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Capítulo 66

Ludmilla - São Paulo 📍
Sábado - 22:50

Só saímos da cama elástica depois que toda a nossa energia foi embora. Minha camisa do flamengo já estava dando para torcer e fritar um óleo, de tanto que eu suei. Michel não ficou muito diferente, mas por sorte eu tirei sua camisa o deixando apenas de bermuda, a única que estava salvando era Brunna - mas só porque ficou sentada o tempo todo.

Depois que saímos dos brinquedos, paramos em uma lanchonete para comer um lanche e no caminho para casa minha namorada fez a questão de parar em uma sorveteria, para eu ela e o Michel tomar sorvete. O menino ficou tão cansado que começou a cochilar no carro - só que pro nosso azar, assim que chegamos em casa, ele de despertou - Deixei ele com a Bru e tomei um banho rápido, para poder dar banho nele e fazer a mamadeira, mas quando eu voltei ela já tinha feito as duas coisas e apenas observava o menino brincar com o boneco de pelúcia.

- Obrigada por isso, amor. - agradeci e deixei um beijo em sua testa - Pode ir tomar o seu banho agora, só vou colocar ele pra dormir e te acompanho na cama.

- Tudo bem. - ela me entregou a mamadeira.

- Então, príncipe. - chamei a atenção do meu menino - Vamos mamar? - questionei e ele negou com a cabeça.

- NãNã. - falou baixinho.

- Tem certeza? - perguntei preocupada mas me lembrei que ele comeu faz muito pouco tempo e provavelmente não está com fome - Vamos dormir então?

- NãNã. - voltou a falar.

- Sim, sim. - sorri - Você tem que dormir, pra amanhã a gente acordar bem cedinho e eu te levar pra conhecer a vovó. - contei - E depois podemos ir na praia.

O menino se quer pareceu se importar com todos os meus planos para o domingo, já que andou até o outro lado do quarto para pegar um dinossauro e se sentou sobre o tapete, na intenção de brincar. Fiquei alguns minutos o observando e por fim decidi apagar a luz do teto e deixar apenas o abajur, que tem a luz de cor verde, ligado. O clima estava perfeito para dormir - e se eu fosse ele já teria me rendido ao sono - Deixei as janelas abertas e só fechei a cortina, para impedir que a luz do poste entrasse. Me sentei ao seu lado no chão e novamente tentei atrair sua atenção.

- Vamos, príncipe. - toquei seus cabelos - Nós temos que dormir, pra amanhã acordar bem disposto e ter um bom dia. - ele me olhou.

- NãNã. - franziu as sobrancelhas - NãNã.

- Porque você não quer dormir? - perguntei um pouco confusa - Está com medo, ou quer um colinho? - ele sorriu.

- NãNã. - se atreveu a usar os dedos para me negar, e eu tive que controlar uma alta e escandalosa gargalhada.

- Eu estou começando a achar que você só sabe falar NãNã. - o imitei e a ganhei sua confiança para vir em meu colo. O deitei próximo ao meu peito e fiz carinho no seu rosto, que tem a pele lisa, como se tivesse acabado de nascer - Você é muito bonito.

- Nito. - falou baixinho, como se quisesse aprender as palavras que eu estava falando.

- Sim, bonito. - confirmei e beijei sua testa.

Inclinei meu corpo um pouco para frente na intenção de me dar impulso para o balançar e fazer seu sono voltar, mas cada vez que eu fazia isso, seus olhos se abriam ainda mais, como se gostasse e achasse isso uma nova diversão. Me levantei com muito cuidado e deixei seu rosto próximo ao meu, sussurei algumas canções e quando achei que ele havia dormido, escutei seu choro alto e um pouco apavorado.

- Calma príncipe, nós só vamos dormir. - tentei explicar, mas ele continuou chorando - O que houve, você quer mamar? - recebi o silêncio como resposta - Está sentindo calor? Vamos ligar o ar. - liguei na temperatura ambiente, mas ainda assim ele chorava - Mi, você precisa me falar, não tenho como adivinhar.

Ele chorou por mais quinze minutos, e por fim passou cinco em silêncio. Pensei que tudo tinha ficado bem, mas ao me sentar na sua cama, ele chorou ainda mais alto, me fazendo ficar agoniada - completamente sem saber o que fazer e começando a entender as palavras da Brunna, sobre "responsabilidade". Por falar nela, senti sua presença na porta do quarto e olhei em sua direção, ela estava um tanto quanto assutada e tinha os cabelos molhados devido ao banho recém tomado.

- Porque ele está chorando? - escutei a sua voz em meio ao choro do menino.

- Não sei, Bru. - falei com a voz falha, com muita vontade de chorar, como o menino fazia - Eu ofereci a mamadeira, liguei o ar condicionado, mas ele continua chorando. Estou tentando ninar, mas é em vão.

- Calma, vida. - ela se sentou ao meu lado e levou sua cabeça para um pouco atrás do meu corpo, para observar o menino que tem a cabeça deitada no meu ombro - Oi Chechel. - sorri com o seu novo apelido para ele - O que aconteceu pra você tá chorando assim, cara? - ela se ajeitou na cama e encostou as costas na parede - Aqui é tão ruim assim e nós somos tão chatas? - questionou, mas ele continuou chorando.

