Chapter Seven
Pelo amor de deus, alguma boa alma ai que queira fazer alguns graphics pra fanfic?
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Capítulo Sete: NAÃO É MEU SEGREDO PARA CONTAR
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Adhara Black
6° Ano de Hogwarts
OLHO NERVOSAMENTE PARA O LIVRO em meu colo, não importa o quanto eu me esforçasse, não conseguia me concentrar nele. O olhar de horror e mágoa de Régulos e Narcisa ao descobrirem que Andrômeda iria se casar com um nascido trouxa simplesmente não saia da minha mente.
Nenhum dos dois falou comigo desde então, magoados por eu saber sobre aquilo antes deles e não ter tentado impedir.
Eu sabia, no fundo da minha alma, que a reação deles não seria muito melhor se ao invés de um nascido-trouxa, fosse simplesmente um traidor de sangue... Como James era.
Era agoniante aquilo.
Alguém simplesmente tira o livro das minhas mãos, me preparo para lançar uma azaração na pessoa, mas percebo que é James.
Ele me olhava preocupado.
— Eu estou a meia hora sentado ao seu lado e você nem ao menos percebeu... O que aconteceu, Adh?
Fico surpresa ao saber que ele já estava ali há meia de hora. Minha mente realmente estava longe, normalmente eu era mais perceptiva e nunca iria abaixar minha guarda daquela forma.
Suspiro frustrada.
— Nada.
James voltou a se sentar ao meu lado e colocou o livro em cima da mesa, ele colocou sua mão em minha bochecha e acariciou delicadamente.
— Conheço você... É a sua família, não é? Sirius também está estranho a semana inteira, com a cabeça longe — murmurou preocupado — Quer falar sobre isso?
— É complicado.
Ele me puxou para seus braços e eu enterrei a cabeça em seu peito. A verdade era que eu definitivamente precisava daquilo, precisava da sensação de segurança que os braços de James me davam.
— Eu estou aqui.
Passei os braços ao seu redor, enterrando ainda mais meu rosto contra o tecido macio do seu moletom.
— Andrômeda vai se casar.
— Isso não deveria ser algo bom?
Bufei baixinho, agarrando seu moletom com força.
— Com um nascido trouxa.
James ficou tenso por um momento e então exalou, acariciando minhas costas.
— Ah. Suponho que sua família não gostou?
Concordei desanimada.
— É.
Ele suspirou e apoiou a cabeça na minha, beijando meu cabelo carinhosamente.
— Você sempre pode contar comigo, sabe?
— Eu sei.
O garoto se afastou minimamente e pegou meu rosto com as mãos, me beijando lentamente.
— Você é mais do que os problemas da sua família, Adh — murmurou, me dando um selinho — e você é a garota mais incrível que eu conheço.
James encheu meu rosto de selinhos, me fazendo rir baixinho.
— Você é um idiota.
— Mas ao menos lhe fiz sorrir.
Finalmente relaxei, aproveitando seu abraço apertado e a segurança que aquilo me proporciona.
Não sei por quanto tempo fico ali, mas em algum momento o sinal soou, me fazendo pular pelo susto, já que estava quase adormecendo nos braços de James. Ele riu baixinho e se afastou, levantando e me ajudando a recolher os meus materiais que estavam espalhados por ali.
— Hoje é sexta-feira.
O encarei, não demorei muito para entender onde ele queria chegar dizendo aquilo.
— Onde vamos jantar, Potter?
Ele sorriu animado, ajeitando seus óculos.
— É uma surpresa, me encontra no lugar de sempre.
Eu não estava no clima para surpresas, mas não reclamei. James beijou minha testa e me conduziu pelo corredor até a minha última aula do dia, que era feitiços.
Nos despedimos com um aceno e entrei na sala, indo para meu lugar habitual na bancada ao lado de Severus Snape, que estava me encarando com os olhos estreitos, como se soubesse todos os meus segredinhos sujos.
— Aquele era Potter?
Revirei os olhos, sentando ao seu lado e ajeitando as coisas.
— Sim.
— E aquela história toda de segredo? — resmungou — Qualquer um pode ver que vocês dois estão ficando.
O encarei incrédula, sentindo meu rosto esquentar.
— Isso, fala mais alto, Severus.
Ele arqueou a sobrancelha, como se estivesse considerando o desafio.
— Já que você sugeriu...
Lancei um olhar mortal em sua direção, já tirando a varinha das vestes e apontando na sua direção.
— Não ouse.
Um sorriso malicioso surgiu em seu rosto.
— Então não fique me tentando, Adh — retrucou — Agora, vamos falar sobre o fato de você ainda não ter coragem de admitir que é amiga de Potter, então quem dirá, admitir que vocês ficam?
