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Capítulo 3

Ponto de Vista Anabeth Snape

Eu não posso acreditar que tenho um encontro.

- Eu não acredito que você tem um encontro – Maximus resmunga.

- Por que não gosta dele?

- Eu gosto, quer dizer... Adam é legal, mas você é minha irmã. Se a mamãe souber que você tem um encontro e eu não causei discórdia, ela vai me matar.

- Eu vou dizer a ela depois. Estou mais preocupada com o papai.

- Sério? Devia estar mais preocupada com a sua vida, quer dizer, está garoando e você sabe que não se dá bem com humidade.

- Eu não me dou bem com ambientes úmidos fechados.

Max enfia a cabeça pelo suéter de lã verde que combina demais com ele, se levanta e olha seu reflexo do vidro da janela na comunal, a calça branca cheia de protetores nas cochas e joelhos deixam o look um pouco engraçado. Me lembro que Max disse sobre Adam ter jogado quadribol também, não sei como ele ficaria com esse uniforme tão arrumado no corpo, mas gostaria de ver.

- Olha, o papai sabe que eu não vou a Hogsmeade hoje, ele falou sobre o treino comigo essa manhã, então precisa ser furtiva – ele pisca para mim.

- Vou tentar,

Max se aproxima devagar com um sorriso divertido no rosto e os olhos arregalados feito um maníaco.

- A minha irmãzinha está virando uma mocinha levada.

Ele salta sobre mim e eu grito, mas as suas cocegas alcançam minha cintura e não consigo controlar os espasmos e os risos.

- Para, Max – eu o empurro e ele se vira para o lado caindo ao meu lado no sofá, preciso buscar o ar algumas vezes em desespero antes de me acalmar.

- É melhor você ir, ou vai se atrasar.

Ele tem razão, eu encaixo a muleta no antebraço e me levanto me apoiando nela e encaixo a bolsa com o oxigênio portátil na transversal, dou uma última olhada no meu reflexo.

Coloquei meu casaco azul claro com coraçõezinhos vermelhos sobre um suéter de lã branca e calça jeans, e soltei o cabelo para disfarçar o cateter encaixado atrás das orelhas mesmo que ele passasse no meio do meu rosto por baixo do nariz.

Eu estou minimamente bonita.

Saio da comunal me misturando aos outros alunos, mas eles se dissipam muito rápido e acabo trombando com alguém que eu não queria ver.

- Sério que não me viu? – Noah reclama

- Desculpa, eu estou com pressa,

- O que foi? Vai ver seu namorado? – ele tenta rir, mas há algo nele que eu estranho, ele esta encostado na parede, pela primeira vez o vejo com um rabo de cavalo e a roupa bem alinhada, inclusive a gravata.

- E você? Se fazendo de bom moço?

- Não é da sua conta, Snape.

- Também não é da sua conta o que eu faço. E Adam não é meu namorado.

- No entanto, sabia que eu falava dele. Bem, fique sabendo que White está muito feliz hoje depois do que fez.

- O que ele fez?

Noah vira o rosto para o outro lado e percebo que está mordiscando a bochecha por dentro, parece preocupado ou com raiva, é difícil saber.

- O que ele fez? – eu repito a pergunta, mas a resposta não vem dele.

A porta da sala dos professores abre e o diretor sai com uma expressão condescendente, uma veia salta no pescoço de Noah e seu pomo de adão marcado desce quando ele engole.

- Seu pai quer conversar com agora.

- Dia pro seu namorado, que eu odeio ele.

Noah desencosta da parede e caminha lentamente, passando pelo diretor na porta. Eu não tenho tempo para isso, Se o diretor precisou chamar o pai dele é porque Noah mereceu.

Eu cruzo o corredor até alcançar o hall, a porta aberta revela um tempo chuvoso lá fora, coloco o capuz para passar, eu odeio climas assim porque tudo fica com lama e limpar a muleta fica bem nojento, mas eu não tenho escolha, desço os degraus da frente e passo pela professora que me interrompe com um "nem tão rápido mocinha"

- Eu estou no último ano.

- Eu sei querida, mas sua mãe não assinou a autorização. Não vai poder ir.

- Ela não assinou? – típico.

- Você pode voltar e pedir para seu pai resolver.

- Eu não sei onde ele está.

