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lembrem-se: votar e comentar ao longo do capítulo incentiva demais a autora.

estou torcendo para que gostem, eu estava morrendo de saudades...

6.323 palavras :)


🌾🚜


Foi uma semana tranquila, até então.

Louis levou as filhas com Zayn e alguns dos primos na quermesse da vila. Foi divertido relembrar essa parte da vida no interior e ver a animação de Rose e Elis com os brinquedos e os animais na exposição. Harry não tinha ido porque tinha trabalho a fazer, mas na noite daquele mesmo dia os dois foram pescar de novo na madrugada no lugar deles, juntos e a sós, acompanhados apenas pela velha e confidente caminhonete do vovô e os mosquitos insuportáveis. Louis não reclamou dos insetos porque, apesar disso, valeu muito a pena. São bons momentos. E tem os beijos, o que era muita vantagem em comparação às picadas.

Falta menos de uma semana para o casamento de Phoebe. Todos na casa já estão bronzeados dos dias na piscina e algumas discussões sobre convivência (principalmente com Johanna) já ocorreram, mas nada que fosse demais para se preocupar. Era coisa de família. Ainda estava tudo bem em Olivia 's Farm.

Ainda.

Na tarde do vigésimo quarto dia, Zayn estava debaixo de uma árvore aprendendo a descascar sabugo de milho com Liam após o expediente do auxiliar, quando Louis apareceu no quintal do casarão, sem camisa e descalço. A expressão apavorada em seu rosto não abalou um pouquinho sequer os outros dois que continuaram a tarefa, lentos e preguiçosos, afetados pelo calor do Sol e pelo dia tranquilo.

- Se eu fosse você colocava um sapato porque dá bicho de pé - Liam alertou tragando o palheiro antes de passar para Zayn. Os dois parecem velhos amigos, dividindo até o fumo enquanto trocam conversa fiada. Louis estava impressionado, ele não sabia que Zayn era tão sociável assim.

- Vocês viram minha filha?

- A pequenininha tá brincando numa bacia de água com sua mãe - disse Liam no sotaque puxado dele - a outra maior eu já não sei.

- Eu não vi a Rose o dia todo - respondeu Zayn, ainda calmo.

Louis bufou, inquieto. Ele sabia onde Elisabeth estava porque Johanna pegou ela para brincar e não desgrudou mais, mas ele se referia a mais velha. Essa mania que Roselin adquiriu de sair sem dar satisfações estava deixando Louis assustado. Ele sabe que tem culpa nisso porque anda distraído demais se agarrando escondido pelos cantos com um dos primos dele, mas há tempo de corrigir seu erro. Quando encontrar Roselin os dois terão uma conversa sobre cuidados.

Louis decide fazer almoço e recebe a ajuda de Claire, a filha de dezesseis anos de Phill. Ele tenta descobrir o paradeiro de Rose através dela, já que vivem grudadas, mas a prima não sabe. Ele segue preparando a refeição para o batalhão.

Na cidade, Harry estava na farmácia comprando os remédios da receita de Franklin. A fila estava enorme, era de se esperar, numa vila onde só tem uma farmácia. Impaciente, ele olha a sua volta e respira fundo. Roselin estava andando entre os corredores de higiene e beleza, esperando por ele, se distraindo enquanto não chegava a sua vez. Ela tem uma cestinha cheia de produtos de higiene, como sabonetes e produtos para cabelos cacheados, que pretende comprar por conta própria.

Quando chegou a vez de Harry, ele a chamou para passar juntos, mas Roselin apenas agradeceu e recusou o atalho.

- Não precisa, eu ainda tenho algumas coisas para comprar.

- Vai enfrentar o final da fila?

- Tudo bem, se o senhor quiser me esperar no carro, prometo não demorar.

O fluxo de pessoas esperando ser atendidas diminuiu. Ele concordou, porque não havia motivos para discordar. Passou suas compras e depois foi para o carro aguardar por Rose. Ele estava morrendo de fome, ansioso para almoçar, então torcia para ela não demorar, conforme o prometido.

Se esticou para olhar pela janela do carro, através da vitrine da farmácia. Rose estava no balcão pedindo algo para o farmacêutico que parecia tenso orientando algo sobre o produto. Harry franziu o cenho, porque achou que seriam só produtos de higiene, ele não sabia que ela precisava de remédios.

- O que você estava pedindo ao farmacêutico? - Questionou impulsivamente, sem pensar que poderia ser pessoal.

- Algo de garotas.

- Oh, claro - ele arregalou os olhos e se sentiu constrangido por ser curioso e soar invasivo - desculpa.

A última vez que ele se meteu nesse tipo de assunto foi com Phoebe há duas décadas atrás, mas foi o suficiente para nunca se esquecer do coice que levou na época. É melhor não ser um intrometido em coisas de garotas, ainda que seja por boa intenção. Ele já aprendeu essa lição.

