Capítulo 11
Esqueci totalmente de postar essa fanfic, desculpe
Ponto de Vista Anabeth Snape
Eu me sinto tão estranha depois de sair da torre com Noah, ele caminha ao meu lado por um tempo, acho que se sente meio assim também. Como se não devesse ter acontecido.
Mas não me arrependo, quando ele escreveu "vamos continuar o que começamos" no bilhete, eu sabia o que ele queria e mesmo assim eu fui. Ainda que eu não tenha conseguido ir até o final, não por falta de vontade, mas porque eu me sentia mal pelo meu término com Adam ser tão recente.
- Acho que seu irmão está no salão principal, quer que eu a leve até lá?
- Não – eu pego uma grande quantidade de ar antes de continuar – é melhor que ele não saiba de nada.
- Ele ou todo mundo? – Noah para na escada, dois degraus para baixo de mim – ou Adam?
- Ainda é muito recente.
- Tá, se você prefere assim – ele me dá as costas e desce o primeiro lance.
- Volta, vamos conversar.
Ele se vira e mesmo hesitante, dá mais alguns passos na minha direção.
- Por que você vive fazendo isso, Ana? Fica me buscando, mas quando correspondo, você recua e diz que não é o que você quer.
- Eu só estou pedindo para ir com calma, devíamos ter conversado sobre isso antes.
- Deixa, eu sei que você não quer nada comigo.
- Não é isso.
Mas ele não me ouve, dá as costas mais uma vez e desce até perder de vista.
- Noah.
- O que ele fez? – me surpreendo com a voz de Adam atrás de mim, ele se aproxima apressado e me avalia – o que faz aqui em cima?
- Nada, estou descendo.
- Noah fez alguma coisa com você?
- Não, por que se importa?
Eu apoio a muleta com mais força no chão enquanto caminho de pressa.
- Está com dor.
- Não estou.
- Me deixa te ajudar – ele tenta pegar a bolsa do ombro, mas eu esquivo – Anabeth.
- Você não fala comigo a dias e agora fica aí fingindo que se importa.
- Eu me importo. Não é porque nos afastamos que não quero o seu bem, porque não entende isso.
- Você nem conseguiu terminar comigo, pediu um tempo para pensar, quando queria dizer que tinha cansado de mim.
Eu me viro e continuo descendo, mas Adam não está muito disposto em me deixar em paz.
- Porque acha que eu estava terminando com você? Eu disse que tinha muita coisa na minha cabeça e eu precisava pensar, não falei em terminar.
- Mas foi o que quis dizer.
- Quem te disse isso? – ele me segura meu braço, me forçando a parar – porque ouve outras pessoas ao invés de esperar por mim.
- Não faz isso, Adam. Não me deixa confusa agora.
- Por que, o que aconteceu, Ana?
Eu o ignoro e continuo meu caminho. Isso tem se tornado um habito, tenho um tempo legal com Noah e Adam me faz sentir culpa depois. Eu não vou permitir dessa vez.
- Olha, eu preciso falar com seu irmão, mas depois, eu gostaria de me resolver com você.
- O que quer com meu irmão?
- Ele vai me ajudar a achar Vinette. Nós vamos juntos nos prédios que eu anotei, quem sabe em dois e com mais tempo a gente ache algo.
- Maximus concordou com isso?
- Ele é legal, sabe que não estou bem por causa disso.
Isso parece exatamente com algo que o burro do meu irmão faria.
- Só vocês dois?
- Eu adoraria ter você lá comigo, Ana. Eu vou precisar de todo apoio, de todo mundo que eu gosto.
- Tá bem – sei que vou me arrepender disso – eu vou com vocês, mas precisamos conversar sobre nós.
- Claro, depois que eu resolver isso, vou esclarecer tudo com você. Só tenha paciência.
Ele se inclina e beija minha bochecha, nesse ponto já chegamos ao andar térreo, ele caminha na frente para o salão principal, eu até chego a porta e olho a mesa sonserina. Maximus está esperando por Adam e mais a frente, Noah, fingindo normalidade com os amigos.
Eu não quero ver nenhum deles, então dou meia volta e desço para o piso inferior, atravesso o corredor frio e entro sem bater.
- Pode ser meu pai agora? Ou tenho que esperar até o final de semana?
- Depende, sobre o que quer conversar? – ele se levanta calmamente se sua cadeira.
- Garotos.
- Quer que eu chame a sua mãe?
- Não, pai – eu caminho até ele e me sento na mesa – quero falar com alguém que saiba como é ser o vilão, ou pelo menos não ser tão bonzinho.
Ele se senta outra vez e respira profundamente.
- Bem, o que precisa conversar?
- Eu acho que estou apaixonada, mas não é tão simples.
- Nada é, mas achei que você e Adam tinham se afastado.
- Sim, mas. Eu gosto dele e acho que ele quer retomar o que a gente tinha. Mas eu conheci outro garoto e ele não é o garoto bonzinho que vocês esperam que eu namore.
- Noah Rosier?
- Como sabe? – eu cruzo os braços na defensiva.
- Foi um palpite.
- Ele tem sido bom pra mim, de um jeito que as outras pessoas não são, ele me trata como se eu não tivesse uma deficiência, eu gosto disso porque me faz sentir capaz. Mas o Adam cuida de mim, ele gosta de eu ser diferente e não tem vergonha de andar comigo por aí.
- Noah tem vergonha de você?
- Eu não sei, ele queria me levar pro salão principal, mas eu não deixei. Não sei o que fazer.
- Se pensar demais vai fazer a escolha errada.
- Não sei o que isso quer dizer.
- Eu não escolhi a sua mãe, ela veio pra mim e eu notei, depois de um tempo que era a mulher certa, pelas atitudes dela. Coisas pequenas como me pedir carinho e comprar cortinas que combinassem com a casa. Ela tornou um lar qualquer lugar que estivéssemos.
- Nenhum deles me comprou cortinas.
- Você vai saber, Anabeth.
- O que a mamãe diria? – eu pergunto, não para desvalidar o que ele disse, mas eu esperava uma resposta mais direta.
- Provavelmente, para você esquecer os dois porque ainda é muito nova para ter seu coração partido.
- Eu acho que o Adam é o certo. Tipo, ele é bem sucedido em tudo o que faz e acho que ele tem razão, a deficiência faz parte de mim, eu preciso de alguém que ame essa parte de mim e não ignore como Noah faz.
- Mas... – ele levanta a sobrancelha.
- Noah me causa sensações que nunca experimentar, ele faz eu me sentir corajosa e desejada.
- Vocês fizeram sexo? – sua pergunta é tão natural que me choca.
- Não, pai. Que horror.
- Eu entenderia, muitos jovens fazem.
Eu escondo o que aconteceu na torre, por que, tecnicamente não foi sexo.
- Não, eu falo desejada no sentido de ele querer estar comigo, de se divertir com isso.
- Ainda não sabe o que fazer, não force. Deixe acontecer.
- Tá bem, obrigada por isso, pai.
Eu o abraço apertado, ele não recusa embora não goste dessas demonstrações dentro da escola.
Ele me deu muito para pensar, ou melhor, não pensar. Eu vou sentir quem é o certo quando chegar a hora. Só espero que não demore, ou os dois vão se cansar de mim.
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