda se sentia frágil em relação aos assuntos do passado deixava a garota preocupada, não somente com sua saúde física ou psicológica, mas sim com as pessoas à sua volta. Ela era uma bomba relógio prestes a explodir e detonar tudo a sua volta inclusive aqueles que amava.Não podia deixar acontecer, não mais uma vez. Se pudesse escolher deixar de sentir, ou se importar, ela com certeza o faria, apenas para não sentir a culpa que ainda a consumia e o medo de perder mais daqueles que a amam.

***

Acho que ficou claro que a Scarlett é emocionalmente instável, certo? O que vocês acham do comportamento dela e dessas "alucinações" com Phill?

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