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Capítulo 24

Ludmilla - São Paulo 📍
01:45 da manha

Esperei meu irmão dormir tranquilo sobre a sua cama em formato de carro, e só então me despedi da minha avó, que fez questão de me emprestar um casaco de veludo, por causa da forte chuva que começou a cair sobre todo o estado paulista. Estacionei meu carro na vaga disponível e quando eu iria apertar o botão do elevador, escutei o porteiro me chamar.

- Pois não, Senhor Alberto? - me viro para o olhar e vejo um buquê de flores em sua mão.

- Desculpa te atrapalhar, dona Ludmilla, mas é que durante a tarde veio uma moça, muito bonita, te procurar. Eu disse que a senhora tinha saído mais cedo, porém ela fez questão de deixar esse buquê de flores pra senhora. - ele me entrega - Ela deixou também um cartão improvisado, com o contato dela. As flores murchou um pouco, mas é por causa do tempo. - explicou ao me ver analisando o buquê.

- Tudo bem, Senhor Alberto. - suspiro - Por algum acaso, o senhor lembra o nome da tal moça?

- É alguma coisa Gonçalves. - ele coça os seus cabelos brancos - Vieram tantas pessoas por aqui hoje, que acabei me esquecendo.

- Brunna Gonçalves? - pergunto séria.

- Sim! É essa mesmo, dona Ludmilla. - ele sorri aliviado.

- Entendi. - suspiro - O senhor pode me fazer um favor?

- Claro que posso. - responde prestativo.

- Jogue essas flores no lixo. - o entrego - E se por um acaso ela voltar até aqui, diga a ela que eu mudei de endereço e fui morar em outra cidade. Não deixe com que ela fique frequentando o prédio, se for preciso ligue até pra polícia. - falo séria.

- Mas a senhora tem certeza? - pergunta preocupado - Ela me pareceu ser uma pessoa de bem.

- Ela é. - aperto o botão do elevador - Mas eu não quero mais um problema. Faça o que eu pedi, por favor.

- Tá bom, dona Ludmilla. - o homem sorri sem mostrar os dentes, antes de voltar pra sua mesa.

Me encostei na parede gelada do elevador e encarei meu reflexo no espelho. Consigo de longe, perceber que dentro de mim existe uma confusão. Como se eu estivesse no meio de uma ponte, que está com seus dois lados caindo, se desfazendo. Um deles me trás alegria e uma pequena esperança e o outro me trás estabilidade e conforto. Existe uma grande chance de eu me salvar, pois ainda dá tempo de eu pular para um desses lados, mas se eu for para um determinado lado, eu perderei o outro.

Me assustei quando o elevador abriu as suas portas e me deixou no corredor do meu AP. Girei a chave na maçaneta e adentrei a sala de estar, que está devidamente arrumada e com um perfume de limpeza. Retirei os tênis do pé e deixei em um canto qualquer, como eu já jantei e ainda estou sem sono, relaxei sobre o sofá da sala e joguei o casaco ao meu lado. Um pequeno papel amassado caiu de dentro do casaco e minha curiosidade foi tanta que rapidamente levei minha mão até o papel e o abri para ler.

💌

"Estou procurando em minha memória, o ato que eu possa ter feito para ter te afastado de mim, mas eu não encontro nada. Eu sinto a sua falta, Lud. E esperava a responsabilidade afetiva que você tanto cobrou a mim, naquela noite"

"Você sabe onde me encontrar, mas não volte apenas por pena"

(×× ×××××-××××)

💌

Dobrei o papel e o deixei do mesmo jeito que eu o peguei. Engoli seco sentindo um peso cair sobre minhas costas e uma culpa me atingir. Eu havia me tornado a pessoa que eu pedi a ela para não ser. Apesar de eu ter um grande motivo para ter feito isso, eu deveria ao menos ter inventado uma desculpa, antes de ter me afastado.

Tirei meu celular do bolso da calça e fui para meu quarto, que está com a porta apenas encostada. Tomei um banho rápido na água quente e vesti um pijama de cor rosa. Minha mente ainda se sente culpada, já meu corpo, quase implora pelo calor da loira. Peguei meu celular e entrei no Instagram, demorei alguns minutos para encontrar o perfil do Caio, e quando encontrei, descobri que ele é médico em um dos hospitais públicos aqui da capital - e digamos que isso não faz bem a cara dele.

Digitei o contato do hospital e liguei para ter a certeza de que o homem estaria de plantão hoje, e para minha felicidade, ele irá fazer 30 horas de plantão - ou seja, ele estará em casa apenas na terça-feira de manhã. Sentindo meu coração disparar e o ar faltar em meu pulmão, corri até a sala de estar e digitei no celular o número que estava escrito no papel. Escutei três toques e só então a voz fina da loira preencheu meus ouvidos.

Brunna - São Paulo 📍
01:50 da manhã

Eu já tinha perdido todas as esperanças que existiam dentro de mim. Esperei pela ligação da Ludmilla por toda a tarde, mal fiz minhas refeições, temendo perder esse momento. Mas por fim, eu descobri que não obteria a sua resposta, então apenas desisti e deixei meu celular sobre a cama. Fiz todas as minhas higienes, me joguei sobre a cama e quando finalmente fechei os olhos, sentindo o cansaço me dominar, escutei o toque do celular ao meu lado.

Olhei o visor e percebi que era um número que eu não tenho salvo. Coloquei o aparelho na orelha e suspirei antes de dar oi para a pessoa que está do outro lado da linha, mas se quer fui respondida.

📱

- Olha, já que você não me responde, eu vou desligar. E não tente me ligar de novo, pois eu vou bloquear o número. - falo brava.

- Estressada como sempre. - escuto a risada abafada da Ludmilla do outro lado da linha e como um raio, me sentei sobre a cama.

