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ei, feliz aniversário louisthetease28
obrigada por ser minha leitora fiel, você é muito especial
é um doce encanto!

🌾🚜

Não foi de um dia para o outro que Louis percebeu não ter uma boa relação com sua mãe e seu avô.

Ainda quando era criança, sentia-se sobrecarregado emocionalmente com as coisas duras que Franklin lhe dizia sobre ter que ser uma criança menos bagunceira e mais responsável porque Olivia já havia prometido deixar as terras para o neto primogênito como tradição da família e cuidar das terras dela significava o mundo para o avô.

Na pré adolescência, quando estudava na cidade grande, Louis já sabia que gostava de garotas e garotos também. Contar para seus pais não fazia parte de seus planos porque tinha medo das reações, mas aconteceu. Foi quando Louis retribuiu um bilhete no dia de São Valentim para um colega de classe e o boato se espalhou até chegar nos ouvidos de sua mãe de que ele estava flertando com outro garoto.

Johanna, sendo a cobra que era, não perdeu tempo em dar um show.

Primeiro, ela contou ao pai de Louis, que sendo como é não reagiu de forma alguma. Não protegeu Louis, mas também não o condenou. Completamente passivo e indiferente. Assim, não conseguindo o resultado que queria, Johanna decidiu dedurar Louis para Franklin. Ela colocou as coisas do filho no carro e o pressionou psicologicamente por todo o caminho da viagem até a fazenda, infernizando com ameaças de que Louis iria se endireitar como homem perto do avô.

Mas lá, ela também não teve 100% do que esperava porque Louis tomou coragem e admitiu por conta própria, e Franklin recusou a estadia permanente dele.

O velho ficou tão enfurecido, decepcionado e enojado de Louis que havia dito as seguintes palavras (palavras essas que Louis nunca mais esqueceria): você morreu para mim.

Então, aos treze anos de Louis, Franklin também havia morrido.

Obviamente, a reação de Franklin não foi no mínimo compreensiva, na verdade, ignorar a sua existência era crueldade. Mas ao menos não impediu Louis de frequentar a fazenda e também não contou para o restante e nem fez a cabeça de todos voltarem-se contra ele. O motivo dessa discrição e portas abertas, até hoje, mais velho e adulto, Louis não sabe e nem faz questão de saber. Talvez seja porque no fundo Franklin sabe que Olívia não permitiria o neto mais velho ser deserdado, apesar da avó falecer sem saber a verdade, ela com certeza seria a única a proteger e defender Louis.

Mas com isso tudo e com o tempo em que seu avô ignorou sua existência, que sua mãe o ignorou e o humilhou tantas vezes e a indiferença do seu pai beirando um "eu te amo filho, mas não vou ir contra minha esposa" Louis não ficou amargo, nem rancoroso, ele só aprendeu que família não é necessariamente o laço mais firme e confiável na vida. E que às vezes, pelo próprio bem, o melhor é se afastar mesmo.

Houve uma vez em que Johanna pegou Louis e Harry abraçados apenas de cueca enquanto eles cochilavam em sua cama quando tinham dezoito e dezessete anos. Naquele dia Louis quase morreu do coração porque, tudo bem ter aguentado tanta humilhação quando se assumiu para a mãe e o avô, mas Harry não aguentaria, não precisava passar por tanto transtorno, porque Franklin era uma imagem diferente para ele. E também porque Louis não o queria sofrendo de forma alguma. Então, se desdobrou para inventar uma desculpa para Johanna, um papo furado, uma história fiada sobre terem intimidade de primos, quase irmãos, e que ela estava vendo coisas onde não tinha.

Ele fingiu que era verdade com muito empenho e ela fingiu que acreditava só para jogar na cara dele no futuro.

Depois veio Laura e a xenofobia de sua mãe e do avô que julgavam Louis por se casar com uma latina apenas para dar-lhe cidadania americana. Chamavam Laura de interesseira, lamentavam que as crianças eram maravilhosas e anjos em suas vidas, mas uma pena serem filhas de latina. Eles não entendiam que os dois eram parceiros de vida e nem os convidava para eventos de família, fingindo esquecer do casal para não ter Laura na fazenda.

Foi aí que definitivamente ele cortou relações com Johanna.

Para ele, sua mãe também havia morrido.

