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Capítulo 1


Ponto de Vista Anabeth Snape

Não cabe mais nada naquele baú e ainda nem coloquei os livros. Puxo o carrinho atrás de mim e me sento na cama a fim de descansar um pouco, torcendo para que minha mãe não me veja assim ou seria capaz de cancelar tudo.

- Precisa de ajuda? – Max entra no quarto sem pedir licença, o que eu agradeço muito.

Ajeito o cateter no nariz e o coloco atrás da orelha para ficar no lugar certo.

- Acha que a mamãe vai notar se eu não levar o cilindro extra?

- Vai notar quando você morrer.

- Eu não vou morrer. O médico não ia me liberar para estudar em Hogwarts se tivesse esse risco.

Max se aproxima do meu malão e avalia o interior, confesso que não está bem arrumado, mas foi o máximo que consegui. Ele pensa por um algum tempo até achar a solução.

- Bem, se eu não levar o segundo uniforme de quadribol, talvez tenha espaço para seus livros no meu malão.

- Você não vai precisar?

- Não, eu peço pro Lee lavar depois dos treinos, vai ficar um pouco gasto, mas eu posso pegar o segundo uniforme no Natal ou dizer a mamãe que esqueci, ela não vai se importar em mandar.

- Eu já disse que você é o melhor irmão do mundo?

- Já e eu concordo.

As vozes se elevam no andar de baixo, algo que tem se tornado mais comum a cada dia nos últimos meses.

- Estão discutindo de novo – eu constato e Max aperta os lábios assentindo lentamente.

Ele se vira e caminha para fora, eu demoro mais para me levantar, pego minha muleta ao lado da cama e confirmo que está bem encaixada no meu antebraço, fecho minha mão em torno do suporte e arrasto o carrinho com o cilindro de oxigênio atrás de mim.

Eu faço mais esforço para sobreviver do que realmente sobreviver. Essa é a minha vida desde que nasci.

Eu nasci no sexto mês, o que significa que meu corpo ainda não tinha surfactante pulmonar o suficiente, havia a chance de isso se corrigir depois do nascimento, mas não aconteceu. Assim como não consegui me livrar da rigidez na perna.

Porque além de tudo, eu sou uma garota azarada.

- Estão falando de você.

Eu me aproximo do corrimão e abaixo o rosto na madeira. Eles estão tentando abaixar a voz, mas mamãe nunca foi boa em falar baixo.

- Não se lembra de como ela ficou doente no primeiro ano? Um castelo medieval não é ambiente para ela.

- Os médicos sabem o que fazem, Angie. Se disseram que é seguro para ela, devemos confiar. Afinal é o que Anabeth quer.

- Eu não entendo, ela estava tão bem em Durmstrang.

Eu me afasto do corrimão porque já ouvi demais.

E sim, me lembro como contrai uma bactéria no pulmão por causa da umidade de Hogwarts no meu primeiro ano. Depois disso a mamãe surtou e me transferiu para Durmstrang porque o interior era mais moderno e o clima estável, ou seja, frio e seco todos os dias do ano.

- Eu só quero me formar com você, por que ela não entende?

- Porque isso provavelmente vai te matar e não estou reclamando, tenho planos de transformar seu quarto em uma sala de troféus.

- Hum, achei que precisava ganhar algum para isso.

Eu rio e começo a descer os degraus, não é fácil carregando o cilindro, nem com a muleta, mas eu já estou acostumada, preciso mostrar que consigo andar por Hogwarts.

- Oi, filha. Já arrumou suas coisas? – meu pai me acompanha até a cozinha que, infelizmente, é para onde mamãe foi.

- Sim, tudo pronto.

- Está levando o cilindro portátil? – mamãe pergunta como se não fosse óbvio.

- Sim, eu tenho certeza que peguei tudo.

Mamãe ainda está tentando aprender a cozinhar, mesmo que seja papai quem acaba completando o tempero para ficar comível, ela acende o fogo e se vira para mim.

- Desculpa estar te pressionando tanto, mas eu tenho medo.

Papai dá a volta e coloca a panela no fogo que ela deixou acesso.

- O que sua mãe quer dizer é que ela te ama e está confiando em você, ela sabe que se você se propôs a fazer algo é porque consegue.

- Até eu sei que ela não disse nada disso – Max entra na cozinha como se tivesse sido chamado no assunto.

- Se até Max percebeu, você não mentiu bem Severo – mamãe ri, de repente nossa casa está leve outra vez.