- Vamos voltar para a fazenda ou temos algo a mais para fazer aqui?

- Já trouxemos a carga de laranjas para o armazém, já compramos a peça que o Liam pediu para consertar a máquina - Harry contou nos dedos, para tentar se lembrar de tudo - comprei os remédios do vovô, e ah! Falta repelente para o Louis!

- Repelente? Para o meu pai?

- Hum, ele reclama muito dos mosquitos e não gosta do cheiro da solução de ervas que usamos como repelente. Eu pensei em- hum - apontou na direção da farmácia - eu vou aproveitar que estamos aqui pra comprar o repelente pra ele.

Desceu apressado e voltou para a loja. Do carro, Rose ficou encarando ele com uma expressão esquisita em seu rosto.

No caminho de volta para Olivia 's Farm, Harry estava contando uma das histórias de quando era adolescente e aprontava coisas absurdas com a influência de Louis. Toda vez que um assunto surgia, o nome de Louis era citado com peso, e Harry sabe que Rose percebia porque ela estava começando a ficar esquisita a cada menção do pai, mas ele fazia de maneira tão natural que mal podia se conter. Quando Harry percebia, lá estava o nome dele de novo, na ponta de sua língua.

Mas uma história sobre ter se perdido na quermesse e Louis o encontrado, foi interrompida por um grito de Rose.

Harry desacelerou e freou a caminhonete na estrada. Ele quase bateu a cabeça por culpa do movimento brusco, e assustado, seu coração estava acelerado.

- O quê foi? - Estacionou rapidamente na beira para evitar um acidente de verdade. - Você se machucou?

- Não. É um bichinho - ela se agitou apontando para fora e tentando identificar o animal no acostamento - é um bebê!

- É um cordeiro - Harry voltou a respirar, aliviado - um filhote.

- Ele tá perdido?

- Parece que sim - analisou, abriu a porta do carro com cuidado e foi verificar.

Rose não quis esperar. Desceu junto e se apressou para estar ao lado de Harry no resgate. O cordeiro assustado estava embrenhado no mato. É um trecho da estrada praticamente deserto. Estava mais perto dos fins de plantação dos Horan e bem longe de qualquer entrada de fazenda.

- Ou esse carinha caminhou muito até se perder, ou foi deixado aqui de propósito, o que não faz sentido porque nunca vi um abandono de cordeiro, esse animal é caro.

- Ele se perdeu, então?

- Provavelmente sim, provavelmente é um mini aventureiro.

O cordeiro se levantou agitado e bateu a cabeça na perna de Rose. Ela salta um pouco surpresa para trás, mas riu em seguida, reconhecendo que o bebê quer apenas cumprimentar ou brincar. Ela se abaixa e tenta acalmar a agitação dele, acabando por gargalhar ainda mais dos sons que faz. Ela está encantada, usando aquela voz amaciada com o animal, que só se usa para mimar crianças.

- Podemos ajudar ele de alguma forma?

Pensando no que fazer, Harry sorriu e sugeriu:

- Claro que sim, você pode ficar com ele.

- Posso?

- Você ama animais, e quer até ser doutora de animais - ele incentiva tranquilamente - E, hum, foi você que encontrou ele... então seria legal ser a tutora, certo?

- É sério? - ela sorriu largo com os olhos brilhando - Harry, isso seria demais!

- Mas tem que cuidar. É um filhote e a mãe está ausente, isso significa que você tem que tratar e ensinar para ele as coisas. Dá trabalho, mas você já tem idade pra começar a aprender sobre responsabilidade, certo?

Por um momento longo demais ela encara o animal com uma expressão assustada. Harry não queria causar essa reação, muito pelo contrário. Talvez tenha escolhido as palavras erradas, então assegura:

- É só um cordeiro, Rose, não é como um bebê humano - ela olhou para cima, na direção dele, piscou e prensou os lábios nervosamente - Você pode cuidar dele na fazenda porque temos recursos para isso.

- Porque ele é um cordeiro.

- Obviamente.

- Certo, mas... hum, eu só estou aqui nos verões. Como ele fica quando eu voltar pra casa?

- Não se preocupe. Vou cuidar dele para você.

Ele achou que ela ficaria mais animada do que está demonstrando, apesar disso, Rose pega o animal com carinho e o conduz na caminhonete.

- Você quer mesmo ou está se sentindo pressionada pela minha sugestão? - perguntou quando estavam no carro, prestes a partir - Eu posso criar ele sozinho, se for o caso.

- É só um cordeiro - ela respondeu baixo, mas, mesmo com o ronco da caminhonete, Harry escutou ela sussurrando enquanto olhava pensativa através da janela: - não é um bebê, é só um cordeiro.