E a partir dessas vivências, Louis jurou a si mesmo, e a Laura também, ser o melhor pai que poderia ser para suas filhas.

É complicado prometer algo dessa magnitude e importância quando tudo ainda é fácil, e depois manter a promessa em um momento de crise, quando você tem que fazer o papel de responsável adulto e só se sente como uma criança perdida e assustada.

Agora, ele se sente perdido e assustado, como se fosse calouro nessa vida que ministra rasteira atrás de rasteira.

Por volta do meio-dia, Louis tinha um corpo pequenininho enrolado nele. Elis e ele estavam dormindo na rede em cadeira suspensa da varanda. Ela apareceu depois do café da manhã procurando pelo pai e Louis estava tentando dormir lá fora desde que viu o teste de gravidez nas coisas de Roselin. Ficar no quarto o sufocava, ele estava tenso, nervoso demais para ficar trancado pensando besteira. Resolveu se deitar ao ar livre, na lateral do casarão onde quase ninguém circulava e poderia tentar ter paz momentânea com sua caçula, que dorme em seu peito, enquanto ele tira cochilos esporádicos.

No almoço, seu tio o chamou e ele só foi para a mesa porque precisava ajudar Elisabeth a servir o prato. Ele serve a caçula segurando o choro, se lembrando de quando Rose era pequenininha assim como a irmã e ele servia o prato dela também.

Quando ela era inocente demais e vivia grudada nele muito mais do que a própria Elis é atualmente.

Aliás, a filha mais velha não apareceu para o almoço, assim como a maioria das mulheres da casa que chegaram da festa no amanhecer e dormem até agora.

Ao menos Harry estava lá no almoço, falante, energizado, mas de ressaca. E lindo. Ele não parava de olhar para Louis ou tentar chamar sua atenção de alguma forma, mas Louis não estava bem, não podia retribuir aquele carinho no momento. Harry não pareceu notar porque sendo o chefe da casa todos da família queriam conversar com ele na mesa e puxar seu saco.

- Tá tudo bem? - Zayn perguntou quando se sentaram na varanda para fumar mais tarde - Por que você tá com essa cara?

- Não é nada.

- Se não quer falar, beleza, mas eu te conheço o suficiente pra saber que é alguma coisa sim.

Zayn tragou o cigarro e Louis recusou, apesar de estar louco de vontade de dar uma tragada até a pressão cair. Ele não fuma há anos, mas não vai se deixar levar pelo estresse e cair na tentação, apesar disso.

- Você ficou com Liam ontem, não foi?

- Ham? - Zayn soprou a fumaça e franziu o cenho - Não cara, eu te diria se sim.

- Eu achei que tinha algum lance.

- Bom, hum, ele é gato, quer dizer, gostoso pra caralho e bem interessante, mas até então não, eu tô de boa e Liam também.

- Então ele curte mesmo os homens.

- Não é óbvio? - Zayn disse rindo e Louis riu também. - Ontem foi legal, não foi?

- Bastante - até certo ponto, pensou, mas guardou para si - fico feliz que tenha aproveitado.

- Você e Harry também - Zayn respondeu sorrindo ladino, insinuativo - passaram a noite grudados, deve ter sido bom.

- Foi maravilhoso - Louis se permitiu sorrir tímido pelas lembranças - ele me faz bem pra caralho.

- Eu vi como vocês estavam parecendo um casal apaixonado ontem, nunca te vi assim antes, fico feliz.

- Você viu? - Louis mudou a postura - Alguém mais reparou?

- Cara, você praticamente subiu no colo dele no lago - Zayn contou rindo e Louis saltou os olhos para fora - todo mundo viu.

- Meu Deus.

- Relaxa, tava todo mundo bêbado demais e curtindo. Se nem você se lembra dessa parte, quem dirá seus primos que estavam mais bêbados e ainda no escuro do fundo do lago.

- Tomara mesmo porque eu não ligo por mim, mas pelo Harry. Ele não é assumido e somos primos.

- Sim, eu sei, e falando nele... - Zayn apontou com a cabeça em direção ao fazendeiro saindo pela lateral da casa - parece que alguém viu um passarinho.

Harry contorna a varanda até a escada próxima de Zayn e Louis, onde também estava estacionada a caminhonete. Ele estava bonito, sempre estava, mas nessa ocasião parecia brilhar, estava radiante.