- Um peixe fora d'agua – Maximus resmunga.

- Sem drama, garoto – papai repreende sutilmente e desliza uma tigela de cereal na frente dele.

- Tudo bem, eu sou adotado mesmo.

- De onde tirou isso? – mamãe pergunta seriamente, dissipando todo o humor de segundos atrás.

- Eu tenho olhos verdes, sou loiro, alto, forte, bonito – ele faz uma pausa e aponta para nós com a colher vazia – o oposto de todos vocês.

Papai dá um tapa na nuca de Maximus.

- Por que está falando e não comendo? Quem é você e o que fez com meu filho?

Max ri e coloca mais cereal na boca, mas eu olho para mamãe e seus olhos estão se enchendo de lágrimas, seu peito sobe e desce de forma profunda e ela saí da cozinha quase correndo, os passos sendo ouvidos pela casa até sumirem distante.

Papai olha fixamente para Max com uma desaprovação que faz seus lábios se curvarem para baixo.

- O que foi? Não é surpresa pra ninguém.

- Você magoou sua mãe.

Max dá de ombros de um jeito que me irrita.

- É, estou aprendendo com você.

- Uma semana de detenção – papai avisa apontando um dedo acusador.

- O que? Nem estamos na escola ainda.

- É primeiro de setembro, as aulas começam hoje. Uma semana de detenção.

Papai sai da cozinha, com certeza vai procurar a mamãe, porque é assim que eles são, brigam como cão e gato, mas quando um precisa o outro está lá.

- Você exagerou dessa vez, Max.

- O que ela vai cozinhar?

- Sei lá, mas vou deixar para comer no trem.

Nós rimos e de repente o momento passa, é inacreditável como os filhos mexem com as magoas mais profundas no coração dos pais, os destroem completamente e não dão a mínima para isso.

***

A estação está exatamente como eu me lembrava, o cheiro de óleo de motor invade meu nariz de forma tão deliciosa que chega a dar água na boca.

Ainda estou carregando o carrinho de oxigênio porque é uma viagem longa e não vale a pena gastar o portátil a toa. Os alunos passam por mim e olham como se eu fosse uma aberração, me viro para meus pais porque é como eu me protejo de situações assim, fechada na bolha familiar.

- Eu vou morrer de saudade – mamãe abraça Maximus pela terceira vez.

- Mãe, não chora, você tem feito isso á sete anos – ele reclama mas devolve o abraço e beija a testa dela, como viu papai fazendo a vida toda.

- Eu sei, mas vou morrer de saudade mesmo assim.

Ele aperta os lábios, sei que quer se desculpar, mas não o faz. Mamãe desvia o olhar e sua atenção passa para mim.

- Se precisar de algo, escreva.

- Eu vou.

- Escreva se não precisar de nada.

- Eu vou, mãe – eu ria e ela derrama mais lágrimas – eu sempre escrevo.

Ela me abraça e beija meu rosto. Sinto a marca de batom dela como um peso no meu rosto, mas não ouso limpar.

- Vejo você no final de semana. Corra para a casa de Livea se sentir sozinha – papai a puxa pela cintura e a beija.

Max faz som de ânsia, falsamente, mas não eu, sempre gostei de vê-los trocando carinho, abraços, palavras doces. Porque a maior parte do tempo em que os via, estavam cuidando de mim, buscando médicos, tratamentos, exames.

É triste entrar no trem e ver a mamãe ali sozinha na estação sabendo que ela não terá nada para fazer, por culpa minha, tantos anos cuidando de mim que nem se dedicou a conseguir um trabalho ou uma profissão além de ser mãe e esposa, então, ao invés de gritar para ela que a amo e que ela é a melhor do mundo, eu fecho a cortina da cabine em que entro.

Sei que papai vai acenar e jogar um beijo para ela quando o trem estiver partindo.

Maximus se senta do meu lado, reclina no banco e apoia os pés no meu cilindro. Eu ainda estou pensando na minha mãe quando o trem se afasta.

- Por que disse aquilo? – pergunto repentinamente.

- Sobre eu ser adotado? É verdade, não é? Todo mundo já percebeu.

- Mas eles não confirmaram nada.

- Eu não ligo, Anabeth. Não me sinto menos amado ou cuidado que você. Eu só queria que eles falassem comigo.

- Quer saber quem são seus pais biológicos?

- Não. Eu só queria que parassem de nos tratar como crianças.

