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Projeto - Benimaru x Leitora

⇢ ˳;; ❝ FIRE FORCE (Enen no Shouboutai) ᵕ̈ ∗: Cannon





>>>> Prólogo

O sol devia estar no ponto mais alto do céu quando alguém entrou na oficina, o som ritmado do martelo forjando uma peça de metal incandescente era a última coisa que o dono do local esperava ver.

O forno estava operando com capacidade total significando que já devia estar ativo a algum tempo, o homem de quarenta e tantos anos se apoiou na entrada do barracão cruzando os braços.

-Você deveria estar se preparando para ir para o império, não estar aqui.

Mesmo que sem resposta o homem entrou no local movido pela curiosidade em saber no que a filha estava trabalhando, mas o que quer que fosse ainda não tinha ficado do jeito que ela gostaria afinal o alicate segurava o aço firmemente enquanto ela continuava a moldar. Seu rosto estava calmo e seus olhos focados apenas no trabalho, isso era algo que o mais velho admirava na filha. A capacidade de se focar totalmente na tarefa e manter o ritmo das marteladas independente do que estivesse acontecendo à sua volta.

A garota ajeitou a peça com o alicate antes de banhar na têmpera, o aço que brilhava a mais de 700°C foi mergulhado com confiança no óleo dando o acabamento e tratando o material para aumentar sua rigidez.

-[Nome] - o homem chamou - Não adianta você me ignorar, sabe que de qualquer maneira você precisa ir para o império.

Pela primeira vez, a mais nova desviou o olhar do serviço para seu pai - Eles têm pirocinéticos demais, não vou fazer diferença.

Um suspiro alto e o mais velho se aproximou - Você não merece passar a vida na oficina, como eu.

-E se eu quiser passar a vida na oficina que nem você? Ninguém perguntou o que eu quero - retrucou com olhos levemente cerrados, mais afiados do que as facas que moldavam ali . O homem levou a mão tirando uma pequena mancha de carvão do rosto da filha com o polegar.

-Muita coisa mudou nos últimos anos, mas mesmo assim ainda existe todo tipo de coisa para se ver, coisas que essa vila pequena não pode proporcionar. - Um passo de distância se fez presente enquanto mantinha as mãos nos ombros da garota - Como pai meu coração se aperta vendo você partir... Mas ao mesmo tempo, sei que as pessoas precisam de gente como você.

-Como você pode ter tanta certeza? - ela perguntou se desvencilhando e tirando a peça do óleo a fim de a colocar para secar.

-Sou seu pai - o mais velho se virou saindo da oficina - Sei do que estou falando.

>>>> Viagem

Odiei o uniforme verde no momento que o coloquei, de tempos em tempos o exército vinha para a península Chinesa para recolher os pirocinéticos fazendo com que eles ingressassem no corpo de bombeiros especiais ou no exército.

O grande navio estava ancorado no porto e já tinha dado o primeiro sinal para partir, o motor era alimentado pelo calor e duas grandes rodas de pá propulsionavam a embarcação para a frente. A estrutura em si era impressionante e mal podia esperar para espiar o motor, entretanto saber o que me esperava do outro lado do mar me deixava no mínimo desmotivada.

Joguei a mochila no ombro, meu pai e minha mãe esperando para me ver partir de vez, o porto estava cheio de containers mas a quantidade de jovens a serem levados para a o império não era tão grande e a maioria, nem conhecia.

-Sabe que não somos bons de despedidas - meu pai começou - Então queremos apenas entregar isso.

Ele me estendeu um colar com algum tipo de medalha, elas tinham um corte de formato oval brilhavam prateado e tilintavam quando batiam uma contra a outra, numa delas estava gravado os nomes dos meus pais e no outro o meu.

-Seu avô sempre mencionava que ele sonhava com um soldado de fogo que tinha medalhas no pescoço. Poderia ser uma loucura dele, mas sempre achei uma boa ideia - abaixei a cabeça para que ele pudesse colocar o cordão envolta do meu pescoço.

-A muito tempo eu dei sorte e achei um concentrado de platina, era o único metal que não iria derreter enquanto você estiver em serviço.

-Mas o ponto de fusão é de 1700 graus como conseguiu chegar nessa temperatura? - perguntei segurando a plaqueta na palma da minha mão. Vendo em detalhes as letras cuidadosamente entalhadas.

-Um forjador nunca revela seus truques - a última chamada do navio foi feita.