Eles voltaram para a fazenda antes do almoço estar pronto. Louis saiu na porta com um pano de prato no ombro e uma colher de pau na mão, curioso com a gritaria de Elisabeth para ver o cordeiro que a irmã mais velha trouxe. Louis não ficou surpreso com a cena porque Rose ama animais, mas ficou surpreso em descobrir que o paradeiro dela era estar com Harry. Ele virou as costas antes mesmo de ser notado e voltou para a cozinha, irritado. Claire escapou da cozinha para ver o cordeiro de Rose. Louis perdeu a sua auxiliar, mas não se importa.

Continuou cortando as batatas com o pensamento distante, chateado consigo mesmo por não estar com os olhos sobre Rose o suficiente. Será que é assim, livre e irresponsável, que ela age quando vem para fazenda nos verões sem ele? Porque está tudo bem sair com Harry de manhã, mas ela poderia ter ao menos avisado aonde iria para não deixá-lo maluco. Ele se culpa cada vez mais por estar sendo um pai distraído.

Pelo barulho e agitação, estão todos reunidos na varanda de casa, então ele está sozinho ali dentro. Até sentir os braços fortes envolverem sua cintura nua e a nuca arrepiar. Ele fecha os olhos e solta a faca, empurrando o corpo para trás no abraço que recebe, com as costas coladas ao peito forte.

- Que cheiro gostoso - Harry sussurrou em seu ouvido.

- Eu estou refogando o frango.

- Uhum, esse também é um cheiro delicioso - Harry virou cuidadosamente o corpo de Louis até estarem de frente um para o outro - mas você sabe que eu estava falando do seu cheiro.

Eles se encaram por um tempo, sorrindo, com o coração acelerado, nessa disputa boba e silenciosa de quem resiste mais. Harry perde, lhe dando um selinho.

- Ei, você - Louis olhou nervosamente em volta deles, pela cozinha, na direção da porta - tá tudo bem?

- Eu só senti a sua falta. Não nos vimos direito no café da manhã e eu não pude roubar um beijo seu no jantar de ontem, assim - outro selinho - como agora.

- Hum, mas poderia ter me visto de manhã se não tivesse desaparecido com a minha filha - cruzou os braços, não tão sério quanto gostaria de ser - onde vocês foram?

- Levar mercadoria na cidade, comprar remédios para o Franklin, comprar peças pro conserto de uma máquina, resgatar um cordeiro - Louis riu do jeito bobo de Harry contar: - até que fomos rápidos, não fomos?

- Sim. Mas me avisa da próxima vez, tudo bem? - Levou uma mão ao peito dele para fazer carinho e se derreteu com o toque recíproco - Fiquei preocupado com Rose.

- Desculpa, não quis te preocupar. Mas foi divertido, nós dois nos damos muito bem, eu levei ela pra comprar essas coisas de menina e depois teve o cordeiro. Ela me ama.

- Você já é o preferido de Rose, não precisa tentar agradar ela - Louis riu.

- Não estou tentando nada, só unindo o útil ao agradável. O cordeirinho precisava de cuidados e a Rose ama passar um tempo com os animais.

- É verdade, ela é quase uma Dra. Dolittle - Louis beijou o canto dos lábios dele - obrigado.

Harry aceitou o abraço forte, mas aproveitou para beijar o pescoço de Louis e ter mais do tal cheiro que o atraiu. Eles riem baixinho, distraídos um com o outro.

- Opa, cuidado com o que os meus olhos possam ver! - anunciou Zayn com humor, mas Harry se afastou tão rapidamente que bateu a cintura na mesa e assustou Louis, que resvalou a mão na faca que utilizava para cortar as batatas.

Zayn continuou rindo e pedindo desculpas, mas Harry se preocupou. Se aproximou de Louis de novo, segurando seu pulso para ver se ele havia cortado, mas não, estava tudo bem. Foi só um susto.

- Desculpa caras, eu não quis assustar - Zayn explicou - só me ofereci para chamar Harry porque Rose quer saber onde deixar o cordeiro.

- Ah, ok - Harry concordou, ainda atordoado, mas limpando a garganta e desviando os olhos em direção a porta - ok, estou indo.

- Não era pra ser segredo? - Zayn perguntou quando ficou a sós com o compadre - Porque se for, vocês precisam tomar mais cuidado, pelo menos a luz do dia, sabe?

- Eu sei - Louis riu e voltou a picar as batatas sozinho, mas sem conseguir tirar o sorriso bobo do rosto e Harry da cabeça.

🌾🚜

É muito raro, mas uma das sensações mais incríveis, quando temos tanta química com outra pessoa.

Quando você olha para ele e ele te olha, então vocês dois sorriem juntos porque sabem o que estão pensando ou pelo menos tem um palpite muito próximo do que seria.

