
🩸✝ - 04
[P.O.V Autora]
Dois meses perfeitos já haviam se passado desde que Chan e Felix haviam iniciado aquele tipo de relacionamento deles, não oficialmente um namoro, porém ambos os garotos já não ficavam com ninguém desde da primeira vez que haviam ficado, e também não tinham olhos para mais ninguém, pois aqueles dois só não oficializavam o namoro porque queriam esperar até Felix estar livre dos julgamentos da igreja e de seus pais, e isto não iria demorar muito mais tempo, pois já estavam quase nos últimos dias de aula do ano letivo. Os dois garotos já haviam juntado seus ciclos de amizades, e já formavam um belo grupo de oito pessoas, o "Grupo do Nerds", o de Felix, que se provou bem mais do que apenas jovens chatos e estudiosos, e o "Grupo dos Bad Boys", o de Chan, que também não tinham toda aquela pose má deles.
A formação do casal entre Felix e Chan não fora bom só para eles, mas também para Minho e Jisung, que mantinham uma relação parecida, porém as coisas pareciam mais sérias entre eles, pelo menos os pais do Lee maior já conheciam Jisung, diferente dos pais do Bang, que apesar de serem de confiança, Chan temia que eles acabassem deixando algo escapar sem querer, então tudo era um segredo muito bem guardado pelo grupo, mas se prestasse atenção, iria perceber que aqueles dois eram o casal mais improvável e amável daquela escola, e alguns já começavam à perceber os sinais, mas nada que algumas ameaças somente por olhares de Chan não resolvessem temporariamente seus problemas.
Neste momento, o grupo estava reunido, conversando alto no pátio da escola, e bom, vamos apresentar nossos outros personagens. Hyunjin e Changbin eram amigos de longa data de Chan, assim como Minho, sendo Changbin o mais novo dos amigos, que acabou entrando ali por conta da venda de maconha que aproximou eles, e juntos, aqueles quatro tinham a pior reputação da escola. Já do grupo do falso santinho, enquanto todos já sabiam que Felix e Jisung rebolavam de forma extraordinária de noite, Seungmin e Jeongin eram mais quietinhos, mas isto não significava que eles não tinham uma baita boca suja e um dom incrível de testarem a paciência de todos. O único que tinha mais paciência com aqueles dois era Hyunjin, que aos poucos aprendia que eles eram como duas crianças, só precisavam de um pouco de atenção para depois se cansarem, e não mentiria, era fofo.
─ Então quer dizer que fui usado como álibi de novo? ─ Han questionou ao amigo com um falso tom de indignação, fazendo todos da roda encararem eles tendo mais uma de suas pequenas brigas. ─
─ Você não foi usado, Hannie, foi por uma boa razão. ─ Felix explicou com um sorriso. ─
─ Desde quando foder com o seu namorado é uma boa razão?
─ Desde que ele me visita ao final de todas as missas e tira todo o estresse que eu passo com as senhoras da igreja. ─ Felix se virou para Chan e deixou um selar em seus lábios, que agora ostentavam um piercing de argola pequena no lábio inferior, e o Lee tinha que admitir, Bang Chan havia conseguido ficar mais sexy com aquilo. ─ Acredita que elas falaram que eu estava magro demais e que parecia uma bixa? Depois disseram que eu tinha que malhar para ficar com um porte físico mais robusto, "Igual à de um homem de verdade". Ah, me poupe!
