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Capítulo 7

3320 Palavras

Sacudo os borrifadores cheios de água com sal por algumas vezes, até conseguir diluir todo o sal dentro. Sorrio satisfeito vendo que a nada modesta quantia de sal já desapareceu dentro do pote plástico.

Viro-me para minha irmã, que está concentrada lendo algo na tela de seu celular.

- Pronto, este é o seu. – Digo, deixando um dos borrifadores ao alcance de Alana.

Ela olha para o borrifador, e logo ergue seu olhar a mim – Tem certeza disso?

- Absoluta. – Digo pegando meu borrifador e olhando o líquido em seu interior, balançando levemente. – Esse fantasma aparecerá novamente, então temos que estar preparados para ele.

- Não imaginava que sua ideia envolvia borrifadores, acho que esperava outra coisa... Como tem tanta certeza que ele irá aparecer? – Alana apoia o rosto sobre a mão.

- Segundo o que aquela garota disse, o fantasma ataca todos aqueles despertos para leva-los ao inferno, e deixa em paz todos que estão repousando. – Deixo meu borrifador sobre a mesa, e sorrio de canto – Portanto, ele virá atrás de mim.

- Dormir não é uma opção... – Minha irmã diz com pesar, e meu sorriso se desfaz. Ela sabe as consequências que recaem sobre mim toda vez que durmo.

- Não é... – Respondo com o mesmo pesar – Prefiro lidar com o fantasma, do que adormecer e ser torturado por mais um daqueles malditos pesadelos.

Alana assente devagar, e um longo silêncio se instala entre nós. Neste mundo, se passaram apenas alguns meses desde que me tornei o que sou, mas para mim, já se passaram muitos anos, e mesmo assim aquelas imagens continuam retornando.

Lembranças e sonhos de uma vida antiga, que continuam me torturando.

Definitivamente fui amaldiçoado pelas sombras do meu passado, e estou condenado a ser atormentado por cada um dos meus dias.

- Só tome cuidado. – Alana diz de repente. Sua preocupação é palpável.

Assinto de leve, me aproximando e tocando sua cabeça num carinho lento. Ela me fita, e sorrio serenamente – Claro, nada neste mundo é capaz de acabar com seu irmão.

Ela balança a cabeça com um pequeno sorriso, voltando os olhos para seu celular.

- Sem falar que tenho sal o bastante para aquele fantasma se sentir numa praia. Fazê-lo correr daqui será brincadeira de criança. – Digo convencido, cruzando os braços.

- Pela quantidade de sal que comprou, eu não duvido. Acho até que exagerou. – Alana responde sem me olhar.

- Apenas não entendo o porquê da minha escuridão não surtir efeito neles. – Sussurro pensativo encarando o chão.

- Tenho uma hipótese, mas ela é desagradável. – Alana murmura e ergo meu olhar a ela por um instante – Apesar de também se tratar de energia pura, sua escuridão não repele eventos sobrenaturais por se tratar de uma força caótica... As trevas é um poder que atrai essas coisas para si.

- Em outras palavras, sou um chamariz para fantasmas e outras coisas, mas sou incapaz de fazer frente a eles. – Dou risadas da minha própria situação.

- Não incapaz, mas... Resumindo? Sim... – Ela salta os ombros. – Por isso, o sal será bem mais efetivo que sua escuridão para afastar esses fantasmas. Ele é um elemento purificador de grande poder, e ele é usado a milênios na história humana...

Alana vira seu celular para mim, e observo o que ela vinha lendo minutos atrás.

- As pessoas usam isso para simpatias, afastar inveja, olho gordo, afinal ele absorve e afasta energias negativas... – Alcanço o celular e vou lendo algumas coisas por cima, mas minha atenção está na minha irmã – E isso não exclui seres sobrenaturais, afinal são pura energia corrompida... Sua escuridão até pode funcionar contra fantasmas, mas não será tão efetiva.

- É, isso explica as coisas. – Alana se levanta, pegando seu celular e borrifador, seguindo para fora da cozinha em passos lentos. Alcanço meu borrifador, o saco de sal que tem um pouco mais da metade, e vou logo atrás dela.

- Não que eu esteja te incentivando a dormir... Mas o que acha de pelo menos fingir estar dormindo? – Ela me olha sobre o ombro – Talvez o fantasma te deixe em paz.

