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Capítulo 21

1572 Palavras

~ Alana ~ 

Sentada no sofá e batendo o indicador no joelho ao lado de Danilo, passo os olhos pelos vários quadros expostos na sala repetidas vezes, aguardando Rafaella retornar com Jessica do banheiro.

Rafaella disse que a amiga precisava de um banho e trocar as roupas sujas, e para minha não surpresa, ela negou e disse que estava bem. Após muita insistência por parte de Rafaella, Jessica cedeu.

A porta do banheiro abre, e Danilo já se levanta, eu continuo sentada, observando Jessica saindo primeiro, agora com roupas limpas e bem mais agasalhada para o frio de hoje, e Rafaella com um bolo de tecido sujo em suas mãos.

- Onde posso deixar isso? – A garota questiona, fitando as roupas em suas mãos.

- Vou precisar deixar de molho pra tirar toda essa tinta... – Jessica torce a boca de lado com uma cara pensativa – Deixa no tanque lá nos fundos. Mais tarde vejo o que faço com isso.

Rafaella assente com a cabeça e vai para os fundos, enquanto que Jessica permanece calada com os ombros encolhidos. Ela evita nos olhar, mas pelo menos por agora, não enxergo mais a feição de antes nela.

- Nunca te vi desse jeito... – Danilo começa em tom calmo – O que está havendo?

Ela balança a cabeça negativamente, ainda sem nos olhar – Eu não sei.

- Não sabe? – Danilo questiona novamente, e ela balança a cabeça.

Pego a tela que Jessica pintou o pentagrama e me levanto, fitando a tinta escura já seca, por fim erguendo minha atenção a garota – Por que estava pintando isso?

Jessica pega e encara a tela por alguns instantes, juntando as sobrancelhas e logo volta a me olhar – Eu não pintei isso.

- Ah, Jessica? – Danilo a chama – Na hora que chegamos você estava pintando ele com os dedos. Por isso estava toda suja.

- Eu... Eu estava...? – Seu olhar vai ao chão, passando de um lado ao outro – Mas... Não me lembro de ter pintado ele...

- Não? – Questiono erguendo a sobrancelha, e observo Jessica retornando esfregando os dedos manchados de tinta – O que você se lembra?

Ela hesita por um segundo, olhando a todos nós – Nada... A última coisa que me lembro foi de deitar para dormir ontem à noite.

- E depois disso, mais nada? – Cruzo os braços, refletindo em cada palavra.

Ela nega balançando a cabeça de leve – A única coisa que me vem em mente é meu pesadelo, eu estava em um lugar sujo, escuro, frio... Minha mente estava nublada, eu não enxergava direito e meu corpo só se mexia, e eu escutava uma coisa... Eram vozes, sussurradas de longe, me pedindo algo.

- O que essas vozes pediam? – Danilo questiona.

- Adore a mãe... Louve a mãe... – Ela repete com o olhar baixo.

Adorar a mãe? Louvar a mãe?

O que isso significa?

Será que isso se refere aquela fantasma imensa que apareceu no chalé daquela vez? Ela seria "a mãe"?

Bom, talvez... Mas então, onde um pentagrama se encaixa nessa história toda?

E outra coisa que não se encaixa é que, até onde sabíamos, os fantasmas estavam "apenas" roubando a energia vital das pessoas todas as noites... Mas isso é completamente diferente do que descobrimos até agora.

- Tá bem, de qualquer jeito acho que o melhor é sairmos daqui. – Digo alcançando a tela e observando o símbolo pintado. – Você vai vir com a gente Jessica.

- O que? – Jessica pergunta – Não precisa...

- Sim é preciso. Se te deixarmos aqui sozinha as coisas podem piorar muito e não sei o que pode te acontecer. – Sou confrontada pelos olhares questionadores de Rafaella e Danilo – Será mais seguro se vier conosco. Prometo explicar tudo.

Os dois abaixam seu olhar, refletindo por um momento. Por fim, Danilo volta a me olhar, tendo decidido algo – Jessica, vai lá pegar suas coisas.

Um pouco a contragosto, Jessica assente e retorna para seu quarto, enquanto que sou deixada com os dois amigos, que me olham fixamente. Apesar do silêncio entre nós, basta olhar para eles para entender o que se passa em seus pensamentos.

Jessica não demora a voltar, trazendo consigo apenas uma pequena bolsa debaixo do braço – Já peguei tudo que preciso.

- Certo, temos que ir então. Não acho seguro você ficar aqui sozinha. – Digo me virando e seguindo para a porta, porém Rafaella para em frente a mesma e cruza seus braços.

- Agora você pode explicar o que está acontecendo aqui? – A garota pergunta, me encarando fixamente sem dar sinais de que irá sair.

- É verdade, você nos deve uma explicação Alana. – Ouço Danilo falar.

