Capítulo 31
Brunna - São Paulo 📍 13:30
- Mas vocês não sabem... - Mario Jorge iria contar mais uma das minhas vergonha, então rapidamente fiz questão de lhe interromper.
- Mario, pelo amor de Deus. - o olho pedindo por um tempo de descanso - Tenho certeza que elas já estão casadas de te ouvir.
- Não, Bu. - Ludmilla fala interessada em mais uma história e eu aperto sua perna por debaixo da mesa, fazendo ela se arrepender - É Mario, outra hora a gente termina esse assunto.
- Então, Brunna. - Daiane da um gole na sua bebida e me encara curiosa - Faz quanto tempo que você está a frente da empresa?
- Desde que meus pais se foram. - tento me lembrar a data exata - Acho que uns quatro anos, não é Mario?
- Sim, daqui dois meses fazem cinco. - ele me olha triste.
- Você gosta do que faz? - pergunta curiosa.
- Eu não faço muitas coisas além de assinar papéis. - sorrio - Quem manda em tudo é o Mário.
- Se não fosse eu naquela empresa, estaria tudo falido. - fala e eu concordo com a cabeça.
- E você, como surgiu a ideia de ter uma boate? - questiono me apoiando no corpo da Lud.
- A ideia foi toda da Ludmilla. - encara a morena que sorri simples - Nós terminamos o ensino médio e não tínhamos o que fazer da vida. Lembro que eu pensei em algo que envolvesse moda, só que ao mesmo tempo eu estava confusa. - conta - Ludmilla teve a grande ideia de criar uma boate, depois que uma das suas amigas começou a prostituir, e foi aí que tudo começou. Juntamos o útil ao agradável e deu tudo certo.
- Meu sonho é encontrar um macho gostoso que saiba me foder com vontade. - Mario fala aleatório, causando risada em todas nós.
- Daiane aproveita as garotas. - Ludmilla fala zoando a amiga que logo retribui a pequena brincadeira.
- E você também né. - levanta a sobrancelha.
- Eu só trabalho. - a morena levanta suas mãos em forma de rendição - Você já me viu atoa naquela boate, Bu? - me pergunta.
- Hum, sempre. - brinco - Em todas as vezes que eu fui lá, você estava tomando um drink no bar.
- Sua safada. - ela deixa um tapa em minha perna - Não te defendo mais.
- Tá vendo, isso é só a ponta do Ice Berg. - meu amigo a olhou convencido.
Demorou mais de quarenta minutos para os pedidos chegarem, mas assim que o garçom colocou os pratos sobre a mesa, parecíamos animais selvagens, que estavam a anos sem se alimentar direito. Um silêncio de instalou, até o momento que Daiane comentou sobre o sabor diferente da sua lagosta. Eu fui uma das primeiras a terminar a refeição, sendo seguida por Ludmilla, depois Daiane e só então Mario.
- Agora vem a sobremesa. - falo animada e a amiga da minha morena me olha assutada.
- Rapaz, magra de ruim. - limpa a boca com o guardanapo.
- Eu estou morrendo de vontade de tomar o sorvete que aquele moço pediu. - Lud fala em meu ouvido e eu encaro o prato do moço na mesa ao lado da nossa.
- Parece ser gostoso. - comento procurando algo parecido no cardápio - Deve ser esse aqui. - a mostro.
- Uma delícia. - sorri feito criança.
- O que vocês vão querer? - questiono para nossos amigos que conversavam sobre algo da decoração do restaurante.
- Aí Bru, eu estou satisfeita. - Daiane sorri educada, enquanto Mário passa as páginas do cardápio de sobremesas.
- Quero um petit gateau. - comenta.
Faço o pedido para o garçom que nós olhava atentamente e volto minha atenção pra Lud, que mantém um sorriso lindo nos lábios e um olhar carinhoso - eu tive vontade de a beijar, mas me contive - Apenas passei as pontas de meus dedos sobre seu rosto.
- Você é linda. - sussurro apenas para ela ouvir.
- É que você não consegue te ver com os meus olhos. - ajeita meus cabelos - Eu não sei se é o momento, mas eu quero dizer que eu gosto muito de você Bru.
- Eu também gosto de você Lud. - sorrio.
- Não Bru, eu estou falando que eu gosto de você de verdade, tipo, romanticamente, me entende? - pergunta nervosa.
- E eu também gosto de você, desse mesmo jeito que você disse. - aperto suas bochechas - Romanticamente.
- Lindinha. - sorri com a língua entre os dentes.
- Oh fofinhas, desculpa atrapalhar o momento do casal do ano. - Daiane raspa a garganta - Mas eu tenho um compromisso daqui a pouco, e preciso ir embora.
- Mas já? - pergunto triste e ela concorda com a cabeça - Poxa, Dai! Eu gostei muito de conhecer você.
- Ah Bru! - ela se levanta e me abraça - Posso dizer o mesmo, você é uma pessoa muito legal.
- Obrigado por não me deixar de vela sozinho. - Mario a agradece.
- Vamos passar a noite juntas? - Ludmilla me pergunta antes da sua amigas ir embora.
- Não, Lud. Hoje não. Tenho algumas coisas pra resolver sobre o divórcio. - falo simples.
- Dai, tira o dia de folga hoje. - se levanta pra abraçar a amiga - Eu consigo dar conta das coisas por lá.
- Jura? - a menina fala animada - Brunna eu não sei qual o chá que você está dando pra minha amiga, mas pode continuar.
- Meu Deus. - gargalho baixo.
- Eu fiz as contas e tudo que eu comi ficou em cem reais, posso deixar com você? - me pergunta e eu nego com a cabeça
- Não precisa pagar sua parte. - a repreendo.
- Claro que preciso. - ela tira o dinheiro do bolso.
- Dai, quando a gente sai com a Brunna, é proibido pagar a conta. - Mario a olha - Tudo por conta dela.
- Você viu que eu tentei né? - olha pra morena que apenas sorri - Então eu vou nessa, obrigada pela companhia de vocês.
- Obrigada por vir, Dai. Até a próxima. - sorrio abertamente.
- Gostou mesmo dela? - Lud pergunta feliz.
- Mesmo, mesmo. - falo sincera - Ela é gente boa, e divertida.
- Meninas, eu também estou de saída. - meu amigo nos interrompe.
- Ah Mario. - resmungo.
- Já está ficando tarde e eu tenho que rever uns contratos lá na empresa. - ele se levanta.
- Bu, porque nós não vamos também? Eu já terminei de comer. - Lud sugere e eu concordo com a cabeça, levanto minha mão e peço a conta pro garçom.
- Mario, eu já vou indo também, me espera. - peço pro homem que já estava se retirando.
- Tem certeza que não quer minha parte da conta? - Lud fala ao ver o valor total.
- Tenho, amor. - coloco o dinheiro dentro da comanda e entrego o garçom - Vem, vamos embora.
Fiz questão de deixar Mario enfrente a empresa e não deixei com que Ludmilla fosse embora em seu carro - muito pelo contrário, peguei suas chaves e a prometi que ao final do dia seu carro estaria estacionado em sua vaga no apartamento - antes de a deixar em seu prédio passei na floricultura e peguei o buquê de flores. A entreguei com um sorriso tímido e ela me puxou pra um beijo longo.
- Você é a coisa mais fofa desse mundo, minha Bu. - espalha beijos por meu rosto.
- Sua Bu? - questiono.
- Sim, minha Bu. - afirma.
- Então você é minha Lud. - beijo sua bochecha.
- Sua Lud. - afirma.
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