-Melhor você ir - meu pai disse e minha mãe começou a chorar segurando a minha mão em seguida. E com um último aceno deixei seu lado seguindo para onde os oficiais estavam.

-Nome e companhia - perguntaram assim que eu me apresentei.

-[Nome] Kenneth, pirocinética de terceira geração. Recruta do Exército de Tóquio.

O soldado olhou a lista por alguns minutos - Certo, pode subir.

Observei a minha terra natal uma última vez antes de subir no navio, no topo alguns oficiais estavam dando instruções sobre a viagem, não seriam mais do que algumas horas então não tinha muito sentido me instalar numa das cabines. Então achei um bom local na proa para aproveitar a viagem no mar, não é sempre que isso acontece.

A mais de 250 anos atrás o grande cataclisma envolveu o mundo em chamas, devastando e deixando a maioria das partes do planeta inabitáveis, os antigos continentes foram destruídos e algumas nações completamente obliteradas.

Esse fenômeno alterou a própria estrutura do mundo, foi quando um dos sobreviventes nomeado Raffles I junto com seus apóstolos saíram em busca da luz, encontrando uma chama sagrada que recebeu o nome de Adolla Burst. Seus companheiros morreram, então ele retornou sozinho e usou a chama junto com a tecnologia existente para criar Amaterasu, a ferramenta que salvaria a vidas das pessoas com sua luz.

Entretanto, depois de algum tempo as pessoas começaram a entrar em combustão, as criaturas elementais de fogo passaram a ser conhecidas como Indivíduos de Fogo, Infernais.

Humanos que entravam em combustão e se transformavam em monstros ficaram conhecidos como a primeira geração, capazes de criar chamas à vontade e efetivamente se tornar imortal, a menos que seu núcleo fosse destruído. Essa mudança geralmente os deixa em dor constante o que geralmente faz com que percam a sanidade deixando nada além de criaturas que atacam indiscriminadamente seus arredores.

Eventualmente a evolução permitiu que os humanos manipulassem as chamas ou criassem suas próprias, a segunda geração foi agraciada com a dádiva de poder manipular chamas já existentes ampliando, redirecionando e até às apagando a seu bel prazer.

E a terceira geração são os pirocinéticos que têm a habilidade de criar suas próprias chamas e as controlar. Entretanto não conseguem fazer isso com chamas pré-existentes.

Minha habilidade recebeu a classificação de ignição, que permite ao usuário criar chamas de partes do corpo. Salvo as exceções, como eu. Minha habilidade me permitia espalhar as chamas 100% pela superfície da minha pele, embora seja perigoso já que o uso em sua totalidade reduz a capacidade respiratória. Só conseguia manter ativo pelo tempo que conseguisse prender a respiração, mas fora isso conseguia ativar em locais específicos se quisesse, minha epiderme se torna incandescente como um metal que ficou na forja por muito tempo.

É a habilidade perfeita para um forjador, mas aqui estou ingressando no exército. Pelo menos eu imaginava que eles teriam um bom setor de engenharia. Não preciso estar necessariamente no campo a todo instante.

Estava começando a ficar incomodada com o uniforme então apenas tirei a parte de cima da farda e a amarrei na minha cintura, odiava ter qualquer tipo de coisa restringindo meus braços.

Encostei a minha cabeça no metal da embarcação, seria um desperdício não explorar pelo menos um pouco o navio, levantei e coloquei a mochila no ombro novamente o peso desnecessário me trazendo uma lembrança.

Será que meu pai já tinha descoberto que eu trouxe o martelo de forja comigo?

Dei risada com o pensamento dele vendo que a ferramenta sumiu. Entrei por uma das portas de ferro batendo de leve para ver que sua espessura não era muita, então comecei a andar pelos corredores e julgando pelo posicionamento da chaminé, o local que alimentava o movimento do barco deveria estar por perto.

Senti o ar ficar quente, com certeza estava me aproximando.

-Ei, o que você está fazendo aqui? - um dos soldados me perguntou - Não é uma área para novatos.

-Queria ver como que o motor funciona - respondi dando de ombros, não fazia sentido nenhum mentir.

-O motor? Porque alguém como você se interessa nisso?

Franzi meu cenho - Por "como você" você quis dizer uma garota, oficial?

Ele balançou as mãos - Não foi a intenção ofender, mas não é comum.

-Eu cresci numa forja, fiquei curiosa como que os fornos funcionam queimando carvão e transformando em energia para o navio. Apenas isso.