─ Que você é bixa, elas não estão erradas. ─ Seungmin alfinetou, ganhando um belo dedo do meio de Felix. ─
─ Fica quieto, Kim. ─ O Lee resmungou, porém suavizou o rosto quando sentiu o Bang lhe puxar um pouco pela cintura. ─
─ Se bem que seria interessante ver você em um short pequeno de academia... ─ Chan murmurou. ─
─ Oras, posso colocar um sem ir para a academia. ─ Felix sorriu malicioso para o maior, e puderam ouvir Minho resmungar de fundo. ─
─ Querem um quarto? Estão quase se comendo aí. ─ O Lee mais velho disse, revirando seus olhos, já estava começando à se acostumar com aqueles dois extremamente ousados até mesmo perto deles. ─
─ Você está falando do que, Lee Minho? E essa mão aí na coxa do Han? Acha que eu não vi ela em outros lugares? ─ Hyunjin provocou, estava andando demais com Jeongin e Seungmin, e já começava à ganhar gosto por encher a paciência de seus hyungs, aquele trio junto não era coisa boa, isto que hoje Jeongin estava bem mais quietinho, isso talvez porque não tivesse voz para falar mais nada depois de uma noite boa com Hyunjin... E Seungmin também. ─
─ Para você, é Minho-hyung, e fica na sua.
─ Todos vocês parecem gato e rato. ─ Chan afirmou com um sorriso no rosto, gostava de ver seus amigos juntos, mesmo que trocando alfinetadas, sabiam que eram um grupo unido e que ajudariam uns aos outros caso necessário. ─ Não param de implicar um com o outro por um segundo.
─ Olha só, quem começa com essa palhaçada é sempre o bonde maravilha ali! ─ Changbin afirmou, apontando para Hyunjin, Seungmin e Jeongin, o mais novo dele encarando o Seo indignado. ─
─ Eu estou quietinho hoje, então não vêm me colocar no meio não, cotoco de gente. ─ O Yang se defendeu. ─
─ Ora seu...
─ Vocês são chatos demais. ─ Felix disse arrastando a voz, não achava realmente isso, mas queria uma deixa para sair dali com Christopher. ─ Channie, vamos sair daqui?
─ Vamos, daqui à pouco as aulas começam, então vamos aproveitar um pouquinho só nós. ─ O Bang deixou um selar na bochecha do mais novo e se levantou da mesa junto com ele. ─ Nós vamos indo galera, nos vemos no intervalo.
─ Boa foda! ─ Jisung gritou. ─
─ Vai se foder! ─ Felix devolveu. ─
Não demorou para Chan e Felix já estarem indo para alguma das salas de clubes que ficavam completamente vazias naquela parte do dia para poderem ficar à sós um pouco, ambos não tinham a intenção de fazer nada sexual, só queriam ficar um tempinho na bolhinha de amor deles, sabiam ser românticos um com o outro, afinal, sexo não era tudo. Ao chegarem na sala, enquanto o Bang deixava a porta meia aberta para ouvirem quaisquer passos de fora, Felix se encontrava sentado na grande mesa ali destinada ao professor que viesse dar a aula no local, mas que agora servia de banco para o Lee. Christopher se aproximou do mais novo e ficou no meio de suas pernas sorrindo meigo para este antes de tomar seus lábios em um beijo carinhoso, aproveitando para tocar a bunda que tanto amava e apertar sem tanta malícia em seu ato, gostava de apertar o local, era como se fosse um carinho na cabeça para eles.
─ Como andam as coisas na sua casa? ─ Chan questionou, sabia que não tinham sido muito cuidadosos com barulho em algumas visitas do mais velho, e isto sempre o preocupava, não queria causar problemas ao amado. ─
─ Normais, mas minha mãe anda meio estranha sabe. ─ Disse em voz baixa, pensando nas atitudes da progenitora. ─
─ Estranha como?
─ Não sei explicar, mas ela sempre me olha como se soubesse que escondo algo, mas nunca me questiona nada. Estes tempos ela até perguntou se eu tinha conhecido algum amigo em especial que ela deveria conhecer, eu disse que não, mas ela continuou com aquele ar desconfiado.
