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16

Às duas da manhã Louis estava sentado com Harry na caçamba da caminhonete, cobertos para não serem devorados pelos mosquitos enquanto ajeitavam suas varas de pescar.

Localização exata? O lugar deles.

Ou pelo menos, o lugar onde costumava ser o lugar deles, já que estava diferente agora. Estava roçado, limpo do mato e dos riscos de serem surpreendidos por pragas. O solo estava firme mesmo após a chuva, o suficiente para suportar a caminhonete bem na beira do lago e não era tão escuro quanto antes porque agora refletia a luz da rodovia há uns cem metros dali. Mesmo assim, trouxeram uma lanterna a pilhas no estilo lamparina para enxergarem melhor a caixa de anzol e as iscas vivas em cima do carro.

Quando Louis apareceu de pijamas no galinheiro e viu Harry cavando o solo para pegar minhoca, o primo mais velho riu e foi proibido de questionar porque ainda era surpresa. Louis foi realmente surpreendido quando descobriu que a ideia era pescar para aproveitar o silêncio da noite e o escuro que não afastava os peixes. Ele se lembrava que, quando eles eram mais jovens, Harry chorava toda vez que via um peixe fisgado e agora o chefe da fazenda parecia um especialista em pescaria enquanto desenrolava a linha e lançava ao lago.

Mas estava claro que tudo mudou. Assim como o lugar deles, Harry e Louis também são outras pessoas.

Uma pessoa que pesca e a outra pessoa que fica com um pé atrás de estar de madrugada no lago ao invés de seguro na própria cama. O Louis mais jovem seria o primeiro a dar ideias absurdas e divertidas como aquela para escaparem a sós na calada da noite. O Louis de hoje tenta tomar um cuidado extra porque tem duas crianças esperando por ele em casa.

– Da última vez que aceitei um convite maluco seu, eu fiquei preso na cama por três dias – brincou – espero não acabar içado como esses peixes essa noite.

Quando Harry riu mostrando as covinhas, Louis percebeu que talvez já estivesse içado de outra maneira. De novo.

– Se você não segurar essa vara direiro pra jogar no lago, vai fazer o trabalho de se pescar por conta própria – Louis fez careta, mas ganhou ajuda para fazer do modo certo – você era bom nisso, perdeu a prática?

– Eu só pesquei umas duas vezes depois que saí daqui.

– Tudo bem, eu ensinei Rose, posso te ensinar também.

– Você ensinou minha filha a pescar? – Louis sorriu genuinamente, imaginando aquilo acontecendo – Ela não me disse, como foi que aconteceu?

– Foi ela que pediu e foi divertido, ela aprendeu com facilidade – respondeu baixinho para não espantar os peixes – da primeira vez não pegamos tantos peixes porque as condições não estavam muito boas, mas das outras ela pegou até mais do que eu.

– E você faz como antes? Pesca, chora e devolve o animal ao lago?

– Não, vai se foder – Harry respondeu brincando e rindo – e para de falar porque senão vamos espantar os peixes.

Não foi entediante, foi relaxante. Vez ou outra os dois cochicham na escuridão comentários e até conversas prolongadas sobre qualquer coisa. Louis observava o céu limpando cada vez mais. Ele se inclinou devagar, para não estragar o esquema das varas, até estar com a cabeça deitada nas coxas de Harry. De forma natural, tanto quanto a influência da lua na pesca, Harry sentiu seu corpo responder ao levar quase de maneira instintiva os dedos ao cabelo de Louis e acariciar. Nessa fase nova deles de intimidade recuperada. Os dedos percorrem devagar, apreciando a sensação dos fios escorrendo entre os vãos tanto quanto Louis aprecia o toque preguiçoso.

Por volta das três e quarenta Louis já estava dormindo e Harry lutando contra os mosquitos depois de não terem pegado nenhum peixe. Ele acordou o primo, recolheu o material de pesca e dirigiu devagar, de volta para o casarão, sonolento. Louis reclamou sobre o pedido para ele ir de pijamas e Harry brincou sobre achar mesmo que Louis dormiria nos primeiros dez minutos de pesca e por isso os pijamas.

