Capítulo 43
Brunna - São Paulo 📍
Sábado - 08:50
Esgotada! Essa semana foi muito cansativa, e pela primeira vez eu senti o peso que é estar a frente de uma empresa. Ter que sacrificar a vida pessoal, para tentar organizar a vida profissional - foi exatamente isso que eu fiz todos esses sete dias - Acordava às seis horas da manhã e só retornava para casa quando o relógio marcava dez horas da noite, com isso eu mal tive oportunidade de conversar com a minha namorada - sobre qualquer assunto.
Sinto que estou em falta com ela, mas pelo o outro lado, tudo na empresa já está em seu devido lugar. Fiz várias mudanças, desde os funcionários até a decoração da empresa. Agora, Mário Jorge é o responsável por todo o setor de administração, enquanto Erick está a frente do financeiro - e agora eu vou ter que ser uma mulher de negócios - Estou a frente das filiais e terei que resolver quaisquer problemas que vierem a acontecer.
Ontem quando Ludmilla chegou, eu já tinha adormecido, apenas senti um beijo molhado em meu pescoço e seu corpo se ajeitar ao meu. Mas hoje fiz questão de acordar mais cedo para fazer seu café da manhã. Fui até a padaria e comprei pães, pão de queijo, bolo caseiro e até um pudim. Nesse momento eu estou colocando o presunto e a mussarela de forma padrão em um prato de louça branca, enquanto a cafeteira termina de fazer o café do jeito que Ludmilla gosta. Escutei alguns barulhos vindo do quarto e imaginei que ela já havia acordado, então me apressei para terminar tudo e quando a cafeteira fez o seu barulho, anunciando que o café está pronto a morena apareceu na cozinha, vestindo apenas uma camisa larga, mas com um lindo sorriso nos lábios.
- Bom dia, amorzão da minha vida. - espero ela se aproximar pra mim deixar um beijo em seus lábios - Dormiu bem? Já preparei o café da manhã, tem muitas coisas que você gosta, comprei na padaria aqui perto.
- Ótimo dia, minha princesa. - me abraçou de forma apertada - Eu dormi muito bem, senti sua falta na cama. - confessou - A mesa está muito bonita, mas não precisava acordar tão cedo assim, Bu.
- Precisava sim, Lud. - suspirei - Essa semana eu deixei a desejar, então hoje eu quero que seja o nosso dia.
- Estava sentindo saudades. - confessou - Eu também andei muito ocupada com a boate, mas vamos esquecer isso. - se sentou - Como foram esses dias lá na empresa?
- Difíceis. - confessei - Mas agora já está tudo no seu devido lugar, fiz mudanças e dividi os serviços em partes iguais.
- Isso foi melhor? - questionou pegando um pedaço de bolo - Pra você, claro.
- Não muito, agora eu vou ter que trabalhar de verdade. - fiz uma careta - Mas sem dúvidas foi o melhor pra empresa. - falei aliviada - E a boate?
- Está tudo bem. - falou simples - Aconteceu um desentendimento entre duas garotas ontem. - a olhei curiosa e ela prosseguiu - A Patrícia estava com um cliente que já tinha sido marcado pela Yara e elas discutiram.
- Estou do lado da Patrícia. - ela me olhou com as sobrancelhas levantadas - Amor, eu não gosto de opinar nas coisas da boate, até porque nem cabe a mim. - dei um gole no café quente - E eu não conheço essa tal Yara, mas parece que ela só veio pra causar problemas.
- Acho que é difícil pra ela, a questão de lidar com as regras da boate, porque quando elas trabalham na rua, quem faz as regras são elas mesmo. - deu de ombros - Mas eu já resolvi tudo com elas.
- Menos mal, então. - voltei minha atenção ao café da manhã e me servi com um pedaço generoso de pudim - Porque não vamos na praia hoje? O clima está perfeito pra pegar um solzinho.
- Podemos chamar a galera pra ir com a gente, se você quiser. - concordo com a cabeça - Faz tempo que você não sai com aquelas suas amigas.
- Eu posso chamar a Ju e a Emilly. - a olhei - A Ramona não está conversando comigo desde o divórcio.
- Ela gostava dele? - concordei com a cabeça.
- O namorado dela e ele eram amigos. - falei simples - Mas pra falar a verdade, eu nem me importo com isso. Eu ficaria triste se a Ju estivesse chateada.
- Tem coisas que acontecem só pra gente saber quem são as pessoas de verdade. - me consolou - Mas enfim, eu vou enviar uma mensagem pra Daiane e pro Marcos, irmão dela. Você chegou a conhecer ele?
- Não, amor. Eu nem sabia que ela tinha um irmão. - segurei a risada - Ele não estava aquele dia em Santos.
