Capítulo 94
Brunna
Vila Olímpia - São Paulo
📆 Terça-feira - 🕚 21:55
Depois da rápida conversa com Ludmilla, eu segui até o quarto do Michel e o encontrei na parte superior da cama, brincando com seus ursos de pelúcia - acho que de todos os seus brinquedos, esses são os favoritos - Fiquei ali com ele, até a morena vim anunciar que as pizzas já haviam chegado - pizzas que ela fez questão de escolher os sabores sem pedir a opinião de ninguém. Peguei o menino no colo e seguimos para a cozinha, onde as caixas já estavam abertas sobre a mesa, revelando duas pizzas salgadas e uma doce.
Infelizmente, me sentei ao lado da morena, que em todo instante forçava uma conversa sobre minha nova casa, minha nova rotina ou até mesmo envolvia o Michel na conversa e ele estava animado com isso. Comi apenas um pedaço de pizza salgada e um pedaço da pizza doce, diferente do pequeno e da Lud, que terminaram de comer o restante, com a desculpa de que esse momento do acontece de vez enquanto, então tinham que aproveitar.
Não demorou muito para que o menino se encaminhasse até o quarto, para escovar os dentes e dormir. Com isso restou apenas eu e Ludmilla, dentro de um pequeno cômodo. Assim que ele entrou em um sono profundo, voltei para a sala e peguei as poucas coisas que eu havia levado. Minutos depois a morena apareceu por ali, com a tentativa de me fazer dormir com ela.
- Você está cansada, não acho uma boa ideia sair dirigindo por ai. - resmungou parada em minha frente - Pode acontecer algo grave e...
- Ludmilla, eu não estou com sono e nem tão cansada como você está dizendo. - a olhei - E eu não vou te dar esse gostinho de dormir contigo.
- Mas quem disse que eu queria que você dormisse comigo?! - falou indignada - Aqui tem mais dois quartos de hóspedes, você poderia muito bem ficar em um deles. Mas você está insinuando que quer dormir comigo, Brunna? - arquivou as sobrancelhas.
- Quando foi que você se trocou essa pessoa tão insuportável, hein? - deixei um leve tapa em seu ombro, devido a proximidade de nossos corpos - Eu realmente quero ir pra minha casa.
- Ah, qual foi, Bru? - ela suspirou - O que de tão importante você tem pra fazer lá? Se for só dormir, pode fazer isso aqui.
- Com você roncando? - impliquei - Dormir é algo impossível.
- Eu não ronco. - se apressou para desmentir o que eu havia falado - E você que ocupa a cama toda.
- O seu nariz que eu... - antes que eu terminasse, ela me puxou para um abraço apertado e afundou seu rosto no meus pescoço, me causando um arrepio.
- Fica aqui, vai. - ela depositou um beijo molhado naquela região - Por favor. Estou precisando de você.
- Eu não quero estar aqui só quando você precise. - falei com dificuldade.
- Brunna, por só hoje, deixa nossos problemas de lado e fica aqui. - voltou a beijar meu pescoço - Amanhã é um novo dia e você pode ir embora antes do sol aparecer no céu.
- Mas Ludmilla...
- Não tem mas, só tem eu e você. - afastou nossos corpos, para me olhar nos olhos - Eu te amo, pra caralho. Ta foda esses dias sem você. Estou me sentindo uma filha da puta, por ter deixado você ir e ter causado essa bagunça da porra na minha vida.
Eu não sabia se prestava atenção naquela declaração, ou se tentava raciocinar quantos palavrões ela disse em sequência. Mas antes de fazer os dois, eu já estava a beijando com toda a saudade que sinto. Ela se apoiou na parte de trás do sofá - ficando ainda de pé - e eu me apoiei nela, repousando minhas mãos em seu peito. Realmente naquele momento parecia só haver, eu e ela. Suas mãos seguravam minha cintura com força, me fazendo ficar cada vez mais próxima do seu corpo, e isso me fazia perder cada vez mais a razão. Nos afastamos com a falta de oxigênio e apenas esse beijo não foi o suficiente para ela, pois antes de se recuperar, ela já tinha voltado a distribuir beijos por meu pescoço e clavícula. As mãos que estavam em minha cintura, subiram até o fecho do meu sutiã e o abriu com rapidez e em um lapso de memória me lembrei, que naquele apartamento, não estávamos sozinhas.
- O Michel. - sussurrei e segurei seus cabelos antes que ela abocanhasse meus seios.