Novamente, antes de chegar ao casarão, trocaram beijos e se recompõem para não correrem risco de flagrante. É quase isso o que acontece. Phill, o primo deles, estava na varanda fumando, bebendo chá e tendo uma conversa animada no celular com o que parecia ser a namorada dele. Ele sorriu e acenou quando viu os primos mais velhos descerem da caminhonete. Louis não se lembrava dessa sensação de adrenalina por um quase flagrante, algo como guardar um segredo perigoso, mas um segredo muito gostoso de lidar. É diferente de quando eles eram adolescentes porque antes era medo da punição e agora era só adrenalina. Pela cara de Harry e o sorriso que manteve, ele também não tem tanto medo quanto antes.

– Por que ela não veio pro casamento? – perguntou para Phill quando ele desligou o celular e dividiu o fósforo com Harry para um palheiro. Mesmo com sono, Louis decide fazer companhia para eles por mais alguns minutos.

– Acabei de me divorciar e engatei nesse namoro que me faz bem, mas achei cedo demais trazer ela pra uma tradição de família. Não queria assustar a garota. Quer dizer, toda essa coisa de casamento na colina é forte demais para nós, vocês sabem, eu casei lá também com minha ex esposa.

– Aliás, me desculpa não ter vindo para o seu casamento – Louis pediu, sem explicar os motivos da ausência. Nunca se explicou sobre nada para ninguém da família e não pretendia mudar isso agora. Ele sabe que há coisas que não adianta explicar para os Tomlinson e nem tudo podia ser dito entre eles.

– Tudo bem, cara, me compense quando se casar de novo me convidando para ser um dos padrinhos – Phill brincou e Louis enrijeceu, Harry desviou o olhar para o horizonte – uma pena você não ter se casado com Laura aqui, pra seguir as tradições.

– Laura e eu casamos no civil, apenas – tentou mudar de assunto: – achei que tinha parado de fumar.

– Eu também achei – os três riram – bem, pescadores, vou dormir que meus filhos acordam quase com as galinhas do Harry todo dia. Você deveria ir também, Louis, Elis estava dizendo no jantar que você prometeu levar ela para passear amanhã de manhã.

– É verdade, devo um passeio a ela, foi promessa de dedinho.

– Então, boa noite – Phill se retirou.

– Boa noite! – responderam juntos esperando estarem fora de vista para agirem como eram juntos – Boa noite, bebê, obrigado por hoje – Louis sussurrou tocando os dedos dele de leve nos seus, mas ainda numa distância segura para não serem pegos no flagra.

Harry sorriu cúmplice e sussurrou de volta:

– Boa noite, chato, eu que te agradeço.

🌾🚜

[Passado]

Apesar de ser um ambiente energético, caótico no melhor dos seus sentidos e alegre por todo o carinho, saudade e fraternização dos familiares que vem de longe para passar o verão juntos, a fazenda dos Tomlinson já lidou com muitas perdas e todas elas causaram severas dores e profundas tristezas.

Uma delas foi a funcionária de longa data da fazenda, quase parte da família. Ela vivia dentro da casa auxiliando a família como uma assistente do lar. Louis lembra do cheiro de bolo de laranja que ela sempre preparava para o café da manhã e de como passava horas costurando bonecas preenchidas com algodão para as crianças. O nome dela era Elisabeth e o nome da filha de Louis foi uma homenagem a essa mulher por quem ele guarda boas lembranças da infância.

O bisavô George, pai de Olívia, faleceu com seus noventa e dois anos na cadeira de balanço dele na varanda. Louis tinha oito quando foi no velório e lembra de como a vovó Olívia tinha sofrido muito com a perda do pai. E como Franklin não demonstrou uma expressão sequer.

No velório de Olívia, no entanto, o velho se isolou por quase duas semanas no próprio quarto. Louis tinha dezessete, entendia muito melhor sobre as coisas, por isso não esperou ver Franklin chorando mesmo sozinho na privacidade do seu isolamento de luto. Louis sabia que Franklin tinha essa coisa absurda de que homem não chora e tinha certeza que o avô não havia chorado nem mesmo por sua amada.