- Depois do que houve ontem? – Ergo uma sobrancelha – Acho que não.

Sem falar que algo vem me incomodando nessa história toda.

- É o que irei tentar. Você falou tanto, que agora quero ver se esse fantasma irá aparecer mesmo. – Ela diz animada, indo para o quarto. – Mas estou com um pouco de sono, por isso ficarei deitada...

- Já? – Digo em real surpresa – Meio cedo, não acha?

- Passamos o dia inteiro fora, e andamos bastante. Estou cansada... Dependendo do meu sono, nem sei se verei o fantasma. – Explica, e acabo assentindo – Boa noite irmãozão.

- Tudo bem... Até amanhã irmãzinha. – Dou um pequeno aceno com mais um sorriso sereno – Qualquer coisa me chame.

Ela acena afirmativamente, deixando a cozinha e subindo as escadas em passos preguiçosos. Solto um suspiro, preocupado com a possibilidade do fantasma ir até minha irmã e causar algum mal a ela... Mas sabendo como Alana é, sei que ela ficará bem.

Nós, seres do Abismo, não somos fracos. Estamos longe disso.

Só que como irmão mais velho, é difícil não me preocupar com o bem estar da minha única irmã... E também, minha única família.

Não sei o que aconteceria, nem o que faria, se algo ruim acontecesse a minha irmã.

Com a casa em silêncio, vou para a sala. Sento-me no sofá, deixo o borrifador próximo aos meus pés e o saco de sal ao meu lado, ligo a televisão e espero. Sei que cedo ou tarde essa coisa irá aparecer para me atacar.

E eu estarei esperando.

*****

Tal qual a noite anterior, estou tentando me distrair com a televisão. Já passou da meia noite, e até agora não houve o menor sinal de que o fantasma irá aparecer.

Já faz algum tempo que sinto-me observado, constantemente observado. O incomodo em meu peito se vê presente, cada vez maior devido a sensação de estar à mercê de um ataque iminente, mas nada de anormal apareceu até o momento.

Dou um suspiro entediado, apoiando as mãos no encosto do sofá e erguendo a cabeça por um instante. Fecho meus olhos, atento nas conversas do filme de ação, que infelizmente, está numa parte bem parada.

Porém um repentino silêncio se instala, e o ambiente torna-se frio.

Abaixo a cabeça lentamente, e tornando a abrir meus olhos, encontro-me agora num ambiente sombrio. Com um sorriso em meus lábios, levo meus olhos ao lado, vendo a figura pálida emergir da parede.

Reconheço todos os danos em sua face e corpo, suas roupas rasgadas, olhos brancos completamente sem vida, essa aparência mórbida que me causa calafrios. O mesmo fantasma que me atacou ontem.

- Então, você veio mesmo... – Minhas palavras saem sussurradas, e fico de pé, fitando o fantasma calmamente – Estava ficando cansado de te esperar.

Nenhuma resposta. Nenhuma reação. Ele apenas me encara fixamente.

Decepcionante, eu esperava conseguir extrair alguma informação dessa coisa.

A criatura paira por longos instantes, silenciosa e macabra. A sensação de ser encarado por um fantasma é extremamente desconfortável... Poderia dizer que é como se um dos fragmentos da própria morte estivesse diante de mim, e somente isso é o bastante para que meu corpo inteiro estremeça.

Mas não só isso, alguma coisa aqui parece muito errada. Ainda tenho a sensação de ser observado, mesmo com a criatura a minha frente. Algo parece não se encaixar.

Provavelmente existem outros fantasmas à espreita.

Erguendo seus braços finos, o fantasma aproxima-se vagarosamente... Na verdade, acho que está um pouco mais rápido – Olha só, veio terminar o serviço de ontem?

Solto o saco que tinha em mãos até o momento, espalhando todo o sal pelo chão, e libero minha escuridão a partir dos meus pés e subindo pelo meu corpo numa nevoa sombria, carregando boa parte do sal consigo. Isso não interrompe o movimento do ser, que continua com seus olhos cravados em mim.