Ela pareceu ter ficado brava com a minha brusca interrupção. Já que me segurou com força e me levou até o seu quarto. Que está tão bagunçado quanto a sala, mas eu tentei não prestar atenção nisso. E nem se eu quisesse iria conseguir, já que a boca da morena percorria meu pescoço, distribuindo beijos e chupões que ficaram marcados. Fui deitada sobre a cama e em seguida seu corpo pesou o meu. Fechei os olhos ao finalmente sentir sua língua passar em meu mamilo e segurei um gemido. Segurei seus cabelos que estavam me impedindo de ver seu rosto.
Quando ela iria descer os beijos para minha barriga, fui rápida em segurar a barra da sua camisa, a impedindo de fazer o ato. Levantei a camisa e a retirei do seu corpo, deixando ela tão nua quanto eu. Me sentei na cama e voltei a aproximar nossos corpos, a beijando com rapidez. Seu corpo aos poucos foi se entregando e eu aproveitei isso para mudar as posições, agora a deixando deitada e eu sobre ela. Seus seios estavam a mostra e eu os suguei com vontade, escutando um gemido rouco sair da sua boca.
Seu short jeans estava me atrapalhando o suficiente para que eu interrompesse esses beijos e o retirasse, fazendo o mesmo com o meu short e minha calcinha, jogando-os em um canto qualquer daquele quarto, que parece o inferno, de tão quente. Ela sorriu safada ao me ver ter essas atitudes e eu retribui com um tapa em sua intimidade. Sua calcinha de cor branca, me deixava ter a visão completa de seu clitóris, levemente inchado e poucas marcas da sua excitação. Levantei um pouco mais o meu corpo e voltei a beija-la, mas dessa vez passando as pontas do dedo sobre o pequeno tecido que está cobrindo aquela parte tão especial.
- Filha da puta. - ela xingou ao sentir a mordida que eu deixei em seus lábios. Sorri com a fala e voltei a me abaixar na altura da sua intimidade. Retirei sua calcinha de uma só vez e passei a língua, lentamente, apenas para torturar - Porra, Bru. - suas mãos firmes seguraram meus cabelos, me forçando a repetir o ato - Ah, caralho!
A verdade é que ela precisava tanto de mim, quanto eu estava precisando dela. Eu sentia saudades do seu gosto e de tê-la gemendo para mim. Decidi parar de provocar e ir ao ponto. Fiz movimentos circulares com a língua, em seu ponto de prazer, enquanto um dos meus dedos foi introduzido em sua intimidade molhada. Levantei meu olhar e encarei seu rosto, ela já está consideravelmente suada e seus olhos estão fechados, provavelmente tentando controlar o gemido. Aproveitei a oportunidade e introduzi mais um dedo, sem para de chupar.
O quarto que antes estava quente, agora está a um paço de explodir em fogo. Sua cintura é rapidamente movimentada em direção a minha boca, enquanto eu voltei a provoca-la, passando a língua em torno da sua intimidade, por toda a virilha. Alguns xingamentos eram arrancados de sua boca e eu tentava me controlar para não gozar antes dela, apenas por ver e ouvir essa cena. Introduzi o meu terceiro dedo, e o quarto fazia uma pequena pressão em seu ânus - até porque nós nunca tínhamos chegado na parte de introdução - deixando sua intimidade ainda mais apertada.
- Brunna. - ela me chamou com dificuldade e eu resmunguei, para que ela dissesse - Eu tô quase gozando.
Eu sabia que nesse momento ela gostava de apenas sentir minha língua. Então retirei os dedos e foquei em seu ponto de prazer, ora fazendo movimentos rápidos, ora apenas sugando com força. Em uma dessas intercaladas, senti o seu gozo em minha boca. Ao abrir os olhos, a vi arquear as costas sobre a cama e segurar os lençóis com força, podendo rasga-los a qualquer momento. A chupei com ainda mais vontade e escutei um gemido, um tanto quanto alto, escapar de sua boca - e eu pedi aos céus para que Michel não acordasse e atrapalhasse esse momento - Fiquei por ali por poucos segundos e levantei meu corpo em direção ao seu rosto.
A beijei lentamente e gemi baixo ao sentir sugar minha língua, ainda no beijo. Abri as minhas pernas e me encaixei sobre ela, ficando propositalmente sobre sua intimidade, mas em um contato distante. Ela segurou a minha cintura com força e me fez descer por completo, me deixando exatamente ao centro do seu corpo, aumentando o contato. Joguei meus cabelos para apenas um lado e segurei em seu peito, rebolando lentamente, fazendo meus pelos se arrepiarem, por tamanha vontade.
Um tapa forte atingiu minha bunda e eu a retribui com um tapa no rosto, deixando sua pele avermelhada. Apertei meus próprios seios e voltei a me movimentar sobre ela. Eu poderia ter gozado apenas com esses contatos, porém eu queria muito mais que isso para essa noite. Levantei um pouco mais o seu quadril e me encaixei ao centro da sua intimidade, unindo nossos clitóris. Ela foi a primeira a se movimentar e eu tive que me controlar para não gemer alto. Abaixei meu rosto e me aproximei do travesseiro que está ao lado da morena. Ela continuou a se movimentar, mas quando ela juntou isso com a sua boca em meus seios, foi o suficiente para que eu mordesse o travesseiro, sentindo a onda de prazer me atingir.