- Oi, Zayn - cumprimentou - Lou.

- Oi.

- Ocupado? - a pergunta veio acompanhada de um sorriso bobo, mostrando as covinhas abaixo da barba e uma timidez difícil de se ver nele como via agora - Eu estava indo para o escritório terminar o trabalho.

- Eu te acompanho.

- Ótimo! Preciso da sua ajuda com...

- Na verdade, precisamos conversar.

- Sobre? - Ele parece surpreso pela abordagem ríspida, um pouco receoso, e Zayn finge não estar ali no meio deles enquanto mexe no celular - Tá tudo bem?

- No escritório, pode ser?

Louis se levanta e caminha na frente. Harry o seguiu em silêncio, vez ou outra mexendo na aba do chapéu por nervosismo. O convite de Louis para uma conversa parecia sério demais e ele não sabe o que esperar disso.

- O quê foi? - Harry trancou a porta e permaneceu em pé, assim como Louis estava rígido e de mãos na cintura o encarando mais sério do que nunca - O que aconteceu?

- Eu vou te fazer uma pergunta e você tem que ser muito sincero aqui, ou, eu juro Harry, dessa vez vou ficar tão puto que não sei se sou capaz de te perdoar.

- Ok - Harry franziu o cenho, assustado, e permaneceu estático no lugar, esperando pelo o que fosse - pergunte.

- O quê você comprou para minha filha ontem na farmácia?

- Nada - pela torcida de queixo e a respiração pesada de Louis, essa não era a resposta certa - Eu não sei o que você quer que eu diga, mas você pediu sinceridade: nada. Ela foi quem comprou suas próprias coisas. Eu fiz só a minha compra e esperei ela no carro. Que merda ela fez?

- Promete?

- Deus - Harry bufou, sentindo-se ofendido e um pouco irritado também - é claro que sim, por que eu mentiria?

Eles se encaram por um tempo, enquanto Louis processa a informação. É claro que sim, por que Harry mentiria? Ele com certeza diria se soubesse algo tão grave assim, porque é o tio legal de Rose, mas não a esse ponto irresponsável. Harry normalmente é protetor e sensato, muito mais do que Louis sabe ser na maioria das vezes.

- Me desculpa - permanece tenso - desculpa, desculpa.

Ele virou de costas e escondeu o rosto nas mãos, olhando para cima, respirando fundo.

- Desculpa pelo quê? O que tá acontecendo? - Harry se aproximou, tirando as mãos do rosto dele para que olhasse em seu rosto - Você tá me assustando.

Louis não tinha coragem de reproduzir em palavras. Porque quem já estava assustado era ele. No momento em que disser aquilo em voz alta, vai se tornar um medo mais real, mas ele deve uma explicação para Harry depois do vexame que acabou de fazer. E também, esse medo ele tem que transformar em atitude, ele precisa desabafar e tirar essa angústia do peito, mas por enquanto só Harry poderá ouvi-lo sem surtar mais do que Louis está surtando. Porque Zayn teria um colapso. Ele provavelmente vai infartar ou querer matar Louis. Ou as duas coisas. Johanna... ele não quer nem pensar na reação dela.

- Louis.

- Rose está grávida - disse, desviando os olhos para a mesa do escritório, mas mesmo assim podia ver Harry pasmo, parecendo confuso, parecendo não ter ouvido direito.

- Como?

- Porra, você quer que eu diga como? - se afastou irritado e se arrependeu no segundo seguinte quando percebeu a mágoa de Harry - Me desculpa, meu Deus, amor, eu tô tão estressado que não tô pensando direito. Desculpa descontar em você, só não... eu não sei o que fazer, Harry, eu não sei.

Harry se moveu em sua direção e quando Louis ia se afastar, arisco pelo estresse, ele não permitiu, o puxando para perto de si.

- Calma, só respira, ok? Me conta isso direito. Eu não tô entendendo ou tô custando a acreditar - Louis assentiu, tirou o teste do bolso e mostrou - Porra - Harry passou a mão no rosto - Porra, não acredito.

- Eu também não.

- É positivo.

- Eu sei disso - respondeu ríspido.

- Abaixe a guarda, Louis Tomlinson, estou aqui com você, não contra.