Reflito por um instante se devo ou não falar algo para os dois logo agora, mas vendo a situação que as coisas estão, não tem mais sentido ficar escondendo – Resumindo a história toda, tem alguma coisa acontecendo nestas vilas que está roubando a energia vital das pessoas... Meu irmão e eu estamos tentando descobrir o que é.

- Tá, e o que seria essa "alguma coisa"? – Danilo cruza seus braços.

- Fantasmas. – A resposta não vem de mim, mas sim de Jessica.

Observo as expressões incrédulas de Danilo e Rafaella, e de cara acho que eles não digeriram a informação muito bem, talvez nem tendo acreditado. A realidade é que não me impressiono com tal reação, afinal não viram o mesmo que eu e meu irmão.

- Isso é sério? – Rafaella pergunta com uma careta.

Assinto levemente – Eu sei, parece ridículo. Mas é a verdade.

- Mas... Como? – Rafaella assume um ar reflexivo, quando percebe algo – Então as... As lendas dos fantasmas das vilas...? Elas são reais?

- É o que parece. – Jessica afirma me olhando, provavelmente pensando no dia que fomos até ela tirar nossas primeiras dúvidas sobre os fantasmas da região. – Pelo jeito, eles não são só lendas.

- Depois de ver a Jessica daquele jeito quando chegamos, não sei se desacredito dessa história. – Danilo diz num sussurro.

Sigo em direção a porta e encarando Rafaella nos olhos – É por isso que digo que precisamos sair daqui, e principalmente tentar achar um lugar que seja minimamente seguro para ela.

A garota concorda abrindo passagem pra nós, que deixamos a casa em passos apressados. Jessica ainda hesita um pouco, mas deixa a casa, e caminhamos apressados de volta a parte movimentada da vila.

- Quando isso começou? – Danilo pergunta emparelhando comigo.

- Pouco depois que chegamos. – Digo olhando cada um deles – Durante a madrugada, um dos fantasmas apareceu no chalé onde estamos hospedados e atacou meu irmão.

- Mas por que isso? – Rafaella diz preocupada – Não faz sentido.

- Nós acreditamos que os fantasmas estão roubando a vida das pessoas, mas ainda não descobrimos o porquê. – Olho para cada um deles – É por esse motivo que tantas pessoas estão agindo aparentando estar vazias.

- Percebi isso, algumas pessoas estão bem diferentes mesmo... Mas não fazia ideia do que poderia ser. – Danilo diz pensativo, quando ele tem um estalo e se volta para Rafaella – Agora que estou pensando nisso, o Tadeu também estava desse mesmo jeito esses dias...

A garota pensa por um momento – Desde o dia lá no haras, não é?

- Não, antes disso. Faz uns bons dias. – Danilo diz pensativo, correndo seus olhos pelo chão – Já faz duas semanas que ele vem se comportando de um jeito estranho... Meio aéreo, sem conversar com ninguém, as vezes sumia para se trancar em casa, mas sempre que perguntei o que estava havendo ele dizia estar tudo normal... A namorada dele também percebeu e disse que iria ficar de olho no Tadeu, mas de lá pra cá, nunca mais a vi.

- Duas semanas... – O que acabei de ouvir ecoa na minha mente. – Isso já está acontecendo bem antes de chegarmos na região... Onde o Tadeu mora?

- Ele mora na vila de Maringá que fica no lado de Minas Gerais. É bem no limite da vila. – Rafaella responde me olhando.

- Irei para lá, talvez ele esteja na mesma situação que encontramos Jessica... Ou ainda pior. Preciso que me passem o endereço de lá. – Digo sem rodeios, já imaginando o que encontrarei na casa de Tadeu.

- Você está pensando em ir lá sozinha? – Danilo aperta as sobrancelhas ao ver minha confirmação nada receosa – De jeito nenhum, nós iremos com você.

Aperto os olhos vendo a aparente decisão dos dois – Como é?

- Olha, ele tá certo. – Rafaella diz respirando profundamente – Agora nós também estamos envolvidos nessa história... E é o lugar onde moramos.

- Não faço a menor ideia do que está acontecendo. – Jessica se pronuncia pela primeira vez após termos deixado sua casa. Apesar de estar desorientada com tudo que está acontecendo, ela não está mais tão aérea – Mas é uma coisa que já me atingiu, e também está afetando pessoas conhecidas. Eu não vou conseguir ficar de braços cruzados sabendo disso.

Reviro os olhos sem disposição para contrariar eles. Neste momento, sei que não temos tempo a perder – Tudo bem, vocês podem vir. Mas precisamos ser rápidos.

- Inclusive... – Jessica fala, e viro meus olhos a ela – Por que trouxe essa tela?

Fito a tela que trago debaixo do braço, a segurando com firmeza – Tenho a impressão que isso pode trazer as respostas que queremos.

Cessamos a conversa ao alcançar o centro da vila. Seguimos direto para o ponto de ônibus, que não demora a aparecer. Desta forma, fazemos nosso caminho até a próxima das vilas.

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