Quando os dois têm a necessidade de tocar sem nem perceber, tocando a mão no antebraço num pretexto de chamar a atenção e demorando ela ali sobre um tecido cruel que os separa. O resvalo dos dedos quando estão próximos demais parece ter o mesmo efeito dos fogos de artifício estourando dentro de si. A mão sútil na cintura encaminhando o outro como se estivesse desorientado demais com o contato nos olhos para seguir um caminho por conta própria. A cabeça inclinando no ombro para dar risada e soprar ela na pele, um riso quente que arrepia, transmitindo toda essa química, a física, difícil até mesmo para os cientistas explicarem mesmo após tantos milênios, ano após ano, estudando o mistério da conexão de dois corações. Porque é palpável sim, ao mesmo tempo que etéreo. É um sentimento palpável quando se encosta ao outro de maneira diferente porque a intensidade do que se é etéreo aplica ao toque. Tudo é diferente, mas um diferente bom, energético.

Essa noite é a festa de despedida de solteiro de Phoebe e Tom. Louis deu permissão para Lana e Dayse levarem Roselin para a festa da noiva porque confiava nelas e porque estabeleceu a proibição do uso de bebidas alcoólicas.

Já os caras, pretendiam pescar a tarde toda e durante a noite festejar. Na pesca, as crianças também estavam presentes. Elis saltitava de felicidade a cada vez que o pai pegava um peixe, principalmente os menores, porque os maiores lhe davam medo. Louis brincou com Elisabeth até anoitecer, voltou para o casarão, deu banho e janta para a caçula e colocou ela para dormir sob os cuidados de tia Jeane, tio Paul e sua mãe Johanna que não queriam ir às festas dos mais jovens, preferindo cuidar das crianças menores enquanto conversavam até tarde.

Louis também se arrumou, até se deu ao luxo de demorar no banho. Ele estava pronto e prestes a sair, arrumando a gola da camisa, quando ouviu o barulho de televisão ligada no andar de baixo do casarão. Achou que fossem os tios, mas se surpreendeu ao encontrar a pessoa que menos esperava ver até ir embora da fazenda. Era claro que aconteceria, porque esse casarão o pertence.

Franklin estava sentado numa cadeira reclinável, olhando o noticiário em um volume baixíssimo, e aparentemente sem energia para prestar atenção no televisor. Louis considerou seguir reto e ignorar o avô como ele o ignorou da última vez que tentou uma conversa (ou como fez a vida toda, de qualquer forma), mas num impulso acabou perguntando:

- Como veio parar aqui? - Franklin não respondeu, nem se moveu para responder. Metade do rosto estava escondido atrás da barba que ele adora e um de seus tradicionais chapéu de fazendeiro - Você nem consegue andar e está aqui, o tio Adam te ajudou?

Franklin mascou e resmungou, mas respondeu irritado:

- O único que me ajuda nessa casa.

Louis olhou através da cortina da sala. Harry já estava na caminhote com a luz ligada, provavelmente esperando para dar carona. Obviamente, é dele que Franklin estava falando. Louis respira fundo, e confere, só porque ele não é uma pessoa tão ruim assim:

- Precisa de alguma coisa?

Franklin não respondeu. Louis, então, resolve deixar para lá e seguir seu destino de uma vez. Estava animado, ansioso de um jeito bom, e não deixaria que os espinhos de Franklin estragassem sua noite. Ele já passou da fase onde se deixava levar pela manipulação do avô. Se ele não quer contato, Louis é que não vai implorar. Nenhum dos dois precisa disso.

Parte dessa animação de Louis para sair, ele admite a si mesmo, é porque sabe que em algum momento todos vão estar bêbados o suficiente para não perceberem sua escapada com Harry. Será um momento propício para curtirem juntos, ele estava torcendo para que sim, pelo menos.

Quando tentou abrir a porta da caminhonete, ela emperrou, então Harry se esticou sorrindo e abriu para ele por dentro. Louis sorriu de volta e pulou para o banco, agitado.

- Oi - cumprimentou, se controlando para não beijá-lo porque os tios poderiam ver da varanda.

- Oi, lindo, tudo bem?

- Tudo ok, animado! Você saiu da pescaria mais cedo só pra cuidar do Franklin?

- Coincidência, apenas, eu estava muito cansado e resolvi voltar. Aproveitei pra usar o chuveiro antes de todos aparecerem para disputar. E você?

- Elis estava cansada - Louis tirou o chapéu da cabeça de Harry e vestiu a si mesmo, enquanto ele dava partida - tomara que tenha vodka com energético, eu não quero beber cerveja hoje. Me sinto estufado porque jantei com Elis agora a pouco.

- Podemos conseguir isso para você, se é o que quer. A festa é um churrasco na beira do lago, igual a vez que fizemos uma fogueira, se lembra? - perguntou Harry, olhando para a estrada. Louis sorriu se lembrando de muito mais daquela noite, quando eles voltaram a ficar, quando transaram... Harry parece ter pensado a mesma coisa porque nem olhou para Louis e ainda assim deu um sorriso tímido. - Eu trouxe repelente pra você, tá debaixo do seu banco.