- Não está resolvendo, amor. - falei balançando meu corpo.

- Hum, já sei. - ela me ignorou - Ele deve está chorando porque queria ser um dinossauro. - ela pegou o brinquedo que ele havia deixado cair sobre a cama - Olha como esse dinossauro é bonito, todo verde. Olha, Lud. - ela me mostrou e eu sussurei um "é mesmo." - Quando eu era criança queria muito ser um dinossauro. - comecei a me estressar com a sua falha tentativa de manter um diálogo sobre sua vida enquanto o menino chorava.

- Nito. - escutei a box baixa do pequeno, misturado com soluços altos.

- Esse é o nome dele? - ela questionou para ele, mas eu respondi.

- Bonito. Ele quis dizer que o dinossauro é bonito. - falei rápida e grossa.

- Realmente, ele é muito bonito. - ela sorriu - Foi eu quem escolhi esse, mesmo sem ter te conhecido, eu achei que ele iria combinar com você, e pelo jeito eu não errei. - o menino parou de chorar para a olhar curioso - Sabe o que mais tem aqui? Tem um elefante, bem aqui ó. - ela apontou para os pés da cama - Amanhã nós vamos ter que colocar nomes nesses animais. O que você acha?

- Egal. - ele falou com a cabeça mais erguida.

- Legal, eu também achei legal. - ela sorriu - Mas nós só vamos poder fazer isso se a gente dormir. Porque se o Chechel ficar acordado, amanhã ele vai estar cansado e não vai ter boa ideias pra colocar os nomes. - explicou.

- Mimi NãNã. - ele ia voltar a chorar mas ela foi rápida.

- Tudo bem, então. Nós não vamos dormir hoje. - ela se deitou na cama - Nós vamos fechar os olhinhos e cantar uma musiquinha muito bonita. - falou o olhando - Você pode me ajudar?

- Uda? - ele estendeu os braços para ela o pegar e assim ela fez, sem reclamar ou ficar desconfortável.

- Antes da gente começar a cantar, a Lud vai pegar a chupeta do neném, que está dentro da mochila, em cima do sofá. - ela falou como quem não queria nada, mas eu logo entendi e fui buscar. Quando voltei, deixei ela mesma colocar na boca dele e me sentei no chão, ao seu lado - Vamos lá?

- Lá. - ele brincou com a orelha da mulher que fechou os olhos, para começar a cantar.

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo...

Sua voz tranquila ecoou pelo quarto.

E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
Com o lápis em torno da mão
E me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos tenho um guarda-chuva...

Sua mão repousou nas costas do menino e inciou um carinho.

Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota a voar no céu...

Percebi uma lágrima cair de seus olhos que estão fechados.

Vai voando
Contornando a imensa curva, norte, sul
Vou com ela viajando
Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco à vela branco, navegando
É tanto céu e mar num beijo azul..

Ela sorriu.

Entre as nuvens vem surgindo
Um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo
Sereno indo
E se a gente quiser
Ele vai pousar...

O menino já tinha os olhos fechados mas ainda mechendo as perninhas.

Numa folha qualquer
Eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida
De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo...

Ela começou a ajuda-lo sobre seu peito, para transmitir tranquilidade.

Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha
E caminhando chega num muro...

O menino começou a adormecer.

E ali logo em frente
A esperar pela gente o futuro está...

Ela fungou o nariz.

E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença, muda a nossa vida
E depois convida a rir ou chorar...

Ela cantou essa parte com o coração.

Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar...

Assim como ela, eu comecei a sentir meu rosto molhar, não por estar triste, mas por ver ela tão frágil.

Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim descolorirá...

Ela fez uma pausa antes de terminar.

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo (que descolorirá)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo (que descolorirá)
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo (que descolorirá)

Ao abrir o olhos ela percebeu que o pequeno já havia dormido, e logo fez questão de se afastar e o ajeitar na cama, jogando a coberta sobre seu corpo. Sem dizer nenhuma palavra ela deixou o quarto, me deixando ali. Desliguei o pequeno abajur e a segui, deixando a porta aberta para caso ele volte a chorar.

- Está tudo bem? - a perguntei quando a encontrei no nosso quarto, sentada sobre a cama.

- Está sim. - ela secou as lágrimas - Eu só me lembrei de quando minha mãe cantava essa música pra mim dormir. - sorriu - E ele só estava chorando por estar com saudades da sua irmã. - suspirou - A ficha começo a cair pra ele. Ele estava esperando a encontrar quando o dia fosse embora.

- Obrigada por isso tudo. - a abracei - Eu já estava ficando louca, de escutar ele chorar.

- Hoje você está me agradecendo muito, sabia? - falou divertida - Mas você precisa manter a calma nessas situações, ficar brava só vai fazer ele ficar mais nervoso.

- Onde você aprendeu ser assim tão... Tão... Tão mãe? - a olhei.

- O universo estava me preparando pra esse momento.

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Eu chorei! Eu chorei escrevendo esse capítulo!

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