- Veremos qual será o resultado de hoje... – Ergo uma das mãos, juntando a escuridão por entre os dedos numa chama enegrecida. Em minha mão livre, reúno uma grande quantidade da minha escuridão, concentrando de forma que tamanha energia torne-se sólida, e a moldo numa espada sombria, e apoio a lâmina em meu ombro. – Vem... Segundo round!

A criatura abre seus braços, porém balanço a espada ao alto e ataco num corte rápido, separando um de seus braços do corpo. O local cortado emite a mesma chama branco azulada de quanto atingi o fantasma na noite anterior.

Giro a espada entre meus dedos e baixo o braço de uma vez, executando mais um corte que rasga o peito da criatura. Seu corpo espectral recua levemente, e aproveito da brecha para transpassar sua barriga com a ponta da lâmina e bater com a mão envolta em chamas negras em seu peito.

Meu punho afunda levemente, porém é visível que desta vez minha escuridão está causando danos. Concentro o máximo do meu poder em seu interior, liberando tudo de uma vez em uma intensa coluna de chamas negras que envolvem completamente a criatura que recua com os ataques.

Envolver sal dentro da minha escuridão foi uma estratégia bem mais eficaz do que eu estava esperando.

O vento causado pelos meus ataques faz objetos caírem e alguns outros voarem, fazendo algum barulho e certa bagunça na sala, mas isso é algo que cuido depois.

Sorrindo tranquilamente, observo a criatura sendo consumida pelas trevas cair vagarosamente, completamente vencida pelo jeito. – Se eu soubesse que usando sua fraqueza seria assim tão fácil, teria pego mais leve... É uma pena que seja tão fraco... De qualquer forma, espero que possa encontrar seu descanso.

Ouço alguns passos pesados e bem apressados vindos do andar de cima, e com os cabelos brancos bagunçados e uma cara de sono inchada e levemente marcada, minha irmã aparece no alto da escada, olhando na minha direção.

- Chegou tarde pra ver o fantasma irmãzinha, já dei conta dele. – Digo tranquilamente fitando a criatura que termina de desaparecer nas chamas negras, e volto a olhar minha irmã. Porém, algo nela tira meu sorriso. Alana não me olha.

Ela encara algo atrás de mim.

Lanço meus olhar sobre o ombro, e me surpreendo ao encontrar outro fantasma, extremamente maior e muito mais assombroso que o anterior.

Ele é imenso, mesmo encurvado ele chega próximo de tocar o teto, e diferente do outro, esse é parcialmente transparente por inteiro. Seu rosto é cinzento e magro, no lugar de sua boca e olhos existem profundas fendas onde nada pode ser visto.

Outra diferença é que, pelas vestimentas semelhantes a um vestido e longos cabelos flutuando suavemente, esse fantasma parece se tratar de uma mulher.

Por um segundo, meu corpo inteiro treme e me sinto indefeso diante dessa coisa. A sensação de perigo que ele transmite apenas ao fitar seu rosto macabro é intensa.

Giro o corpo, projetando a espada num ataque lateral, um ataque muito mais instintivo do que planejado, mas para meu espanto, o fantasma segura a lâmina com seus dedos esqueléticos, contendo meu golpe.

Noto que seus dedos emitem um discreto brilho, demonstrando que essa fantasma foi ferida, e mesmo puxando a espada com força, a criatura a prende com firmeza e está puxando a espada para si. Essa coisa é totalmente diferente da anterior.

Ela ergue sua outra mão e a projeta em direção ao meu rosto. Por reação, fecho meu punho concentrando o máximo de escuridão que consigo e ataco de volta, e o som do impacto se espalha pela sala.

A ponta de seus dedos crescem de repente, em pequenas lanças espectrais que atravessam meus ombros, em uma dor aguda. Aperto os olhos e deixo escapar um gemido de dor, sentindo meu corpo tremendo com o frio mórbido que invade e se espalha pelo meu corpo.

De repente os dedos da criatura retornam ao que eram antes, e meu punho atravessa a mão do fantasma como se já não houvesse mais nada ali. O fantasma segura meu pulso e me puxa para si, sua força é tamanha que por muito pouco não me desequilibro.

A sensação macabra de seus dedos invadindo minha pele piora drasticamente, e sinto como se tocasse diretamente minha alma, e minhas pernas fraquejam.