Louis se desdobrou até encontrar o recipiente ainda lacrado. Ele agradeceu, sem deixar de notar o quanto o gesto foi atencioso. Louis nem reclama dos mosquitos e mesmo assim Harry reparou que o incomodava. Ele abriu a embalagem e começou a aplicar o creme em Harry primeiro, nos braços dele, onde conseguia alcançar enquanto dirigia, para depois usar em si mesmo.

- Primeiro, vamos buscar a sua vodka e energético na vila porque eu sei que não terá na festa - Harry não se importa em dirigir quarenta minutos de ida e quarenta de volta, se isso significa mais de uma hora a sós com Louis - Nossos primos só bebem cerveja e você e Zayn vão querer esse treco nojento.

- Ei! - Ele mordeu o ombro de Harry, que se encolheu rindo, sem perder o foco da direção - Você deu um gole a última vez que te ofereci.

- E nunca mais darei outro.

- Duvido, é só eu te oferecer e você vai beber.

- Não mesmo.

- Uhum - Louis se perdeu por alguns segundos encarando fixamente o pescoço de Harry, o quanto ele era bonito em cada parte, ele só desfoca quando o carro solavanca pela estrada de terra esburacada - Hum, você sabe se Zayn já está lá?

- Só o vi durante a pescaria. Ei, tenho que perguntar...

- O quê?

- O quanto ele sabe sobre nós dois?

Louis encostou a cabeça no apoio do banco e encarou Harry de novo, calmo, e pensando: Há quanto tempo eles mesmo sabem o que significa os dois? Quer dizer, eles estão tendo uma coisa. Eles não são mais crianças e nem gostam de joguinhos, mas também não haviam conversado sobre o que são. Talvez fosse o momento certo com os dois ali, a sós, na velha caminhonete, a amiga mais fiel deles, que já guardou tanto de seus segredos.

Ela provavelmente ouvirá mais alguns a seguir, Harry pensou.

- Desde que nos conhecemos, Zayn sabe que você significou muito para mim.

- Significou, no passado? - perguntou sorrindo, só pra disfarçar o quanto aquilo importava e o afligia.

- Significa no presente, você sabe disso. Mas me deixe saber o que eu significo para você também, Harry. Para onde estamos indo e o que estamos fazendo?

A velocidade da caminhonete diminuiu, mas ele não parou de dirigir.

- É muita coisa.

- Temos tempo, se você continuar dirigindo assim até a cidade, temos muito tempo - Louis brincou, tentando suavizar a situação.

- Não é muita coisa para se dizer, bem, eu quis dizer... hum, que você e o que estamos fazendo parece ser muita coisa, não é?

Louis virou de lado no banco, sem tirar o cinto, só para não tirar seus olhos do outro, enquanto tinham aquela conversa que ele secretamente anseia por dias.

- É sim.

- Não tô falando só de te beijar, do carinho, do sexo, que é muito gostoso, aliás, mas não é só sobre essas coisas. É sobre tudo, sobre nossas tardes com as crianças, nossas diversões aqui, as nossas conversas e as ideias diferentes pra sempre nos fazer discutir de uma maneira tão nossa que gastamos horas conversando sem nem perceber. Eu gosto de estar com você - ele troca a marcha e aproveita para olhar rapidamente na direção de Louis com um sorriso curto - E você, o que acha que estamos fazendo?

- O mesmo e muito mais. Está sendo tudo tão bom, é inegável, não tenho para quê mentir, estamos bem e eu gosto da sua companhia. Eu sempre gostei da sua companhia. Nós dois nos damos bem juntos. Você me atrai pra caralho, mas...

- Mas você tem uma vida na cidade.

- Mas eu tenho uma vida na cidade - Louis repetiu, e sorriu porque, além de tudo, Harry sabia o ler muito bem, melhor do que ninguém faz. Antes mesmo de se expor, seu coração já estava sendo lido - Completamente diferente desse sonho lindo que estou vivendo na fazenda.

- Ok - diz Harry, comprimindo os lábios - Eu acho que diria o mesmo.

- Então não sabemos o que estamos fazendo, mas estamos fazendo algo que gostamos, mesmo estando cientes dos limites?

- Aparentemente sim.

- O que você escolheria que fizéssemos se não houvessem essas barreiras, essas... - Louis gesticula tentando encontrar uma palavra para resumir toda a bagunça fora da bolha deles - implicações. O que você me diria?

- Sinceramente?

- Por favor.