- Ele é um pouco anti social, mas é um rapaz muito bom. - falou orgulhosa - Está cursando engenharia civil, na federal.
- Um bom curso. - disse simples - Vai ser um prazer conhecer ele.
Ludmilla - Litoral Paulista 📍
Sábado - 11:50
Estamos em uma das melhores praias de SP, o clima está favorável para que o mar esteja um pouco agitado, com ondas não muito alta mas ótimas para nadar. As amigas da Brunna já chegaram e estão muito entretidas em uma conversa sobre lace e só hoje me dei conta de que Brunna usa uma - o que me fez ficar um tanto quanto intrigada para saber como é o seu cabelo natural - Em minha mão esquerda está meu celular, enquanto na mão direita está um copo de caipirinha de uva. Os irmãos Martins tiveram um imprevisto com o carro, mas prometeram chegar antes do horário de almoço - com isso eu estou me sentindo totalmente abandonada - Me levantei calmamente e arrumei a biquíni que estou usando, dei mais um gole na bebida e fui até o quiosque pedir alguma coisa para comer. Escolhi uma porção de churrasco, que ficou pronta em vinte minutos. Quando estava voltando em direção a onde Brunna e suas amigas estavam, encontrei Marcos e Daiane.
- Hoje ser na sua conta, né Ludzinha. - Marcos envolveu meu pescoço com seu braço.
- Não estava sabendo dessa história. - deixei um beijo em sua bochecha - Boa tarde, Dai.
- Boa tarde, Lud. - antes de me olhar, ela pegou um pedaço de carne - Onde está a Bru?
- Com as amigas dela. - apontei em direção a barraquinha onde as meninas estavam - Já estava me sentindo entediada.
- Não está acostumada a ser abandonada por ela né, trouxa. - mostrou a língua - Não sei como ela ainda te aguenta todos os dias.
- Me erra, Daiane. - revirei os olhos.
Quando chegamos na barraquinha a atenção se voltou toda a nós, senti o olhar da Emilly cair sobre o corpo da Daiane e contive uma gargalhada. Entreguei a porção para Brunna e voltei a me sentar ao seu lado. Marcos me olhou envergonhado mas acabou se sentado na minha frente.
- Prazer, mulheres bonitas. - não precisou de ninguém apresentar ela, que ela já se atirou.
- O prazer é todo meu. - Emilly se levantou para cumprimenta-la e Brunna segurou uma gargalhada alta - Qual o seu nome?
- Pra você pode ser "amor da minha vida" - falou seduzente e eu finalmente gargalhei.
- Essa foi ruim. - confessei - Muito ruim.
- Cala a boca, Ludzinha. - fez uma careta e se virou para cumprimentar Juliana que apenas observava todo o entrosamento.
- Esse aqui é o Marcos, Bru. - apresentei o mais novo que estava envergonhado - Ele é o irmão da Daiane.
- Oi, Marcos. - a loira sorriu - É um prazer te conhecer, Ludmilla falou muito bem sobre você.
- Oi, Brunna. - ele sorriu em sua direção - Ela também me disse muito sobre você, e o prazer é todo meu.
- Vocês são muito diferentes. - se referiu aos irmãos - Muito mesmo.
- É que eu sou adotado. - falou em um tom baixo e as bochechas da Brunna corar.
- Ah, é, desculpa, eu não sabia. - se apressou para falar e eu sorri tentando a confortar.
- Amor, está tudo bem. Ele não se importa com isso, não é Marcos? - questionei o menino que estava nos olhando.
- Claro, está tudo bem. - ele ajeitou sua bermuda - Compraram cerveja? - mudou de assunto.
- Aqui tem algumas. - Ju chamou sua atenção.
Aproveitei que cada um se perdeu em seu devido mundo e puxei Brunna para ainda mais perto de mim. Ela está usando um biquíni rosa choque, que deixa sua pele bronzeada ainda mais sensual. Deixei um beijo em sua pele quente e apertei sua cintura.
- Você está tão linda, amor. - confessei.
- Você também, vida. - levou um pedaço de carne até a minha boca - Estou feliz de estar aqui com pessoas especiais pra gente, fazia muito tempo que eu não saia assim.
- Também estou feliz. - falei depois de engolir o pedaço de carne - Faltou só o Mário Jorge.
- Ele foi visitar os pais dele, no Rio de janeiro, volta só segunda de tarde. - me contou - Vamos pegar uma ondinha?
- Só se for agora, minha sereia. - deixei um tapa em sua bunda depois que ela se levantou.
- Ludmilla Oliveira. - resmungou e eu sorri sapeca.
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Desculpa se ficou ruim , não tô tendo muito conteúdo.
Se vocês quiserem deixar sugestões de acontecimentos pra animar a fic, fiquem a vontade!
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