- Ele normalmente vai para casa aos finais de semana, a rede de flu fica na sala dos professores, se der sorte ele ainda estará lá.

- Tá bem, obrigada.

Agora eu teria que correr de volta e contar ao meu pai sobre o encontro com Adam, na esperança que ele concorde, isso se já não tiver ido para casa.

Eu ando rápido, o que é um risco para mim, a muleta pode escorregar e eu acabar me machucando, eu continuo, não é como se eu tivesse alguma escolha.

Pelo menos a sala dos professores fica no térreo, quando chego nem me incomodo de bater, abro a porta com tudo e me lanço para dentro.

- Pai!

Eu olho em volta mas a sala está quase totalmente vazia, exceto por Noah que veste lentamente o terno por cima do suéter.

- Que fetiche bizarro, Anabeth – ele brinca, mas com a voz arrastada e carregada.

- Eu estou procurando meu pai. Ele já foi?

- Provavelmente.

Noah se levanta, está de cabeça baixa e uma expressão vazia de desamparo, algo nele me faz ter pena.

- Você está bem?

Ele olha para mim de um jeito que já diz tudo.

- Seu pai te colocou de castigo?

- Algo assim – ele anda lento, sem provocação ou sorrisos.

- Espera – eu me viro tão rápido que a muleta escorrega e preciso me segurar em algo, a única coisa por perto é o próprio Noah, agarro seu terno que escorrega de seu corpo quando ele se retrai.

Eu caio, mas a tempo de ver marcas de sangue em sua camisa branca.

***

- O que é isso? – eu o olho de baixo.

- Perguntou se ele me deixou de castigo, não perguntou?

- Noah isso é... errado. Você tem que fazer alguma coisa.

- Tipo o que? Revidar? – ele se agacha na minha frente – vem, vou te ajudar a levantar.

Ele apoia as mãos nos meus cotovelos e ao invés de me levantar, realmente só ajuda. O que não é ruim, já que todo mundo simplesmente faz tudo para mim.

- Não precisava.

- Então eu devia te deixar se debater como um peixe fora d'agua até conseguir se levantar?

- Eu sei me virar. Mas você está mudando de assunto – eu dou um passo mais perto – tem que falar com alguém, meu pai pode ajudar.

- Ele teve a chance e não fez nada, acha que eu sou o primeiro filho de Pierre Rosier que apanha dele?

- Talvez meu pai não tenha notado.

- Esquece isso, Anabeth.

Ele se vira para a porta, então para repentinamente e olha por cima do ombro.

- Se você contar a alguém...

- Eu não vou, mas vou insistir para que você conte.

- Você é tão chata.

- É o melhor nome do qual você já me chamou. E olha que evoluíram de piolhenta e fedida para aberração.

Noah ri e balança a cabeça, então abre a porta e passa por ela, mas recua logo depois.

- Hey, quer ver uma coisa legal?

Eu não devia ser legal com Noah, mas eu estava com pena dele e já tinha mesmo perdido meu encontro com Adam e Max estava no treino.

- Tá bem, mas sem gracinhas – eu ando mais rápido do que normalmente faço até sair da sala.

- Eu não prometo nada.

Noah me guia, um passo a minha frente, nem consigo imaginar o quão rápido ele anda quando está sozinho, mas ele vai devagar, caminha como um cavaleiro, ao chegarmos em uma das torres ele se vira para mim.

- Cinco andares a partir daqui.

Eu aceno com a cabeça, tenho sorte de ser sonserina e ficar nos andares de baixo, mas eu posso subir.

Noah se coloca ao meu lado enquanto eu agarro o corrimão com uma mão e subo a muleta com a outro.

- Não devia ser um par?

- Você é muito inconveniente. Mas não, eu só preciso de uma.

- Deve ser um desperdício de dinheiro, tipo, seus pais não compram uma só, elas vendem em pares.

- Como sabe disso?

- Quebrei a perna uma vez.

Eu provavelmente vou me ferrar muito subindo tão alto com um cara que já se mostrou um babaca em diversas situações e o pior é ele saber que eu não avisei ninguém.

- É aqui, mas vai ficar complicado – Noah abre uma porta, é um espaço grande e redondo, mas completamente vazio, exceto por uma única escada de madeira reta que encostava em uma abertura no teto.

- Eu não vu subir aí.

- Sério, Snape? Andou até aqui para nada?

- O que tem lá em cima.