- Ok, desculpa de novo, desculpa - ele o abraçou, Louis escondeu o rosto na curva de seu pescoço - não sei como reagir, isso é uma bagunça.

- Primeiro você precisa se acalmar e conversar com Rose, certo? - Harry aconselhou enquanto acariciava seu cabelo para confortá-lo. - Se quiser, pode usar o escritório pra ninguém do casarão ouvir.

- Obrigado, mas é tão difícil encarar ela agora - Louis se afastou e sentou ao lado de Harry no sofá.

Os dois entrelaçam as mãos e ficam em silêncio absorvendo a notícia, olhando para o teto. A auxiliar de Harry bate na porta e ele dispensa ela educadamente sem sair do lugar. O tempo que percebe que Louis se sente ao menos um pouco mais calmo para raciocinar, Harry volta a falar:

- Se quiser, eu te faço companhia. Posso apenas ficar em silêncio junto a vocês para te dar apoio enquanto conversam.

- Obrigado pelo apoio, amor - Louis vira o rosto no apoio do sofá, falando baixinho, olhando nos olhos de Harry - e me desculpa.

- Tudo bem, eu acho que você até está lidando bem com isso.

- Eu apenas vou recusar sua oferta porque esse é um momento que preciso lidar com ela sozinho.

- Eu entendo - Harry fecha os olhos quando Louis se aproxima e deposita um beijo casto em suas pálpebras.

- Mas com certeza vou precisar de você presente quando eu tiver que contar para o Zayn porque ele vai querer cometer um homicídio.

Apesar do momento sério, eles riram.

- Ela deve estar tão assustada - Harry comentou, brincando com os dedos de Louis em suas mãos.

- Preciso saber o que ela pretende fazer.

- Como assim?

- Ela tem que me dizer o que se passa na cabeça dela agora antes de eu tentar ajudar nos próximos passos.

- Você não vai dar uma bronca?

- Por que?

- Eu daria uma bronca.

- Adianta agora? - Apesar do que diz, Louis está com muita raiva - De certa forma, a culpa também é minha porque nunca tivemos aquela conversa essencial. Nunca sentamos e conversamos sobre prevenção e proteção porque Rose era a minha garotinha e eu tinha ciúme demais para pensar nessa possibilidade, porque eu tratava ela como meu bebê até então e esqueci que uma hora ela se tornaria mulher e iniciaria todos esses ciclos inevitáveis da vida. Quer dizer, todo ser humano passa por isso, nós passamos por isso, perdemos a virgindade com quantos anos? - "dezesseis e quinze" Harry respondeu - Dezesseis e quinze! A idade dela, meu Deus, e como eu sou um idiota não pensei que com dezesseis anos a minha filha também estaria namorando e querendo ir mais além? - Se condenou - Por que diabos eu pensei que fui o único ser humano do universo a transar adolescente? - a essa altura Louis já estava quase em pé, batendo o punho na própria perna e falando alto. Harry se inclinou e puxou o braço dele com carinho para acalmar - Se a Laura estivesse aqui, nada disso estaria acontecendo porque ela sabia fazer isso mil vezes melhor que eu, eu não... - ele esconde o rosto no braço e perde o controle que manteve a manhã toda, chorando alto, deixando a angústia se dissolver em lágrimas na camisa xadrez de Harry.

- Ei, coração, vai ficar tudo bem.

Louis permaneceu chorando e Harry deixou. Ele não chorava havia muito tempo e nem vai chorar agora, mas é porquê se segura. Ver Louis chorar lhe dava vontade de chorar, uma vontade de desabar junto como nunca havia sentido, mas ele não podia. Ao invés disso, resolveu tentar ser útil:

- Nós estamos aqui, vamos apoiar ela e pensar no que fazer juntos. Zayn também vai ajudar, ele não vai te matar.

- Ele com certeza vai cogitar me matar, a culpa é minha.

- Você precisa parar de achar culpados agora e tentar acertar na conversa, fazer melhor do que antes, ok? - aconselhou tentando soar calmo - Vamos, você vai limpar esse rosto e nós dois vamos dar uma volta na plantação de algodão pra esfriar a cabeça. Depois você vai voltar aqui e eu vou acordar Rose, vou trazê-la ao escritório para vocês dois conversarem juntos e a sós.

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