Ele parou e me olhou - Bem de qualquer forma acho que eu devo um pedido de desculpas, vamos eu te levo. A propósito, o nome é Matteo.

-[Nome] - respondi, conforme ele andava se aproximando da fonte de energia sentia a temperatura aumentando, estava ficando levemente animada.

Ele abriu uma porta e algumas pessoas pareciam estar tendo problemas com um dos fornos, os homens estavam debruçados perto da boca tentando pegar alguma coisa dentro dele.

-O que aconteceu? - o tenente que estava me acompanhando perguntou.

-Um dos funcionários derrubou a pá no fundo do forno, não conseguimos recuperar por conta da temperatura, não temos pirocinéticos aqui.

Andei até o forno ignorando enquanto eles conversavam não estava muito no fundo e eu conseguia pegar sem muitos problemas então o meu braço esquerdo começou a pegar fogo e ficar incandescente coloquei ele dentro do forno e puxei a peça de metal.

-Porque vocês estão usando uma pá com cabo de madeira para alimentar fogo? - comentei - Chega a ser idiotice é claro que uma hora o apoio iria queimar.

Olhei para a peça - Vocês tem algum suporte de ferro aqui?

-Mas... Como? - um dos funcionários disse - Tenente?

-Façam o que ela pediu, estou realmente curioso - Matteo respondeu e um dos alimentadores veio com uma barra não era o ideal mas seria o suficiente.

-Preciso água também - falei e voltei a colocar as duas peças na fornalha de carvão.

Abri a minha bolsa com a mão direita e tirei o martelo que eu trouxe de lembrança, então ali no chão da sala eu juntei a ponta da pá com o bastão de ferro mergulhando em seguida no balde de água completando a tempera.

Joguei o ferro na direção do funcionário - Essa com certeza não vai quebrar o cabo, vai esquentar mas nada que um par de luvas não resolva - Apoiei o martelo no meu ombro enquanto colocava a mão na cintura.

O Tenente Matteo deu risada - A divisão de engenharia com certeza vai ganhar uma recruta interessante.

>>>> Oportunidade

Faz algumas semanas que iniciei o treinamento dos recrutas do exército, descobri depois dos primeiros dias que os pirocinéticos que tinham talento eram colocados direto sob os cuidados do segundo batalhão que era a brigada militarista.

O Corpo de Bombeiros Especial, que era o nome oficial, originalmente era formado por três grupos: O templo do sol sagrado, Exército de Tóquio e a Agência de Defesa. Pelo menos era isso que constavam nos papéis.

O templo cuida da religião predominante do império onde as Irmãs, os Padres e Monges adoravam o deus Sol e ensinavam sobre o grande cataclismo. Os formados pela igreja geralmente apresentavam suas orações para que os Infernais pudessem ser postos para descansar. Sob seus comandos atuavam as brigadas número 1 e 6.

Agência de Defesa é a organização de bombeiros, eles não enfrentam infernais eles se concentram no fogo em si para minimizar a destruição durante os ataques, a brigada número 4 atendia às suas ordens.

O exército controlava a brigada especial número dois, já a companhia número 3 e a companhia número 5 estavam sob o controle das Indústrias Hajima, um conglomerado de negócios com uma grande influência sobre todas as manufaturas, fossem roupas, comida ou ferramentas. Cerca de 70% da população trabalha para Hajima, e todos os equipamentos especiais de bombeiros foram desenvolvidos por eles. Tinham o monopólio de produção além de uma riqueza enorme e recursos ilimitados.

- Kenneth, 50 flexões concluídas. A vontade!

Olhei para o chão de terra que tinha embaixo de mim, as gotas de suor pingando do meu rosto. Se eu não tivesse passado anos na forja estaria sofrendo bastante agora. Me sentei no chão com as pernas cruzadas, tinham pouquíssimas recrutas mulheres na tropa.

Dobrei as mangas da camisa preta do uniforme de treino, se eu não fosse sofrer uma punição já teria as arrancado a muito tempo. Pelo menos tinha acostumado com as calças verde militar, até que eram confortáveis.

Assim que recuperei o fôlego sai da fileira para lateral onde os demais soldados que haviam terminado estavam. Um dos meus superiores se aproximando em seguida.

-Bom trabalho. Você é mais forte do que muitos dos outros soldados homens.

-Obrigada Sargento Tojo - respondi.