A família toda ficou abalada, obviamente. Ergueu-se um manto de tristeza sobre o casarão. O primeiro verão sem Olívia não teve energia, caos, alegria e fraternidade. Mas ainda tinha saudades, dessa vez uma saudade que não poderia ser suprida. A partir dali, eles se dispersaram e nem sempre retomaram para os verões, a não ser suas crianças que ainda eram enviadas para as férias conforme a tradição dos Tomlinson.

Harry sofreu, obviamente, porque era sua avó e ele a amava muito. Mas ele sabia que quem estava sofrendo mais do que ele era Franklin e Louis, embora cada um à sua maneira.

Franklin porque era o amor da vida dele indo embora. Louis porque Olivia era a sua figura materna, no lugar da mãe horrorosa que tinha. Olívia tinha um carinho especial por Louis, assim como Franklin tem por Harry. Ele era mimado por ela, o neto secretamente preferido que na verdade todos sabiam ser. Olívia era uma das pessoas mais importantes na vida de Louis.

Foi a primeira vez que ele não voltou para casa no fim do verão. Preferiu ficar na fazenda onde parecia que a presença dela ainda pairava sobre o local. Olivia estava presente nas paredes daquele casarão em fotografias enquadradas. Estava presente no pomar de laranjas que ela mesma plantou quando criança. Estava na plantação de algodão que trabalhou desde muito nova. Presente no solo daquela terra fértil que cuidou e cultivou em seus setenta anos de vida. Uma linda vida. Louis não estava pronto para voltar para a cidade no começo do luto, sabendo que, da próxima vez que voltasse, a sua mãe de coração não estaria mais ali esperando ele na varanda enquanto tricotava ao lado de um Harry ansioso. Ele não estava pronto para se despedir de Olívia.

Então ele ficou por semanas a mais. E dormiu na mesma cama que Harry todas as noites, sem julgamentos. Não tinha quem julgar, na verdade, porque toda a família retornou para suas respectivas casas e Franklin estava preso no quarto a maior parte do tempo. Quando saía, só se metia na plantação feito lavrador e voltava de lá horas depois de quando a noite caia, cansado o suficiente para apenas jantar, se banhar e dormir resmungando sobre a vida. Então Louis estava sempre sentado na cadeira de Olivia na varanda, às vezes chorando, às vezes ouvindo Harry tocar viola ou conversando para se distrair e não pensar que ela não estava mais lá e que não tinha mais nada ali além de Harry para Louis voltar.

– Bebê – chamou pelo namorado, que estava distraído afinando a viola – ei, meu amor.

– Ei, chato – Harry deixou o instrumento de lado para dar atenção a ele com todo carinho – Tá bem?

– Vou me inscrever pra faculdade.

– Ah, é? – o sorriso de Harry se alargou – Você é muito inteligente, com certeza será aceito.

– Você também.

– Eu também o quê?

– Será aceito na faculdade.

– Mas eu não vou – Harry riu como se não tivesse sentido, fazendo careta. Louis franziu o cenho.

– É claro que vai, a vovó sempre me dizia que você é super elogiado pelos professores, eu sei que você tira notas boas e é estudioso. Por que não iria?

– Não é uma possibilidade para mim.

– É claro que é, Harry, você sempre quis ser músico profissional.

– Querer não é poder.

– Oh, pelo amor de Deus – Louis ergueu a cabeça para o teto e respirou fundo – você está falando igual ao seu avô.

– Nosso avô. Você sabia que eu fiz todo o meu ensino médio numa escola rural desvalorizada pelo Estado? – a pergunta foi retórica e pelo tom na defensiva, conhecendo Harry como conhece, Louis sabia que estavam entrando numa discussão séria – E que a universidade mais próxima fica a 90 km daqui de casa?