- Que não estou bem da cabeça e do coração para me envolver num relacionamento nesse momento. E está sendo bom com você agora, há muito tempo que eu não sentia tudo isso, Lou, honestamente, a última vez foi com você mesmo, quando eu era um garoto e agora de novo com você quando me sinto seguro o suficiente para assumir um relacionamento homossexual, quando penso que sou homem o suficiente pra bater de frente com meus receios e seguro o suficiente para lidar, pelo menos, com a reação da nossa família, mas ainda assim, eu tô focado em outra coisa, eu... hum, bem, você sabe.

- Franklin - Louis concluiu, crispando os lábios, e o silêncio pesando sobre os ombros encolhidos de Harry dizia (ou parecia dizer) que sim por si só - Se eu te der um conselho como seu primo mais velho, você promete respirar fundo e não ficar bravo comigo?

- Prometo tentar.

- Você só tem 36 anos, mas precisa cuidar de si mesmo também.

- Eu sei, mas é mais fácil na teoria do que na prática. Tem muita coisa em jogo que mexe com a minha cabeça. É claro que eu quero dizer quem sou e viver minha vida, mas a nossa família... eles são complicados, tudo aqui é complicado, tenho medo do que posso perder. Mas às vezes tenho a impressão de que estou me perdendo.

Louis fica triste em saber disso, mas feliz em saber que ainda é alguém que Harry confia para se abrir com tanta facilidade como quando eram melhores amigos na infância.

- Eu acho que, querer assumir para quem importa sobre quem você é, já prova que gosta o suficiente de si mesmo para dar esse passo difícil que é se desvincular da opinião da família. Tudo bem querer crescer, tudo bem querer seguir seu caminho. Você não tem que pedir desculpas por ir embora, você nunca precisou carregar o fardo de ficar enquanto todos iam. Eu sei que Franklin diz que não, que ele julga como os filhos e netos que saíram são ingratos, mas não é verdade. Ingrato está sendo ele em querer que vivamos em função das coisas dele ao invés das nossas próprias. Você é você e tem seu próprio caminho a trilhar. O Franklin tem o dele e não precisa te usar de chão pra te pisar até onde precisa chegar.

Harry continua dirigindo em silêncio e sem olhar para Louis nos primeiros minutos. Louis já acha que estragou a noite, começa a calcular na cabeça uma maneira de consertar as coisas para não ficar um clima ruim entre os dois, mas é surpreendido quase cinco minutos depois, que pareceram durar uma hora inteira, com a resposta:

- Eu sei que parece que estou na fazenda só por causa do vovô, mas não é mais só sobre isso, um dia pode ter sido, mas agora eu amo esse lugar com tudo de mim, é o meu lar - o sotaque acentuado vem arrastado na voz lenta e tranquila, assim, Louis sabe que os dois estão tendo um diálogo verdadeiro e tranquilo, como nunca tiveram, algo que pode ser certeiro, um divisor de águas. Ele volta a relaxar e apenas retoma a atenção para aquilo: - Eu não saberia viver longe daqui, me dói pensar em perder o que construímos nessas terras, e não tô falando só dos bens materiais, tô falando das memórias, das nossas tradições bobas de família, de tudo o que fizemos aqui. As memórias da vovó. Eu amo Olivia 's Farm.

- Eu não tô te pedindo para ir embora, não dessa vez.

Harry, ainda calmo, encosta a cabeça no assento do banco e respira profundamente: - Então o que é?

- Só tô pedindo para cuidar de si mesmo, e do seu coração, com a mesma dedicação que cuida do coração do seu avô.

Louis passou o polegar no pescoço de Harry e beijou sua bochecha, sereno e tranquilo. O objetivo era não estragar a noite e eles estavam indo bem. Harry dirigiu até a cidade contando sobre uma das vezes em que Rose passou o verão ali quando era criança, uma das histórias que Louis já conhece pela perspectiva infantil de sua filha que chegava em casa após o verão sempre animada para contar tudo do quanto se divertiu, mas ouvir agora na versão de Harry é tão bom quanto. Era muito satisfatório saber que duas das pessoas que ele mais gosta no mundo se dão tão bem assim, a ponto de terem experiências divertidas e memoráveis juntos.

- Agora eu quero ver você ensinar ela a cuidar daquele cordeiro.

- Com o maior prazer, eu amei o bichinho.

- Já escolheram o nome?

- Ela tá decidindo ainda - estacionou na rua escura, na lateral de um armazém na vila - mas eu não vou deixar que seja um nome comum de animal, tem que ser um nome forte.

- Como o quê?

- Como a nossa velha querida, Gertrudes - Harry deu um tapinha suave no painel do carro e Louis franziu o cenho - gostou?

- Você tá me zoando.

- Não tô - Harry começou a rir e Louis segurou a risada pra manter a pose falsa de indignação o máximo possível - o nome da nossa amiga é Gertrudes. Já estava na hora de dar um nome pra ela, que faz parte dessa família há mais tempo do que eu.