Meu corpo treme cada vez mais frente a ameaça que esse fantasma transmite. Mas não estou tremendo de medo, muito menos por dor...

Conforme meu sorriso cresce, sei que estou tremendo de empolgação.

Isso está ficando cada vez melhor!

Ouço o som de algo batendo contra o chão, e passos passos pesados atrás de mim, e assim que olho sobre o ombro, encontro Alana já lançando algo contra o fantasma. A criatura reage emitindo um ruído estridente, e percebo que seu rosto parece queimar.

Largo o cabo da espada que é puxada de uma vez pela criatura, e agora com uma das mãos livres a direciono ao chão, criando uma nova nevoa de trevas carregada com parte do sal espalhado pelo chão, e a lanço para o alto de uma vez, fazendo com que os pequenos grãos atravessem seu corpo espectral como sendo micro adagas.

A criatura larga meu punho e a espada, se afastando um pouco de mim, e acabo curvando meu corpo para frente devido as dores que não cessam. Minha irmã para ao meu lado, fitando a criatura – Cheguei tarde, não é?

- Retiro o que disse. – Digo arfando devagar, passando uma mão no meu punho, o sentindo doer pelo aperto que a criatura fez. Não reprimo o sorriso, estou animado em saber que existe mais um – Não esperava ter um segundo fantasma... Pelo menos, não um tão diferente do anterior.

A criatura nos fita em silêncio sem esboçar qualquer ação, enquanto que minha irmã e eu ficamos preparados para qualquer nova investida. Porém, diferente do que esperava, a figura recua devagar, mergulhando na parede até desaparecer.

Não consigo ficar parado apenas olhando essa coisa indo embora dessa forma, quando dou por mim, minhas pernas já me levam a porta num impulso. – Alana, irei atrás daquela coisa!

- O que? Mas... – Não dou tempo para ouvir o que minha irmã diz. Abro a porta do chalé e corro para fora, erguendo meus olhos e encontro o fantasma no alto, já a certa distância de nós. Libero uma densa quantidade de escuridão para moldar minhas asas, e num salto, parto atrás do fantasma – Espera!

- Fique no chalé e se proteja! – Grito olhando para minha irmã, e rapidamente volto minha atenção na criatura que está cada vez mais alto.

O intenso vento devido a minha alta velocidade me impedem de ouvir qualquer nova palavra de Alana, mas não tenho tempo a perder. Não posso deixar essa coisa ir embora sem termos conseguido nenhuma resposta.

Abro uma das mãos e concentro as trevas entre meus dedos, moldando uma nova arma para enfrentar aquele fantasma. A quantidade reunida é tanta que sinto meu braço dar fisgadas de dor, mas dura pouco, pois em questão de poucos segundos, tenho em mãos uma imensa espada, de lâmina muito maior, mais larga e pesada que a primeira.

Estando próximo o bastante, balanço a imensa espada e desfiro um ataque nas costas da fantasma, partindo seu corpo espectral em dois.

Ela cessa seu movimento e imediatamente, abro bem minhas asas e paro a sua frente, erguendo a espada em sua direção, pronto para confrontá-la por mais uma vez.

Somente agora posso ver suas reais proporções, e com certeza estou surpreso. Essa fantasma é pelo menos cinco vezes maior que eu.

A figura se regenera do meu ataque em instantes, claramente não tendo sido nem um pouco afetada. E olhando agora, essa fantasma também se regenerou do meu ataque no chalé. Ela com certeza está em um patamar muito diferente do outro fantasma.

Aqui no alto o vento é ainda mais forte, minhas roupas sacodem e meu cabelo voa com o vento, mas nada disso tira meu foco do ser a minha frente.

Espera... O que... O que é essa sensação?

Me sinto observado. Fixamente observado, de todas as direções. Um assolador sentimento mórbido toma conta do meu corpo conforme sinto inúmeras presenças passando a me rodear em cada segundo, a carregadas com o vento, ouço vozes sussurradas chegarem ao meu ouvido.

Primeiro uma, depois duas, três, até serem incontáveis vozes de uma vez. Vozes de homens, mulheres, crianças, todas se misturam em sussurros contínuos.

Meus olhos correm de um lado ao outro, em cima e embaixo, buscando apressado o que pode ser o causador dessa sensação, porém nada encontro. O problema é que a sensação persiste, cresce a cada instante sob o véu sombrio da noite.