– Eu sei, mas isso não quer dizer que você não possa fazer uma faculdade. Antes de supor que não será aceito, podemos pelo menos tentar? E sobre os 90 km não precisa ser um problema porque tem alojamentos disponíveis em universidades até melhores do que as estaduais ou nós dois podemos dividir um apartamento se aplicarmos juntos. Eu adoraria morar com você. Sabia que Phill, Dayse e Grace estão guardando dinheiro para dividir um apartamento próximo a universidade da Flórida quando eles forem estudar fora? – Louis se empolgou, dando idéias e soluções, Harry apenas ouvia com aquele peso no peito, pensamentos longe, e o sentimento de culpa nascendo pela possibilidade de ir embora e deixar Franklin sozinho no momento que mais precisava, mas também não conseguia cortar a animação do namorado – Vou ser sincero, eu sempre quis estudar em Nova Iorque e depois de me formar morar quero morar Nova Orleans. Com você. Acontece que as universidades que me interessam estão na Costa Leste e eu pensei no quanto isso pode vir a calhar, já que sua mãe mora em Nova Iorque e você vai poder ficar perto dela também e estudar música! – Louis estava sorrindo e Harry se esforçando para acompanhar o raciocínio, mas sorrindo também –  Você tem potencial para Juilliard.

– Não exagera – respondeu tímido – eu só sei cantar e tocar viola em casa.

– E faz isso melhor do que ninguém, você é a pessoa mais talentosa que eu já ouvi na vida – o olhar brilhante dele direcionado a Harry o derreteu, abaixou toda a defensiva que havia erguido. Harry suspirou e abandonou a viola, para se aproximar de Louis. Sentou no chão e deitou a cabeça nas pernas dele – você não tem noção do próprio potencial, além de lindo tem essa voz única e maravilhosa, e você consegue compor melodias só brincando como se fosse a coisa mais rotineira e comum do mundo. Você exala canção, Harry, em tudo o que faz e tudo o que é. Você é canção, a mais linda que já ouvi na vida.

– Você acha isso porque me ama.

– Eu acharia isso mesmo se você fosse só o meu primo mais chato.

– Chato é você – Harry ergueu a cabeça sorrindo para ele, os cabelos compridos escorrendo em seu rosto – e eu também te amo.

Ele queria beijá-lo, mas não podia. Já era demais estar desse jeito tão grudados e olhando um para o outro como se não existisse mais nada em volta.

Adiantados para haver tempo de escolher, um mês depois, no outono, eles foram juntos para Nova Iorque visitar algumas das melhores universidades. Anne os acompanhou do aeroporto até o apartamento em que vivia, mas depois voltou ao trabalho e deixou os dois livres e orientados para circular pela cidade durante a semana toda nas visitas agendadas. Eles foram em Rochester primeiro porque Harry não queria nem tentar em Juilliard, achava demais para o seu currículo limitado. Mas Rochester era razoável e oferecia um bom programa para músicos também. Ele realmente tentou prestar atenção ao local, mas estava com a cabeça longe. Em Franklin sozinho e distante. Eles também foram em Cornell, Columbia, UNY e outras não tão notáveis, mas também ótimas.

No sexto dia estava chovendo, uma chuva fraca e preguiçosa que contagiou os dois, já cansados de tanto percorrer e anotar seus interesses nos dias anteriores – mais Louis do que Harry, honestamente.

Anne estava na gravadora o dia inteiro e depois sairia para jantar com o tio de Louis (e padrasto de Harry) num jantar de casal em um restaurante chique que não envolvia a presença dos adolescentes. Os dois aproveitaram para transformar o apartamento no ninho de amor deles. Louis estava cochilando na cama de Harry, vestido somente numa samba canção lisa e Harry estava nu escondido atrás da cortina para observar a cidade abaixo de chuva. Ele apreciava o som tranquilo da água batendo na janela e na calha. Um som mais calmo do que as vozes na própria cabeça. A ansiedade e a culpa por estar ali estava o corroendo.

Ele ama Louis, ama tanto, mas antes pensava que amava tanto a ponto de fazer qualquer coisa para estar com ele, só que agora, na atual circunstância, ele pensa em alternativas e elas não envolvem estar no mesmo lugar que o seu amor.

– Ei, bebê – a voz rouca e linda dele o chama. Louis está com aquela cara pós sexo que deixa Harry incrivelmente aconchegado e se sentindo amado. Ele se afasta da janela e volta devagar pra cama – se eu for te ver assim todos os dias quando estivermos morando juntos, não vou querer sair de casa para estudar, não vou nem querer sair da cama com você – Harry sorriu, enfiando o nariz na curva do pescoço do outro, um pouco manhoso – o que tanto está remoendo?

– Eu só estava pensando nas universidades.

– Já escolheu?

– É cedo, eu acho. Quer dizer, você ainda tem dez meses para decidir e eu tenho um ano e dez meses.