- Gertrudes, sério? - Louis se inclinou na direção de Harry para rir, se apoiando no braço dele - Você não vai batizar ela de Gertrudes, chega a ser injusto com a coitada.

Os dois gargalham juntos inclinados um no outro.

- Pare de faltar o respeito com essa senhora, Louis Tomlinson, você não pode rir assim na cara dela!

Eles se acalmam muito depois de se provocarem mais um pouco e Louis ergue a cabeça para ver Harry mordendo os lábios para controlar a risada. Olhos verdes brilhando e os cachos bagunçados. Lindo demais.

- Tá bom, tá bom - ele tira o chapéu que havia sequestrado, para se aproximar mais do outro, sem o incômodo da aba para impedir seu rosto colado ao dele - me deixa te beijar agora?

Harry desliga as luzes do carro, eles olham em volta, seguros, antes de Louis puxar o primo pelo pescoço e beijar ali, depois a mandíbula, raspando a barba em sua pele devagar e finalmente alcançando os lábios. Ele aperta contra os seus carinhosamente, mas quando a língua toca a sua, as mãos apoiadas na cintura dele são mais agressivas. Um aperto firme, forte, carregado de desejo. Louis passa tanto tempo inebriado, tomado pelo toque, flutuando na sensação do beijo, que nem percebe estar se inclinando na porta com Harry quase em seu colo.

Eles voltam a rir entre beijos quando se dão conta da posição e se afastam com selinhos curtos. Louis alcança o chapéu de volta e veste de volta no dono dele, aproveitando para alinhar a camisa de Harry e explicar qual vodka e qual energético ele quer, além de lembrá-lo de comprar também o gelo. Ele espera no carro pensando sobre como quer beijar Harry de novo, mas também um pouco em como conversar foi bom.

Então os dois vão continuar fazendo o que estão fazendo se estão bem pelo tempo que der pra fazer e está tudo bem. Por enquanto, está tudo bem.

Eles retornam pela estrada relembrando sobre a primeira vez que tomaram um porre de vodka juntos quando eram adolescentes. Louis conta para Harry também sobre quando ele ficou tão bêbado com Zayn que eles dormiram no gramado do vizinho. Os dois não param de falar, trocando experiências, rindo da cara um do outro e pegando conselhos de como não usar branco em festa que contenha uma quantia considerável de pessoas e álcool.

É fácil encontrar os homens na despedida de solteiro. Esse trajeto todo para buscar vodka e energético durou quase duas horas, então, aparentemente, estão todos embriagados, com exceção dos recém chegados. Apesar disso, o clima parece legal. Harry acendeu um cigarro e Louis fez um copo para si mesmo e outro para o compadre que, obviamente, já estava na companhia de Liam. No segundo copo de Louis e terceira cerveja de Harry, ele oferece a vodka com energético, e ela é aceita logo por quem tanto a desdenhou. Harry deu um gole generoso, mas fez careta quando engoliu. Louis riu dele e levou um cutucão na cintura que se transformou em um beliscão na barriga de Harry e uma cócega em Louis, até os dois estarem quase se afogando em gargalhadas, na bolha deles.

Quando sossegaram, foi para aceitar entrar no lago com todos os outros bêbados.

O problema é que estavam todos tão bêbados que entraram nus. Harry nem relutou, mas Louis implicou um pouco antes de ceder e entrar na bagunça. Alguns dos caras nadaram para longe, ainda num local seguro. Outros ficaram com água na altura do umbigo, bebendo e aproveitando a música que vinha do som da caminhonete do vovô (agora, para os dois, a Sra. Gertrudes).

E foi aí que, felizes, animados, tomados por tanta serotonina, ocitocina, dopamina e endorfina, mas principalmente pelo álcool, Louis foi se aproximando de Harry até que estivesse lhe abraçando por trás.

Como se fossem um casal.

Como se fossem públicos.

Ou talvez fosse essa mistura toda, essa química, que criou essa bolha onde os dois, vez ou outra, se enfiam sem nem perceber. Só aproveitando o momento.

O abraço foi muito rápido, só tempo o suficiente para sentir e provavelmente não passou despercebido, mas também não gerou reações. Só teve Jacob se jogando no lago para espirrar água e irritar os primos mais velhos, brincando sobre Harry e Louis deixarem para "se comerem em casa" nessas palavras e Zayn incomodando o compadre para nadarem. Depois todos eles foram mais para o fundo do lago e voltaram quando se sentiram cansados. Eles vestiram as roupas secas, beberam mais um pouco e o noivo de Phoebe teve a brilhante ideia de ir para o Celeiro Ritz. Todos vibraram e aceitaram, afinal, a noite era dele.

Menos Louis e Harry.

