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Capítulo 42

Brunna - São Paulo 📍 23:40

A raiva que eu estava da Ludmilla, sumiu no momento exato que eu vi ela andar no nosso corredor usando apenas um lingerie branca, e por Deus, ela está irresistível. Suspirei um pouco mais alto do que estava desejando e ela não deixou passar abatido, já que sorriu em minha direção - como se estivesse ganhado essa batalha - Apenas em levantei e caminhei até a mesa, onde eu já tinha tirado a comida das embalagens e colocado em dois pratos diferentes. Antes que eu pudesse me servir, senti suas mãos passarem em torno da minha cintura, fazendo um carinho. Sua boca foi a encontro do meu pescoço, onde ela deixou um beijo molhado - tive que me conter, para não soltar um gemido baixo - Me virei em sua direção e passei meus braços em torno do seu pescoço.

- Está cheirosa. - confessei - Agora sim está do jeito que eu gosto.

- Você também está cheirosa, é como se você tivesse um cheiro próprio. - sorriu me olhando nos olhos - Como foi seu dia?

- Ajudei a Nete com a faxina. - conto - Depois o Mario me ligou, contando sobre o Caio e eu fui até a empresa. Tive uma conversa com o doutor Augusto e pelo que entendi, houve um equívoco na hora de assinar o divórcio e a empresa ainda é minha. - falo animada.

- Meu amor, isso é uma ótima notícia. - me tira do chão - Estou muito feliz por você, Bu. Eu sabia que tudo ia ficar bem.

- Eu também estou feliz. - verbalizo meus sentimentos - E o seu dia, como foi?

- Normal. - fala simples - Daiane foi daqui até lá me enchendo o saco, tomamos caldo de cana, comemos pastel e depois fomos na casa da Yara conversar com ela. - conta - Ela fez várias exigências, mas como Daiane aceitou, eu não opinei muito.

- Isso não vai ser ruim pra boate? - pergunto enquanto acaricio a lateral do seu rosto.

- Não muito. - da de ombros - Depois daquela pequena férias, atraímos muito mais pessoas pras noites. Acho que foi por causa da sua decoração. - brinca.

- Se eu não fosse uma empresária rica, eu poderia ser designer de interiores. - brinco e me afasto dela - Vamos comer, eu estou com muita fome.

- Essa comida é do meu restaurante favorito, eu almoçava depois da escola, quando eu era pequena. - contou após se servir.

- Sabe, Lud. - me sirvo antes de falar - Já faz um tempo que eu estou sentindo que não te conheço igual você me conhece. Não sei se foi por causa de todas essas coisas que veio a acontecer, mas eu queria me sentir mais conectada com você.

- More, nós vamos ter tempo o suficiente pra você me conhecer. - me olha com carinho - Você sabe que eu não gosto quando você fica se sentindo culpada por tudo que aconteceu.

- Não estou me sentindo culpada, Lud. - falo depois de dar a primeira garfada no macarrão - Só é engraçado, você saber minha toda e eu saber um terço da sua.

- Você sabe a melhor parte. - da de ombros.

- E qual é? - questiono curiosa.

- A parte que eu te amo, e que você é o amor da minha vida. - fala fofa e eu sorrio.

- Eu sou o amor da sua vida? - pergunto e ela concorda com a cabeça - Você também é o amor da minha vida.

- As vezes eu paro pra pensar, que. - ela da um gole no refrigerante - Eu ao menos te pedi em namoro ou te convidei para vir morar comigo.

- Você quer ser minha namorada? - pergunto e ela me olha surpresa - O que? Vamos fazer tudo do jeito certo. - falo - Você quer ser minha namorada? - volto a perguntar.

- Eu estaria louca se dissesse que não. - fala e solta uma gargalhada alta - Agora eu posso dizer que você é minha namorada, pra todos.

- Inclusive pra garota que te pediu carona hoje. - sorrio forçado - Diga que você tem uma namorada e ela é muito brava.

- Eu gosto de mulheres bravas. - provoca.

Ludmilla - São Paulo 📍 0:00

Demoramos pra terminar a refeição, já que a cada garfada surgia um assunto diferente. Agora estamos sentadas no sofá da sala, tomando o champanhe, como eu a prometi mais cedo. Meu braço está em volta do seu pescoço, enquanto seu corpo está apoiado em meu peito. A garganta ainda está pela metade, mas a loira já está alterada - dando risada a cada dois minutos, sem motivo - Eu estou tentando controlar os pensamentos perversos que estou tendo, ao ter uma visão ampla dos seus seios cobertos apenas por uma regata.