– É o tempo de pensar e começar a aplicar.

– Sim, mas e se… – ergueu a cabeça para olhar Louis nos olhos – hum, e se talvez não fosse em Nova Iorque?

– Tudo bem, pode ser em outra cidade. É por isso que já estamos procurando, para ter certeza de onde vamos ficar.

– E se por acaso – Harry desviou o olhar para o peito de Louis, passeando os dedos nos pelos ralos e claros, com carinho e cuidado – você estudasse em Grambling?

Grambling era a Universidade Estadual no norte de Louisiana e a mais próxima da fazenda. Pouco mais de 90 km de distância. 450 km de distância de Nova Orleans, onde Louis mora a maior parte do ano.

– Você quer que a gente fique em Grambling? – não, mas estava difícil de dizer aquilo sem magoar – Porque na Estadual não tem curso de música e se você está falando de algo em Louisiana, na capital Baton Rouge é focado em tecnologia e Nova Orleans não parece atraente.

– Não, Lou, eu estou dizendo sobre você estudar em Grambling porque tem um programa ótimo de administração e economia, eu sei que é o que você quer. Em Baton Rouge também seria legal pra você, obviamente, porque até tem opções na área que você quer, mas em Nova Orleans é a sua casa e eu sei que você quer ficar longe de sua mãe, então nem é uma possibilidade, além de ser longe da fazenda. Continuar fazendo seis horas com frequência até mim não vai ser saudável pra você, e Grambling pode ser mais fácil se pensarmos sobre distância…

– Oi?

– Na Estadual de Grambling você pode viajar sempre que possível, é só uma hora e meia no máximo dirigindo abaixo do limite permitido, mas eu também posso começar a ir da fazenda até você aos fins de semana para ficarmos juntos.

– Fazenda? – Louis sentou na cama rapidamente, ligando os pontos até o rumo daquela conversa – Harry, você não está falando do que eu penso que está falando, está?

– Eu acho que eu não quero ir embora. Talvez você possa morar lá também nos verões, feriados, recessos, quando terminar os estudos…

Louis ficou de boca aberta por alguns segundos, em silêncio, encarando Harry, olhos passeando nervosamente em seu rosto tentando entender o que estava acontecendo.

– O quê Franklin te disse? Pra você não estudar, não sair da fazenda dele?

– Ele não me disse nada.

– Com certeza ele disse ou fez algo, porque é assim que ele é, finge ser frio, mas é um manipulador de merda. Quer alguém pra tocar aquele lugar porque está cansado e está usando você pra isso.

– Ei, ei, ei, mais respeito por favor – Harry se afastou derrubando o lençol da cama – além de ofender o nosso avô você também está ofendendo a mim, insinuando desse jeito, que sou manipulável.

– Não foi o que eu quis dizer, me desculpa.

– Mas é o que parece, Louis, que saco, toda vez você fala isso!

– Não é o que eu quero dizer, eu só conheço Franklin o suficiente. Por que você acha que não nos damos bem? Ele só não está me usando pra cuidar da fazenda porque sou bissexual e ele um homofóbico de merda, mas se ele soubesse de você também…

– Por favor, pare. Não fale isso, não faça eu ficar com raiva.

– Desculpa, desculpa, amor – "Tá" Harry responde de olhos fechados e voltando a deitar ao lado, mas mais afastado que antes – eu só não quero que você desista dos seus sonhos para assumir responsabilidade alheia.

Harry respira fundo. Ele não quer brigar a toa neste momento. Os dois acabaram de ter um momento bom nesse quarto, fizeram amor quase a tarde inteira, e é a primeira vez que viajam juntos, não precisa estragar entrando numa discussão que claramente vai se arrastar por muito tempo até que alguém ceda. Louis está lindo, eles estão juntos e aproveitando antes que Anne e volte e os dois tenham que agir como se fossem primos de novo.

– Ok, deixa pra lá por enquanto, temos tempo pra pensar.

– Sim, vamos voltar pra casa amanhã e pensar com o tempo no que fazer.

Da semente de algodão, Harry e Louis já eram especialistas, mas a semente da discórdia eles estavam prestes a ver criar raízes sem saber como podar.

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