- Você está diferente, Maximus. Impaciente, rude. Eu vim para Hogwarts para ficar com você e parece que não está feliz por isso.

- Ah, querida irmãzinha. Eu estou mais que feliz – ele se levanta e ajeita o cabelo em um rabo de cavalo, as mechas da frente, mais curtas, se soltam na mesma hora – mas agora, tenho que ver umas pessoas, Eu venho te buscar quando tiver certeza que meus amigos não ficaram mais idiotas no verão.

Ele sai e fecha a porta que trava.

Meu estomago ronca de fome, me arrependo de não ter comido o macarrão da mamãe, papai comeu e nem colocou tanto molho para disfarçar a massa pastosa.

Me reclino e aproveito a vista por um longo tempo, devia fazer umas duas horas desde que estava ali, quando ouvi as rodas do carrinho de doces se aproximando.

- Tortinhas de abobora, sapos de chocolate, chocobolas – a vendedora anuncia.

Eu me esforço para me levantar naquele espaço apertado e nada inclusivo. Demoro para chegar a porta e quando o faço, ouço o carrinho se afastando.

- Espera.

Eu abro o trinco e saio apressada, me atrapalhando com a muleta e mais ainda com o carrinho, a muleta escorrega e prevejo o tombo que vou levar, mas não caio, sou segurada pela cintura, o cateter escorrega da minha orelha e quando vejo estou sem o auxílio do oxigênio.

- Garota, devia tomar cuidado.

Eu me equilibro de volta e encosto na parede do corredor, para finalmente olhar para o meu salvador.

Então eu paraliso, nem mesmo consigo dizer obrigada. Ele é alto, não alto como Maximus ou como meu pai, ele é alto de verdade e tem a pele dourada de um jeito que é difícil manter no Reino Unido, ele coloca o cabelo longo atrás da orelha de um lado e percebo a tatuagem meio a mostra no braço, bem onde a camisa do uniforme está enrolada.

Drumstrang é cheia de badboys, mas não são assim, tão... de tirar o folego.

Só então percebo que essa dificuldade para respirar é porque não estou com o cateter, eu arrumo rapidamente e endireito o corpo, então ele abre a boca mais uma vez e o encanto acaba.

- Você devia estar aqui?

- No corredor?

- Não – ele ri e olha por cima do ombro para os amigos atrás dele – no mundo. Fala sério, você está toda ferrada.

Eu fecho a cara porque não tenho resposta para isso, afinal, ele está certo. Mas o bom é que eu o reconheci, gato e idiota.

- Noah Rosier.

- Olha só, ela sabe meu nome. Agora, deixe-me adivinhar o seu – ele desce os olhos pelo meu corpo, me deixando totalmente desconfortável, observa a muleta e o cilindro então constata – a filha doente do professor Snape.

- Eu não sou doente.

- Ah claro, parece muito saldável para mim – ele e os amigos caem na gargalhada e eu quero sumir.

Mas é impossível com eles bloqueando a passagem até a cabine em que eu estava, um passo atrás.

- Hey, Rosier. Deixa ela em paz.

Eu olho por cima do ombro na esperança de ser Maximus, mesmo não reconhecendo a voz. Ele se aproxima devagar, mas é o suficiente para Noah recuar.

Rosier levanta as mãos como se estivesse rendido e dá um sorriso de canto.

- Calma monitor, eu só estava dando as boas vindas de volta á Ana, somos velhos amigos.

- Você não tem amigos, Rosier – o garoto olha para mim, não para muleta nem para o cilindro, só para o meu rosto – Você está bem?

- Estou.

- Vamo embora, esse vagão tá um saco – Noah sai dando um soquinho na parede do trem, eu o observo de costas até que ele passe pela porta que separa o vagão.

- Não deixa ele te intimidar ou só vai ficar pior.

- Tudo bem, eu sei lidar com garotos assim.

Eu olho verdadeiramente para ele pela primeira vez, algo nele é reconfortante e não estou falando do fato de eu não ser a única ali que precisa de cuidados especiais.

Ele é bonito de um jeito oposto ao de Noah, seu cabelo tão claro como sua pele e olhos, o fazem parecer um anjo, mas não é, ele também é um badboy.

- Sou Adam White, E isso não é uma piada – ele passa a mão pelo cabelo e o cheiro de couro de sua jaqueta me enebria.

- Anabeth.

- Só Anabeth? – Adam levanta uma sobrancelha com um sorriso de canto.