Os dois, agora de longe, olharam um para o outro de uma maneira que só os dois conseguiam entender a ideia silenciosa. Uma conversa sem o uso de palavras ou gestos, apenas a maneira firme e brilhante como se olharam já bastava e discretamente recusaram o convite. Conseguiram se desvencilhar da bagunça e quinze minutos depois estavam dirigindo tensos para a fazenda.

O casarão estava escuro porque eram quase três da manhã. Aqueles que estavam em casa já haviam dormido havia muito tempo. Se todos os homens da família estavam fora e as mulheres festeiras também, havia o quarto de Harry livre. Rápidos e tentando ser silenciosos, os dois chegaram onde queriam.

Em pouco tempo, como o efeito do desejo lhes conduziam, Louis estava por cima de Harry, dentro dele, entrando e saindo num ritmo firme, rápido, de mãos dadas e afundadas no colchão enquanto tentava manter a boca colada a sua para não gemer alto o suficiente a ponto de serem dedurados. Aquela sensação da pele quase febril contra a sua, a visão dos cabelos de Harry grudado em seu rosto pelo suor, os lábios cheios se abrindo num grito mudo quando ele gozou em seu abdômen, foram coisas demais para a sua cabeça, então a sensação resolveu explodir em seu coração.

Louis estava delirando por Harry.

Harry já estava completamente alucinado por Louis.

Como é possível se apaixonar duas vezes pela mesma pessoa ao longo da vida?

Pelo mesmo parceiro, com a mesma conexão criada desde a primeira vez.

Em silêncio, cansados, dessa vez não foi um tópico trazido para uma conversa.

Harry acordou pouco antes do dia amanhecer nos braços dele. Suas pernas estavam entrelaçadas, os dois estavam nus e a mão de Louis passeava suavemente em suas coxas de baixo para cima, de cima para baixo, lento e carinhoso.

O casarão ainda estava silencioso, podendo ser um sinal de que os homens da família não haviam voltado porque se tivessem, teriam feito barulho.

Louis beija os ombros de Harry, o apertando em seus braços quentes e os dois suspiram em sincronia.

- É melhor eu vestir uma roupa e ir pro meu quarto antes que alguém apareça.

- Tudo bem - Harry diz, de olhos fechados, mas não querendo concordar de verdade - mas poderíamos ficar aqui para sempre também.

- Poderíamos? - Louis riu bobo, Harry sorriu igual e virou para beijá-lo demoradamente, prolongando o tempo deles ali - É melhor eu ir de verdade agora, bebê.

Harry relaxa o corpo para deixar Louis sair. Fica de bruços resmungando contra o travesseiro enquanto é deixado para descansar sozinho.

Louis entra sorrateiramente no quarto onde ocupa com as filhas e descobre que Roselin ainda não estava lá. Elis estava dormindo em outro quarto com todas as crianças que ficaram. Ele pegou o celular e leu a mensagem de Phoebe avisando que a festa de solteira dela, mais elaborada, obviamente porque as mulheres eram mais organizadas e espirituosas, é no hotel fazenda. Todas as meninas ainda estavam se divertindo por lá e Rose estava muito bem, segundo sua prima. Ele confia nelas e também não havia motivos para implicar nessas circunstâncias.

A única coisa difícil de ignorar, era a bagunça que Roselin deixou no quarto quando se arrumou para sair com as primas. Tem produtos de beleza, maquiagens, dezenas de peças de roupas, sapatos, secador de cabelo e toalhas jogadas na cama. Um caos. Ele não vai conseguir dormir com essa desordem toda. Louis poderia dar uma bronca e fazer ela arrumar como sempre faz, mas hoje não, porque hoje ele está um misto de exaustão física com mente energética.

Ele decide descontar em ser útil e começa a limpar tudo.

Pendurou as toalhas nas cadeiras, pretendendo levar para lavar quando o dia amanhecesse. Guardou as maquiagens dela na maleta enorme que a filha trouxe. Colocou os sapatos dela no canto perto da porta, sorrindo ao lembrar que o salto preto mais baixo foi ele quem deu no natal e é o preferido dela. Ele dobrou as peças de roupa espalhadas no chão e guardou no baú aos pés da cama que ela usa como roupeiro quando se hospeda ali. Era só guardar, se não estivesse tudo uma bagunça por lá também. Ele puxou algumas peças para ajustar as que ainda estavam de fora, mas acidentalmente, o movimento lhe trouxe um objeto fino e frio nas mãos.

Instintivamente, Louis puxou aquilo, sem nem pensar.

No momento em que viu, no momento em que constatou o que o objeto fino era, Louis ficou pasmo.

Talvez cético, mas principalmente assustado.

Tentando processar a informação ao mesmo tempo em que o coração dava voltas e voltas no peito.

Sentia-se sem ar, mal havia como respirar.

Ele não conseguia nem assimilar de imediato a informação, porque não queria acreditar que havia um teste de gravidez nos pertences de sua filha.

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