Apesar de estarmos sozinhos nesse instante, é como se eu estivesse cercado por cada um dos arautos da morte, e inevitavelmente acabo recuando um pouco.

Uma sensação assim é, definitivamente, perturbadora.

Mas pelo menos, nenhuma dessas vozes pertence a aquelas pessoas...

A figura a minha frente permanece imóvel, destacada na escuridão da noite. Seus braços pairam rentes ao corpo, seus cabelos flutuam e roupas balançam semelhantes a um véu, sem esboçar ruídos, e apesar de seu rosto ser completamente vazio, sei que está me encarando.

Algo movendo-se vagarosamente logo abaixo de nós chama minha atenção, uma silhueta esbranquiçada seguindo lentamente. Não apenas uma, são várias figuras exatamente iguais, vagando por diversos cantos da vila.

Espera, isso... São mais fantasmas.

Incontáveis fantasmas vagando pelas ruas, invadindo e deixando casas continuamente, e vários vultos podem ser percebidos passando pelo matagal que rodeia toda a pequena cidade.

Como... Como podem haver tantos?

A cidade inteira está tomada por assombrações?

Agora que me dou conta, olho rapidamente para baixo, procurando pelo chalé onde eu e minha irmã estamos hospedados, e me dou conta que vários fantasmas estão se aproximando da casa por todos os lados.

Não somente isso, os fantasmas parecem estar ignorando os demais chalés e indo diretamente para onde minha irmã está... Isso... Isso é claramente um ataque.

Retorno minha atenção uma última vez para a criatura que até então persegui, porém aquela fantasma já não está mais aqui. Olho de um lado ao outro procurando por ela, mas a criatura desapareceu sem deixar nenhum vestígio.

Como um bicho daquele tamanho pode desaparecer tão rápido?

Não tenho tempo para ficar parado pensando para onde aquela coisa foi.

Viro-me na direção do chalé e disparo o mais rápido que consigo para impedir que essas coisas se aproximem da minha irmã e causem qualquer mal a ela.

Antes que os primeiros fantasmas consigam entrar, atinjo o chão numa queda forte amortecida pela escuridão que envolve meu corpo. O estrondo da queda ecoa pelo ar, afastando os fantasmas com a ventania formada, erguendo terra e várias folhas.

Fico de pé lentamente, erguendo a imensa espada e a apoiando em meu ombro, fitando cada um dos seres que cercam a casa nesse instante, caminhando na direção eles em passos lentos.

A escuridão em torno do meu corpo expande aos poucos, tornando-se cada vez mais intensa, mais selvagem, mais agressiva, intensificando a ventania no lugar.

Toda a energia sombria liberada concentra-se em torno do meu corpo numa devastadora aura enegrecida, tão violenta que incinera as várias folhas mais próximas do meu corpo. Diante de mim, todos os fantasmas param seu avanço.

Não estão tão interessados em nós? Pois bem, então que venham todos.

Destruirei cada um de vocês!

Cada uma das assombrações permanecem paradas por instantes que pareceram uma eternidade, e inesperadamente começam a se afastar do chalé, até desaparecerem por completo da minha vista.

Olho de um lado ao outro buscando qualquer ser que esteja à espreita, sigo correndo para a rua olhando repetidas vezes para todos os lados, mas não existe mais nenhum fantasma ao redor. Parecem mesmo ter se afastado.

Dissipo toda a escuridão acumulada, tanto a aura quanto a imensa espada, que desaparecem esvanecendo ao ar, e girando sobre os pés retorno ao chalé em passos apressados, vendo minha irmã parada na porta.

Me dou conta o intenso ar frio presente, parte do chalé tem uma fina camada de gelo já presente, e uma aura branca com finos cristais de gelo giram em torno do corpo de Alana, semelhante a graciosa e mortal dança.

Em uma de suas mãos está a espada de escuridão que moldei rodeada por uma densa aura congelada, e na outra uma adaga moldada em cristais de gelo.

Ela não diz nada assim que me aproximo, mas vejo o nervosismo em seu olhar, tal qual também deve estar presente no meu. Sem esboçar palavras, apenas entramos no chalé, permitindo o silêncio tomar conta do lugar. 

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