- Eu lembro de uma vez que eu caí, quando fui entrar na padaria. - conta depois de cessar mais uma crise de riso.

- Meu Deus, Bru. - seguro a risada - Se por um acaso eu visse isso, iria rir muito e só depois te ajudaria a levantar.

- Veja bem. - ela vira seu rosto em minha direção - Eu tenho uma ótima namorada.

- Claro que tem. - falo convencida - Ninguém nesse mundo chega aos pés de Ludmilla Oliveira.

- Wow, isso foi bastante sexy. - me olha nos olhos - Mas você tem razão. - fala embolado.

- Acho que você já bebeu muito. - tiro a taça da sua mão - Amanhã vai acordar com dor de cabeça e você tem que resolver as coisas da empresa.

- Minha empresa. - sorri animada - Quando a gente tiver um bebê, essa vai ser a herança. - fala enquanto gesticula com as mãos.

- Você realmente bebeu muito. - gargalho - Isso porque era só um champanhe

Demorou convencer a Brunna de que ela já estava bêbada o suficiente para irmos para o quarto, mas quando ela aceitou, apenas se jogou na cama de casal e adormeceu. As três taças de champanhe, me tirou o pouco sono que eu estava sentindo, então não me restou outra opção a não ser desbloquear o meu celular para passar o tempo. Respondi as mensagens de alguns amigos distantes e por fim tinha uma mensagem de um número que não estava salvo - era Yara agradecendo pela carona - Apenas respondi com um emoji de jóia e bloqueei o aplicativo, entrando em um jogo qualquer, que me trouxe o sono minutos depois e só acordei no outro dia com alguns barulhos no quarto. Abri meus olhos e pude ver Brunna correndo de um lado para o outro enquanto passava a chapinha em seus cabelos. Me sentei sobre a cama e cocei meus olhos, tentando me despertar.

07:00 - Quarta-feira

- Bom dia, amor. - falou afobada - Desculpa ter te acordado, mas Mario me ligou, tenho uma reunião marcada de última hora.

- Bom dia, bu. - suspiro - Está tudo bem. Mas você está bem para ir? Não está com dor de cabeça?

- Estou, mas já tomei um remédio que estava dentro da sua bolsa, daqui a pouco passa. - me olha pelo espelho - Acho que não vou conseguir vir almoçar em casa, tô cheia de trabalho.

- Está tudo bem, minha vida. - me levantei e caminhei em sua direção - Você fica tão gata quando usa essas roupas sociais. - passo a mão por seu corpo.

- Não provoca. - sorriu de lado - Eu não posso me atrasar, se não é capaz do Mario Jorge me demitir, e ele nem é o patrão. - eu gargalho com sua fala - Prometo te retribuir mais tarde.

- Vou esperar. - bato em sua bunda antes de ir até o banho fazer minhas higiene, quando sai, Brunna já estava devidamente pronta, terminando apenas de colocar tudo dentro da sua bolsa preta, ao me ver, ela caminhou em minha direção e depositou um beijo em meus lábios.

- Te amo, Lud. - cheirou meu pescoço - Me empresta seu carro? Até hoje não fui buscar o meu, lá em casa.

- Fica a vontade, não vou sair por agora. - entrego as chaves - Só por favor, cuidado.

- Relaxa, querida. Sou ótima no volante.

- Sei... - falo desconfiada, até porque nunca a vi dirigir - Qualquer coisa você me liga. Devo ir almoçar com a Daiane e o Marcos, já que você me abandonou hoje.

- Talvez eu encontre vocês nesse horário. - me olha - Mas me envia uma mensagem pra ter certeza.

- Tudo bem. - beijo novamente seus lábios - Até mais tarde.

- Até, minha vida.

Mal vi quando ela saiu do quarto, só escutei a porta da sala bater forte. Caminhei até a cozinha na tentativa de preparar o meu café da manhã - já que Nete veio ontem, agora ela só volta na sexta-feira - Fiz poucas torradas e um achocolatado. Me sentei enfrente a tv e a liguei em um desenho animado. Me levantei apenas quando o relógio na estava marcando onze horas da manhã, enviei uma mensagem para Daiane, marcando nosso almoço com seu irmão e fui me arrumar.

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