-Ouvi dizer que você se candidatou para o setor de engenharia. O Tenente Matteo até chegou a te recomendar, o que é uma pena estava tentando te roubar para a minha equipe.

-Me desculpe sargento, estar no meio de um monte de metal é mais a minha cara do que estar fazendo patrulhas na rua ou correndo atrás de criminosos. - me virei pra ele - Sem ofensas.

Ele gargalhou - Não ofendeu, gosto do jeito que você é sincera. Se quiser posso te recomendar também.

-Agradeço sargento, mas o tenente já conseguiu algo parecido com um estágio pra mim, depois de terminar as atividades do dia posso ir para oficina.

-Oh, isso parece bom - comentou com um sorriso genuíno - E o que você está achando?

Cerrei meus olhos - Que são um bando de idiotas que não sabem trabalhar com o material que tem disponível. Estão gastando matéria prima por não saber manusear a temperatura do jeito certo.


-Tenente Matteo onde estamos indo? Deveriam estar no refeitório não?

O mais velho tinha me buscado na saída do treino e pediu para que o seguisse.

-Tenho a palavra aqui - respondeu usando da autoridade de - Um amigo meu está bem interessado em te conhecer.

Tombei a minha cabeça para o lado, do que será que ele estava falando? Vi as placas indicando a oficina dos matchbox. Oh, ele não tinha feito isso, tinha?

Assim que o homem abriu a porta vi um absurdo, eles estavam para mergulhar uma peça na têmpera mas o metal estava muito acima da temperatura a ponto de ter luminescência própria.

Sem mesmo pensar eu segurei antes que ele mergulhasse a peça - Você está doido? Se mergulhar nessa temperatura você vai estragar, na verdade você já estragou. Com certeza a camada está super porosa. Mesmo se colocar no revenimento é capaz de não salvar.

-E isso é ferro puro? - inspecionei o elemento, era alguma peça para matchbox com certeza - Vai quebrar no primeiro movimento, vocês precisam usar um ferro com liga de carbono. Ou aço no caso se preferir.

A oficina inteira parou pra me ouvir, afinal não devia ser todo dia que uma garota invadia e abraçava uma peça de metal incandescente.

-Aposto que é essa a recruta que me falou Matteo.

Me virei e bati continência - Senhor, me desculpe senhor!

-A vontade soldada - ele respondeu - Alguém pegue o metal das mãos dela, e jogue direto no descarte.

Matteo colocou a mão no meu ombro - Disse que ela era diferente.

-Sabe o que está falando pelo menos - O tenente tirou a máscara de solda que escondia seu rosto para revelar alguém não muito mais velho, deveria estar na casa dos trinta anos. Cabelos escuros, olhos claros, rosto com linhas elegantes e fortes - Sou o Ravi, tenente e engenheiro chefe da oficina de matchbox do Segundo Batalhão da força de Bombeiros Especiais.

-Ouvi dizer você quer entrar pra minha unidade - ele abriu um sorriso com dentes perfeitamente brancos - Vamos ver o quanto você é boa.


-E foi isso sargento, estive visitando todos os dias desde então - resumi o meu encontro - A propósito preciso ir hoje de novo.

-Certo pode ir, digo para os outros que te liberei - ele bateu nas minhas costas e não pensei duas vezes em seguir para a oficina que tinha se tornado meu lugar favorito. Entrei no local já sendo cumprimentada pelos outros mecânicos mas não vi o tenente Ravi em nenhum lugar.

Dobrei as mangas da minha camiseta - Onde está o tenente?

-Embaixo do carro - um outro rapaz disse apontando para um matchbox que estava no canto. Eu mal cheguei perto ele começou com as perguntas.

-Qual a relação entre dureza e resistência? - a voz dele saiu um pouco abafada por ter um veículo gigante em cima dele.

-Estão sempre ligada uma a outra, se vocês aumentarem a dureza perde a resistência se aumentar a resistência perde a dureza. - respondi abaixando ao lado do veículo - Tenente até quando vai ficar jogando essas perguntas amadoras pra cima de mim?

-É só rotina - ele deu risada e se empurrou para fora do veículo - Conseguimos a sua transferência. Poderá se mudar para o quartel do segundo batalhão de bombeiros especiais quando concluir o curso, enquanto isso está livre para visitar a oficina depois de todos os treinos.

Ravi levantou e estendeu a mão pra mim - Bem vinda ao corpo de engenheiros.

Apertei a mão dele - Não irei decepcionar tenente.

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