Suspirei baixinho, cansada.
— Rég e Çissa já estão indignados comigo por eu ter escondido o segredo de Andrômeda, o que eles vão fazer quando descobrirem que também estou me relacionando com um traidor de sangue?
— Traidor de sangue é melhor do que um sangue ruim qualquer, como o noivo da sua prima.
Revirei os olhos.
— Para a minha família, isso não tem muita diferença — resmunguei desanimada — e não podemos esquecer do Sirius, que vai fazer um drama do tamanho de Hogwarts quando descobrir.
Severus arqueou a sobrancelha.
— Desculpe informar, mas seu irmão só não descobriu, porque ele não quer ver.
Abri a boca para retrucar, mas em seguida fechei, me lembrando de como meu irmão gêmeo tinha a tendência de ignorar tudo aquilo que ele não queria saber, algo muito comum quando estávamos na nossa casa.
— Talvez você tenha razão.
Um sorriso satisfeito surgiu no rosto do meu melhor amigo.
— Eu sei.
O resto do dia se passou incrivelmente lento e eu dei graças a Merlin quando todas as aulas enfim acabaram, podendo ir para o meu dormitório tomar um banho e trocar para uma roupa mais confortável, para poder seguir James até seja lá onde ele decidisse me levar.
Ajeitei o moletom vermelho escuro que havia roubado dele.
O encontrei no final das escadas, próximo a porta lateral que levava ao pátio. James rapidamente me colocou em suas costas e deixou sua capa da invisibilidade por cima da gente.
— Para onde vamos?
James Potter soltou uma risadinha, divertido.
— Você tem medo de histórias de terror?
A pergunta me surpreendeu, mas vindo dele, não deveria significar algo bom.
— Felizmente não.
— Ótimo, pois estamos indo para a Casa dos Gritos.
Arregalei os olhos, afinal, os sussurros corriam por todos os corredores da escola e do vilarejo sobre aquela casa velha e mal assombrada, de onde vinha gritos tenebrosos durante as madrugadas.
— James Fleamont Potter — sussurrei — se isso for mais uma das suas pegadinhas estúpidas...
Ele apertou minhas pernas, me provocando.
— Pensei que confiasse na minha humilde pessoa — provocou.
— Posso até confiar, mas também não sou nenhuma estúpida.
Ao invés dele tomar uma das passagens secretas até Hogsmeade, James seguiu na direção do Salgueiro Lutador, me deixando completamente confusa.
— Pensei que íamos para a Casa dos Gritos.
Desci para o chão, dobrando delicadamente sua capa da invisibilidade, enquanto ele sorria maliciosamente para mim.
— E nós vamos, mas por uma entrada... Diferente.
James pegou um galho do chão e caminhou lentamente na direção do Salgueiro, em seguida, se abaixou e fez um movimento com o galho que não consegui acompanhar por estar escuro, mas no segundo seguinte, pela primeira vez, vi o Salgueiro Lutador congelar.
O grifinório me encarou, divertido.
— Você vem ou não?
Concordei, ainda surpresa com aquilo, enquanto o seguia para o túnel que aparentemente havia embaixo do Salgueiro.
— Como eu nunca descobri sobre isso?
Ele pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos, me guiando pelo caminho.
— Porque você não anda com as amizades certas — brincou.
— Eu ando com você, então...
Ao invés de retrucar, ele apenas riu.
O túnel escuro, longo e estreito levava até uma porta de madeira toda quebrada, James a abriu, revelando uma das salas da Casa dos Gritos.
— Uau.
Olhei ao redor, totalmente maravilhada com aquilo. Eu nunca havia entrado dentro daquela casa mal assombrada, mas sempre ouvi os sussurros dos alunos que tentaram, digamos que não era como eu havia imaginado.
Havia marcas de arranhões pelas paredes e os móveis eram velhos, mas até que a casa parecia bem cuidada.
— Há quanto tempo sabe disso?
— Desde o segundo ano — admitiu, andando pelos corredores como se estivesse acostumado a estar ali — eu e os garotos descobrimos sem querer.
— "Sem querer", sei.
James me encarou, dando de ombros.
— Não posso explicar, alguns segredos não são meus para contar.
Arqueei a sobrancelha e fiz minha melhor cara de paisagem.
— Se meu melhor amigo fosse um lobisomem, eu também não sairia por aí contando — comentei, olhando ao redor.
Ele tossiu.
— Do que você...
— Lupin não é tão discreto quanto imagina, James.
Seus olhos se estreitaram e ele me encarou desconfiado.
— Quando você descobriu?
— Terceiro ano.
— Por que nunca contou para ninguém?
Foi a minha vez de dar de ombros.
— Não era meu segredo para contar.
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