- Ludmilla? - pergunto rápida.

- Oi, Brunna. - ela suspira e eu a acompanho.

- Que diabos aconteceu, Ludmilla? Eu estava igual uma doida te procurando, não me deixam entrar na boate. - sinto um nó se formar em minha garganta - Poxa, eu fiquei triste e preocupada

- Eu também fiquei triste. - fala simples.

- Eu fiz alguma coisa? - pergunto.

- Não, Bu. - sorrio ao escutar o apelido - Eu só tive que resolver uns problemas.

- Eu também tive uns problemas. Caio brigou comigo esses dias que passou e descobriu que ficamos.- conto.

- Eu sei. - ela suspira - Esse também foi meu problema.

- Como assim? - pergunto confusa - Ele tem alguma coisa a ver com você ter se afastado? - ganho um silêncio como resposta - Eu estou te perguntando, Ludmilla.

- Ele me procurou um dia na boate. - fala e eu percebo sua voz falhar - Me ameaçou e disse pra mim ficar longe de você.

- Puta que pariu, Ludmilla. - falo brava e me levanto da cama - E você não me conta esse grande detalhe?

- Você não entendeu, ele me ameaçou, com várias coisas. - ela suspira - E disse que não era pra eu te contar isso.

- É claro que ele iria dizer isso, ele sabe que eu iria soltar os cachorros nele. - sinto meu sangue ferver - Ele fez alguma coisa além de te ameaçar?

- Não. - fala simples.

- Não está mentindo para mim, não é? - questiono calçando meus chinelos.

- Não estou mentindo. - ela fica em silêncio por alguns segundos - Eu estava com saudades da sua voz.

- Eu também estava com saudades, Lud. Foi muito difícil dormir esses dias. - confesso - Você está em casa?

- Estou, cheguei agora da casa da minha avó, passei o dia com ela. - me conta.

- Que legal. - procuro pela chave do meu carro - Eu estou indo aí.

- Não Bru, não faz isso. Se ele descobre, eu tô ferrada. - fala com medo - Por favor.

- Ele não vai fazer nada com você, Ludmilla. É sério que você tá com medo de um cara que não tem nem 1,70? - questiono - Um soco seu, quebra o rosto dele.

- Não é sobre isso, Bu. - fala com manhã.

- Tudo bem. É sobre o que então? - destravo o carro.

- Eu não sei como mas ele descobriu algumas coisas da boate, e ele se soltar isso, eu posso me considerar uma desempregada. - resmunga e eu gargalho.

- Lud, por favor, confia em mim. Caio não é doido de fazer um negócio desses, ele sabe que se fizer, ele está fodido comigo. - ligo o carro - Mas o que ele descobriu?

- Coisas internas. - fala simples - Você promete que não irá contar a ele que eu entrei em contato com você?

- Eu não ajo por impulso, Lud. - suspiro dirigindo pelas ruas vazias - Gostou das flores?

- Então. - escuto sua risada alta - Eu meio que mandei o porteiro jogar no lixo.

- Sua filha da puta. - resmungo sem acreditar - Nunca mais te dou nada.

- Poxa, tente me entender. - ela ainda gargalha alto - Mas eu achei elas muito bonitas.

- Eu preciso desligar. - digo assim que desligo o carro enfrente o seu prédio.

- Já? - pergunta triste.

- Sim, eu te ligo uma outra hora, prometo.

- Tudo bem, até mais, Bu!

- Até Lud!

📱

Desço no carro e caminho rápida até a portaria, recebendo um olhar torto de uma mulher que estava saindo do elevador - e só então me lembro que eu ainda estava usando um pijama extremamente curto - encarei o senhor Alberto que estava concentrado observando as câmeras de segurança do prédio e raspei minha garganta chamando sua atenção.

- Se-Senhora. - ele gagueja - O-O que e-esta fazendo aqui-i essas ho-horas?

- É que eu vim conversar com a Ludmilla, pode liberar minha subida? - questiono.

- Não posso. - fala sério - Por favor, saia do prédio.

- Mas o senhor nem interfonou para saber.

- É um pedido da Dona Ludmilla, e ela me aconselhou ligar pra polícia. - ele tira o celular do bolso.

- Calma. - me apresso - Eu já tô indo.

Me afastei devagar do senhor que ainda me olhava furioso e peguei meu celular para ligar pra Ludmilla, que por sorte me atendeu rapidamente.

📱

- Já está com saudades? - pergunta brincalhona.

- Ludmilla, o seu porteiro quase chamou a polícia para mim. - falo assustada.

- Meu Deus. - ela gargalha - Você veio mesmo?

- Sim, estou aqui no meio da rua, de pijama, e seu porteiro está quase me fuzilando com o olhar. - explico

- Já tô descendo, me dê 5 minutos.

📱

Ela desligou a ligação e em menos de 5min, ela estava saindo pelas portas do elevador, ela falou algo com o porteiro, que só então, me devolveu um sorriso sem graça.

- Vem, Bru. - ela me chama.

- Não vou ir presa? - questiono.

- Não! - ela gargalha e me puxa pelo braço.

- Eu apenas fiz o que a dona Ludmilla mandou, dona Brunna. - o porteiro me olha arrependido e eu apenas aceno com as mãos ao ver o elevador fechar as portas, nos levando até o apartamento da morena.

- Safada, eu ia ir presa. - bato em seus ombros.

- De pijama curtinho. - ela puxa meu short para baixo, na intenção de cobrir meu corpo.

- Sorte do policial, que iria me ver assim, você não acha? - provoco e ela me olha brava.

- Você brinca muito, Brunna. - ela me beija com pressa.




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VOLTEI COM UM CAPÍTULO GRANDÃO.



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