─ Você acha que ela sabe sobre a gente? ─ Questionou com o coração já batendo rápido em desespero. ─
─ Se sabe, ela não falou nada para o meu pai, porque ele está igual sempre foi. Acho que ela pode suspeitar que eu esteja com alguém, mas com certeza deve imaginar que é uma garota. ─ O menor suspirou tristonho, queria falar com sua mãe sobre o relacionamento deles, queria pedir conselhos para certas coisas, como presentes para dar ou lugares para encontros, mas ela com certeza não iria aprovar aquele relacionamento com um outro homem, claro, ela poderia ter uma reação completamente diferente da esperada, entretanto, temia que ela agisse como pensava e o afastasse de Chris, e com este pensamento, lágrimas rolaram pelos olhos do menor. ─
─ Oh gatinho, não chora, por favor. Logo as coisas vão estar melhores e você não vai ter este sentimento. ─ Afirmou abraçando o corpinho trêmulo do menor, sentia seu coração ser esmagado e pisoteado toda vez que via aquele pedacinho de Sol chorar. ─
─ Mas de qualquer forma eles não vão me aceitar, Channie, não importa o que aconteça. Eles sempre se mostraram completamente contra a homossexualidade. Eu só... Queria falar normalmente com eles, sabe? O Jisung contou que os pais de Minho foram super atenciosos com eles, e aceitaram muito bem. Eu só queria isso, aceitação dos meus pais, Minho é muito sortudo...
─ Meu amor, eu sei que tudo isso é muito complicado, mas um dia você vai ter que falar para eles sobre a sua sexualidade e, mesmo que demore e eles não aceitem, vão te respeitar, são sua família e querem te ver feliz, mesmo que aversos à isto. ─ Chan foi deixando alguns selares pelos rosto do mais novo até que ele começasse à se acalmar, ainda abraçando o amado com firmeza. ─ Vai ficar tudo bem, okay? Eu vou cuidar de você, Lix, pode sempre chorar no meu ombro o quanto precisar.
─ Obrigado, Chris. ─ Felix sorriu com o nariz e as bochechas vermelhas. ─ Eu gosto muito de você... Na verdade, eu te amo.
─ Eu também te amo, Lix.
Chan disse com todo o seu coração, beijando o Lee cheio de paixão e sentindo o doce sabor de seus lábios de mel, queria beijar aqueles lábios para o resto de sua vida, sentir a textura deles eternamente e tocar o corpo esculpido até que decorasse cada parte, e quando decorasse, pudesse refazer o caminho de suas mãos todos os dias de sua vida. Felix se sentia em casa com Christopher, sentia uma confiança descomunal nele junto com o sentimento de compreensão vinda dele, realmente amava aquele homem. Ambos se separaram assustados ao ouvir a porta bater, mas relaxaram ao notar que era apenas o vento da janela aberta batendo nela e fechando com um baque alto. Os dois garotos caíram na risada com o susto desnecessário, trocando mais alguns selinhos em meio ao riso e logo ouviram o sinal bater, sabendo que teriam que se separar nas duas primeiras aulas para depois terem aulas juntas o resto do dia. Em alguns minutos, o casal já havia se despedido e cada um já havia tomado seu rumo para sua sala.
[...]
E mais um dia de aulas chegava ao fim, faltava apenas uma semana para o fim do ano letivo e para finalmente terminarem o terceiro ano do ensino médio. Felix e Chan já haviam se despedido no portão da escola com direito à carícias e reclamações dos amigos, porém logo o Lee já estava chegando em casa com um sorriso de orelha à orelha, e quem lhe deixava assim todos os dias era Bang Chan, o homem que lhe dava borboletaz no estômago e o deixava com aqueles sorrisos bobos. Ao entrar em casa, notou ela mais quieta que o normal, Felix imaginou que seus pais estavam na igreja, por isto, apenas entrou no recinto e foi até a cozinha procurar uma maçã para comer antes de preparar seu almoço, porém derrubou ela na bancada da cozinha quando ouviu a voz de seu pai vinda da sala.
─ Filho, podemos conversar? ─ O homem perguntou com uma voz estranha, vendo o filho se virar para si confuso, encarando sua mãe ao seu lado com um rosto estranho também. ─
─ Claro, sobre o que? ─ O Lee se sentou despreocupado no sofá à frente dos pais. ─
─ Querido, sabemos que a adolescência deixa todos confusos e com certeza acaba levando alguns para o mal caminho... Como perversão sexual e homossexualidade...
Continua...
Ai fodeu kk
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