- São as ameias – ele dá de ombros – tá, eu vou subir primeiro.

Noah não se intimida, ele sobe rápido e ágil até passar para o piso superior e noto que é um alçapão. Ele estica o braço para baixo e me oferece.

- Vem, eu pego você.

Eu com certeza vou morrer.

Encaixo a muleta na bolsa do oxigênio e piso no primeiro degrau com a perna esquerda, a que funciona e me impulsiono para cima, preciso subir mais cinco antes de alcançar a mão de Noah e fica muito mais fácil. Eu me sento na borda do alçapão e aí sim preciso de ajuda.

- Viu, não foi tão ruim.

- É – respondo ofegante, olho em volta e não tem absolutamente nada, nenhum lugar para sentar.

Noah se aproxima da borda e olha para baixo pelo parapeito de concreto, eu o sigo, dá para ver o campo de quadribol dali e a floresta ao longe.

- O que viemos fazer aqui?

- Ver.

- Ver o que?

Ele não responde, seu olhar está distante, no horizonte. Noah segura o elástico do cabelo e o puxa lentamente, seus fios dançam no vendo. Ele fica mais bonito assim, com as mechas soltas e a boca fechada.

- Eu venho aqui ás vezes, mas se contar a alguém eu mato toda a sua família.

- Eu acredito.

Paro ao lado dele, mas mal alcanço o parapeito. Eu sei que devia estar achando a vista linda e mágica, eu acho, mas... agora que já olhei para ela por dez segundos, perdeu a graça.

- Por que você não é assim o tempo todo? – pergunto para quebrar o silencio.

- Assim como?

- Legal.

Ele ri e balança a cabeça.

- Por que você não é assim o tempo todo?

- Eu sou.

Outro silencio se segue, não é ruim, o lugar é calmo e Noah esta sendo menos otário que nos outros dias, eu ando um pouco pelo local e olho para a paisagem dos outros lados.

- Você é tão inquieta.

- Eu só estou vendo, como você disse.

- Eu não venho aqui só ver – ele resmunga.

- O que mais, então?

Noah abre os braços como uma água e levanta o rosto, seu pomo de adão vibra e se desloca com o movimento. Ai ele grita, um som alto e rouco do fundo da sua garganta, é longo demais para contar os segundos nos dedos.

Ele sorri e se vira para mim.

- Tenta.

- Não, se eu fizer isso, nunca mais vou recuperar o folego.

- Você é uma chata – ele diz sério e se vira para o horizonte.

- Desculpe. Eu quero fazer essas coisas, mas acho que acabo acreditando quando me dizem que eu não posso.

- Sua mãe?

- Todo mundo.

- Mas só tem eu aqui e eu digo que você pode.

Eu ignoro, queria que as coisas fossem tão fáceis como ele pensa, então o momento acaba e quando vejo, Noah está me descendo pelo alçapão e eu tenho esse sentimento no meu peito de que eu não queria ir embora

***

Desço a tempo de encontrar os alunos que voltam de Hogsmead, eu observo Adam cabisbaixo, ele chuta as pedras pelo caminho, completamente alheio a tudo.

Adam é um cara legal, não do tipo que as mães gostam, mais desse tipo que as garotas gostam, mas desde que o conheci, tenho natado o quanto ele é solitário, sempre andando sozinho, me sondando. Eu gosto da atenção, não vou reclamar, mas me surpreende que ele esteja sempre sozinho.

- Oi – eu me aproximo quando ele está entrando pela porta – desculpa.

Ele para, está sério como nunca vi, Adam encosta no batente e me olha com atenção.

- Acho que se esqueceu de alguma coisa.

- Não esqueci, minha mãe não assinou minha autorização e meu pai foi para casa, eu não pude ir.

- Está bonita – ele sorri e eu fico morta de vergonha.

- Você também.

Ele me olha por um momento, relevando o que eu acabei de dizer, então se aproxima do meu rosto de forma sutil.

- Ainda quer ir a um encontro comigo?

- Eu quero – não impeço que meu sorriso se abra totalmente.

Ele cruza para meu lado esquerdo e me oferece o braço, esse é um toque novo para mim e tenho consciência de cada um dos meus dedos, seus olhos claros fixam nos meus por alguns segundos antes de começar a andar.