- Você vai saber de qualquer jeito. É Snape.

- Como o professor?

- É meu pai.

- Nossa, eu te chamaria para sair agora mesmo, mas se o professor Snape é seu pai e Maximus Snape seu irmão, acho que eu teria problemas.

- E olha que nem conhece a minha mãe.

Nós rimos, é um humor leve, mesmo assim minhas bochechas queimam,

- Em que ano está? Senhorita Snape?

- No último, sei que pareço mais nova.

- Não parece, é que nunca te vi aqui, como monitor, eu conheço todo mundo.

- Eu estava em Durmstrang, mas vou cursar o último ano aqui. Bem, eu fiz o primeiro ano aqui também.

- Espera – ele faz uma pausa brusca e arrega os olhos – é a garota que teve uma parada respiratório no meio da aula de voo?

- Culpada – sorrio tímida e levanto a mão para me entregar.

- Nossa, a instrutora Hooch fez aulas de primeiros socorros depois disso, você é uma lenda.

- Preferia ser invisível.

- As pessoas vão se acostumar com você, acredite, eu sei – ele aponta o próprio rosto.

- Mas eu lembro de você quando estudei aqui.

- Pais trouxas, não me deixaram vir no primeiro ano. Acharam que ia passar.

- Pais são bizarros.

- É. Bem. Acho que a filha do Snape é, obviamente sonserina, então... te vejo do outro lado da arquibancada no quadribol – ele se afasta pelo corredor.

- Espera, em que casa você está?

- Corvinal. Por isso assustei Rosier. Cérebro contra músculos.

Ele passa pela porta e em segundos não há mais vestígios no corredor, meu estomago vibra e não sei mais se é fome ou nervosismo. Não me importo em ficar sozinha na cabine, fecho a porta para não ser incomodada e aproveito a paisagem.

Quero pegar uma folha e escrever para mamãe, dizer que Maximus está esquisito e ela devia dar um jeito, que conheci o cara mais gato do mundo e ele é um idiota, mas que tem um corvino fofo e nascido trouxa que pode, ou não, ser meu primeiro beijo.

Mas é cedo demais para escrever.

***

O salão é como eu me lembro, exceto que agora não sou mais criança e percebo cada um dos olhares para mim, como se eu fosse uma aberração.

Fico feliz em me apressar e me sentar ao lado de Max que fez o enorme favor de me esperar para sair do trem, como se não tivesse me deixado sozinha o caminho todo.

- Ainda está brava, Ana?

- Achei que você tinha ido encontrar seus amigos, eu duvido que Paul ou Luke usem essa cor de batom.

- Desculpe – ele diz com a boca cheia de carne – em minha defesa, ela é mais bonita que Paul e Luke juntos.

Eu reviro os olhos tentando esconder um sorriso. Claro que Maximus tem uma namorada, mais que uma, eu diria. Como ele mesmo disse aquela manhã, ele é bonito, alto e forte. E com aqueles olhos verdes que sorriem mais que os lábios, é o combo perfeito.

Outra coisa que é óbvia, eu também sabia que ele era adotado.

Qual é?.. Ele não poderia ser meu irmão gêmeo, como poderia se eu nasci toda ferrada e ele assim.

Eu sispiro pesadamente.

- O que foi?

Adam White passa pelo centro do salão principal até a sala a mesa dos professores e faz uma reverencia. Ele usa botas de couro com o cadarço frouxo sobre a calma do uniforme e um casaco de lã batida preto grande demais para seu corpo esguio.

- Quem é ele?

- Adam White.

- Tá, mas – eu faço uma pausa observando seus passos até a mesa oposta onde ele se senta com outros alunos – quem é ele?

- Ah, ele é uma incógnita, Adam entrou atrasado na escola, um ano. Mas quando chegamos ao terceiro ele nos alcançou, é inteligente, dedicado e um anarquista. Ou seja, não faz seu tipo maninha.

- Como você pode saber?

- Se ele invadir uma fábrica de frangos para libertá-los, como pretende pular o muro e fugir.

- Idiota – eu jogo uma uva passa em Maximus que acha que tem o direito de me fazer cócegas em público – Para tá todo mundo olhando. Além disso, eu não estou dizendo que fiquei interessada.

- Claro que não.

Mas estou, completamente e perdidamente interessada.

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Mas Eva, o Adam do cast não é albino, mas gente, chega perto do que eu queria então relevem por favor

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