- Ludmilla! - a chamei quando percebi que ela não estava parando de se movimentar, me deixando ainda mais sensível e com mais tesão - Porra, Ludmilla! Assim não.
Ela se quer pareceu me escutar. Continuou se movimentando, e só parou quando trocou as nossas posições, me deixando por baixo dela e substituiu seu quadril por seus dois dedos. Eu estava a pouco de explodir, e ela ao menos me deu um tempo para recuperar. Apenas agilizou os movimentos dos seus dedos e me fez gozar de novo. Pensei que depois de tudo isso, ela iria se levantar e se deitar ao meu lado. Mas ela fez questão de me chupar, me proporcionando mais um orgasmo, que me deixou sensível por muito tempo.
Só depois de perceber isso, ela se afastou de mim, voltando a se deitar ao meu lado com a respiração tão ofegante quando a minha. Ela ainda sorriu safada antes de me puxar pra um abraço apertado, misturando os nossos suor. E eu se quer reclamei apenas me deixei levar pelo carinho que estava fazendo em meus cabelos e adormeci.
Ludmilla
Vila Olímpia - São Paulo
📆 Quarta-feira - 🕚 07:40
Me espreguicei sobre a cama de casal e soltei um ato resmungou ao não sentir a presença da loira ao meu lado. Abri meus olhos com muita dificuldade e percebi que eu ainda estava nua, com apenas um lençol cobrindo meu corpo, as cortinas do quatro abertas e algumas roupas jogadas no chão. Me sentei e passei as mãos em meus olhos, tentando me livrar daquele pouco embaço de sono. Olhei ao meu redor e encontrei meu celular ao lado de um cigarro, na mesa de cabeceira. Por um instante eu temi que a loira pudesse ter visto isso e peguei o cigarro para tentar esconde-lo. Mas escutei a voz da mulher da minha vida.
- Bom dia. - olhei para porta do quarto e a vi usando uma das minhas camisas - Você não precisa esconder isso. Tem em todos os cômodos da casa, Ludmilla.
- Bom dia, Bru. - suspirei - Nós não vamos brigar logo cedo, não é? - questionei cansada.
- Não estou brigando com você. - ela adentrou o quarto e começou a arrumar a bagunça que estava por ali - Só estou fazendo um comentário.
- Mas eu sei onde você quer chegar com isso, Brunna. - a olhei, percebendo algumas marcas que eu havia deixado em seu corpo.
- Eu não quero chegar em lugar algum, Lud. Se eu quisesse brigar, não estaria aqui. Pode ter certeza. - juntou as peças de roupa - Eu só quero que você saiba que isso te faz muito mal.
- Todo mundo diz isso. - dei de ombros.
- Mas é a verdade, amor. - sorri ao escuta-la chamar pelo apelido carinhoso - Você sabe que eu nunca fui totalmente radical sobre isso. Eu particularmente, não gosto. Porém não vejo problema em você gostar. Mas se passar do limite, pode te causar muitos problemas. - suspirou e parou para me olhar - Você tem percebido o quanto emagreceu? Não que esteja feia assim, você é gostosa de qualquer forma, mas está te fazendo mal. E eu não quero que nosso filho seja criado no meio disso.
- Nosso filho não está sendo criado no meio disso. Sou uma mãe responsável. - argumentei.
- Eu sei disso, Lud. Nao estou falando mal de você como mãe. - disse simples - Mas você fumar longe dele, pode continuar atingindo a vida dele. Porque isso causa mudança no humor e... - ela fez uma pausa pra me olhar - Você já teve problemas com isso antes.
- Mas antes eu era uma adolescente, Bru. Hoje em dia eu tenho uma cabeça melhor que naquele época. - a verdade é que eu não tenho - Eu só fumo de vez quanto quando eu tô estressada.
- Minha querida, você anda muito estressada então. - falou divertida e eu acabei gargalhando alto - Você vai acordar o Michel e eu não vou conseguir terminar de arrumar esse apartamento.
- Pensei que você fosse embora antes de eu acordar. - disse sincera - Depois daquela ótima noite.
- Eu pensei nessa hipótese, mas eu não iria conseguir deixar essa bagunça aqui e ir embora. - deu de ombros - Mas se tiver achando ruim, eu vou.
- Não, maluca. - aproveitei sua aproximação com a cama e a puxei para deitar - Gosto de você aqui, de onde nunca deveria ter saído.
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