Adam passa direto das escadas e a circula, me guiando por um estreito corredor cheio de confessionários medievais, partes abertas com um banco de frente para o outro. Abre o único que ainda tem cortina e me instrui a entrar.

É confortável para sentar, mas muito estreito, o que faz minha perna rígida ficar no caminho dele, fico envergonhada quando ele tem que pular por cima de mim e se sentar á minha frente.

- Nossa, aqui é frio – ele esfrega as mãos – era para nos aquecermos com uma xícara de chá e biscoitos, mas – Adam enfia a mão no bolso e retira um saco com jujubas coloridas – são comuns. Bem docinhas.

Ele me oferece e eu pego uma branca porque amo tudo de coco, por mais artificial que seja.

- Gosto de sabão, boa escolha.

- Max diz a mesma coisa.

- Ele sabe que você ia sair comigo?

- Sabe, mas ele não está achando ruim. Disse que é só o trabalho dele.

Adam assente lentamente, o silencio reina de forma que não sei se ele está chateado.

- Eu disse alguma coisa? – pergunto com medo.

- Sobre o que?

- Seu irmão, não o Maximus. O mais velho.

- Draco? O que tem ele?

- Eu não queria falar disso com você ainda, Ana. Queria que fosse um dia legal para te conhecer, mas eu fiquei lá na casa de chá por horas sozinho e só pensava nisso.

- Tudo bem, Adam. Pode me dizer qualquer coisa.

Mas ele não fala de imediato, está pensando em algo que o incomoda e eu não quero apressar, seus dedos passam por um pedaço de papel que eu não tinha notado desde então e ele suspira.

- Essa foto foi a única coisa que sobrou da minha mãe biológica, ou pelo menos eu acho que é ela, foi deixada no hospital por alguém.

- Eu posso ver?

Ele estende a mão e me entrega, mostra uma mulher jovem, de cabelos claros e gravida em um navio.

- Acha que meu irmão pode encontrar ela? Por ser um auror?

- Leia atrás?

Eu viro a folha e passo pelas palavras, eu reconheceria aquela letra em qualquer lugar, principalmente pelos pingos nos is quase fechados, mas elos abertos.

- Isso não é possível.

Eu devolvo a foto como se ela estivesse pegando fogo.

- Acho que seu irmão conhecia ela.

- Pode ser uma letra parecida.

- Eu sei, mas você pode ao menos perguntar? – seus olhos tem um desespero nítido que não consigo identificar – eu não tenho mais nada.

A voz baixa dele me comove e acabo concordando.

- Eu vou tentar, vejo ele no natal.

- Eu serei eternamente grato, ele sorri e se inclina para frente, não sei ao certo o que ele quer, mas me inclino também, nosso rosto está tão perto que basta um pequeno empurrão para se tocarem, então eu tenho que admitir.

- Eu não sei beijar.

Então ele se afasta e me analisa.

- Mas você pode, não é?

- Posso, só nunca aconteceu – sinto que minhas bochechas vão explodir de tão quentes.

Adam sorri daquele jeito lindo e se senta ao meu lado, sem dizer uma única palavra, ele afasta meu cabelo da nuca e a toma em um aperto firme, isso inclina meu rosto para trás.

- Fecha os olhos.

Obedeço, mantenho meus lábios separados porque é mais fácil respirar, seu nariz toca o cateter que quase cai, então ele recua e inclina mais a cabeça para o lado, com seu rosto tão perto, posso sentir cada um desses movimentos, só então, seus lábios tocam os meus, tão leve que quase não sinto, mas ele aperta mais a cada pequeno estalo até envolver meu lábio inferior por completo.

Abro mais a boca porque é o que parece certo, sua língua alcança a minha, sinto gosto de chá de hortelã e canela, gosto das duas coisas, imito seus movimentos lentos, parece fácil, mas absolutamente gosto.

Adam se afasta e dá mais dois selinhos.

Nos beijamos por muitas vezes depois disso, minhas bochechas já estavam doendo quando ouvimos a última badalada do toque de recolher.

- Eu preciso ir, é um longo caminho até a comunal corvina.

- Tudo bem, vejo você amanhã?

- Para ser sincero, espero que não. É melhor de olhos fechados.

Eu fico como um tomate de tão vermelha e ele ri, subindo os degraus de dois em dois. Quando entra comunal, Max está furioso, mas antes que ele começa a gritar eu o interrompo.

- Lembra da Vinette?

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